Jornal OPaís edição 1565 de 14/08/2019

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O PAÍS Quarta-feira, 14 de A gosto de 2019

Alunos do internato do Soy 18 mil Kz para despesas m Desde 2016 até Abril

do corrente ano que os alunos do Instituto Médio Politécnico do Soyo, na província do Zaire, participavam com um valor de 10 mil Kwanzas por mês, ao que lhes foi acrescentado mais oito mil. Segundo o director daquela instituição estatal, Alfredo Adelino, o valor, que considera simbólico, serve para pagar algumas despesas, como a água, luz, alimentação, roupa de cama e limpeza

entrevista de Maria Teixeira enviada ao Soyo fotos de Virgílio Pinto

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Instituto Médio Politécnico do Soyo, na província do Zaire, atende cerca de 1.025 alunos, destes, 237 são do sexo feminino, e 126 internos. Dos 126 internos, 26 são meninas e o restante são rapazes, provenientes de várias províncias do país. “Acontece que dentro da conjuntura em que nos encontramos, temos tido dificuldades em disponibilizar o que o aluno tem de en-

contrar no internato, como água, luz, alimentação, roupa de cama e limpeza. Tudo isso são custos que tentamos minimizar com uma comparticipação que de 2016 a Abril deste ano era de 10 mil Kz”, contou. Desde Agosto do corrente ano que conversaram com os encarregados de educação e aumentaram mais oito mil Kwanzas ao valor inicial cobrado para as despesas. Alfredo Adelino salientou que o que o aluno encontra no internato é uma bênção, porque é apenas uma ajudinha que seus encarregados têm dado, para o bem dos seus educandos. Ainda assim, o responsável con-

Gostaríamos que o Ministério dos Petróleos e a Sonangol nos apoiassem. Nós estamos a formar técnicos para as indústrias petrolíferas

sidera ser um valor baixo, mas que ajuda, e que não pode ser considerado como uma propina e sim uma comparticipação. Aos 14 anos já podem entrar no instituto Quanto ao ingresso na instituição, Alfredo Adelino explicou que o aluno não paga nada, apenas deve solicitar uma vaga, principalmente os que vêm doutras províncias. Se tiverem a possibilidade de o colocar, esse aluno entra. Segundo a cronologia da instituição, os alunos entram com 14 ou 15 anos e com 21 anos terminam. Só pode ser interno a partir dos 14 anos. “Neste ano recebemos me-

ninos com 14 anos que parece terem 12 e a sua adaptação no princípio foi difícil, porque é a primeira vez que abandonam os lares dos pais e, também, porque encontraram os “veteranos”, então isso assusta-os, mas são situações que conseguem ultrapassar”, disse. Para Alfredo Adelino, o aluno do internato é um estudante com muita pressão e a ausência que sente dos pais, bem como a falta de diversão, que muitas vezes não tem, fazem com que o mesmo seja um pouco rebelde. “Aquilo que ele não tem aqui dentro procura lá fora, então há sempre esses problemas de tentar fugir da instituição. Nós temos


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