Notícias do Mar n.º 410

Page 39

Notícias do Mar

seja, a “mãe de todos os debates” tem de acontecer para procurar de uma vez por todas, encontrar propostas para uma solução realista, competente, bem fundamentada e credível, que sirva de ajuda para orientar os nossos governantes, no sentido de ajudá-los a tomar as medidas mais eficazes e que consigam objetivamente resolver este grande problema da falência deste valioso recurso hídrico de Portugal, especialmente por meio de negociações com a vizinha Espanha, de modo a avaliar com rigor e imparcialidade o autêntico desequilíbrio que se verifica hoje relativamente à falta de equidade na

partilha das águas deste rio luso-espanhol, começando por comparar o volume dos caudais que existiam à data remota da Convenção de Albufeira e das mais recentes reuniões de 1998), com mais de vinte anos, porque na realidade os níveis de consumos, retenções e desvios da água do Tejo no país vizinho, são atualmente as principais causas do desequilíbrio bastante significativo que está na origem da falta do caudal ecológico regular no Tejo português. Como é sabido desde a Pré-História que o nosso Tejo atraiu para as suas margens o homem primitivo por ele encontrar junto ao rio os meios para a

sua subsistência, quer na água para consumo como na pesca, para além dessa água do rio também atrair a caça e os solos dos terrenos limítrofes serem férteis para a agricultura, quer ainda devido ao rio ser uma estrada líquida para a navegação que permitia a esse homem navegar para ir fazer trocas de produtos e bens com outras tribos, do que se conclui que ancestralmente foram a pesca, a caça, a navegação e a agricultura os principais pilares da sua subsistência.. Como é sabido tanto os rios como os oceanos estiveram sempre na origem da evolução das grandes civilizações do passado até aos dias de hoje, contribuindo histori-

camente para a evolução social e económica dos povos e dos países, assente nos três pilares, navegação, pesca e agricultura! Mas como a água doce é um bem finito, o homem de hoje deve ter a consciência de que não pode usá-la e gasta-la em excesso nem desperdiçá-la, caso contrário está a comprometer o seu próprio futuro e o dos seus descendentes. Rio que não é navegável deixa de ser rio Segundo os Ecologista um rio represado com barragens ou outros açudes deixa de ser um Rio, e nós até compreendemos que continuem a defender este conceito, porque eles pre-

2021 Fevereiro 410

39


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.