Manual de Narrativa Cripto

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CARTA AO LEITOR.

FICHA TÉCNICA

Pesquisa

MayaPR Agência de Comunicação

Redação

Júlia Pelinson e Guta Nascimento

Edição

Guta Nascimento

Revisão

DUX

Colaboração

Adriana Linhares, Anne Morais, Cíntia Esteves, Fernanda Brabo, Mariana Celle, Marina Rigueira, Milka Veríssimo.

Design

Sophia Lapertosa

Esse Manual de Narrativa Cripto foi criado a partir da Press Aula “Universo Cripto e Cobertura Jornalística”, realizado pela MayaPR Agência de Comunicação, em setembro de 2024, em parceria com a DUX, startup brasileira referência em Web3. A jornalista Guta Nascimento, especializada na cobertura da temática, conduziu o encontro com quase 50 jornalistas dos principais veículos de imprensa do país. A seguir você acompanha a essência do conteúdo sobre esse tema que ainda tem muito a ser desbravado.

A MayaPR é uma agência com atuação nacional focada em estratégia de comunicação, assessoria de imprensa e produtos editoriais. O nosso trabalho é enxergar transformações, investigar contextos, escutar pessoas, traduzir conhecimentos, deixar emergir o novo, divulgar futuros. Sensível às dimensões da diversidade, contamos com uma frente de trabalho que apoia empresas, projetos e marcas na amplificação de suas causas. Nativa digital, foi criada em 2017 e especializou-se no atendimento de startups, empresas e projetos da nova economia no Brasil.

O “Manual de Narrativas Atípicas” foi o primeiro publicado pela Maya. Consideramos como um guia não definitivo para jornalistas e produtores de conteúdo uma vez que a intenção é o “fazer junto”, estaremos sempre abertos a sugestões para o lançamento de novas edições adaptadas.

Saiba mais e nos acompanhe de perto pelo site www.mayapr.com.br.

Um abraço, boa leitura,

Paola Carvalho

Cofundadora e diretora criativa da MayaPR

#INTRO

O universo cripto já faz parte do nosso cotidiano, embora muitas pessoas desconheçam sua abrangência e impacto. Tecnologias como a blockchain, inicialmente popularizada pelas criptomoedas, hoje sustentam uma série de inovações que vão além do mercado financeiro, como contratos inteligentes, votações digitais e até mesmo a segurança das nossas conversas online.

Para a imprensa e os produtores de conteúdo, a compreensão desse tema se torna, então, uma necessidade para acompanhar sua evolução nas pautas diárias. Especialmente se considerarmos que o debate sobre cripto pode ser mais aprofundado e útil ao público do que temos visto nas mídias atualmente. Vem com a gente desvendar esse universo!

HISTÓRICO

O primeiro passo é compreender a evolução da internet da Web1 a Web3 — onde se encontra o universo cripto.

Representa a primeira fase da internet, de 1991 a 2004, e é caracterizada pela era da informação, onde o foco principal era o acesso a dados. Durante esse período, a internet era usada principalmente para “ler” informações. As principais ferramentas incluíam buscadores como Google e Yahoo, que facilitavam a navegação. O hardware foi a base essencial para essa fase, permitindo que as pessoas se conectassem e acessassem informações de forma inédita, em casa ou no trabalho.

Emergiu entre 2004 e 2009 e é conhecida como a era das plataformas, onde os usuários passaram a “escrever” e serem mais ativos na internet. O YouTube, por exemplo, lançado em 2005, permitiu que qualquer pessoa compartilhasse vídeos, transformando a forma como consumimos e produzimos conteúdo. Em 2007, o lançamento do iPhone foi uma verdadeira disrupção, permitindo que todas as novas aplicações pudessem ser levadas a qualquer lugar, na palma da mão. Os smartphones mudaram drasticamente nosso cotidiano, possibilitando comunicação instantânea, transações financeiras e acesso a serviços variados. A partir dessa lógica, surgiram plataformas como WhatsApp, Instagram, Airbnb, iFood e Uber.

Se estende de 2009 até o presente, marca a era da propriedade, onde o conceito central é o “ter”. Essa fase introduz as criptomoedas no setor financeiro e apresenta ao mundo a tecnologia blockchain, que será a nova infraestrutura da internet. Com a blockchain, os usuários ganham controle sobre seus dados e ativos, sem a necessidade de intermediários (como os bancos, por exemplo), promovendo um ambiente mais descentralizado.

Agora, venha descobrir o que você encontra na Web3!

BITCOIN E CRIPTOMOEDAS

O Bitcoin foi o “Big Bang”, onde tudo começou. Foi a primeira moeda digital — uma criptomoeda — criada em 2008, por Satoshi Nakamoto (é um pseudônimo, não sabemos quem está por trás da tecnologia!). Seu grande diferencial era permitir transações financeiras pela internet sem depender de intermediários, como bancos e governos. Isso significa que o sistema financeiro, nesse caso, é descentralizado, possibilitando que os usuários transfiram valores diretamente entre si, sem precisar confiar a transação a uma autoridade central (e suas taxas de serviço). Como o Bitcoin é capaz de fazer isso? Registrando todas as transações por meio da… tchan, tchan, tchan, tchaaan: tecnologia blockchain! Foi assim que o Bitcoin alvoroçou o mercado financeiro e, depois dele, milhares de outras criptomoedas foram criadas tendo a blockchain como a tecnologia que as sustenta, e que passou a sustentar toda a Web3.

BLOCKCHAIN

A blockchain é a base da Web3. É um sistema de registro digital de ativos e informações. Só que em vez de registrar tudo em um computador central, ela registra de forma fragmentada — em blocos — em milhares de computadores ao redor do mundo, formando uma corrente de dados. Daí a origem da palavra em inglês, que significa “corrente ou cadeia de blocos”. Assim, é impossível fraudar o ativo ou informação: por ser uma rede descentralizada, as informações estão em milhares de computadores simultaneamente e ainda não existe tecnologia capaz de desfazer um registro em todas as máquinas ao mesmo tempo e desfazer também todas as operações sequenciais feitas a partir daquele bloco onde estava a informação que se desejava alterar. Além de descentralizada, a blockchain é uma tecnologia que oferece transparência, pois suas transações (os caminhos que percorre) são rastreáveis, e tem caráter imutável: uma vez registrada, a informação não pode ser alterada. Esses fatores fazem com que a blockchain seja uma tecnologia extremamente segura. E com desenvolvimento contínuo, ela evoluiu de uma simples rede de pagamentos para um ecossistema diversificado de plataformas e aplicações. Hoje existem até blockchains centralizadas, usadas especificamente dentro de corporações, com acesso restrito.

TOKENS

Os tokens são ativos digitais que representam direitos ou acesso a bens e serviços no ambiente digital. Eles são criados e gerenciados na blockchain, e por serem programáveis, os tokens podem incluir regras específicas sobre como e quando podem ser usados, facilitando processos que exigem transferência de valores ou direitos de forma automatizada. Por exemplo, imagine que você vai alugar um filme. O token, nesse caso, é a “chave digital” que te permite assistir ao filme por um período determinado. Ao usá-lo para acessar o conteúdo, a blockchain cuidaria automaticamente do pagamento da locadora e dos royalties para os detentores dos direitos autorais, eliminando a necessidade da locadora gerenciar os pagamentos manualmente. Isso torna o processo de locação mais ágil e transparente, beneficiando tanto quem distribui quanto quem consome o conteúdo.

NFTS

Te veio à mente as artes digitais de macacos compradas por Neymar e Madonna, né? Bem, você não está errado. Mas os NFTs são muito mais do que esses macaquinhos entediados; eles são tokens não fungíveis. Isso significa que são ativos digitais únicos registrados em blockchain, que representam a propriedade exclusiva e a autenticidade de um item ou conteúdo específico (no mundo real ou no digital!). Diferentemente dos tokens comuns, que são intercambiáveis entre si (como as criptomoedas, por exemplo), cada NFT é único e não pode ser substituído por outro de igual valor. Portanto, eles são usados para informar a autenticidade e posse de itens digitais ou físicos, como obras de arte, músicas, edições de livros, objetos colecionáveis, entre outros. Voltemos ao exemplo do filme que você alugou. Agora você quer comprá-lo para assistir sempre que quiser. Um NFT poderia representar a cópia original digital do filme, garantindo que você, como comprador, tenha a posse oficial e exclusiva dessa versão. Dessa forma, o NFT te ofereceria a posse permanente do filme, assim como a possibilidade de revendê-lo ou transferi-lo a outras pessoas (como qualquer objeto do mundo real), registrando todas essas transações.

UMA CÓPIA ORIGINAL DO FILME

Tokenização é o processo de transformar ativos físicos ou digitais em tokens, que são representações digitais desses ativos em uma blockchain. Essa técnica vem sendo bastante praticada com os Real World Assets (RWAs) ou “Ativos do Mundo Real”, como imóveis, commodities e obras de arte, porque ela permite que esses bens tangíveis sejam divididos em frações menores e negociáveis, facilitando o acesso a investimentos que antes eram considerados inacessíveis para muitas pessoas. Isto é, a tokenização facilita a liquidez de mercado, possibilitando que novos investidores adquiram, por exemplo, frações de grandes propriedades ou coleções de arte valiosas.

TOKENIZAÇÃO CONTRATOS INTELIGENTES

Contratos inteligentes (ou “Smart Contracts”) são programas que executam automaticamente as condições de um acordo sem necessidade de intermediários, utilizando a tecnologia blockchain. Surgiram em 2015, com o lançamento da rede Ethereum, que expandiu as capacidades da blockchain para além das criptomoedas. A plataforma possibilitou a criação desses contratos e de aplicativos descentralizados. Hoje, diversas redes permitem que esse tipo de contrato seja criado, entre as mais famosas temos a Binance Smart Chain e a Solana. Vejamos como funciona no mundo real! Imagine que os ingressos para um show estejam esgotados e você precise comprá-los de outra pessoa. Se a bilheteria oficial usar um contrato inteligente, a transação pode ser programada para que o dinheiro só seja transferido ao vendedor quando o ingresso for enviado para o comprador e confirmado como válido. Isso elimina o risco de golpes, como ingressos falsos ou pagamentos não efetuados, tornando a negociação segura e confiável para ambas as partes.

CBDC

CBDC é a sigla para “Central Bank Digital Currency” ou Moeda Digital do Banco Central. É uma versão digital da moeda tradicional emitida por um banco central de um governo. Diferente das criptomoedas, que são descentralizadas, as CBDCs são controladas pelas autoridades monetárias e têm como objetivo trazer mais segurança e eficiência às transações financeiras, mantendo o valor estável como o dinheiro físico. Elas podem ser usadas para pagamentos, transferências e outras operações financeiras, sendo integradas ao sistema financeiro oficial de um país, atuando exatamente como a moeda tradicional. Um exemplo de uma CBDC em desenvolvimento é o DREX, projetada pelo Banco Central do Brasil (BCB) para funcionar como o “Real digital”, com transações efetuadas por meio de contratos inteligentes. O site do BCB traz um exemplo bem simples de como o DREX vai funcionar: se você for comprar um carro de outra pessoa, pode ficar com receio de pagar e o vendedor não passar a propriedade do veículo; com o DREX, não importa quem vai fazer o primeiro movimento, pois o contrato só será concluído quando ambos cumprirem o que foi acordado; assim, o dinheiro e a propriedade do carro serão transferidos de forma simultânea — se uma das partes falhar, o valor pago e o carro voltam para seus respectivos donos. É bem parecido com o exemplo do ingresso para o show, né?

Legenda: Vermelho - cancelada Verde - em pesquisa Roxo - conceito validado Laranja - em projeto piloto Azul - lançada

DeFi é a sigla para “Decentralized Finance” ou Finanças Descentralizadas e consiste em um ecossistema financeiro construído sobre blockchains, no qual serviços como empréstimos, poupanças, seguros e trocas de ativos digitais são realizados de forma automatizada por meio de contratos inteligentes, sem a necessidade de intermediários tradicionais como bancos, corretoras, cooperativas de crédito e outras instituições financeiras. Essa abordagem permite que os usuários controlem diretamente seus ativos e participem de transações financeiras globalmente, fazendo das plataformas DeFi uma alternativa aos sistemas financeiros centralizados, e por isso mesmo estão ganhando força.

E O TAL METAVERSO?

O metaverso reúne mundos digitais imersivos e interconectados que servem como uma extensão da vida real em ambientes virtuais. Eles combinam elementos de realidade virtual, realidade aumentada e realidade mista, integrando experiências diversas.

Atenção! É uma tecnologia independente de cripto, que pode operar ou não conectado a uma blockchain. O da Meta, por exemplo, não tem ligação.

O metaverso é uma tecnologia que ainda está em evolução, por isso, o “metaverso” que imaginamos, onde podemos transitar facilmente entre jogos, lojas e redes sociais com a mesma identidade digital, ainda não existe. Em tese, podemos chegar até mesmo a realizar nossas atividades cívicas dentro do metaverso, como votar em eleições. Até então, há experiências de metaversos que operam de forma isolada, como o da Meta (proprietária do Facebook, do Instagram e do WhatsApp) e o da Sandbox, uma plataforma de jogos. Mas sabe-se que todas as corporações do mundo estão investindo nessa tecnologia, por isso o metaverso é uma grande promessa para o futuro.

Agora, podemos aterrissar no presente, na Web3 como é hoje, para conhecer uma série de invenções cripto. Elas mostram as diversas funcionalidades e soluções que os derivados da blockchain já alcançaram. Vamos lá?

SAÚDE

HOSPITAL JOHNS HOPKINS

Em parceria com a empresa Medicalchain, o Hospital Johns Hopkins (EUA) está rodando um projeto piloto de descentralização dos prontuários médicos para dar mais autonomia aos pacientes e aos profissionais da saúde, potencialmente salvando vidas. Como? Vejamos um exemplo: em situações de emergência, como quando um paciente viaja e sofre um acidente, a falta de acesso ao histórico médico pode levar a decisões inadequadas por parte dos profissionais de saúde. Com a descentralização dos prontuários, o paciente pode autorizar diferentes hospitais a acessar suas informações, garantindo que os médicos tenham dados completos e precisos para tomar decisões informadas, melhorando a qualidade do atendimento, ao mesmo tempo em que tem sua privacidade e dados protegidos de terceiros.

ARTE HAMPTONS

FINE ART

FAIR

Em 2021, a startup brasileira de Web3 DUX levou a tokenização no mercado de arte para a Hamptons Fine Art Fair (EUA). Em parceria com a Financial Move, a galeria Saphira & Ventura e a Menta Land, a DUX tokenizou mais de R$ 2 milhões em obras de arte, incluindo uma obra de Keith Haring, “Men, Pyramid, Double Headed Barking Dog” (1983); cada uma das 17 peças, entre pinturas, gravuras, esculturas e fotografia, ganhou um NFT. Essa foi a primeira vez que a prestigiada feira de arte negociou obras de arte por meio dessa tecnologia.

“MEN, PYRAMID, DOUBLE HEADED BARKING DOG” (1983)

ECONOMIA CRIATIVA

DUX

A startup de Web3 DUX lançou, em 2024, uma solução financeira inédita para influenciadores digitais no Brasil. Reconhecendo que, apesar de seu impacto significativo nas redes sociais, os influenciadores enfrentam longos prazos de recebimento pelo engajamento nas plataformas e até pelas publicidades que fazem, a DUX desenvolveu serviços específicos para esse nicho. Esses serviços são o adiantamento de recebíveis e a concessão de crédito, permitindo que criadores de conteúdo possam manter suas atividades e investir em suas carreiras. Ao utilizar a tecnologia blockchain, as transações realizadas pela DUX são mais transparentes, totalmente seguras e descentralizadas. Para o influenciador, nada muda — as operações são realizadas na moeda local, o Real, o que facilita a adaptação do consumidor ao sistema, que funciona como os que já conhecemos.

CIDADANIA

DIDS

As Identidades Descentralizadas (DIDs) são uma forma inovadora de identidade digital que permite aos indivíduos controlar seus dados pessoais sem depender de intermediários centralizados. Essas identidades já estão sendo usadas com sucesso em locais como o Canadá e a Holanda, onde são aplicadas em serviços financeiros e governamentais. Países como a Alemanha, Finlândia e Reino Unido estão investindo nessa tecnologia por meio de projetos piloto e iniciativas voltadas para melhorar a segurança e privacidade dos cidadãos em sistemas de identificação digital. Além disso, no contexto de controle migratório, as DIDs podem ser usadas para facilitar o processo de verificação de identidade em fronteiras, tanto dentro quanto fora do país de origem.

ESPORTE SOCIOS .COM

Elevando a experiência da torcida de futebol: com a venda de “fantokens” ou tokens de fã, a Socios.com possibilita que clubes renomados como Barcelona, Paris Saint-Germain, Inter de Milão, Juventus, Milan, Palmeiras, São Paulo, Corinthians e Atlético Mineiro consigam conectar fãs de todo o mundo, mesmo aqueles que estão distantes fisicamente. Ao adquirir esses tokens, os torcedores ganham acesso a um ambiente virtual exclusivo do seu time, onde podem usufruir de benefícios, experiências personalizadas e, em alguns casos, participar ativamente de decisões de governança, como votar para decidir o design de camisas comemorativas.

POLÍTICA COMBATE

ÀS FAKE NEWS

A tecnologia blockchain pode ser amplamente usada nas mídias durante as eleições para o combate às fake news, deep fakes e manipulação de informações, pois ela permite rastrear e verificar a origem e autenticidade das informações. Ao registrar os dados em uma rede descentralizada e imutável, a blockchain possibilita identificar a fonte de notícias falsas e responsabilizar os envolvidos, aumentando a transparência na comunicação. Isso é especialmente relevante em tempos de rápida disseminação de desinformação, ajudando a proteger o processo democrático e garantindo que os eleitores tenham acesso a informações confiáveis.

As formas como a blockchain pode ser usada para combater as fake news são muitas e podem ser combinadas. Sistemas de verificação de fatos também podem utilizar a blockchain para registrar suas avaliações sobre a veracidade das notícias. Essa informação verificada poderia ser vinculada à notícia original, proporcionando uma camada extra de confiança. Outra coisa, que se fosse adotada ajudaria a criar outra camada de segurança, seriam as plataformas de notícias que os jornalistas poderiam usar a blockchain para certificar a autenticidade de seus artigos. Uma espécie de “carimbo de tempo” criptografado, garantindo que a versão do artigo seja a original e não tenha sido alterada.

Concluímos que, embora tenha ganhado notoriedade com as criptomoedas, e no mercado financeiro de modo geral, a tecnologia blockchain pode ser aplicada (e tem sido aplicada!) nos mais diversos setores, e por isso merece nossa atenção.

Então, quais são as tendências de mercado e os impactos que podemos perceber desde já?

Tudo aponta para uma transformação significativa, caracterizada pela desmaterialização, desintermediação, desmonetização e digitalização. Essa nova era digital traz um impacto social crescente, permitindo iniciativas como a compensação de carbono e o rastreamento de produtos adquiridos (como roupas, por exemplo), que ajudam os consumidores a entenderem a origem das suas compras e a fazerem escolhas mais éticas.

Por outro lado, estamos passando por desafios regulatórios, mas o Brasil ainda se destaca como uma das principais referências globais em estrutura regulatória para a utilização de blockchain em larga escala. Isso abre a possibilidade do país se tornar um expoente tecnológico nesse setor.

EVENTOS

Confira os principais eventos que debatem o universo cripto no Brasil e no mundo:

WEB SUMMIT

É a maior conferência de tecnologia e inovação da Europa, iniciada na Irlanda em 2009, atualmente sediada em Lisboa. O evento saiu pela primeira vez do continente europeu em 2023, rumo ao Brasil, no Rio de Janeiro, e ganhou expansões também no Canadá, na China e no Catar.

BLOCKCHAIN.RIO

É o maior evento de blockchain, Web3 e negócios da América Latina. Conta com palestras, workshops e painéis de discussão liderados por especialistas, empreendedores e inovadores do setor, reunindo mercado, autoridades e acadêmicos da área. É um evento de networking de alto nível, que incentiva a geração de negócios, parcerias e o investimento em novas tecnologias.

NFT BRASIL

Sintonizado com as tendências, inovações tecnológicas e horizontes abertos pela Web3, o NFT Brasil é um evento para descobrir, conectar, construir e fortalecer comunidades de artistas digitais e desenvolvedores da Web3 no Brasil.

NFT.RIO

É um evento gratuito, aberto a todos, com o objetivo de mostrar como a tecnologia blockchain já está mudando a nossa percepção nos meios digitais, e como isso vai transformar a arte, a cultura e o nosso dia a dia. O evento busca conectar as cenas carioca

e brasileira a um movimento global, expondo lado a lado artistas nacionais e internacionais, consagrados e emergentes.

HACKTOWN

Evento que acontece em Santa Rita do Sapucaí, MG (220 Km de SP), cidade que é polo tecnológico e criativo, conhecida como o Vale do Silício Brasileiro. São mais de 800 atividades simultâneas acontecendo em diferentes pontos centrais da cidade. Uma união de palestras, paineis e entrevistas com temas como tecnologia, pessoas, música, empreendedorismo e artes. Além de exposições, shows com bandas emergentes e muito mais.

RIO INNOVATION WEEK

É um festival de tendências que reúne diversos atores do ecossistema de tecnologia, inovação, empreendedorismo, ESG e de grandes setores da economia do país para vivenciarem conferências, experiências imersivas, conexões inspiracionais, encontros de negócios e muito networking.

BIT SAMPA

Evento realizado em São Paulo que aborda Bitcoin, Blockchain, Criptomoedas, DeFi, NFT, Mineração, Tokenização e Legislação do universo de criptomoedas.

BITCONF

Encontro para a comunidade de tecnologia e o mais antigo evento sobre Bitcoin, blockchain e criptomoedas do país, lançado em Florianópolis em 2014. Em uma cidade diferente a cada edição, o tema é abordado sob vários ângulos, social, econômico, político, tecnológico e filosófico, e já são 10 anos de debate.

NFT NYC

Conferência anual em Nova York que tem o intuito de explorar o potencial e as aplicações dos NFTs nos mercados de arte, música e entretenimento.

NFT PARIS

Conferência da capital francesa que reúne marcas, artistas, empreendedores, investidores e colecionadores interessados em NFTs.

NON FUNGIBLE CONFERENCE

Realizado em Lisboa, é um evento no qual a economia criativa encontra a Web3 na arte, na moda, nos jogos, na música, na performance ao vivo, misturando o real e o virtual sem precedentes.

TOKEN 2049

É um evento global focado em criptomoedas e blockchain, realizado anualmente em diferentes cidades do mundo, como Singapura e Dubai. Reúne fundadores, desenvolvedores, investidores, reguladores e entusiastas para discutir as últimas tendências, inovações e desafios das tecnologias emergentes.

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IMPRENSA

Saiba onde ler notícias sobre o universo cripto!

VEÍCULOS ESPECIALIZADOS

Cointelegraph Brasil

E-Investidor (Estadão)

BeinCrypto Brasil

Web3 News

CoinDesk

Portal do Bitcoin (UOL)

CriptoFácil

Livecoins

VEÍCULOS GENERALISTAS

Valor Econômico

InfoMoney

Exame Bloomberg

Valor Econômico

Folha de S. Paulo

O Globo

Conheça a startup que navega pelo universo cripto há bastante tempo e ajudou na construção de todo este manual — a DUX!

Fundada em 2021, em Juiz de Fora (MG), a DUX é uma fintech que oferece adiantamento de recebíveis e crédito personalizado para influenciadores digitais, usando IA e blockchain. Suas soluções ajudam criadores de conteúdo a manter o fluxo de caixa e acessarem crédito justo, sem a necessidade de intermediários.

O fundador e CEO da DUX é Luiz Octávio Gonçalves Neto, um entusiasta do futurismo, da inovação, da descentralização e das tecnologias exponenciais na busca por uma evolução da consciência coletiva humana. Sempre na vanguarda brasileira do tema cripto, o Luiz já palestrou em eventos como Web Summit, #CRIPTOCLUB 6.0 e NFC Non-fungible Conference BR. Quer saber o que ele pensa sobre o potencial e o futuro da Web3?

“Como acontece com qualquer inovação, a própria infraestrutura é agnóstica quanto ao resultado que produz. Ela não é inerentemente boa nem inerentemente má; é apenas uma ferramenta. E cabe aos seres humanos, como membros da sociedade, decidir se querem usar esta ferramenta para construir um mundo melhor ou perpetuar os desafios enfrentados atualmente” Luiz Octávio, CEO da DUX.

Ainda tem dúvidas sobre o universo cripto e não sabe por onde começar seu texto? Escreva para contato@mayapr.com.br.

Foi uma bela viagem, hein?! Até a próxima! :)

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