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Série B | Nº 276 | 10.000 exemplares
Boletim Informativo da Diocese de União da Vitória | Março de 2022
Oração, Jejum e Caridade Caminhos de Conversão
Quaresma é Tempo de purificação e de preparação, quando cada cristão, por meio da Palavra de Deus, da Eucaristia, da confissão, da prática do jejum, da caridade e da oração, se aproxima de Deus. Quaresma é Tempo no qual o cristão se prepara para a Festa da Páscoa.
Ainda nesta edição... CATEQUESE
Diocese traz mudança na Catequese. Pág. 07
VOCAÇÃO
Novo Seminário e Novas Ordenações. Págs. 02 e 06
REFLEXÃO
Cristão não promove guerra. Pág. 11
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Estrela Matutina - Editorial - Março de 2022 www.dioceseunivitoria.org.br
O mês de março de 2022 é marcante para a nossa Diocese de União da Vitória. No dia 06 deste mês a Diocese celebra 45 anos de sua Instalação, quando em celebração no antigo Estádio do Ferroviário, em União da Vitória com a ordenação de seu primeiro bispo, Dom Walter Michael Ebejer, a Igreja Particular de União da Vitória dava seus primeiros passos como semente de evangelização do Reino de Deus para as pessoas que aqui residiam e para os que viriam a compô-la depois, continuando assim até os dias de hoje. Região do extremo sul do Paraná, carente na época de muitas condições estruturais para se estabelecer como Diocese, este chão encontrou a força, a disposição e o auxílio de muitos homens e mulheres da própria região e de benfeitores de fora do Brasil para se erigir como um terreno ainda mais fértil de evangelização. O ‘solo do coração’ de cada fiel aqui presente na época já havia sido preparado pelo trabalho evangelizador realizado por diversos padres, religiosos religiosas e leigos que a seu modo e nas suas condições se doaram, lançando uma semente que germinaria como uma Igreja Particular. Este nosso instrumento de Evangelização, o Jornal Estrela Matutina, criado em 1958, testemunhou esse fato, noticiando o tal evento na edição de março de 1977. E fazendo parte desta história, vem durante todo esse tempo registrando a caminhada de vida dessa Diocese. No Livro Tombo da Diocese de União da Vitória, quando descreve de seu histórico, registrando autoria de Dom Pedro Fedalto, arcebispo de Curitiba, hoje bispo emérito, escreveu-se que: “Consta que em 1926, quando foi criada a Província Eclesiástica de Curitiba, era cogitado um bispado em União da Vitória”. Contudo se observa na sequência do texto: “Não há nenhum documento que registre isto”, completa. Também em uma matéria publicada no Jornal de Londrina em 1974, da sua sucursal em Ponta Grossa, Diocese que na época atendia União da Vitória, registrou-se que: “A instalação da Diocese de União da Vitória é antiga aspiração da população do Sul do Paraná[...]”, sonho “[...] desfeito com os problemas advindos da questão do ‘Contestado’, como a divisão de limites, em decorrência de acordo entre Paraná e Santa Catarina, fazendo surgir a cidade irmã, denominada Porto União”, escrevia o Jornal. Contudo, cremos que aprouve Deus no tempo certo e com as condições por Ele vistas como favoráveis, fazer crescer nesse chão, no ano de 1977, uma Igreja Local, como extensão da Igreja de Cristo, para nos conceder Suas Graças. Com o intuito de celebrar esse importante acontecimento, a Diocese de União da Vitória está programando uma missa especial, presidida por Dom Walter Jorge, e que conte com a participação de outros membros do clero e lideranças leigas, fiéis, que junto com os consagrados, formam a Igreja de Cristo nesta Igreja Particular de União da Vitória. Marcelo S. de Lara Editor-Chefe
Em Destaque Seminário Propedêutico é inaugurado em União da Vitória com Posse do Pe. Alisson Ainda dentro das Transferências anunciadas por Dom Walter Jorge no início de dezembro de 2021, no dia 07 de fevereiro, padre Alisson Marlon de Moura, que estava até então como vigário paroquial na paróquia São Mateus, em São Mateus do Sul, assumiu o ofício de Diretor Espiritual do Seminário Diocesano Rainha das Missões e também responsável pelo Seminário Propedêutico São João Paulo II, inaugurado no mesmo ato.
mações do Seminário Maior que recebem o nome de Etapa do Discipulado e Etapa da Configuração. Com o Retiro Vocacional que aconteceu nos dias 05 e 06 de dezembro de 2021 e o Estágio Vocacional que se deu nos dias 22 e 23 de janeiro deste ano 5 vocacionados ingressaram no Seminário, inaugurando a Etapa do Propedêutico, em nova casa. Welerson Fernando Giovanoni, da paróquia São Joaquim e San’Ana, de Paulo Frontin; Lucian de Pauli Jaros, da paróquia São José, de Antonio Olinto; André David Piskorz, da paróquia Senhor Bom Jesus, de Rebouças, e dois jovens da Paróquia Santa Bárbara, de Bituruna: Mateus Nestor de Macedo, e Leandro Augusto Soares Ricardo. SEMINARISTAS CONCLUINTES
Seminaritas do Propedêutico com Pe. Alisson
O Seminário Propedêutico, ou também chamado Seminário Menor fica na BR 476, no Trevo próximo ao Hospital Regional, em União da Vitória, na Casa antes das Irmãs do Instituto Palazzolo. Preparado para ser em local diferenciado do Seminário Maior Rainha das Missões no Centro de União da Vitória, o Seminário Propedêutico tem a finalidade de acolher os novos vocacionados que ingressam no Seminário, para terem uma formação propedêutica, preparatória, antes de iniciarem os Cursos de Filosofia e Teologia, e as demais for-
Se novos seminaristas ingressam para começar sua caminhada de discernimento vocacional, outros concluindo os estudos e outras formações no Seminário, começam o chamado Estágio Pastoral, quando são designados pelo bispo a auxiliarem em trabalhos pastorais em paróquias da Diocese, residindo nelas por um período de um ano. É o caso neste ano dos seminaristas Diego Kukul de Oliveira, natural de General Carneiro, da paróquia Nossa Senhora das Graças e São José, e do seminarista Cristian Majolo Boniatti, da cidade de Antonio Olinto, da paróquia São José.
Da esquerda para direita: Seminarista Diego, Pe. João Henrique e Seminarista Cristian
Pe. Alisson durante a posse como Diretor do Seminário Propedêutico
EXPEDIENTE
Editorial
Proprietária Mitra da Diocese de União da Vitória Rua Manoel Estevão, 275 União da Vitória, PR Contato: estrela@dioceseunivitoria.org.br (42) 3522 3595 Diretor Dom Walter Jorge Pinto Editor-Chefe Francisco Marcelo S. de Lara
Redatores Dom Walter Jorge Pinto Pe. Alisson M. de Moura Pe. Sidnei José Reitz Gustavo Santana Geovana S. Cordeiro Kujiv Francisco Marcelo S. de Lara Diagramação e Arte Final Agatha Przybysz
Tiragem 10.000 exemplares Revisão Pe. Abel Zastawny Francisco Marcelo S. de Lara Impressão Gráfica Grafinorte - Apucarana/PR (41) 9 9926 1113 Fundado em 15 de maio de 1958, por Dr. Mário José Mayer e Ulysses Sebben.
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Palavra do Bispo Viver em sociedade: Aprendizado que nos preserva da autodestruição O ser humano é por natureza um ser social, gregário. Precisa de outras pessoas para suprir suas necessidades fundamentais de sobrevivência, afeto, proteção, etc., não conseguindo normalmente viver sozinho de modo sustentável e saudável. A necessidade de conviver com outras pessoas levou ao desenvolvimento da vida social em diversos âmbitos, fazendo florescer aldeias, cidades, nações, organizações diversas, todas fruto da experiência da convivência humana ao longo de milhares e milhares de anos, experimentando altos e baixos ao longo da história. Viver em sociedade demanda a aceitação de pactos sociais, ou seja, de acordos pelos quais os direitos mínimos de todos possam ser garantidos. É óbvio que também requererá a aceitação de que muitos supostos direitos não poderão ser atendidos, exigindo de todos a aceitação dos limites inerentes ao convívio social. Exemplifico: alguém pode supor ser seu direito escutar música alta ao longo de toda a madrugada, mas a necessidade e o direito ao sono da maioria, exigirá que este alguém tenha que aceitar que haja um horário limite para o seu desejo de escutar música alta. As sociedades não podem se sustentar com mil mundos pensados a partir dos supostos direitos que cada um pensa ter. Mundos com tantos direitos não cabem no mesmo e único mundo no qual todos devemos obrigatoriamente conviver. Os direitos que regem a organização da vida em sociedade deverão ser elaborados por meio da construção e a aceitação de um pacto social justo, que viabilize, portanto, a convivência em sociedade.
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As sociedades não podem se sustentar com mil mundos pensados a partir dos supostos direitos que cada um pensa ter.
Muitas vezes a história testemunhou conflitos motivados pela quebra dos pactos sociais que sustentavam as sociedades, ora motivados pela exaustão de seus modelos, ora produzidos artificialmente por interesses escusos de pessoas ou de grupos. Percebemos atualmente que algumas situações têm levado à exaustão dos pactos sociais.
Constatamos, por exemplo, o acúmulo de fortunas gigantescas nas mãos de uns poucos indivíduos. No entanto, não é possível pensar que se sustente uma sociedade onde seja permitido a alguns acumular fortunas incalculáveis ao passo que a maioria esmagadora da população se veja obrigada a sobreviver com um mínimo de recursos. Se não forem estabelecidas leis que regulem um maior equilíbrio na
distribuição das riquezas produzidas, uma sociedade assim estará fatalmente condenada a se autodestruir, pois já traz em si o germe de sua decadência por meio do crescente descontentamento de grande parcela de sua população. cancaonova.com
Também não é possível sustentar que os pactos sociais não prevejam mecanismos de reparação das injustiças cometidas por qualquer modelo social, que por ser obra humana, é necessariamente falível, portador de deficiências. Pensar, por exemplo, que uma criança que nasceu em condições precárias para o seu desenvolvimento terá na vida as mesmas chances que uma outra, que nasceu em condições favoráveis, não é sensato nem justo. Assim, sem mecanismos de reparação de injustiças sociais, as sociedades, mais cedo ou mais tarde, pagarão os preços de não lutarem para que todos os seus cidadãos tenham condições dignas para o seu desenvolvimento o mais pleno possível. As recentes derrocadas de modelos econômicos que apregoavam a intervenção mínima do Estado e a auto regulação das sociedades pelos mercados revelaram que, sem a presença do Estado a garantir pactos sociais que prevejam o máximo de igualdade nos direitos para todos, a paz será sempre mera ilusão. Ao não querer a intervenção do Estado para tanto, acabaremos por ver o ressurgimento de Estados autoritários, como já temos presenciado atualmente, com suas consequentes mazelas. Diante de um mundo que apregoa a liberdade e o direito como seus bens fundamentais, precisamos zelar para que o uso sábio desses valores contribua para uma vida saudável em sociedade.
Dom Walter Jorge Bispo Diocesano
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Orando com os Salmos
Cântico dos Degraus
Catequese 3ª ETAPA DO CATECUMENATO A celebração dos Sacramentos
Salmo 129 (130)
para a realidade da vida”(Ir. Nery, p. 91) (cf. Ir. Nery. Catequese com Adultos e Catecumenato; história e proposta. Paulus – SP -, 2019).
Das Profundezas eu Clamo Ele vai salvar o seu povo dos seus pecados (Mt 1,21) 1
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Das profundezas eu clamo a vós, Senhor, 2 † escutai a minha voz! Vossos ouvidos estejam bem atentos ao clamor da minha prece!
Se levardes em conta nossas faltas, quem haverá de subsistir? 4 Mas em vós se encontra o perdão, eu vos temo e em vós espero.
No Senhor ponho a minha esperança, espero em sua palavra. 6 A minh’alma espera no Senhor mais 5
que o vigia pela aurora. 7
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Ele vem libertar a Israel de toda a sua culpa.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no Princípio, agora e sempre. Amém.
Comentário do Salmo Belíssimo salmo, começando com a escuridão das profundezas e terminando com o acender-se da aurora. O salmista situa-se nas profundezas de um abismo sem saída: só a sua voz pode sair e elevarse. Ele não concretiza a situação trágica em que se encontra, embora, pelo contexto a seguir, pareça tratarse de um profundo arrependimento por alguma culpa, talvez causa de uma doença grave. Exatamente porque só a sua voz pode sair, ele insiste em que Deus o escute, preste ouvidos ao seu clamor. A resposta à pergunta: Quem poderá subsistir? é, naturalmente, negativa: dada a condição humana pecadora, ninguém pode subsistir, se Deus realmente “considerar”, levar em conta, nossas culpas. Ainda bem que sua misericórdia é maior que nossos pecados. Como em outros salmos de súplica, se o início deste salmo começa “nas profundezas”, seu desfecho sobe até a luminosidade da aurora, cuja vinda é certa, embora não se possa apressá-
A CRISMA
Espere Israel pelo Senhor mais que o vigia pela aurora! Pois no Senhor se encontra toda graça e copiosa redenção.
la: temos de deixar passar a noite! Por isso, como adverte o Eclesiástico (Sir 2,3), é preciso saber “sofrer as demoras de Deus”, que tem o seu ritmo, o seu tempo. De repente, o autor deixa de falar de si mesmo e traz seu povo para o centro da sua oração, da sua esperança: é Israel quem deve aguardar o Senhor, “mais que as sentinelas, a aurora”. E o motivo é tríplice: “com Ele está a misericórdia, com Ele a redenção/ libertação é copiosa, Ele vai redimir seu povo de todas as suas culpas. Não é possível ser mais explícita a esperança, concluindo um salmo que começou tão “fundo” na angústia. Comentários: Pe. Ney Brasil Pereira https://bit.ly/3Iig9ur Fonte: Site Diocese de Florianópolis
Sacramentos da Iniciação Cristã: Batismo, Crisma e Eucaristia Damos aqui continuidade aos artigos que visam fazer uma descrição sobre o catecumenato, a fim de que possamos compreender no final, o que se pretende quando se diz que hoje precisamos vivenciar uma catequese de inspiração catecumenal. Falamos que o catecumenato primitivo se estruturava em 04 tempos e 03 etapas, ou seja, cada tempo preparava para uma etapa a ser vivenciada de modo vibrante através de uma celebração. Neste artigo chegamos à 3ª etapa a saber: a celebração dos sacramentos da iniciação à vida cristã. O tempo que o preparou foi o tempo da iluminação e da purificação que foi descrito no artigo anterior. “Os sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Eucaristia constituem a última etapa do catecumenato” (RICA, n. 27). É o grande momento culminante do itinerário catecumenal e que acontece na noite de Páscoa (que hoje chamamos de Vigília Pascal). É a chamada mãe de todas as Vigílias, a mais importante de todas as celebrações onde se celebra a ressurreição gloriosa de Nosso Senhor Jesus Cristo. O BATISMO
Organizado por: Marcelo S. de Lara PASCOM
A Vigília Pascal se compõe de uma série de ritos simbólicos, além de uma ampla liturgia da Palavra que descreve toda a história da salvação, iniciada desce a criação, até que a nova criação se estabeleça a partir da Ressurreição de Jesus Cristo. “A culminância é a celebração do banho batismal dos catecúmenos...Após o batismo, os batizados recebem a unção com o óleo do crisma e são proclamados neófitos, isto é nascidos de novo, porque renasceram pela ação da Igreja, a comunidade de Jesus, que deles passa a cuidar, alimentar, formar. Os neobatizados recebem a veste branca, símbolo da vida nova em Cristo Jesus, que devem usar até o primeiro sábado depois da Páscoa, quando as vestes são devolvidas, porque seu simbolismo já passou
Segundo o Ritual da Iniciação Cristã de Adultos, (RICA), conforme antiquíssimo uso da liturgia romana, o adulto não é batizado sem receber o sacramento da Confirmação ou da Crisma, logo após o Batismo, salvo alguma razão muito específica o impedisse. “Esta conexão exprime a unidade do ministério pascal, a relação entre a missão do Filho e a efusão do Espírito Santo e o nexo entre os sacramentos” (RICA, n. 34). A EUCARISTIA Por fim, confere-se também a participação na Eucaristia. Aqueles que foram batizados e crismados, participam do banquete eucarístico pela primeira vez, completando assim o ciclo da iniciação à vida cristã. Assim se exprime o RICA: “elevados à dignidade do sacerdócio real, tomam parte ativa na oração dos fiéis e, na medida do possível, no rito de apresentação das oferendas ao altar. Com toda a comunidade tornam-se participantes da ação sacrifical e recitam a Oração do Senhor, manifestando o espírito de adoção de filhos recebido no Batismo. Comungando do Corpo que nos foi dado e do Sangue derramado por nós, confirmam os dons recebidos e antegozam os eternos” (RICA, n. 36). Do ponto de vista dos três sacramentos da iniciação, a Eucaristia é uma culminância, um sinal de plena e definitiva inserção na Igreja. “Participando da mesa eucarística, o crente se alimenta e se sente cada vez mais membro da Igreja. Por ser a Eucaristia o mistério central da vida cristã, é necessário desenvolver nos iniciados, sentimentos e atitudes que os levem a reconhecer o Senhor no pão partido”(Doc. 107 da CNBB: Iniciação à vida cristã: itinerário para formar discípulos missionários, n.133).
Pe. Sidnei José Reitz Assessor da Pastoral Catequética
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Estrela Matutina - Caderno 2 - Março de 2022 www.dioceseunivitoria.org.br
Família como espaço de pertencimento e formador de identidade É na família que se aprende, se descobre a importância de se pertencer a um grupo, de partilhar memórias vividas, histórias, contos ditos em dias frios em volta do fogão, em rodas de chimarrão, ou ainda, entre o intervalo de um afazer e outro. Os dias de domingo quando se reúne a família e quando alguém pergunta como era a vida antigamente se tornam um deleite para os novos e alegrias para os mais velhos que encontram nesse momento a oportunidade de contarem suas histórias, onde se passam receitas, ensinam remédios, partilham alegrias da vida, a dor do sofrimento, sobre confiar, desconfiar e compartilhar. Essas experiências geram em seus membros um sentimento de pertença. Um espaço importantíssimo para a identidade dos seus. Já o sentimento de comunhao.com.br não pertencimento é um “não-lugar” espaço esse que pode ser superficial, transitório. É o não se encontrar em lugar algum, ou não se reconhecer pertencente a nenhum grupo, ou à uma família, o que pode gerar na pessoa solidão, vazio. Encontrar um lugar onde se é acolhido, reconhecido, validado, vai possibilitar não só o crescimento pessoal, mas de todo o contexto. Para que esse lugar seja um espaço que proporcione crescimento, há alguns pontos que precisam ser incentivados, no dia a dia dentro do contexto familiar. Identificar e compartilhar suas emoções. Parece fácil, mas pode não ser. Então encontrem um momento, pode ser durante a refeição, uma roda de chimarrão para partilharem alguma situação ou sentimento. Esse habito de falar sobre o que se sente gera nos filhos segurança para falarem sobre si. Valide o sentimento do outro!
ferente da idade dos membros da família, pois todos têm algo importante a dizer, compartilhar. Estimular no outro suas potencialidades. As pessoas têm dificuldades e facilidades, mas ouvir da família o que se tem de melhor é algo cleofas.com.br gratificante que estimula seguir em frente. Compartilhar dificuldades. Não é só de bons momentos que se vive. Viver é uma arte, e os pais ou responsáveis precisam ensinar os filhos, através do comportamento e exemplo a como agir e reagir frente as dificuldades, injustiças. Essas atitudes moldam seu caráter. Comemorar as conquistas. É vibrar, agradecer, rezar, saltitar juntos frente aos resultados, gerando boas lembranças e memórias positivas em família. Tudo isso, não se trata de uma receita pronta, mas de reflexões sobre o papel do contexto familiar na formação da identidade de seus membros e o quanto o pertencimento gera vínculos afetivos capazes de torná-los resilientes, resistentes às adversidades da vida.
... o sentimento de “ não pertencimento
é um “não-lugar” espaço esse que pode ser superficial, transitório.
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A família é um espaço onde os membros de uma coletividade partilham crenças, valores morais, costumes, memórias, dando a seus membros a possibilidade de se sentirem pertencentes àquele lugar, àquela raça. Lugar que de forma simbólica auxilia na construção de uma identidade.
DATA 02 06 11 a 13
Facilitar a comunicação entre a família. Entende-se comunicação como diálogo, é algo indispensável para uma boa convivência. Muitos mal-entendidos não ocorreriam se as pessoas dialogassem mais.
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Ouvir o outro. Muitas vezes a escuta não ocorre, o que se espera é somente o momento de falar, opinar. Treinar e incentivar a escuta é importante, indi-
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17 19 e 20 24 25 a 27 25 a 27 27 28 a 30 30 31 À definir À definir
Geovana Salete Cordeiro Kujiv Psicóloga Clínica CRP 08/19042
ATIVIDADES DE MARÇO Quarta-feira de Cinzas; 45 anos de Instalação da Diocese; Retiro Espiritual para Assessores da IAM (Nível Estadual), local à definir; Retiro Espiritual para Missionários, no Instituto Piamarta, em União da Vitória; Aula inaugural da Escola de Comunicação da PASCOM - Brasil, online; Assembleia dos Bispos do Paraná, em São José dos Pinhais PR; Reunião do Conselho Presbiteral, local à definir; 2º Etapa da Escola Catequética Diocesana, na Casa de Formação Cristã, em União da Vitória; Reunião do Clero, local à definir; ECIAN (Formação para crianças e adolescentes), em Paula Freitas; Cursilho Feminino, na Casa de Formação, em União da Vitória; Encontro por Setor – Setor Rio Azul, Par. São Joaquim e Sant’Ana, em Paulo Frontin; Encontro dos Ecônomos, em Guarapuava - PR; Reunião Mensal do Setor 280 da Pastoral da Criança, na Catedral, em União da Vitória; Formação Mensal da PASCOM pelo Regional Sul 2, online; Encontro da PASCOM do Regional Sul II, local à definir; Visita ao Grupo da Paróquia Nossa Senhora do Rocio, em União da Vitória;
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Diocese acolhe dois novos diáconos em seu presbitério O sábado, 05 de fevereiro foi mais uma data importante para toda a Diocese de União da Vitória, que acolheu em seu presbitério, dois novos diáconos transitórios, que se preparam para o sacerdócio. Diego Ronaldo Nakalski e Douglas Ribasz, após concluírem seus estudos no Seminário Diocesano e terem feito um ano de Estágio Pastoral na Paróquia Catedral e na Paróquia São José, em Antonio Olinto, receberam pelas mãos de Dom Walter Jorge, bispo diocesano, o 1º Grau do Sacramento da Ordem, o Diaconado.
Os agradecimentos dos dois Diáconos ao final da celebração expressaram gratidão por todas as pessoas que desde o início do seu despertar vocacional estiveram ao lado deles, no apoio com as orações, na formação e no incentivo à consagração que se doaram. Ainda no mês de fevereiro, os dois novos diáconos iniciaram o exercício de seu Ministério em paróquias designadas pelo bispo Diocesano. Diácono Diego Nakalski foi apresentado na paróquia São Mateus, em São Mateus do Sul, no dia 20 de fevereiro, na missa das 19h, em missa presidida por Dom Walter Jorge. O Diácono residirá na paróquia São Mateus auxiliando o padre José Carlos, que está como pároco.
Ainda como seminarista, Diego Nakalski e seus pais
Natural da paróquia Nossa Senhora das Graças e São José, de General Carneiro, Diego é filho de João Ramiro Ronaldo Nakalski e de Luciani Aparecida Budnhak Nakalski. Com 24 anos, é o primeiro filho, tendo ainda mais três irmãs.
Na celebração de ordenação, que se deu na Paróquia São José, em Antonio Olinto, às 10h, Dom Walter expôs aos dois seminaristas que seriam ordenados, e ao povo presente, o sentido do Ministério Diaconal que os seminaristas receberiam. Segundo Dom Walter, aquele que recebe o Diaconado, e assim também o Sacerdócio, deve ter na alma a marca do serviço, revelado pelo próprio Jesus, porque a alegria maior de qualquer pessoa é dar a vida pelo outro. “Quando colocarem aquela estola no peito de vocês, deixem o coração de voAinda como seminarista, Douglas Ribasz e seus pais cês serem transpassado pelo desejo de serem servidores. O Diaconado deve imprimir na alma a marca do serviço, como nos ensina Cristo. Serão então animadores do serviço na Igreja, porque a Igreja é servidora. Ninguém pode se pretender consagrar a Deus sem se consagrar ao povo de Deus. Douglas e Diego, não tenham medo de servir”, dizia Dom Walter Jorge. Dirigindo-se a cada um deles, Dom Walter Jorge ainda reforçou que não buscassem na vida e no Ministério a satisfação das próprias necessidades, mas que se doassem no amor e no serviço ao próximo. “Douglas... envelheça nesse amor que gasta sua vida com as pessoas. Não fique olhando as suas necessidades. O ser humano é um poço de necessidade sem fim. Diego... ame e então você será livre. Quanto mais você sair de si mesmo, tanto mais você encontrará o amor. Foi assim que Jesus fez. Amigo de Jesus, amigo dos pobres, porque Deus se fez assim, mais próximo dos mais necessitados”, concluiu o bispo, momentos antes do Rito da Ordenação.
Prostrados durante a Ladainha de todos os Santos, os ainda seminaristas Douglas e Diego.
Novos diáconos reunidos com parte do Clero da Diocese de União da Vitória.
Para a Paróquia Senhor Bom Jesus, em Rebouças, onde está o padre Fabiano Bulcovski, Dom Walter Jorge designou o Diácono Douglas. Sua apresentação se deu no dia 19 de fevereiro, às 19h. Douglas é filho da paróquia São Mateus, de São Mateus do Sul e se criou na Vila Palmeirinha, um dos bairros da cidade. Seus pais são Clóvis de Souza Ribasz e de Luzia Cristina da Silva. Com 24 anos, é o filho mais velho de três irmãos. Atuando nesse período como Diáconos, ambos se preparam também para a Ordenação Sacerdotal, que pode se dar ainda neste ano ou no início de 2023. *Que Maria, Rainha e Mãe dos Vocacionados esteja ao lado destes novos consagrados ao serviço do Reino do Pai, e que por estas ordenações toque o coração de novos vocacionados ao mesmo serviço, despertando vocações masculinas e femininas para a Igreja.
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Pasconeiros da Diocese realizam encontro formativo e definem equipe Diocesana Quatorze pasconeiros e pasconeiras da Diocese de União da Vitória, representando algumas paróquias, participaram do primeiro encontro formativo do ano. O encontro aconteceu na paróquia São Carlos Borromeu, em Paula Freitas, no dia 19 de fevereiro, das 14h às 18h.
sagem do Evangelho, e dar passos com ações para suprir essas necessidades. Com a Pascom implantada na Diocese de União da Vitória, no dia 08 de fevereiro de 2020, muitos serviços valiosos foram realizados pelos pasconeiros nesse tempo, em especial na Pandemia, aproximando as pessoas da Igreja, e mantendo-as em contato com a Palavra de Deus, por meio das diversas ferramentas de comunicação. Estas e outras ações, como ações sociais, produção de material informativo, foram partilhas pelos pasconeiros na reunião.
Com dois anos de implantação na Diocese, a Pastoral da Comunicação vem aos poucos se formando nas paróquias, sendo composta por leigos que amam a comunicação e desejam ajudar a Igreja a melhor comunicar a Mensagem de seu mestre Jesus.
A abertura do encontro foi feita pelo O encontro formou também a Equipe padre João Francisco Sieklicki, pároco Diocesana da Pascom, que terá seus Pasconeiros da Diocese de União da Vitória de Paula Freitas e Assessor Diocesano encontros formativos de estudos dos de Pastoral, que conduziu uma Leitura Documentos da CNBB sobre comunicaOrante da Palavra de Deus, extraída do Evangelho de Mateus. Na sequência, o ção, possibilitando que esse conhecimento chegue aos pasconeiros de cada paPasconeiro Welinton Luiz Giovanoni, partilhou a Mensagem do Papa Francisco, róquia onde está o serviço da Pascom. A Pastoral da Comunicação da Diocese lançada no dia 24 de janeiro, para o Dia Mundial das Comunicações Sociais a conta também agora com um padre assessor, anunciado no encontro pelo padre ser comemorado em maio deste ano. João Francisco. Foi então nomeado para assessorar a Pascom na Diocese, o padre Ronaldo Adriano Rodrigues, O encontro, conduzido por Marcelo S. de Lara, coordenador diocesano da Pasto- que atualmente atua em São João ral da Comunicação contou com momento de espiritualidade; partilha de expe- do Triunfo. riências de ações realizadas nas paróquias; dinâmicas de grupo O próximo encontro diocesano conduzida pela equipe de recep- com todos os pasconeiros da ção da Paróquia, e estudo sobre Diocese está marcado para o dia a identidade da Pascom e seus 20 de agosto. Enquanto isto, os 4 Eixos: Espiritualidade, Forma- pasconeiros acompanham também as formações online e preção, Articulação e Produção. sencial oferecidas pelo Regional Júnior e Josiane da PASCOM da Par. São Carlos A missão dos pasconeiros agora e pelo Nacional. Borromeu, de Paula Freitas é animar ainda mais a Pascom em suas paróquias, convidando Na Diocese de União da Vitória uma das missões dos membros da Pascom, Welinton, da Paróquia São Joaquim e Sant’Ana mais pessoas a ingressarem, e além das atividades paroquiais, está a Celebração do 56º Dia Mundial das Cocom o apoio dos padres, diáco- municações Sociais, a ser celebrado no dia 29 de maio deste ano, Festa da Asnos e lideranças de outras Pastorais e Movimentos, escutar as necessidades censão do Senhor. que a paróquia tem no que se refere a todo seu processo comunicativo da men-
Diocese assume novo formato para a Catequese Diferente do formato de anos anteriores, em que a catequese iniciava na quarta-feira de cinzas, indo até novembro do mesmo ano, o novo formato para a Catequese de 20222023, assumido pela Diocese é iniciar os encontros em junho deste ano, indo até a Páscoa de 2023. Esta decisão foi apresentada na reunião da Equipe Diocesana da Catequese, que se deu no dia 25 de janeiro, no Salão da igreja Catedral, em União da Vitória, onde estavam presentes o Coordenador Diocesano da Catequese, Célio Reginaldo Calikoski, o assessor diocesano, padre Sidnei Reitz, e os coordenadores paroquiais. “Além de discutirmos o calendário 2022-2023, marcando as formações para os catequistas,
inspiração catecumenal. As celebrações das Crismas e das Primeiras Eucaristias acontecerão nos meses de abril e maio do próximo ano, período do Tempo Pascal”, afirmou Célio Calikoski.
Coordenadores paroquiais da catequese, reunidos na Catedral em União da Vitória (Foto: Luísa Pedroli)
as celebrações das Crismas e os encontros de catequese com as crianças e os adolescentes, tratamos do novo formato da Catequese que a Diocese irá assumir neste ano. Dessa forma, a Diocese trabalhará a catequese dentro de uma
O Coordenador ainda comentou que a Catequese Diocesana está assumindo o compromisso com a vida, tomando a decisão que para a participação dos catequistas nas formações, o catequista deve estar imunizado com as doses da vacina contra a Covid-19. “Com isso a catequese da Diocese de União da Vitória defenderá a vida e seguirá as orientações do Papa Francisco, que incentiva que as pessoas se vacinem”, reforçou o coordenador.
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Liturgia 07/03 - Santas Perpétua e Felicidade e Evangelizar com a Liturgia! Santo do Mês
companheiros mártires
A perseguição aos cristãos por parte do Império Romano no início do 3º século levou à prisão alguns catecúmenos do norte da África, que estavam se preparando para receber o batismo: Perpétua e sua criada Felicidade, que estava no 8º mês de gravidez, além de Revocato, Saturino e Secúndolo. Ambos tinham uma bela amizade, também com aquele que os estava catequizando, Saturo, que ao saber da prisão deles, livremente se apresentou como cristão para ser preso junto com eles. O pai de Perpétua tentava fazer sua filha abandonar a fé para salvar a vida, mas ela recusou tal proposta. Na prisão foram batizados por Saturo e pediram a Deus não a libertação da prisão, mas força para confessar Cristo. Foram então levados para uma prisão subterrânea fria e sem luz. Através de um sonho Perpétua percebeu que o destino que os esperava era o martírio, após o qual entrariam no triunfo das alegrias celestes. Os prisioneiros cristãos foram levados à praça para serem interrogados, onde poderiam prestar culto a estátua do imperador e ser libertados, ou professar que eram cristãos e serem condenados a morte. Todos os amigos permaneceram fieis à fé na qual foram batizados e foram condenados a enfrentar as feras no estádio. Mas a lei romana proibia que uma mulher gravida fosse levada para a arena, então Felicidade não poderia sofrer o martírio junto com seus companheiros de fé e de cárcere. Todos começaram a rezar para que ela tivesse o parto antes do dia marcado para os jogo, e a oração foi atendida. Um dos carcereiros então lhe disse: “se você grita assim agora, imagina quando for atirada às feras?”, ao que ela respondeu: “agora sou eu quem sofro, mas lá será outro quem sofrerá por mim”, consciente que era de ser membro do Corpo de Cristo.
Na véspera do dia dos jogos Felicidade deu à luz uma menina que foi criada por irmãs da comunidade. Enfim chegou o dia tão aguardado pelos amigos prisioneiros. Foram apresentados ao povo, que enchia o local para ver tal espetáculo. Foram chicoteados para atrair as feras com seu sangue. Saturo Revocato e Saturino, foram amarrados e atacados por um leopardo e por um urso. Perpétua e Felicidade, foram atacadas e atingidas pelo chifre de uma vaca enfurecida. A multidão se divertia ao ver aquela forte cena e gritava: “os lavados agora estão purificados”, afirmando, mesmo sem saber, que aqueles que receberam a fé pela água do batismo, agora a testemunhavam com o sangue. Estavam ainda vivos antes de receber o golpe de misericórdia. Puderam se ver nesta vida antes de o fazer no Céu. Esta história rica de inúmeros outros detalhes é atestada pelas cartas escritas por Perpétua e por contemporâneos que testemunharam o ocorrido. No local onde seus corpos foram enterrados foi construída uma basílica a eles dedicada. ORAÇÃO Ó Deus que destes às mártires Perpétua e Felicidade a graça de testemunhar a fé em meio aos duros sofrimentos, de modo a conquistar a coroa celeste, concedei-nos pela interseção de ambas, a graça de também darmos testemunhos da fé em quem cremos e, assim, alcançar a recompensa que almejamos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
Gustavo Santana Seminário Diocesano 2º ano de Teologia
cancaonova.com
A fé que professamos pede para ser celebrada e testemunhada na liturgia e na vida. Esta mesma liturgia é o coração pulsante da Igreja, mas a sua ação evangelizadora não se esgota em si, muito pelo contrário, está no centro da atividade missionária da Igreja, como que uma fonte que renova sem cessar a comunidade de fé. Na relação entre liturgia e evangelização se faz preciso tornar as nossas celebrações litúrgicas ao mesmo tempo a meta para a qual se encaminha a ação da Igreja e a fonte de onde vem toda a sua força e, igualmente, verdadeiros momentos de evangelização e autênticas experiências de encontro com Jesus Cristo. A CAPACIDADE DE GERAR PRESENÇA A evangelização propõe caminhos para que os fiéis se encontrem com Jesus Cristo e, pela liturgia da Igreja, se unam à sua Páscoa que se dá nas pequenas vitórias, a cada passo em frente na evangelização. Deste modo, Jesus nos deixa a Eucaristia como memória cotidiana da Igreja (Lc 22,19). O “ser” Igreja e “estar” na Igreja é possível somente por Ele e para Ele. A alegria evangelizadora brilha sempre sobre o horizonte da memória agradecida. A liturgia evangeliza à medida que nos coloca no mundo de Deus, em sua lógica, e qualifica nossa vida com a presença salvadora do Senhor Jesus, que envolve os discípulos com sua Palavra e os envia para que anunciem e deem um autêntico testemunho na vida de cada dia.
Assim, caros leitores, liturgia e evangelização, estão intimamente ligadas, pois, a evangelização melhora o mundo com esta presença que alegra. REFLETINDO A comunidade evangelizadora jubilosa sabe sempre festejar: celebra e festeja cada pequena vitória, cada passo em frente na evangelização. No meio desta exigência diária de fazer avançar o bem, a evangelização jubilosa torna-se beleza na liturgia. A Igreja evangeliza e se evangeliza com a beleza da liturgia, que é também celebração da atividade evangelizadora e fonte de renovado impulso para se dar (EG, n. 24). Evangelizar na e com a liturgia conduz, antes de tudo, a um sincero amor a Jesus e à Igreja. No Senhor o cristão encontra a luz que ilumina a sua vida e a razão do seu estar no mundo, sem ser do mundo (Jo 15,18-19 e 17,14); chamado a “fazer a diferença” com seu estilo de vida e a presença atuante na sociedade. Que a Virgem Maria, mãe de Jesus e nossa nos ajude a unir sempre o louvor dos lábios e o louvor da vida no verdadeiro serviço ao Senhor. Referências: Bíblia Sagrada Ave-Maria Catecismo da Igreja Católica Exortação Apostólica - A Alegria do Evangelho, Papa Francisco
Pe. Alisson M. de Moura Seminário Propedêutico
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Estrela Matutina - Caderno 1 - Março de 2022 www.dioceseunivitoria.org.br
Campanha da Fraternidade 2022 traz como tema a Educação Do Fundo Nacional de Solidariedade
Com início no dia 02 de março, Quarta-feira de Cinzas, a Campanha da Fraternidade 2022, traz como tema “Fraternidade e Educação” e o lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (Pr 31,26). É a terceira vez que a Igreja no Brasil aprofunda o tema da educação em uma Campanha da Fraternidade. Desta vez, a reflexão é impulsionada pelo Pacto Educativo Global, convocado pelo Papa Francisco.
A CF desde 1964 contribui para a renovação da vida da Igreja e a transformação da sociedade, a partir de problemas específicos, tratados à luz do projeto de Deus, incentivando a prática de gestos concretos de fraternidade em prol da transformação de situações injustas e não cristãs. A Coleta no Domingo de Ramos
Entenda melhor a Campanha da Fraternidade Celebrada no período quaresmal, a Campanha da Fraternidade (CF) convida a todos a imitar a misericórdia do Pai repartindo o pão com os necessitados, fortificando o espírito fraterno. A iniciativa está ligada a caminhada quaresmal como um dos modos de viver a espiritualidade da Quaresma. Objetivo geral A Campanha da Fraternidade de 2022 convida a promover diálogos a partir da realidade educativa do Brasil, à luz da fé cristã, propondo caminhos em favor do humanismo integral e solidário.
Visando tornar a coleta do Domingo de Ramos ou Coleta da Solidariedade, eficaz instrumento de solidariedade, em 1998, na 36° Assembleia Geral, a CNBB criou o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) (40% da coleta), o FNS, fruto do gesto concreto dos cristãos, assume o compromisso social, como importante instrumento para apoio a iniciativas de enfrentamento das condições de pobreza e miséria. O Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS) (60% da coleta) permanecem na diocese de origem, os recursos são destinados ao apoio a projetos locais de enfrentamento da miséria e da exclusão social. Os Fundos de Solidariedade promovem a fraternidade entre as diversas regiões do Brasil, tem por objetivo promover a erradicação de vulnerabilidade e risco social, ao atenderem projetos com dificuldade de obterem financiamento, não obstante os grandes benefícios que propiciam às populações carentes.
Objetivos Específicos 1. Analisar o contexto da educação na cultura atual, e seus desafios potencializados pela pandemia. 2. Verificar o impacto das políticas públicas na educação. 3. Identificar valores e referências da Palavra de Deus e da Tradição cristã em vista de uma educação humanizadora na perspectiva do Reino de Deus. 4. Pensar o papel da família, da comunidade de fé e da sociedade no processo educativo, com a colaboração dos educadores e das instituições de ensino. 5. Incentivar propostas educativas que, enraizadas no Evangelho, promovam a dignidade humana, a experiência do transcendente, a cultura do encontro e o cuidado com a casa comum. 6. Estimular a organização do serviço pastoral junto a escolas, universidades, centros comunitários e outros espaços educativos, em especial das instituições católicas de ensino. 7. Promover uma educação comprometida com novas formas de economia, de política e de progresso verdadeiramente a serviço da vida humana, em especial, dos mais pobres
Processo de envio Os processos de recebimento, análise, deferimento e acompanhamento de todos os projetos, são de responsabilidade do departamento Social da CNBB, conjuntamente com o Conselho Gestor do FNS-CNBB. Para envio de projetos a Instituição deve estar em conformidade com o Edital do Fundo Nacional de Solidariedade, publicado em fns.cnbb.org.br. O cadastro do projeto será realizado por meio do sistema acessado em: fns. cnbb.org.br preencher por meio eletrônico todos os dados solicitados referentes ao projeto, e fazer o envio físico do projeto para: Fundo Nacional de Solidariedade – SE/Sul Quadra 801 Conjunto “B” 70.200-014. Brasília – DF. Após o envio, os projetos serão analisados pelo Conselho Gestor do FNS- CNBB. A Instituição poderá acompanhar os status do trâmite do projeto no sistema.
Frades Franciscanos recebem os Ministérios de Leitor e Acólito Dom Walter Jorge, bispo diocesano de União da Vitória, contando ainda com a participação dos padres responsáveis pela Formação no Seminário, pelo padre Frei José de Jesus, superior do Instituto dos Frades Franciscanos, e outros religiosos pertencentes ao Instituto, e que atuam nas ACARDIs I e II, trabalho social realizado pelo Instituto. Também fiéis leigos, que participam das celebrações no Seminários e convidados para a cerimônia, acompanharam todo o Rito na celebração.
Frei Kláubio do Sagrado Coração de Jesus e do Imaculado Coração de Maria, e Frei Mano Edson Costa de Souza, membros do Instituto Franciscano Servos Missionários do Espírito Santo, receberam no dia 17 de fevereiro, os Ministérios de Leitor e Acólito. O Leitorato e o Acolitato são Ministérios dados pela Igreja para leigos, seminaristas e religiosos, atribuindo de forma oficial serviços prestados nas Liturgias. Frei Kláubio, recebeu o Leitorato, tornando-se leitor oficial da Igreja, na proclamação dos textos bíblicos, nas celebrações litúrgica Frei Mano Edson recebeu o Acolitato, serviço na Igreja em que aquele que o recebe pode distribuir a Sagrada Eucaristia nas celebrações das Missas e Liturgias da Palavra, assim como fazem os Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística.
Em sua fala Dom Walter Jorge falou da importância do trabalho desenvolvido pelos religiosos na Diocese, acolhendo ainda com alegria os freis nos Ministérios. Da esquerda para a direita: Frei Manoedson, Dom Walter Jorge e Fr. Kláubio
A Missa em que os dois Freis receberam os Ministérios se deu na Capela do Seminário Diocesano, em União da Vitória, às 18h. A celebração foi presidida por
da vocacional.
O recebimento destes Ministérios para seminaristas e Frades, são um novo passo na caminha-
Informações e fotos: André David Piskorz e Welerson Fernando Giovanoni Seminaristas do Propedêutico
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Estrela Matutina - Caderno I - Março de 2022 www.dioceseunivitoria.org.br
Sínodo convocado pelo Papa foi tema da Aula Inaugural do IFTESAM na abertura do ano letivo Um assunto que despertou a curiosidade dos fiéis católicos de todo o mundo foi o Sínodo de 2023 convocado pelo Papa Francisco. O Evento que acontece em três fases, sendo a primeira nas Dioceses; a segunda a nível continental; e a terceira em Roma, pretende como pede o Papa, reunir reflexões de diversas vozes da Igreja e da sociedade para ajudar a Igreja a discernir e caminhar com sua missão evangelizadora nos novos tempos em que ela se encontra.
Prof. Diogo Marangon Pessoto Doutor em Teologia pela PUC - RIO
comunhão na Igreja, modo pelo qual se dá a participação ativa de todo o Povo de Deus na vida e na missão da Igreja.
Vivendo a primeira fase do Sínodo, na Diocese de União da Vitória o Instituto de Filosofia e Teologia Santo Alberto Magno, do Seminário Diocesano, promoveu sua Aula Inaugural das atividades acadêmicas de 2022, com o Tema do Sínodo, trazendo maior esclarecimento aos diocesanos sobre a natureza, a dinâmica e os objetivos deste acontecimento, convocado pelo Papa. A Aula Inaugural se deu na igreja do Seminário Diocesano, na sexta-feira, 25 de fevereiro, e contou com membros do clero da Diocese, religiosos e religiosas, seminaristas e leigos de algumas paróquias. Também Dom Walter Jorge, bispo diocesano, se fez presente. Apresentado pelo padre João Henrique Lunkes, Diretor de Estudos do Seminário, o convidado para ministrar a Aula foi o professor Diogo Marangon Pessoto, Doutor e Teologia pela PUC – RIO, da cidade de Curitiba – PR. Falando da distinção entre Sínodo e Sinodalidade, o professor iniciou sua colocação explicando que Sínodo é um evento eclesial a partir de um tema relevante e abrangente, representativo, e a Sinodalidade é a concretude da
“ A Sinodalidade
Ainda segundo Diogo, o Pontificado de Francisco traz a Sinodalidade como fio condutor do seu magistério, sendo o programa de seu pontificado. Marcando com suas atitudes o compasso ao qual pensa que a Igreja deve caminhar no momento atual, com o Sínodo o Pontífice deseja atingir nos fiéis uma conversão de vida, que se dá em sete conversões, expostas também em Documentos lançados em seu Pontificado. “A finalidade de Francisco é uma conversão sinodal, que supõe 7 conversões: Uma conversão pastoral, expressa na Evangelii Gaudium; uma conversão ecológica, expressa na Laudato SI; uma conversão moral, expressa no Amoris Laetitia; uma conversão pessoal, presente no texto da Gaudete et Exsultate; uma conversão comunicacional, na Christus Vivit; uma conversão cultural, transcrita no Documento Querida Amazônia; e uma conversão social, que expôs na Fratelli Tutti”, citava o palestrante.
é a cereja do bolo do pontificado do Papa Francisco para a Igreja no contexto atual.
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Participantes da Aula Inaugural durante fala de abertura
Esta busca de caminhar juntos, dizia o professor, sempre foi uma preocupação presente na Igreja, mas que segundo ele na história nem sempre se expressava com o uso da palavra Sínodo, contudo, o “espírito” da expressão sempre esteve presente. “O termo Sínodo não é inédito, ele já foi anunciado na Igreja desde o século 19 sob o imperativo da expressão Comunhão. Assim como no Concílio Vaticano II e também depois, São João Paulo II no Documento Novo Millennio Ineunte, não vemos o uso da palavra Sínodo, mas estava ali a disposição da Igreja em caminhar em comunhão, falando aos fiéis que todos são responsáveis pela missão”, explicava o professor.
Ao final das suas colocações, respondendo a perguntas dos participantes, professor Diogo partilhou que a pedagogia de Francisco é o que chama de pedagogia às avessas, percebendo que o Papa primeiro dá o testemunho, mostra por onde ir, e depois confirma sua postura nos Documentos que publica, dizendo que o modo de vida, de ser, de se relacionar é o que primeiro contagia e converte; depois se pode falar e doutrinar sobre o que se quer.
Prof. Diogo, Dom Walter Jorge e Pe. João Henrique
A Aula Inaugural que teve início às 19h30, se encerrou às 21h30. Um vídeo gravado pelo Setor de Comunicação da Diocese, com o professor Diego falando resumidamente sobre o Sínodo estará disponível nas redes sociais da Diocese no mês de março.
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Estrela Matutina - Notícias - Março de 2022 www.dioceseunivitoria.org.br
Reflexões de Francisco
Não somos cristãos se fizermos guerra uns com os outros Na oração do Angelus do domingo (20/02), ao comentar o Evangelho em que Jesus diz aos discípulos para amarem seus inimigos, o Papa disse: “Como é triste quando pessoas e povos orgulhosos de serem cristãos veem os outros como inimigos e pensam em fazer guerra entre si”. Talvez sejamos loucos o suficiente para entrarmos em guerra uns com os outros. Uma guerra na Europa com consequências inimagináveis. Mas ao menos não nos chamemos cristãos. Estamos brincando com o fogo. Talvez as guerras invisíveis não sejam suficientes para nós, aquelas guerras mundiais que todos os anos causam milhões de mortes por fome e pobreza, por doenças evitáveis, pela violência de tantos conflitos esquecidos, pela criminalidade do dia a dia, por mortes em acidentes de trabalho ou por aquela guerra escondida que se chama solidão, exclusão, exploração, indiferença Depois há a guerra da qual não temos mais consciência: a guerra contra nossos filhos mortos no ventre de suas mães. Talvez seja a guerra mais invisível. Quem sabe se um dia a posteridade nos condenará por esta matança silenciosa. Aqueles que não veem estas grandes guerras tomam como certa sua pequena paz. Não nos condenemos a repetir os erros do passado. Talvez não seja suficiente a pandemia que já assolou toda a humanidade, matando sem distinções, empobrecendo ainda mais os pobres e enriquecendo ainda mais os ricos. E hoje somente as ameaças de guerra já fazem aumentar a pobreza de muitos e a riqueza de poucos. Imagem ilustrativa de um soldado se diriginda à guerra
Papa Francisco (Imagem: Media Vaticana)
O que nos preocupa é a raiva e o ódio que está circulando pelo mundo: os ataques de violência, as palavras de desprezo, as explosões de ferocidade. As ofensas e insultos entre os próprios cristãos são preocupantes. Jesus disse que seremos reconhecidos pelo amor que temos uns pelos outros. Em vez disso, basta olhar para as redes sociais e blogs: muitas vezes testemunhamos confrontos e agressões mútuas desenfreadas, talvez em nome da verdade e da justiça. São Paulo disse aos Gálatas: “Se vos mordeis e vos devorais, vede que não acabeis por vos destruirdes uns aos outros!” (Gal 5, 15). Mas se fazemos a guerra entre nós que acreditamos no Evangelho, como podemos pedir aos outros que não a façam? O Evangelho nos pede que amemos nossos inimigos, que vençamos o mal com o bem. Soa como utopia. Talvez sejamos tão loucos a ponto de entrarmos em guerra uns contra os outros. Mas ao menos não nos chamemos cristãos. Por: Sergio Centofanti – Site Vatican News
(Imagem: maisfe.org)
Padre Francisco Ediran toma Posse na Paróquia Nossa Senhora do Rocio Conduzida pelos padres religiosos do Instituto Missionário Servos do Senhor, a paróquia Nossa Senhora do Rocio, de União da Vitória, acolheu no dia 06 de fevereiro, seu novo pároco, padre Frei Francisco Ediran. O novo pároco vem transferido pela Congregação, da Paróquia Senhor Bom Jesus, em Guarujá – SP, diocese de Santos. Frei Francisco é natural da cidade de Pombal, na Paraíba, e tem dois anos e meio de sacerdote. A missa de Posse, que se deu às 19h, foi preparada com alegria por lideranças leigas da paróquia, voluntários e seminaristas do Instituto. Padres amigos, fiéis que conviveram com o Frei em sua Pe. Fr. Francisco Ediran durante Rito de Posse na Par. Nossa Senhora do Rocio paróquia anterior também se fizeram presentes na celebração, gerando uma alegria ao novo padre que lá deixou saudades e ganha novas amizades e irmãos e irmãs de fé na Diocese de União da Vitória. “Minha Gratidão pela acolhida aqui na Diocese por parte de Dom Walter Jorge, dos padres e diáconos, e em espe-
cial ao povo da paróquia do Rocio que preparam tão belamente esse momento. Foi grande minha alegria também em receber uma expressiva quantidade de pessoas da paróquia Senhor Bom Jesus, no Guarujá, onde antes eu estava. Para minha surpresa, um grupo grande de pessoa se deslocaram de lá para participar da posse”, externou o padre Ediran, contente pela recepção em União da Vitória e pelo carinho daqueles com quem conviveu. Após a celebração, um jantar no salão, organizado pela equipe do Conselho Econômico Paroquial (CEP), e pelo Conselho Pastoral Paroquial (CPP), acolheu em torno de cinquenta pessoas, que em gesto festivo receberam o padre Frei Ediran na paróquia e na Diocese. Texto: Setor de Comunicação Foto: Salete Maria Lima Venâncio
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