Série B | Nº 266 | 12.500 exemplares
Boletim Informativo da Diocese de União da Vitória | Abril de 2021
Estimado por muitos, pároco da Catedral deixou saudades
COMEMORAÇÕES Paróquias São Carlos Borromeu e N. Sr. ª das Dores celebram aniversário de Instalação. Pgs. 04 e 09
SAÚDE DA MENTE Psicóloga ajuda a trabalhar emoções na Pandemia. Pg.11
INTENÇÃO DO PAPA Para o mês de abril o Papa reza pelos Direitos Humanos. Pg. 02
Surpreendida com a morte rápida do Pe. Silvano Surmacz, pároco da Catedral, a Diocese de União da Vitória viu inúmeras manifestações de pesar e de carinho tomarem conta das redes sociais e portais de notícias, desde que o padre Silvano foi hospitalizado diagnosticado com a Covid-19. Estimado por pessoas de públicos diversos, cativadas pelo carisma alegre e amigável do padre, a perplexidade de sua morte rápida e prematura deixou muitos sem acreditar, ainda mais por não poderem fazer o velório e participarem do sepultamento, devido a proibição dos protocolos de saúde exigidos pelo risco de contágio do Vírus. Nas páginas 03 e 06 o Estrela Matutina traz as homenagens e a história completa dessa triste perda, para toda a Diocese.
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Estrela Matutina - Editorial - Abril de 2021 www.dioceseunivitoria.org.br
A triste realidade da Pandemia do Coronavírus, quem vem a mais de um ano assolando a humanidade, atingiu nossa Diocese no mês de março, levando uma figura querida, membro do Clero da Diocese, que foi o Pe. Silvano Surmacz, pároco da Catedral. O sentimento de perplexidade se apoderou tanto dos diocesanos, que não poderíamos deixar de abrir esta edição sem mencionar tal fato, que com detalhes registramos nas páginas deste mês. Também perdemos um Diácono Permanente, vítima do Câncer, que deixou a comunidade da paróquia Nossa Senhora do Rocio também abalada. Vivendo a Oitava da Páscoa, diante da dor da perda de tantos outros fiéis, a Fé na Ressurreição nos consola, nos faz “enxergar” os que se foram, como participantes da vida nova em Cristo, ainda que deixando a saudade de boas lembranças. Nesta edição, um artigo de uma psicóloga nos ajudará a trabalhar as diversas emoções que sentimos, em especial nessas horas difíceis. Aliada à fé, o cuidado com a saúde mental nos faz caminhar mais esperançosos, sem perder o sentido, o rumo da existência. Verdadeiramente o sentido de nossa caminhada só se faz junto a um processo formativo, de testemunhos e de estudo, de conhecimento da fé que nos dá o sentido. Neste aspecto, aproveitamos para lhe indicar outro artigo, que é o da Catequese. Buscando resgatar o processo formativo da fé por meio da Catequese Catecumenal, a Diocese de União da Vitória vem se preparando para implantar essa metodologia de caminhada na fé cristã. Cristãos verdadeiramente formados, fazem diferença no mundo, lutam por um mundo mais justo, pautado nos valores do Reino. Assim vemos o grande empenho do laicato na Igreja, que em unidade com seus pastores, buscam fazer com que o que professam na liturgia, seja testemunhado na vida. No mês de março, a Assembleia dos bispos do Paraná, reuniu diversas pautas, que foram além de assuntos apenas da vida interna da Igreja, mas trataram de questões do dia a dia do povo, trazidas por representantes do Laicato Nacional e Regional. Assim, mesmo nosso Jornal não chegando ainda aos fiéis de forma impressa, devido às restrições de público nas celebrações por conta da Pandemia, continuamos a registrar no Estrela Matutina online, as atividades da Igreja Particular de União da Vitória, para que a história possa reler um dia tais fatos e saber que o futuro se construiu a partir dos acontecimentos do passado. Outros artigos e notícias que marcaram o mês de março em nossa Diocese você também encontra nas páginas desta edição.
Marcelo S. de Lara Editor-Chefe
Em Destaque Pandemia agrava pobreza na América Latina (Relatório da CEPAL revela aumento da pobreza, maior que nos últimos 20 anos. E na intenção do mês de abril, Papa Francisco pede pela igualdade nos direitos fundamentais).
ampliando sua cobertura, como componente central de um novo Estado de bem-estar.
Em um novo relatório anual, publicado no início de março, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), uma das cinco comissões regionais das Nações Unidas com sua sede em Santiago do Chile, estima que o total de pessoas pobres aumentou para 209 milhões no final de 2020, 22 milhões de pessoas a mais do que no ano anterior. Desse total, 78 milhões de pessoas estavam em situação de extrema pobreza, 8 milhões a mais do que em 2019. Além disso, a CEPAL insiste a criar um novo Estado de bem-estar.
Exorta, também, a avançar rumo a novos pactos sociais e fiscais para a igualdade em tempos de pandemia e a garantir a saúde, a educação e a inclusão digital, para que ninguém fique para trás. “O apelo da CEPAL para um novo pacto social está mais atual do que nunca: a pandemia é um momento crítico que redefine o que é possível e abre uma janela de oportunidade para deixar para trás a cultura do privilégio”, afirmou a Secretária-Executiva da CEPAL.
A pobreza e a extrema pobreza alcançaram em 2020 na América Latina níveis que não foram observados nos últimos 12 e 20 anos, respectivamente, bem como uma piora dos índices de desigualdade na região e nas taxas de ocupação e participação no mercado de trabalho, sobretudo das mulheres, devido à pandemia da COVID-19 e apesar das medidas de proteção social emergenciais que os países adotaram para freá-la. Por isso, a CEPAL insta a garantir a proteção social universal como pilar central do Estado de bem-estar. Especifica que, a curto prazo, é necessário implementar ou dar continuidade às transferências de emergência propostas pela Comissão: renda básica de emergência (RBE), auxílio contra a fome e RBE para as mulheres; enquanto que no médio e longo prazo, é preciso avançar rumo a uma renda básica universal, priorizando as famílias com crianças e adolescentes, e apostar em sistemas universais, integrais e sustentáveis de proteção social,
EXPEDIENTE
Editorial
O relatório apresenta um capítulo especial sobre a economia do cuidado como setor estratégico para uma recuperação com igualdade. Destaca que a pandemia revelou o enorme custo que significa para os países da região de não dispor de um sistema integrado de cuidados de ampla cobertura, desfeminizado e de qualidade. Por isso, alerta, “é urgente investir neste setor para enfrentar a crise, garantir o direito para cuidar e receber cuidados, bem como para reativar a economia a partir de uma perspectiva de igualdade e desenvolvimento sustentável”. Por este motivo, a CEPAL pede a se avançar para uma sociedade do cuidado que permita garantir uma recuperação igualitária e sustentável da América Latina e do Caribe. No Vaticano: Em sua intenção de oração para abril, o Santo Padre defende que todas as pessoas do mundo têm di-
Proprietária Mitra da Diocese de União da Vitória Rua Manoel Estevão, 275 União da Vitória, PR Contato: estrela@dioceseunivitoria.org.br (42) 3522 3595 Diretor Dom Walter Jorge Pinto Editor-Chefe Francisco Marcelo S. de Lara
Redatores Dom Walter Jorge Pinto Dom Walter Michael Ebejer Pe. Emílio Bortolini Neto Pe. Sidnei José Reitz Diác. Alisson M. de Moura Gustavo Santana Geovana S. Cordeiro Kujiv Francisco Marcelo S. de Lara Diagramação e Arte Final Agatha Przybysz
Imagem: Vatican Media
reito de se desenvolver plenamente e pede especialmente por aqueles que arriscam suas vidas lutando pelos direitos fundamentais. Esta luta, afirma o Pontífice, requer coragem e determinação. Significa opor-se ativamente à pobreza, à desigualdade, à falta de trabalho, de terra, de habitação, de direitos sociais e trabalhistas. Em alguns lugares, prossegue, “defender a dignidade das pessoas pode significar ir para a prisão”, por isso convida a rezar “por aqueles que arriscam suas vidas lutando pelos direitos fundamentais em ditaduras, regimes autoritários e inclusive em democracias em crise, para que seu sacrifício e trabalho deem frutos abundantes”. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1948, foi o primeiro documento legal a estabelecer a proteção universal dos direitos humanos fundamentais. Também na Igreja, desde o Papa João XXIII na década de 1960, os direitos humanos têm estado no centro do ensinamento e da prática social católica. Fontes: CEPAL: bit.ly/3s0aOPv Vatican News: bit.ly/2Q1HOtw
Tiragem 12.500 exemplares Revisão Pe. Abel Zastawny Francisco Marcelo S. de Lara Impressão Gráfica Grafinorte - Apucarana, PR (41) 9 9926 1113 Fundado em 15 de maio de 1958, por Dr. Mário José Mayer e Ulysses Sebben.
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Palavra do Bispo NENHUMA PERDA SERÁ EM VÃO
Em memória do nosso querido Pe. Silvano Surmacz No último dia 24 de março tivemos que dizer o nosso adeus ao querido Pe. Silvano, pároco da nossa Paróquia da Catedral. Um momento extremamente doloroso, porque não é fácil se despedir de quem se ama.
comida, que nos mobilizemos para atender a todos, e em vez do futuro desembocar na fome, que desemboque no aumento da solidariedade, em sorrisos agradecidos, em otimismo em relação à bondade presente no ser humano. Também, se houver gente deprimida devido aos lutos mal vivenciados, aos desempregos, à perda de perspectiva futura, unamonos num grande mutirão de cuidados para sanar a dor, curar feridas, estender as mãos, oferecer caminhos e recursos financeiros, abraços e ombros amigos, tempo em ouvir, palavras para confortar e animar.
A partida do Pe. Silvano, tão inesperada e tão rápida, acendeu em todos nós o alerta de que é preciso redobrar os cuidados com a atual doença que o mundo enfrenta, que pode ser letal. Por outro lado, aponta também que precisamos amar cada Também já é tempo de repensar momento que temos a Igreja do pós-pandemia, para viver, bem como mais madura, mais atenta, valorizar a presença mais humilde e sensata, mais Pe. Silvano no Santuário de Aparecida, em 2016, quando a Diocese recebeu a imagem de quem está ao nosso profunda na reflexão da fé a peregrina de Nossa Senhora Aparecida (Foto: Arquivo) lado. De repente, fica partir das dores vivenciadas, tão claro o valor inestimável da amizade, da importância que cada um tem em mais solidária com os sofrimentos das pessoas. É tempo de pensar pastorais nossas vidas e da falta que nos faz. Também fica tão evidente, quando se vive a (cuidados de pastor), modos de organizar, de abordar, e de propor adequados a fé em comunidade, o jeito insubstituível de cada um na construção do Reino de tudo isso. Nossa Diocese estabeleceu cuidar das famílias como ponto de referência Deus, com seus dons e carismas. Diante de tantas perdas que estamos sofrendo, para todas as suas ações. Precisamos então de gente que queira abraçar este percebemos o quanto o mundo perde com a ausência de cada um, com os dons jeito de cuidar; gente capaz de acreditar, de sonhar, de rezar com fé, de agir com que possuíam, com a contribuição que davam e com o próprio valor de sua vida. determinação, de ousar, de se doar, de saber se alegrar e irradiar vida e esperança. Entretanto, diante destas perdas, não podemos ficar apenas nos lamentando. Afim de que nenhuma das perdas que temos sofrido com a atual pandemia seja inútil, penso que seja hora de avaliarmos que devemos nos preparar para uma espécie de “reconstrução do amanhã” como uma espécie de tributo a tantos e tantas que já partiram. Que o nosso empenho pela vida, pelo mundo e pelo Reino de Deus seja uma forma de dizer que continuaremos em frente, com coragem e fé, em nossa luta por dias melhores, frutos de aprendizados e renovações deste difícil tempo que ora vivemos. Que cada um de nós já comece a considerar o quanto pode contribuir, dispor-se, animar a dar o melhor de si. Acredito que a passagem pela atual pandemia não nos deva apenas fazer contabilizar perdas, mas nos impulsionar à construção de um mundo melhor. Assim, se entre as consequências desta pandemia houver gente necessitada de
Precisamos de todos os dons, de todos os carismas, de todos os jeitos, de todos os olhares, pensamentos e amores que expressem o amor de Jesus Cristo pelas pessoas. Ninguém deve ficar de fora para que não falte nenhum dom que o Senhor quis dar para este momento de reconstrução, de “hospital de campanha”, de verdadeiro resgate, até que chegue de novo a festa e o canto de vitória que sempre coroam as lutas lutadas junto com o Deus da vida, na fraternidade e na força do seu Espírito. Então, saberemos que nenhuma das perdas que sofremos terá sido em vão, pois só nos fizeram Dom Walter Jorge amar e cuidar ainda mais da vida. Bispo Diocesano
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Paróquia São Carlos Borromeu: 40 anos de instalação No dia 15 de março, a paróquia São Carlos Borromeu, da cidade de Paula Freitas, comemorou seus 40 anos de Instalação. A missa em alusão ao aniversário da paróquia se deu no dia 14 de março, às 9h, presidida pelo padre João Francisco Sieklicki, administrador paroquial, que assumiu a paróquia no dia 28 de fevereiro. “Por motivos da Pandemia não conseguimos fazer uma festividade maior, mas celebramos a missa na intenção, rezando pelos benfeitores da paróquia nesses anos, e pedindo as luzes do Espírito Santo pela evangelização que acontece, e pelo futuro da evangelização em nossa paróquia”, expressou o padre.
pulacional, e 14 delas prevalecem atualmente bem zeladas e mantidas pela fé do povo. Ainda em 22 de maio de 1977, Dom Walter Ebejer, hoje bispo emérito, realizou pela primeira vez na história da Diocese a cerimônia de investidura de dois Ministros Extraordinários da Comunhão Eucaristia: Zigmundo Wizcon e Miguel Fernandes. A Paróquia contou com dois Diáconos permanentes: João Alberto Carneiro (Jango) in memoriam; e Walfrido José Polsin, atuante na comunidade com seus 42 anos de serviço a Deus e a Igreja. Na esquerda, Pe. João Francisco, administrador paroquial e Diác. Alisson, junto com coroinhas e acólitos (Foto: PASCOM)
CONHEÇA A HISTÓRIA A construção da atual igreja matriz se deu próximo à uma Serraria, que levava o nome de Serraria São Carlos, sendo a igreja resultado do trabalho do povo, bem como, de doações vindas da Alemanha. O quadro do padroeiro da paróquia, São Carlos Borromeu, foi uma doação feita pela família Marés de Souza, desbravadores do município de Paula Freitas, que chegando com barcos a vapores, atracaram no porto fluvial na colônia
SOBRE A CIDADE
Poço Preto trazendo um quadro de São Carlos. Relatos históricos revelam que essa e outras famílias chegaram com forte tempestade e muitos barcos naufragaram, mas, o barco em que se encontrava o quadro nada aconteceu, sendo o fato considerando um milagre. Assim, São Carlos Borromeu ficou intitulado como padroeiro também da cidade.
por um bom tempo e posteriormente foi trazido para a igreja matriz antiga. Mais tarde, a Diocese de Ponta Grossa doou uma imagem de São Carlos a qual é mantida até hoje na igreja atual. Instalada no dia 15 de março de 1981, a paróquia entrava fazendo parte das 25 paróquias da Diocese de União da Vitória.
A cidade de Paula Freitas teve seu início em 1870 com a criação do Porto Estácio no Rio Iguaçu, por Manoel Estácio de Paula. No dia 24 de fevereiro de 1905 foi inaugurada uma estação ferroviária que recebeu o nome de Paula Freitas, em homenagem ao engenheiro civil Antônio da Paula Freitas. Em 1964 é criado o Município de Paula Freitas, até então um Distrito de União da Vitória.
Na colônia de Poço Preto foi construída uma capela onde o quadro ficou
Algumas capelas começaram a ser construídas devido ao crescimento po-
Informações e foto: Pascom Par. São Carlos Borromeu
Orando com os Salmos
Meditação sobre a Palavra de Deus na Lei Salmo 118, 137-152
Vós sois justo, na verdade, ó Senhor, e os vossos julgamentos são corretos! 138 Com justiça ordenais vossos preceitos, com verdade a toda prova os ordenais. 137
O meu zelo me devora e me consome, por esquecerem vossa lei meus inimigos. 140 Vossa palavra foi provada e comprovada, por isso o vosso servo tanto a ama.
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Embora eu seja tão pequeno e desprezado, jamais esqueço vossas leis, vossos preceitos. 142 Vossa justiça é justiça eternamente e vossa lei é a verdade inabalável. 141
Angústia e sofrimento me assaltaram; minhas delícias são os vossos mandamentos. 144 Justiça eterna é a vossa Aliança; ajudai-me a compreendê-la e viverei! 143
Clamo de todo o coração: Senhor, ouvi-me! Quero cumprir vossa vontade fielmente! 145
Clamo a vós: Senhor, salvai-me, eu vos suplico, e então eu guardarei vossa Aliança! 146
Chego antes que a aurora e vos imploro, e espero confiante em vossa lei. 148 Os meus olhos antecipam as vigílias, para de noite meditar vossa palavra. 147
Por vosso amor ouvi atento a minha voz e dai-me a vida, como é vossa decisão! 150 Meus opressores se aproximam com maldade; como estão longe, ó Senhor, de vossa lei! 149
Vós estais perto, ó Senhor, perto de mim; todos os vossos mandamentos são verdade! 152 Desde criança aprendi vossa Aliança que firmastes para sempre, eternamente.
151
Glória ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo Como era no princípio, agora e sempre. Amém!
Comentário do Salmo 118, 137-152 Continuando nossa reflexão sobre o Salmo 118, nestes trechos o Salmista vem exaltar a justiça de Deus na vida do Homem. Deus é justo e deseja que sua justiça seja praticada por seus filhos e filhas. Mesmo nós sendo pequenos diante de sua grandeza e por muitas vezes sendo frágeis na prática de sua justiça, Deus sente o desejo de consolar o Homem, porque o ama e o quer feliz. Assim reflete o autor no versículo 143. O Salmista nos dá um grande exemplo de quem busca constantemente estar unido à Deus. A prática dos mandamentos de Deus e o diálogo com o seu Senhor são atos que até na madrugada são praticados pelo salmista, como ele mesmo diz dos versículos 145-148. Quem dera se cada um de nós tomássemos a consciência do quanto Deus nos quer felizes vivendo em seus conselhos. Talvez não o praticamos porque os interesses e vontades individuais são mais fortes em nós. Seguir os conselhos de Deus exigirá
certamente a renúncia de nossas vontades e caminhos que não geram felicidade verdadeira. O Tempo Pascal nos convida a caminharmos em uma vida nova com Cristo, renunciando as vontades e caminhos, que vão na contramão dos caminhos de Deus. Mas sem dúvida, o Homem seria realmente feliz e realizado fazendo em sua vida a vontade divina, sendo zeloso em caminhar nas leis de Deus, como nos testemunha o autor do salmo deste mês. Criemos com o Senhor uma relação de intimidade, buscando prazer na prática de suas Leis. Boa Reflexão!
Marcelo S. de Lara PASCOM
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Estrela Matutina - Catequese - Abril de 2021 www.dioceseunivitoria.org.br
CDAE realiza primeira reunião de 2021
Catequese
Catequese com Adultos NÃO SÓ AS CRIANÇAS, MAS TAMBÉM OS ADULTOS. UM PEDIDO DO VATICANO II
Coordenadores e representantes das pastorais, movimentos e organismos reunidos de forma online
No dia 20 de março, reunidos de forma online, o Conselho Diocesano da Ação Evangelizadora, que é composto por coordenadores e representantes das Pastorais, Movimentos e Organismos da Diocese, realizou a primeira reunião de 2021. A reunião teve início com um momento de oração e reflexão feito pelo padre João Francisco Sieklicki, coordenador da Ação Evangelizadora na Diocese. Durante a reflexão, Pe. João Francisco chamou a atenção dos participantes para a necessidade da oração em família, lembrando da prioridade que o Plano Diocesano da Ação Evangelizadora evoca para os anos de 2021-2024.
oficial foi agendada para o dia 14 de agosto, na Semana Nacional da Família. Ouvindo cada um dos participantes, as ações de cada Pastoral, Movimento e Organismo, a Ação Evangelizadora passa a observar novos rumos, mesmo em meio a pandemia, que impediu algumas atividades, mas que ajudou e permitiu a descoberta de novos meios de Evangelização. Ao final da reunião, Dom Walter Jorge incentivou que os coordenadores intensifiquem a oração e incentivem a oração em família, voltando-se para a Igreja Doméstica. Alertou ainda sobre a Semana Santa e os cuidados que devem ser tomados para as celebrações da Páscoa. Texto: Agatha Przybysz
Foram abordados temas como o adiamento da missa de lançamento oficial do Plano Diocesano da Ação Evangelizadora, marcado para o dia 06 de março, mas que não pôde acontecer devido ao agravamento da pandemia da Covid-19. A nova data Dom Walter Jorge, bispo diocesano, durante marcada para fala com a equipe do CDAE o lançamento
DATA 02 07 08 15 19 22
ANIVERSARIANTES DE ABRIL Pe. Fr. José Balbino dos Santos Filho, Ordenação; Pe. Emerson Gonçalves de Toledo, Nascimento; Pe. Ronaldo Adriano Rodrigues, Ordenação; Diác. Walfrido Polsin, Nascimento; Pe. João Ari Schulz, Nascimento; Pe. João Henrique Lunkes, Ordenação.
Desde que o Concílio Vaticano II decidiu pela retomada do chamado catecumenato, ou seja, aquela instituição eclesial surgida e vivida nos primeiros séculos do Cristianismo e que visava formar os catecúmenos (aqueles que se preparavam para receber o batismo) que atraídos pela fé cristã testemunhada pela comunidade de fé, desejavam abraçá-la e vivê-la mesmo que isso lhe custasse a vida (obs: nos artigos seguintes iremos abordar especificamente o tema do Catecumenato), falar da catequese com adultos se trata de uma urgência e um desafio para nossa evangelização. Recordemos aqui que o Concílio Vaticano II (1962-1965) recomendou oficialmente em alguns de seus documentos, a restauração adaptada do Catecumenato (Sobre a Liturgia: Sacrossanctum Concilium: n. 64.65) e apresentou os seus traços característicos (Sobre as Missões: Ad Gentes: n. 14). Além disso, prescreve a elaboração de um diretório de formação catequética (Sobre os Bispos: Christus Dominus: n. 44). Compreendeu-se já naquele momento a necessidade de uma dedicação da catequese, não apenas com as crianças, como a séculos a Igreja vinham experienciando em suas práticas. Notou-se que muitos adultos não concluíram o processo de Iniciação à Vida Cristã, faltando-lhe algum dos sacramentos, e outros até mesmo não receberam nenhum destes sacramentos. Mas, para além desse quadro de incompletude da Iniciação sacramental à Vida Cristã de muitos adultos, há que se ter presente uma outra realidade mais desafiadora ainda: os outros tantos que receberam os sacramentos, e, no entanto, não vivem como convertidos cristãos, isto é, foram sacramentados, mas não evangelizados.
ADULTOS DESEJANDO SACRAMENTOS E VIDA CRISTÃ
CATIVANTE, O QUE FAZER? Diante dessas várias frentes de realidade, a Igreja passou então a ocupar-se e desenvolver conteúdos e práticas que pudessem dar conta dessa demanda urgente e desafiadora deste universo adulto que todos os dias bate à nossa porta em nossas comunidades, em busca de uma solução de suas necessidades específicas que surgem muitas vezes por motivos questionáveis como: o apadrinhamento de afilhados, a recepção do sacramento do matrimônio, o exercício de ministérios leigos nas comunidades e assim por diante. Existem outros, porém, que nos procuram porque de alguma forma sentem-se inquietos ou insatisfeitos com sua lânguida e morna vida cristã, incapaz de cativá-la à maneira como Cristo transformava a todos aqueles que encontrava em seu caminho. Se no início do Cristianismo se batizava o convertido, hoje precisa-se converter o batizado.
A DIOCESE DE UNIÃO DA VITÓRIA PRETENTE TRILHAR UM CAMINHO Enfim, dos poucos elementos que apontamos neste primeiro artigo de uma série deles como se pretende doravante desenvolver e aqui publicar, já se pode notar a relevância do tema da Catequese com os Adultos e do quão necessário seja que todos nós conheçamos os seus caminhos e formas a fim de empreendermos em nossa Diocese um trabalho com maior eficácia, unidade, segurança e sobretudo, que promova e garanta um verdadeiro encontro vivo com Nosso Senhor Jesus Cristo, de onde se inicia todo processo verdadeiro de Iniciação à Vida Cristã.
Pe. Sidnei Reitz Assessor Diocesano da Catequese
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Diocese de União da Vitória perde dois membros do Clero no mês de março PADRE SILVANO SURMACZ Uma profunda tristeza, acompanhada de um sentimento de perplexidade atingiu os fiéis da Diocese de União da Vitória no dia 24 de março. Por volta das 19h30 daquela quarta-feira, a notícia oficial do falecimento do padre Silvano Surmacz, aos 54 anos de vida, abalou familiares, amigos, paroquianos e ex-paroquianos de cidades onde trabalhou. Conhecido por muitas pessoas, até mesmo de outras dioceses, a notícia repercutiu nas redes sociais, portais de notícias, emissoras de rádio e na TV local da cidade de União da Vitória. Lembrado por sua simpatia, expressando estar sempre de bem com a vida, padre Silvano era recordado nas mensagens e homenagens que eram feitas, Pe. Silvano Surmacz, aos 52 anos, em fevereiro de 2019 (Foto: Arquivo Pessoal) como alguém que cultivava amizades e que mostrava alegria no exercício de seu Ministério Sacerdotal. Em meio aos quase setecentos comentários no Facebook da Diocese, na notícia de seu falecimento, alguém comentava. “Lendo todos os comentários, fico imaginando o quanto ele foi amado e querido por todos nas cidades onde ele exerceu sua missão”, publicou uma internauta. Padre Silvano foi diagnosticado com Covid-19 em meados do mês de março. Estando em visita a familiares em sua cidade onde passou alguns dias para também cuidar de seu pai, Theodoro Surmacz que estava com a Covid-19, sentindo o agravamento dos sintomas, padre Silvano precisou ser internado no dia 15 de março no Hospital de Rio Azul, cidade de seus familiares. No dia 16 de março, foi transferido para o Hospital APMI, em União da Vitória, onde ficou em uma enfermaria. No dia seguinte, 17 de março foi transferido para o Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, região metropolitana de Curitiba, onde ficou em uma UTI, precisando dias depois ser entubado. Desde sua entrada na UTI até o dia de seu falecimento, passaram-se uma semana, com seu quadro sempre se agravando, vindo a falecer no dia 24 de março. Seu falecimento se deu minutos depois do término da Oração do Terço, realizada na igreja Catedral, onde atuava como pároco, e transmitida de forma online, com milhares de pessoas acompanhando. Foi durante a Santa Missa, iniciada logo após o Terço, rezadas na sua intenção, que o padre veio a falecer. Segundo familiares, padre Silvano nem soube do falecimento do pai, Theodoro Surmacz, que faleceu na madrugada do dia 18 de março, aos 91 anos, vítima da Covid-19. Padre Silvano era filho de Theodoro Surmacz e de Senka Bereza Surmacz, falecida há dez anos, mais conhecida como Cecília, e tinha seis irmãos, Jorge, Rafael, Ismael, Silvio, Wilson, e Romualdo. De tradição muito religiosa, de cultura Ucraniana e Polonesa, a família do padre sempre contou com diversos outros membros dedicados à Vida Religiosa, com Irmãs, bispos, diácono e padres. A dor de familiares, paroquianos, irmãos de Ministério e de amigos, que tinham grande estima pelo padre ficou mais aguda pela impossibilidade de não poderem
fazer um velório para uma melhor despedida. As orientações emitidas pelos protocolos de saúde com vítimas do coronavirus é que o sepultamento seja o mais rápido e breve possível. Diante do caixão lacrado, familiares, amigos e alguns membros do clero fizeram um momento de oração conduzido por Dom Walter Jorge, bispo diocesano, em frente ao cemitério municipal de Rio Azul, sendo em poucos minutos, sepultado na Capela construída para os padres da cidade no cemitério. À poucos metros onde seu caixão fora depositado, o túmulo de seu pai Theodoro e sua mãe Cecília continha flores recém colocadas. Padre Silvano foi sepultado no dia 25 de março, Festa Litúrgica da Anunciação do Senhor. Na missa de 7º Dia, no dia 30 de março, Dom Walter Jorge partilhou sua convivência com o padre Silvano nos dois anos em que está na Diocese, celebrados justamente naquele dia, dois anos de sua ordenação episcopal. “Quando cheguei aqui na diocese, no primeiro encontro com os padres no Seminário, me chamou a atenção a figura daquele padre comunicativo, de bem com a vida, que levava a vida de um jeito muito próprio. Percebi o quanto era querido por todos, o quanto amava a Diocese, a história, as tradições. Era um padre que falava ‘diversas línguas’, com as crianças, autoridades, e até com quem não praticava a fé. Admirei muito uma manifestação feita por um grupo de carros antigos em homenagem ao padre Silvano. É uma perda irreparável para nossa Diocese”, testemunhou o bispo.
Parte do Clero da Diocese e alguns famíliares durante momento de oração antes do sepultamento do Pe. Silvano (Foto: Fábio Souza)
Padre Silvano fez todo seu estudo de formação para o Sacerdócio no Seminário Diocesano Rainha das Missões, em União da Vitória, sendo o primeiro padre formado na Diocese a ser ordenado por Dom Walter Michael Ebejer, primeiro bispo da Diocese. Foi ordenado no dia 08 de dezembro de 1990. Trabalhou na paróquia São Miguel Arcanjo, em Porto Vitória; na paróquia São José, em Antônio Olinto; na paróquia São Mateus, em São Mateus do Sul e encerrou seu Ministério como pároco da Catedral, onde atuou por quatro anos. Com mestrado em Filosofia, realizado em Roma, era professor no Seminário Diocesano. Na Diocese foi assessor da Pastoral Familiar, do ECC e da Pastoral Presbiteral. Além de conhecido nas redes sociais por algumas Lives que fazia, padre Silvano também tinha um programa na Rádio Educadora Uniguaçu FM, voltado à cultura Italiana, com canções, culinária, curiosidades e também devoção.
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DIÁCONO MARCOS VINÍCIUS Um dia antes do falecimento do padre Silvano, a Diocese noticiou também o falecimento de outro membro de seu Clero, o Diácono Permanente Marcos Vinicius Freitas Guimarães. Diácono Marcos pertencia e ajudava na paróquia Nossa Senhora do Rocio, em União da Vitória. Vítima do câncer, o qual tratava há um ano, seu quadro veio a piorar a partir de fevereiro deste ano. Faleceu aos 68 anos de idade, às 4h30 da manhã do dia 23 de março. Ainda que com as restrições de distanciamento social, uso de máscaras e álcool em gel, o velório pôde acontecer, e se deu na matriz Nossa Senhora do Rocio, com missa presidida por Dom Walter Jorge, sendo sepultado no cemitério municipal de União da Vitória.
Diác. Marcos Vinícius, durante a celebração da Santa Missa onde foi ordenado, em 2014 (Foto: Arquivo Pessoal)
Casado com Sueli Guimarães e pai de duas filhas, Diácono Marcos foi ordenado em 14 de junho de 2014, por Dom João Bosco Barbosa de Sousa (então bispo de União da Vitória de 2007 a 2014), na Matriz Nossa Senhora do Rocio. Ligado ao Instituto Servos Missionários do Espírito Santo, que atuam na paróquia Nossa Senhora das Dores, no Bairro Limeira, em União da Vitória, e que administram a ACARD I e ACARD II, o Diácono vivia em sua vida também o Ca-
risma Franciscano. “É um momento triste isso, mas ele não merecia tanto sofrimento. Ele descansou. Está agora junto de Deus, como um bom franciscano. Era um franciscano puro”, testemunhou sua esposa, Sueli. Na paróquia auxiliava na formação de leigos para receberem os sacramentos, além de seu auxílio nas Liturgias. Ligado ao carisma Franciscano sempre que possível estava atuando no trabalho social. Entre os diáconos da Diocese tinha a função de Secretário, e em sua vida de trabalho atuou no Magistério se aposentando como professor.
*A Diocese de União da Vitória, representada por seu Clero Diác. Marcos e esposa, Sueli, em frente a Porta Santa, em (Bispo, padres, Roma (Foto: Redes Sociais) diáconos), e leigos, louva a Deus pela vida desses dois membros do Clero, padre Silvano e Diácono Marcos, que com a vida deram testemunho de fé e de serviço ao Reino de Deus no Ministério que assumiram. Professando a fé na Ressurreição, garantida pelo Cristo Senhor, cremos que ambos descansam nos braços de Deus Pai, autor e doador de toda a Vida. Aos familiares, amigos e fiéis, nossas orações e sentimentos.
Dom Walter Jorge celebra 2 anos na Diocese de União da Vitória convivência com o nosso povo e suas realidades. Agradecemos a Jesus Bom Pastor, por nos ter confiado Dom Walter Jorge como o pastor da Igreja Particular de União da Vitória. Confiamos sua vida, vocação e missão ao Deus Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, que o sustente sempre em seu Ministério de guiar nossa Diocese ao Projeto do Reino.
Há dois anos, a Diocese de União da Vitória, após ter ficado onze meses Vacante (sem bispo), depois da morte de Dom Agenor Girardi, em 08 de fevereiro de 2018, se alegrava com a sagração de seu novo bispo, Dom Walter Jorge Pinto. Nomeado em 09 de janeiro de 2019 pelo Papa Francisco, como novo bispo para União da Vitória, Dom Walter Jorge foi sagrado bispo no dia 30 de março de 2019, na paróquia São João Batista, na cidade de Viçosa - MG, onde atuou em seus primeiros anos como padre. Na ocasião de sua ordenação, um grupo da Diocese, contendo leigos e leigas, representantes de Movimentos, Pastorais e Organismos, juntamente com alguns membros do Clero da Diocese, religiosas e seminaristas, foram até Minas Gerais para participarem daquele momento histórico para a Diocese. Quando foi escolhido como bispo para
Dom Walter Jorge é nascido na cidade de Ubá - MG, tem 58 anos de idade e foi ordenado padre no dia 01 de junho de 2002. Dom Walter Jorge, após ordenado bispo, agradecendo aos presentes na cerimônia (Foto: Arquivo da Diocese)
União da Vitória, Dom Walter Jorge estava atuando na paróquia e Santuário São José Operário, na cidade de Barbacena - MG.
cese, quando oficialmente se tornou seu novo Pastor. A celebração de Posse se deu em uma Missa Solene na igreja Catedral, de União da Vitória.
Neste mês de abril, exatamente no dia 27, Dom Walter Jorge celebra também a data de sua Tomada de Posse na Dio-
A Diocese de União da Vitória celebra com júbilo essas datas que comemoram dois anos de trabalho, doação e
Parabéns Dom Walter Jorge pelo 'Sim' dado ao chamado de Deus em servi-lo no Ministério Episcopal. *No YouTube e no Site da Diocese você pode rever essas celebrações nas matérias e vídeos. Setor de Comunicação Diocese de União da Vitória
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Estrela Matutina - Caderno 2 - Abril de 2021 www.dioceseunivitoria.org.br
Santo do Mês
Santa Bernardete Soubirous Os doentes que bebiam daquela água ficavam curados. Ainda hoje é possível beber desta fonte. A Senhora lhe pedia que rezasse pelos pecadores e que fosse construída uma capela naquele lugar.
Aquela que foi escolhida por Deus para receber a mensagem de Lourdes nasceu em 7 de janeiro de 1844. De família pobre e humilde, Bernadete não recebeu educação escolar, mas era um exemplo de filha obediente e prestativa. Desde criança sofria com asma, mal que lhe atormentaria por toda a vida. Apesar de não ter recebido a Primeira Comunhão aos 14 anos, já aprendera algumas orações, dentre as quais o terço, que recitava sozinha enquanto fazia algum trabalho. A humilde e piedosa menina nem imaginava o que lhe era reservado para fevereiro de 1858. No dia 11 daquele mês, quando ia buscar lenha nas proximidades do rio, avistou no interior de uma gruta uma Senhora vestida de branco, com um vestido alvo e uma faixa azul na cintura, uma rosa de ouro em cada pé, da cor do rosário que segurava. A reação da menina foi pegar o terço que trazia e rezar. A Senhora acompanhou nas contas do terço e desapareceu logo após. Nos dias seguintes a Senhora continuou a lhe aparecer e esse fato começou a se espalhar pela região. A Senhora lhe disse: “te prometo fazer muito feliz, não neste mundo mais no outro”. A mensagem do céu continuou: “reza pelos pecadores”, “faz penitência”. A aparição lhe indicou um lugar no chão onde deveria cavar para que brotasse uma fonte de água.
O padre pedia a Bernadete que perguntasse quem era aquela Senhora, mas a aparição apenas sorria. Finalmente a Virgem Maria lhe disse “eu sou a Imaculada Conceição”. A Mãe de Deus vinha servir-se de uma humilde camponesa para confirmar o Dogma que fora proclamado em 1854 pelo Papa Pio IX. O padre então acreditou na veracidade das aparições, os peregrinos só aumentavam, e Bernadete era cada vez mais questionada, por crentes e por céticos. Para fugir dos aplausos do mundo ela decidiu ingressar na congregação das Irmãs da Caridade em em 1866. Ali a asma, que nunca a deixara, passou a atormenta-la ainda mais. Bernadete sofria serenamente, oferecendo tal sacrifício a Deus. Confiante na promessa da Virgem sobre a felicidade celeste suportou aquele suplício até 17 de abril de 1879, quando faleceu. Quando seu corpo foi exumado em 1909 foi encontrado incorrupto. ORAÇÃO Senhor que vos dignastes conceder à jovem Bernadete a graça de ver vossa Mãe Santíssima e com ela conversar e rezar, concedei também a nós uma maior devoção para com Vossa Mãe e a graça de uma boa saúde para o corpo e para a alma. Amém.
Gustavo Santana Seminário Diocesano 1º ano de Teologia
Liturgia
O Dia do Senhor
“Sem Cristo, estamos condenados a ser dominados pelo cansaço do dia-a-dia com as suas preocupações e pelo medo do futuro” (Papa Francisco). sempre viva do Mistério Pascal, ao mesmo tempo é atualização da primeira Páscoa (“Fazei isto em memória de mim! ”) e profecia da Páscoa eterna.
Cristo, nossa Páscoa! Feliz Páscoa! Aleluia!
Cristo
Ressuscitou!
Eis a Páscoa de Jesus, o Cristo de Deus. Celebrar a Páscoa nos ajuda a viver e experimentar o próprio Mistério Pascal – paixão, morte, ressurreição e ascensão de Jesus Cristo. Nós somos chamados a viver esta passagem em nossa vida. Passagem da morte, das dificuldades, do cansaço, dos desentendimentos, para a vida, na vitória, na mansidão, na concórdia e na união. A ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo é a vida nova dos que creem em Jesus. Demos continuidade a obra de nosso Senhor, no amor ao Pai e aos irmãos e mostremos com nossa vida que o amor de Cristo foi vitorioso. A ALMA DO DOMINGO Jesus ressuscitou “no primeiro dia da semana” (cf. Mt 28,1; Mc 16,2; Lc 24,1; Jo 20,1). O “primeiro dia”, o dia da Ressurreição de Cristo lembra a Criação de Deus e é, ao mesmo tempo, o “oitavo dia”, significando a nova criação, pela qual Cristo “fez novas todas as coisas”. Para nós cristãos o domingo tornou-se o primeiro de todos os dias, o “dia que o Senhor fez para nós”. É o dia principal da celebração da Eucarística por ser o dia da Páscoa. É o dia da comunidade, da assembleia litúrgica por excelência, o dia da família cristã, da alegria e do descanso do trabalho. LITURGIA DOMINICAL O Domingo é a base e o fundamento de todo o Ano Litúrgico. Como centro da Liturgia, ele deve ser celebrado com sentido de festa, diferenciando da rotina celebrativa. É o dia da festa principal, que sustenta os outros dias – salvo se se celebra uma festa ou solenidade. O Domingo, na Liturgia, é a memória
Além de ser o Dia do Senhor, o Domingo é o dia do Homem que busca viver a liberdade – porque “é para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1). Por esta razão, os cantos devem sempre ser bem elaborados, as leituras bíblicas sejam proclamadas com mais ânimo, os objetos litúrgicos organizados com zelo, as toalhas e alfaias passadas, os símbolos mais expressivos de acordo com o tempo litúrgico. Com um clima de acolhimento pois é o dia da festa do Povo de Deus. REFLETINDO O Dia do Senhor é o dia mais importante da semana. É momento de interromper o trabalho para nos voltarmos para Deus. Nós vivemos o Domingo para o Senhor, para a família, no encontro com os amigos e para o descanso, merecido e necessário. “Alegrai-vos sempre no Senhor!” (Fl 4,4). Jesus está sempre entre nós e o Domingo é um dia favorável para experimentar e viver esta alegria. Façamos do Domingo um dia de encontro, um momento em que possamos ir juntos à Santa Missa e alegrar-se na presença Daquele que é o nosso tudo. Unamos o nosso repouso à vivência do Dia do Senhor, porque somente Nele é que está o nosso verdadeiro repouso. Nos entreguemos com todo o nosso ser e nossa vontade, pelas nossas tarefas, à união com Deus, principalmente pela Eucaristia com nossos irmãos. Referências: - Bíblia de Jerusalém. - Catecismo da Igreja Católica. - Carta Apostólica O Dia do Senhor, de São João Paulo II.
Diác. Alisson M. de Moura Par. São Joaquim e Sant’Ana
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Estrela Matutina - Caderno 1 - Abril de 2021 www.dioceseunivitoria.org.br
Paróquia Nossa Senhora das Dores celebra 20 anos Fundada em 16 de março de 2001 por Dom Walter Michael Ebejer, hoje bispo emérito, para atender ao bairro da Limeira que crescia por conta da enchente de 1983, a paróquia foi constituída por três capelas: Frei Galvão, São Francisco, e Capela São José. Hoje restam apenas duas: São Francisco, no bairro Rio D’Areia e São José, no bairro Bela Vista.
com o Frei Pedrinho, (in memoriam), chegaram para residir e trabalhar junto com a comunidade que ainda estava germinando.
Os primeiros passos da comunidade foram dados no dia 30 de maio de 1998, pelos frades Franciscanos Servos Missionários do Espírito Santo, que junto
“Esta paróquia foi implantada em uma realidade de extrema pobreza e exclusão social. Todas as pessoas que moram aqui, foram vítimas de uma grande enchente no ano de 1983, tendo suas c a s a s perdidas, por isso vieram para cá”, comenta um dos Freis que atua na paróquia.
A Comunidade se iniciou de forma modesta e austera, sem condições de fazer uma casa para os frades morarem, precisando eles então se abrigarem em um espaço da catequese.
Dom Walter Ebejer, bispo emérito, juntamente com freis que auxiliaram na evangelização no início da Paróquia (Foto: Arquivo)
“A paróquia Nos-
sa Senhora das Dores com seus Movimentos e Pastorais vem sendo um grande sinal de Deus no meio do seu povo que aqui vive”, complementa ele. Em sua história a paróquia conIgreja Matriz da Paróquia Nossa Senhora das Dores tou com o trabado bairro sem citar a participação dos lho de vários padres, diáconos, seminafranciscanos. Revivemos um momento ristas e Irmãs Religiosas. Seu primeiro histórico com o retorno dos Franciscapároco, depois de eregida a paróquia, nos para cá, tendo como atual pároco, foi o padre Antônio Carlos Rodrigues. Frei José de Jesus. Estamos vivendo A paróquia foi criada em 16 de março grandes avanços tanto na parte adde 2001, e instalada no dia 17 de março. mistrativa, da paróquia quanto na diPadre Antônio Carlos Rodrigues inimensão missionária e no atendimento ciou os trabalhos como Administrador aos pobres que aqui moram”, conta Frei Paroquial, vindo a tornar-se pároco, em Manoedson. 2006, quando a comunidade foi elevada à condição de Paróquia. Mesmo impedida de maiores festejos devido a pandemia do Coronavirus, a Em 20 de março de 2020 a paróquia paróquia celebrou seu aniversário com foi confiada mais uma vez aos Francisuma missa em Ação de Graças no dia canos Servos Missionários do Espírito 21 de março, às 9h. Santo. “Nós franciscanos temos uma grande participação eclesial ativa aqui Informações: no Bairro da Limeira. Seria difícil falar Manoedson Costa de Souza, Fsmes.
Série: Comentário Seletivo nº01 Constituição Pastoral “Gaudium et Spes” do Vaticano II - Continuação Subparágrafo 2/202 – Os padres Conciliares, olhando para a situação atribulada do mundo, “esse teatro da história do gênero humano”, marcado com suas derrotas e vitórias, mas conservado pelo amor do Criador, para quebrar o poder do Maligno sobre ele, optaram por tratar da influência do Povo de
Deus no seio da humanidade ainda por remir. Subpar 3/203 – Isto a Igreja quer realizar vendo a humanidade, ao mesmo tempo admirada e angustiada perante sua própria evolução moderna, necessitando de esclarecer o sentido de sua presença – função do indivíduo e da sociedade inteira. Pretende a Igreja iluminar tal caminho progressivo conforme a luz da fé em Jesus Ressuscitado, no respeito pela família humana, convicta que “é a pessoa humana que deve ser salva... e a sociedade humana... renovada”. Nisto ela visa estabelecer a fraternidade universal, esperando ser movida pelo Espírito Santo, para salvar e servir, e não para condenar e ainda ser servida. Subpar 4/205 – A variedade das condições de vida que os homens encontram hoje, exige da Igreja exercer sua função e dever “de perscrutar os sinais dos tempos”, com suas esperanças e angustias frequentemente dramáticas, que podemos expor da seguinte maneira: 1) O mundo está passando por uma era nova, modificando seu modo de pensar e agir, ressal-
tando uma transformação sócio-cultural nos indivíduos e na sociedade, e repercutindo na própria vida religiosa. 2) Tal crise de crescimento e mudanças nem sempre se consegue reconhecer, para poder submetê-las a seu serviço, assumindo as mudanças com prudência. Assim tudo julgado conforme os ensinamentos dos Evangelhos, e trilhando as diretrizes da Igreja, tais transformações culturais podem gerar transtorno social e escapar de seu controle. Subpar 4/208 – Numa época de tantas riquezas, encontramos áreas de grande pobreza. Há um sentido de liberdade na sociedade, mas coexiste com a prática, bastante difusa, de bolsas de escravidão social de operários, no campo e na cidade, especialmente entre os emigrantes. Subpar 4/209 – Essa complexidade de situações impede ao homem moderno discernir como harmonizar as descobertas recentes, impedindo-o a chegar a dar uma resposta às suas interrogações angustiantes. SITUAÇÃO PROFUNDAMENTE MUDADAS
Subpar 5/210 – Para a perplexidade do homem moderno, o progresso e o avanço da cultura reinante está mudando. As ciências matemáticas, naturais e humanistas estão relegando para um segundo plano os valores morais, consequentemente influenciando seu modo de agir. Subpar 5/211 – No processo, a pesquisa e o melhor conhecimento da história proporciona ao homem de hoje maior segurança e direcionamento para se projetar para o futuro, visto que o progresso científico se presta imensamente para se projetar em iniciativas audaciosas do futuro. A futurologia hoje tem grande peso, fazendo a humanidade passar de um estado mais passivo para um mais dinâmico e evolutivo. Isto gera maior perplexidade. *Continua na próxima edição.
Dom Walter Michael Ebejer, O.P. Bispo Emérito de União da Vitória
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Estrela Matutina - Estrelinha - Abril de 2021 www.dioceseunivitoria.org.br
OLÁ AMIGOS DO ESTRELINHA. NESTE MÊS TRAZEMOS ATIVIDADES REFERENTES AOS EVANGELHOS DOS DOMINGOS DE ABRIL. SE VOCÊS NÃO PODEM IR À MISSA ACOMPANHEM PELOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E CONFIRAM NA BÍBLIA SE ESTÁ CORRETO! FIQUEM ATENTOS!
DIA 04/04/2021- DOMINGO DA PÁSCOA RESSURREIÇÃO DE JESUS
DIA 11/04/2021
Evangelho de Jo. 20,19-31
Evangelho de Jo. 20,1-9
O que o anjo disse às mulheres?
DIA 18/04/2021
Evangelho de Lc. 24,35-48
DIA 25/04/2021
Evangelho de Jo. 10, 11-18 Jogue com a sua família! Basta duas pecinhas e um dado!
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Estrela Matutina - Artigos - Abril de 2021 www.dioceseunivitoria.org.br
SAÚDE MENTAL EM TEMPOS DE PANDEMIA: Que lugar temos dado às nossas emoções? Há um ano quando surgiam os primeiros casos da Covid-19, o mundo anunciava o início de uma pandemia. Com a pandemia, a sociedade passou a manifestar angústias das formas mais distintas possíveis: da negação à histeria. Muitos experimentaram a doença de perto, outros, convivem com a perda de um ente querido. Indagamo-nos então, sobre como será possível preservar a saúde mental em meio a tudo isso? Ou ainda, como mantermos nossa saúde mental frente a recuperação, após um quadro da doença ou após o enfrentamento de luto? Compreende-se por Saúde Mental a forma com que cada pessoa reage às situações estressantes, desafios e mudanças que ocorrem durante a vida. Vivenciamos diariamente muitas emoções: raiva, tristeza, alegria, frustração, satisfação, entre outras, e a forma como lidamos com essas emoções reflete no que se entende por qualidade em saúde mental.
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Você já pensou como você tem cuidado de sua saúde mental?
Falar em saúde mental implica em autoconhecimento. Você já pensou como você tem cuidado de sua saúde mental?
Não se deve negligenciar ou menosprezar o que se sente. Sentir e expressar a alegria, satisfação, nostalgia é algo mais aceitável – diferente da raiva, do medo, da frustração. Contudo, é aceitando nossas emoções negativas que poderemos então administrá-las. Aceitar sem julgar, para então equilibrar. Existem algumas crenças limitantes que podem estar acompanhando ao longo de sua vida. Exemplo: “em minha família, ninguém tem um relacionamento duradouro”, ou então “sou uma pessoa que nunca tive sorte”. Essas são crenças que muitas vezes nos foram repassadas e como uma herança nós a aceitamos. Contudo, quando identificamos de forma consciente essas crenças podemos então quebrá-las. São nas crises, nos momentos mais difíceis que conhecemos nosso melhor. Parece duro, porém, quando tudo está bem, nada muda, apenas se mantém. Com as emoções, ocorre da mesma forma. A pessoa se reconhece corajosa, ou humilde, quando ela precisou superar situações de perigo e de humilhação. Priorize o que é importante para você e as organize através de uma rotina agra-
Dizem que casamento de polaco dura três dias, porque a alegria é tão grande que um dia é pouco para comemorar. Pois bem, a alegria da Igreja pela ressurreição de Jesus é tão grande, mas tão grande, que três dias não são suficientes, e ela continua comemorando-a por nada menos que 50 dias, mais tempo ainda que a Quaresma! Portanto, ainda é tempo de desejarmos uns aos outros uma Feliz Páscoa! Mas, o que significa isso? O que faz uma Páscoa ser feliz? Existe o aspecto externo, a comida, os chocolates, que são coisas boas, mas pobre daquele que parar nesse nível. Um nível acima desse está a reunião da família e amigos, coisa que esse ano é desaconselhável, por causa da pandemia. Mas mesmo assim podemos ter uma Páscoa muito feliz. Para isso, é preciso lembrar as fases da Páscoa. Na primeira, ela era ligada à Natureza, ao renascimento da Primavera (no Hemisfério Norte), quando as árvores, que haviam perdido as
dável. Você pode estar lendo e reagindo da seguinte forma: “mas rotina? eu odeio!”, sim... rotina! Eu também não gostava, mas com a pandemia descobri que ela pode ser tudo o que você precisa para manter bons hábitos e ter ganhos a partir de pequenas ações realizadas diariamente. Tomemos como exemplo a) a realização de um diário espiritual por 10 minutos diários para fortalecer sua saúde espiritual, ou ainda, b) 20 minutos diários de atividade física, que aumenta a produção e a liberação de neurotransmissores e a regulação de funções como memória, aprendizagem, emoções, sede, sono, fome, bem-estar, ansiedade e humor, ajuda a equilibrar o peso, e assim, fortalecerá sua saúde física e mental; Ainda outro exemplo é c) privilegiar momentos em família para atividades conjuntas: jogar; fazer o jantar em família; conversar com alguém que está longe; mandar mensagens a familiares, fortalecerá laços de amizade e gerará sentimentos bons como a gratidão. Ninguém é a ansiedade, por isso: “eu sou ansioso” não pode ser tomado como verdade: a pessoa está ansiosa. Identifique o que causa a ansiedade, ou o estresse, ou a angústia em você. Trabalhe com bons hábitos (alimentação saudável, pensamentos positivos), terapia, exercícios, para que esses sintomas se equilibrem. O ponto central da saúde mental é o equilíbrio. Se você se identificar fora desse ponto de equilíbrio não se frustre, é assim mesmo, somos seres em movimento, então, esse não será seu fim, basta apenas buscar reequilibrar-se. Geovana Salete Cordeiro kujiv Psicóloga CRP 08/19042 Terapeuta Familiar Sistêmica com foco no indivíduo, casal e família.
Feliz Páscoa!
folhas, ressurgiam gloriosas.
A segunda fase é ligada à História, recordando a libertação do Povo de Israel da escravidão do Egito e sua caminhada rumo à Terra Prometida. A terceira fase é ligada a Cristo, ao grande evento da sua Morte e Ressurreição, pelo qual a Humanidade foi redimida. Mas há ainda uma quarta fase, que é ligada à nossa vida, atualizando essas três. O fio condutor entre essas fases, o leitmotiv que retorna sempre, é a “passagem” (significado da palavra hebraica “Páscoa”). Por isso, fazemos a experiência da Páscoa quando passamos de uma situação de Outono, de escravidão, de morte para uma de Primavera, de liberdade, de vida. Um doente que recupera a saúde, um desempregado que consegue trabalho, um solitário que começa um bom relacionamento, uma pessoa que supera uma tristeza, um ressentimento, uma mágoa. Isso é ter uma Páscoa Feliz, participando dos efeitos da ressurreição de Cristo.
Sabe aqueles círculos que se formam na água quando jogamos uma pedra? A pedra é a Ressurreição de Cristo, e os círculos são os efeitos dela, chegando na vida de cada um de nós. Todas as nossas vitórias, grandes e pequenas, são, de algum modo, sinais da presença do Ressuscitado, reflexos de Sua Vitória sobre o mal! Portanto, quando desejo a vocês uma “Feliz Páscoa”, estou desejando que as árvores secas da vida de cada um comecem a florescer, que as situações de escravidão sejam superadas, que os mares da vida (vermelhos ou não) se abram, que as pequenas mortes do dia-a-dia sejam prelúdios de uma vida nova, mais plena e feliz! Se você ainda carrega uma mágoa de alguém, se não consegue perdoar uma pessoa que te prejudicou, se se sente desprezado, se teme o futuro, se está passando por uma fase difícil no casamento, no trabalho, na vida pessoal, desejo, de coração, que você faça a experiência pascal, passando para uma situação melhor! Esse ano, rezamos para que a pande-
mia passe logo. E ela passará, se fizermos a nossa parte, evitando aglomerações, usando máscara e álcool gel. Rezemos de modo especial pelos que estão infectados e pelos que já foram vitimados pelo vírus, bem como pelas suas famílias. E que todos nós possamos passar para uma melhor versão de nós mesmos, para um estilo de vida marcado pela Fé, pelo Amor, pela Solidariedade. Que passemos de uma Humanidade que esquece de Deus e idolatra o dinheiro para uma Humanidade que adora a Deus e respeita o ser humano. Assim começará a Primavera, assim chegaremos na Terra Prometida, assim entraremos na Vida!
Pe. Emílio Bortolini Neto Par. Santa Bárbara
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Estrela Matutina - Notícias - Abril de 2021 www.dioceseunivitoria.org.br
Paróquia São José institui novos coroinhas e acólitos Na noite de sábado, 13 de março, a paróquia São José, de Antônio Olinto, instituiu na missa das 19h, para o serviço do altar nas liturgias, 11 acólitos e 06 coroinhas. A Instituição se deu no mesmo dia em que o Papa Francisco completou oito anos de Pontificado. Em alusão à esta data, a paróquia recordou as palavras do Papa aos coroinhas e acólitos: “O Senhor Jesus chamou vocês para servi-lo na liturgia da missa. É uma ocasião única para encontrá-lo, para amá-lo mais ainda, para se comprometer mais com Ele. Se notaram, a missa termina com as palavras do sacerdote. "Podem ir!". Depois de ter servido Jesus durante a missa, somos chamados a servi-lo na vida diária", diz o Papa. Nesse espírito é que os 17 adolescentes e jovens instituídos desejam servir a Cristo e a Igreja, em todos os momentos de suas vidas. Até chegar o momento da Instituição, os meninos e meninas tiveram uma formação com o seminarista estagiário Douglas Ribasz, que atua na paróquia, sobre a missão do coroinha e do acólito, sobre a Liturgia, a Santa Missa, os objetos litúrgicos e também a prática do servir na Igreja. Para a jovem Taiely que se tornou acó-
padrinhos e madrinhas dos acólitos por apoiarem os filhos na nobre missão de servir a Igreja. "Obrigado pelo incentivo e educação na fé dos filhos de vocês. Hoje eles assumem uma missão, que com certeza tiveram o apoio de vocês", valorizou o padre.
Novos acólitos e coroinhas, juntamente com Pe. Emerson e Sem. Douglas, no presbitério da Matriz São José (Foto: Douglas Ribasz)
lita, o convite para se tornar já foi um momento especial: "Fiquei muito feliz por receber o convite. Aceitei com muita alegria, pois poderei servir ao altar, ajudar mais de perto na liturgia para deixa-la mais bela e perfeita. Hoje foi o dia de concretizar o sim que eu disse!", comentou ela. Outro jovem que se tornou acólito e que será cerimoniário para os leitores foi Andréas. "Para mim ser acólito é ajudar as pessoas no altar, por exem-
plo, eu vou ajudar quem vai ler", disse ele. Ainda para a jovem Maysa, o serviço é uma missão, e requer dedicação: “Ser acólito requer dedicação, responsabilidade, e ainda, ter tranquilidade para que tudo saia da melhor forma possível no serviço da liturgia, e no auxílio ao padre’’, comentou ela.
Citando o Papa João Paulo II, padre Emerson ainda exortou os coroinhas e acólitos, a serem zelosos com a liturgia, amarem a Igreja, e perseverarem na missão. “Vale ressaltar as palavras de São João Paulo II sobre os coroinhas e acólitos: Quando crianças e adolescentes realizam o serviço do altar com alegria e entusiasmo, oferecem aos da sua idade um testemunho eloquente da importância e da beleza da Eucaristia”, dizia o padre, citando as palavras do Papa. Em comunhão com toda a Igreja, a paróquia São José pede a intercessão de Maria Mãe da Igreja, de São José e São Tarcísio, sobre a vida dos coroinhas e acólitos instituídos. Informações: Douglas Ribasz Seminarista Estagiário
Ao final da celebração, padre Emerson de Toledo, agradeceu aos familiares,
Carta do Conselho do Laicato sobre os Pedágios no Paraná é aprovada pelo episcopado paranaense Realizada pela primeira vez de forma online, devido a Pandemia do Coronavírus, a Assembleia dos Bispos do Paraná que se deu nos dias 15 e 16 de março, abordou assuntos internos à Igreja do Paraná, e questões sociais, que envolvem o dia a dia das pessoas. As questões foram representadas por grupos e pessoas que buscam a melhoria de vida para a população. Para tratar da situação da pandemia no Paraná com suas consequências psicológicas e sociais, bem como sua repercussão no âmbito eclesial, os bispos contaram com a participação do secretário estadual de saúde, Beto Preto. Para falar da 6ª Semana Social Brasileira foi convidado o coordenador regional das pastorais sociais, Jardel Lopes, e para explanar sobre a Missão Católica São Paulo VI, na Guiné-Bissau, África, os bispos contaram com a participação do novo coordenador do Conselho Missionário Regional (COMIRE), Diácono Pedro Lang. Outro assunto trazido em pauta foi o combate aos abusos sexuais no âmbito da Igreja. O assunto foi tratado pela Dra. Eliane De Carli, que falou sobre a ação do “Núcleo Lux Mundi”, que auxiliará nesse trabalho. Assunto pertinente aos Paranaenses também foi a “Nova concessão dos pedágios no Paraná”. O Deputado Estadual Evandro Araújo, o Prefº. Luís, membro do
Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) no Regional Sul 2, e Gilberto José Lima, presidente do Conselho, falaram sobre o assunto. Os membros do Conselho apresentaram aos bispos uma carta reivindicatória sobre algumas questões do pedágio no Paraná, que dever ser encaminhada ao Governo do Estado. Aprovada e apoiada pelos bispos paranaenses, a Carta cobra algumas situações nos Contratos com as Concessionárias, entre elas: - Reparação justa e ágil às vítimas e famílias nos casos de acidentes ocorridos por falta de obras. - Licitação pelo menor preço por quilômetro, sem outorga ou qualquer outra estratégia equivalente. - Vencedores deverão instalar a sede da administração na cidade polo da região. - As passarelas devem ser construídas com coberturas, grades, iluminações (internas e externas) e câmeras de segurança. - As obras faltantes deverão ser concluídas antes do início das cobranças de pedágios dos novos contratos ou no período de manutenção, - Transparência e acessibilidade às tabelas de preços de produtos e serviços, utilizadas para a precificação das obras que compõem cada investimento listado. - Em relação à sustentabilidade, que as empresas participantes do processo licitatório sejam aquelas que colocam em primeiro plano o compromisso com questões ambientais, sociais e de governança. *A Carta na Íntegra está disponível no Site da Diocese de União da Vitória. Basta copiar este link: https://bit.ly/3rPl9Of. Ao final do encontro dos bispos, outra interação e participação importante para o episcopado paranaense foi com o novo Núncio apostólico no Brasil, Dom Giambattista Diquattro, que valorizando o aspecto positivo da comunhão do episcopado e entre os fiéis na Igreja, disse que “A vida eclesial é mais forte que a pandemia e que as forças do mal”. Fonte: Regional Sul 2 - CNBB