Estrela Matutina - Edição Novembro de 2020

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Estrela Matutina - Liturgia - Novembro de 2020 www.dioceseunivitoria.org.br

Liturgia: Lugar privilegiado de Santidade O mês de novembro inicia-se na Igreja com a Solenidade de Todos os Santos e Santas. A Igreja ensina o Mistério Pascal dos Santos que sofreram com Cristo e com Ele são glorificados, e nos propõe seus exemplos que atraem todos ao Pai por meio de Cristo. Ela também implora por seus merecimentos, os benefícios de Deus.

ciente de Deus: nos pais que criam os seus filhos com tanto amor, nos homens e nas mulheres que trabalham a fim de trazer o pão para casa, nos doentes… Esta é muitas vezes a santidade ‘ao pé da porta’, daqueles que vivem perto de nós e são um reflexo da presença de Deus”, nos diz o Papa Francisco.

A Igreja é, sem dúvida alguma, santa. O próprio Senhor Jesus a amou como sua esposa e se doou por ela a fim de santificá-la. Por isso, todos na Igreja são chamados à santidade.

Assim entendemos que na Liturgia somos chamados por Deus a sermos santos e santas. Que pela intercessão deste homens, mulheres, crianças e jovens, modelos de fé para nós, Deus nos dê a graça de também nós buscarmos a santidade, vivendo com autenticidade o nosso batismo.

Seja em qual for o estado de vida, a partir do batismo, a santidade é a vocação comum de todo cristão católico, e pela Liturgia somos motivados a viver este chamado. Nas celebrações e ritos da Igreja, o Espírito nos lembra tudo o que Jesus disse e fez para que, nos assemelhando à Ele de tal forma, seguindo seu exemplo, alcancemos a santidade, vivendo em nossa vida os Mistérios da vida de Jesus. A celebração dos sacramentos, de modo especial a Santa Missa, que nos proporciona a escuta da Palavra de Deus e a comunhão na Eucaristia, nos

Foto: Dimitri Conejo Sanz - Cathopic

convoca a sermos mais irmãos, nos transformando pouco a pouco numa comunidade santa e missionária. Neste sentido, a Liturgia é para o cristão um lugar privilegiado de convite à santidade. Ela torna viva a nossa fé, alimenta nossa esperança e nos convoca à caridade em todos os momentos de nossa vida.

Na Solenidade de Todos os Santos, somos convidados a contemplar tantos membros da Igreja que viveram sua vocação de batizados, buscando e vivendo a Santidade. Todos os momentos e ocasiões de nossa vida, alegres ou dolorosos, são oportunidades para que com a graça de Deus, nossa santificação seja possível, concreta. “Gosto de ver a santidade no povo pa-

Referências: - Catecismo da Igreja Católica. - Missal Romano. - Exortação Apostólica sobre a Chamada à Santidade no Mundo Atual. - Documento de Aparecida.

Alisson Marlon de Moura Estagiário em Paula Freitas

Fé e Política Artigo de: Dom Joel Amado Portella “Algumas vezes, por achar que política é uma realidade suja, caímos na omissão”, mas “se não participarmos à luz do Evangelho e da Doutrina Social, contribuiremos para que a realidade permaneça como está ou até mesmo fique pior”. A reflexão é do bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Joel Portella Amado, em uma série de vídeos preparados pelo Regional Sul 2 da CNBB para as eleições municipais deste ano, a partir da Cartilha de Orientação Política “Os cristãos e as eleições”.

“Não nos omitamos, a fé tem na política como uma de suas consequências”. Dom Joel motivou os cristãos a não se omitirem na política, participando dos processos como uma forma de mani-

festar o amor aos irmãos. “A pessoa de fé tem, sem dúvida, o coração no alto e os pés no chão e não pode perder nem uma, nem outra atitude. Assim, como não permanecemos de pé se nos desconectamos do chão, como amar a Deus que não vemos se não amamos aos irmãos que vemos? ”, questiona ele. Segundo o secretário-geral, o fato de a Igreja não fechar com um partido político, não pode ser compreendido como ausência de compromisso. Ao contrário. “Deixando a cada batizado e batizada a liberdade de escolha, a Igreja manifesta que qualquer projeto político precisa começar respeitando essa liberdade e, é claro, assumindo os riscos das escolhas feitas”, ressalta dom Joel. Destacando a laicidade do Estado, o bispo pontua que não pode haver ingerência mútua entre Estado e Igreja, mas que esta laicidade “não pode ser usada para impedir que a Igreja manifeste os valores em que acredita”. COMO PARTICIPAR Participar do processo político, segundo o bispo, consiste em não cair nas

Dom Joel Amado Portella (Foto: Site CNBB)

armadilhas da descrença, escolhendo bem os candidatos e, ainda, atendendo ao chamado às inúmeras formas de ação política, como a atuação nas associações de bairro, nos conselhos de direitos ou políticas públicas ou nas candidaturas aos serviços de vereador e de prefeito. Este processo exige preparação e a Cartilha de Orientação Política oferecida pelo Regional Sul 2 da CNBB pode ajudar. Grupos podem se reunir virtual ou presencialmente para estudar o material, de modo que a escolha dos

representantes no processo eleitoral seja feita da melhor forma. A CARTLHA Produzida pelo Regional Sul 2, a Cartilha contou com a ajuda de uma equipe de peritos e está organizada em três partes. Aborda temas relevantes da atualidade, como a cultura da polarização e as fake news, as mudanças na legislação eleitoral e a descrição das funções dos cargos em disputa. Fonte: CNBB Sul 2


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