Volume i completo (julho2013)

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O projeto eTwinning LOA: uma abordagem intercultural para a integração pedagógica das TIC no ensino das LE ___________________________________________________________________________________________

professores de LE na utilização das TIC como elemento integrante das suas práticas constitui um desafio para o qual esta investigação deve procurar dar resposta: The challenge, of course, is for researchers and educators to look for ways of making the normalisation of online intercultural exchange a more seamless and fluid process. (…) The greater implantation of online technologies in students’ social lives and study activities should also contribute to the consideration of such projects as being a normal part of educational practices. (…) There is also a need for greater awareness raising among the foreign language teaching community and a greater focus on training teachers in the pedagogical applications of new technologies rather than on technical aspects. (O’Dowd, 2010: 11) A participação em projetos de telecolaboração potencia a oportunidade de abertura da sala de aula ao mundo e a possibilidade de criação de espaços cibernéticos que dão conta da diversidade cultural e linguística a que todos os alunos devem poder estar expostos para poderem crescer integralmente como cidadãos interculturais. Emerge daqui a necessidade da adoção dos princípios da abordagem intercultural no ensino das LE e da revisão dos objetivos que orientam o processo de ensinoaprendizagem, com vista à definição de metas mais realistas e mais relevantes para a vida dos alunos. A imposição do modelo idealizado do ‘falante nativo’ como meta de aprendizagem, validada por alguns programas de LE e associada a uma variante padrão monocultural e elitista da língua, difícil se não impossível de definir e de alcançar, poderá acarretar uma atitude de rejeição e de resistência por parte do aluno face à aprendizagem das línguas. Este modelo traz também implicações de caráter políticoideológico que devem ser reveladas (Rajagopalan, 1997, 2003). Ao propor-se um modelo idealizado está, por um lado, a promover-se a homogeneização e a unificação das identidades ou, nas palavras de Kanavillil Rajagopalan (1997: 230), “a pureza das identidades” legitimada pelo imaginário da unidade da língua nacional, e, por outro lado, a sobrevalorizar-se a LE em detrimento da língua dos discentes (Corbett, 2003; Gudykunst, 1994; Phillipson, 1992, 1996; Rajagopalan, 1997, 2003; Zarate, 2003). Este paradigma, em que a competência de comunicação em LE é medida em confronto com a competência de comunicação de um grupo localizado num contexto de uso geográfico e sociocultural restrito, está associado 11


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