As ruas cheias de passos esquecem teu itinerário vazado em não e ruptura. No café, no cais, na varanda, o cortejo e suas flores sem tino. Choram, riem, esperam que teu dedo nunca os aponte.
Não te espero, senhor, Não te espero, senhor, senão como desejo tudo que simplesmente se põe ao pé das coisas: do fruto, do caminho, do escrever.
Os temores do jardim Os temores do jardim espreitas. Pontuas o jardim das delícias. Acompanho teu rosto enquanto olhas cada painel claro, sombrio, escuro. Como quem procura ver-se, tu te inquietas com os seres pálidos, nus, obcecados. Passas, sem que o espelho te dê mais que um alinhavo de engano, trapaça, delírio: os jardins.
Muitos ardem de dor; Muitos ardem de dor; sorriem de alívio alguns;
Poemas desconcertantes
| 146