História e Estórias do Povoamento e Gentes de Vila Sant'Ana e Itaquera

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Figura 71 – Frente e verso do documento de Salvo-conduto para deslocamento em viagens, devido à 2ª Grande Guerra. 1943. Arquivo Família Stanojev Pereira

Em 1943 meus pais resolveram voltar para Itaquera, pois foi onde se conheceram, onde meu pai jogava futebol e tinha seus amigos, onde era mais próximo da estação de trens “Engenheiro São Paulo”, local onde trabalhava e, próximo da família de minha mãe. Em Itaquera foram morar numa casa onde hoje está a Universidade Camilo Castelo Branco. Meu pai, Astrogildo Pereira era funcionário da Rede Ferroviária Federal e minha mãe do lar mas, para reforçar a receita da casa pois éramos em oito irmãos, era costureira. Minha mãe, com oito filhos mais meu pai, conseguia trazer a nossa família com controle financeiro, educacional, religioso e moral. Ela cuidava do modo de vestir, de calçar e de estudar de toda a família. Sempre muito bem calçado, muito bem vestido, simples, sem luxo, mas sempre impecável. Ela não permitia que um filho seu saísse com uma camisa amarrotada ou com um sapato mal engraxado. Além de funcionário ferroviário, meu pai e meu tio Oidézio Simone, que também era funcionário da E.F.C.B, escreviam novelas para a rádio São Paulo e textos para os jornais locais. Meu pai também era responsável pelo jornal “O Barro Preto”, que circulou entre 1957 até 1961, 105


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