VOL3 N3 ESSFISIONLINE

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Silva, H. Fase I – Fase de internamento Esta fase corresponde, como o nome indica, ao período de internamento do utente numa instituição hospitalar e inicia-se geralmente com a admissão do utente e, caso não ocorram complicações tem uma duração que poderá variar entre 6 e 12 dias, dependendo da condição clínica e do tipo de intervenção a que o utente foi submetido (enfarte agudo do miocárdio, cirurgia de revascularização do miocárdio, etc.). Na fase I, podem considerar-se duas sub-fases, a aguda e a de mobilização, ás quais estão subjacentes objectivos, intervenção e resultados diferentes.

Fase I ¾Corresponde ao período de internamento do utente numa instituição hospitalar; ¾ Inicia-se geralmente com a admissão do utente (em casos cirúrgicos inclui o pré-operatório); ¾Duração que pode variar entre 6 e 12 dias ¾Podem considerar-se duas sub-fases, a aguda e a de mobilização

No caso de utentes que são submetidos a cirurgia cardíaca, a fase I de reabilitação cardíaca compreende o período pré-operatório e como tal, este será também identificado como uma sub-fase. De seguida, serão identificados os principais parâmetros de avaliação comuns às três subfases e analisada a intervenção especifica para cada uma delas, bem como, identificados os respectivos critérios de alta.

Avaliação A informação recolhida durante a avaliação em cada uma das sub-fases deverá permitir ao fisioterapeuta estabelecer o seu diagnóstico e planear a sua intervenção. Neste contexto, durante a 1ª avaliação, o fisioterapeuta deverá recolher do utente, informações como: as preocupações do utente, o nível de actividade física necessário à sua actividade diária normal, história clínica actual e anterior, antecedentes pessoais, condições de co-morbilidade, estratégias de coping adoptadas pelo utente para lidar com a sua condição, as suas necessidades de informação, (VOGELS, et al., 2003), factores de risco condições sóciofamiliares e laborais, bem como desportos e/ou hobbies praticados pelo utente (JOLLIFFE, et al., 2000, VOGELS, et al., 2003). O fisioterapeuta deverá também realizar testes e aplicar instrumentos de medida que lhe permitirão estabelecer parâmetros de comparação, o seu diagnóstico e prognóstico funcional (JOLLIFFE, et al., 2000). Alguns dos parâmetros que poderão ser avaliados são: sinais vitais e saturação de oxigénio, sinais de dificuldade respiratória (através de observação e aplicação da Escala de Borg), ventilação, sons pulmonares (através da auscultação) (EAGLE, et al., 2002), eficácia da tosse, reologia das secreções (caso existam), função pulmonar (através de espirometria) (HULZEBOS, et al., 2003), localização e intensidade da dor e presença de disfunções neuro-musculo-esqueléticas (EAGLE, et al., 2002, VOGELS, et al., 2003) principalmente em utentes submetidos a cirurgia (através da utilização do body chart, Escala visual Análoga – EVA, goniometria e Escala de Glasgow). A avaliação deverá determinar também a capacidade funcional do utente para a realização de um conjunto de actividades da vida diária (EAGLE, et al., 2002). Para esse objectivo, podem ser utilizados instrumentos como a Medida de Independência Funcional (FIM) que além de avaliar a funcionalidade do utente nas suas AVD’s tem poder preditivo da evolução clínica e resultados na alta de utentes integrados em programas de EssFisiOnline, vol. 3, nº 3 Revisão da Literatura

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