Jonas sucesso no fracasso

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quais terão seus próprios filhos. Se não acreditasse em vida eterna, trabalharia ao menos por esses que vão sair de mim e de você. Mas eu tenho uma razão a mais para investir no que não vejo e no que não verei. Eu creio que mesmo que nada mudasse na história, ainda assim teria a afirmação de Jesus de que as coisas que faço na história nunca são em vão (I Co, 15:58). Isso vale para a história e a trans-história. Pois tenho que ser um ser do horizonte da história, mas que não perde a visão de sua transcendência. Trabalho na história querendo mudá-la. E também sei que enquanto nela trabalho, mesmo que não a mude, estou mudando alguma coisa para a trans-história. O fato de saber que estou mudando para a transhistória não deve me alienar; pelo contrário, deve me fazer ser um ser profundamente imerso na história. Agora, saiba o seguinte: eu e você não somos os primeiros numa situação como essa. O maior homem de fé na Bíblia, Abraão, não viu as coisas acontecerem. Hebreus diz: “Viu de longe”, dando adeus às promessas (Hb, 11:13). Ele como que dizia: “Estou aqui, segurei as pontas até aqui, mas alguém vai levar isso adiante. Vejo apenas uma luz no horizonte. É possível que nunca venha a ver o sol sobre a minha geração. Mas dou adeus a essa luz, a essa esperança; isso vai nascer para alguém!” Um dia o sol nascente das alturas visitará o nosso coração, e aqueles que andam na região da sobre e da morte, no nosso meio, verão a resplandecência da grande salvação de Deus. Quero lhe apresentar seis bons critérios para você lembrar em tempo de crise. 1. Mantenha a vocação celestial bem firme em sua mente. Esta parecia ser a obsessão de Paulo. Ele disse: “Fui fiel à vocação celestial”. Pense naquilo para que você foi chamado. Pense na primeira voz que você ouviu. É possível que hoje você esteja perdido em meio a muitas vozes. Tente ouvir a primeira voz, aquela mesma que o colocou no ministério que hoje o deixa tão perturbado. 2. Pense na simplicidade do primeiro amor. Depois que se vai ficando “maduro”, isso parece bastante difícil. Não há nada mais trágico na vida cristã do que o que chamamos de “maturidade” – quando o indivíduo já não chora, não se emociona, não se aquece mais. Ele já “sabe de tudo”, razão por que não aprende mais. Tudo se torna “simples” para ele. Paulo diz que isso acontece quando se está endurecido. Tente pensar na simplicidade do seu primeiro amor. Peça a Deus que descomplique sua mente e seu coração.


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