146 Quando a saudade no meu peito bate Minh’alma fica então desesperada – E eu entro no mais ácido combate E vou pensando e não dizendo nada. O pensamento, na razão, debate Com o impulso, e varo a longa madrugada Para que o coração – todo mascate – Não se iluda e me deixe mais magoada. Mal amanhece o dia, ainda insone, Eu sino o corpo rodopiar num cone E a angústia me atormenta e me delira... No fundo poço está a felicidade, E eu acredito com insanidade Que o que disseste é uma cruel mentira. Samantha Rios
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