Magazine 60+ 31

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Caminhos de Portugal

Um Natal português Cidália de Aguiar Bióloga, professora, repórter 60+

Árvores de Natal, presépios e sal Mais um Natal português se passou, caracterizado pelo frio, pela nostalgia (para alguns) e pelas tradições. Árvores de Natal fazem hoje em dia sentido para todos durante esta época. O pai Natal também. Presépios cada vez menos. Natal de outros tempos Na minha infância, numa família muito pequena, mas tradicional, as memórias levam-me, sempre que se aproxima esta época, à preparação do presépio em casa. Grande momento em que eu e os meus pais nos dirigíamos para o pinhal, no tempo em que se podia ir sem perigo de assaltos ou desgraças semelhantes. O objetivo era colher musgo, em quantidades apreciáveis, para em conjunto fazermos o presépio. Areia branca do mesmo local também não era desprezada, pequenos ramos de pinheiro e algumas pinhas. O presépio era construído com uma base em cartão ou caixas, sobre a qual se dispunha o musgo, os cordeiros, o burro e a vaca, pastores, anjos, e claro, o menino Jesus, a Virgem Maria e S. José. Os três reis magos nos seus camelos também não podiam faltar, os carreirinhos de areia e muitas vezes uma lâmpada que os meus pais dispunham para iluminar toda a cena. Ficava bem bonito este arranjo e era um grande acontecimento familiar. Na véspera de Natal era a altura de colocar o sapatinho de cada um na chaminé, onde, no outro dia bem cedo, se iriam buscar as prendas que o menino Jesus lá colocaria durante a noite.

magazine 60+ #31 - Janeiro/2022 - pág.27

Fotos: Cidália de Aguiar

Ace

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