Desenhismo Designism

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geirismos descaracterizando a língua portuguesa. Para que lessem e meditassem no que diz Vidal, com base nos estudos da professora Nelly Carvalho: Em primeiro lugar, como desenhadores industriais assegurar a “defesa e manutenção da língua materna” — com a preocupação da pureza dos padrões do idioma que não, podem ser confundidos com ‘purismo xenófobo’. E em segundo “permitir a normalização terminológica — com uma sistematização das denominações/noções em Língua Portuguesa, exigida para a criação de um banco de termos (resultado de pesquisa e criação); evitando-se assim termos que se tornam insubstituíveis em língua estrangeira”(CARVALHO, 1991, p.41) como por exemplo: hardware, software, paper, workshop; balance; release, marketing, designer e design, só para citar alguns dos mais famosos e usuais termos usados por desenhadores. Ao Luiz Vidal o meu agradecimento, por este livro, por este seu amor à língua portuguesa; por toda esta inquietação de consciência da necessidade de uma actuação estratégica; por este tão saudável desejo: fundamentar, em português, a filosofia do desenho ou Desenhismo. Termino com dois poemas, síntese de tudo quanto me honrou ao pedir-me para fazer a apresentação do seu livro, afinal, como sugere, unir dois extremos da língua portuguesa — um bem ao norte de Portugal e outro bem sul do Brasil. Que terá este Portugal para assim me atrair? Que terá esta terra, por fora risonha e terna por dentro atormentada e trágica? Não sei; mas quanto mais o visito, mais desejo voltar. Miguel de Unamuno

Floresça, fale, cante, ouça-se e viva A portuguesa língua, e já, onde for, Senhora vá de si, soberba e altiva António Ferreira Vila Praia de Âncora, 23 de dezembro de 1995

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Desenhismo: Para Uma Filsofia do Desenho Industrial

Luiz Vidal


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