Nossa Viagem ao Rio de Janeiro

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o s s o N

o v i t e Obj

Adolescentes da Rebusca: Deuseli Calazans Flavia Calazans Gabriel Henrique Miriam Viana

Primeiramente, divertir! "Segundamente" ter a experiência de observar espaços diferentes, perceber o que há de bom e de ruim nesses espaços e pensar em como podemos promover mudanças e reforçar o que há de bom.

Monitores: Lucas Rolim Flávio Ravier Fotógrafo: James Gilbert

Os Via ja

n tes


m e g a i V e d o

Noss

ir e t o oR

1 Chegada - Rodoviária Novo Rio 2 Hospedagem - CCAS - Centro de Cidadania e Atividades Sociais 3 Passeio I - Complexo do Alemão 4 Passeio II - Pão de Açúcar 5 Passeio III - Copa Mundial de Crianças de Rua 6 Passeio IV - Sociedade Bíblica do Brasil (bate-papo sobre o MJPoP) Retorno pra casa



d o x e l p m o C

o a m e o Al

Miriam Viana

O

nosso pensamento sobre a visita ao (Complexo do) Alemão era “vamos morrer, vamos sair de lá furados, ou sem alguma parte do corpo”. Mas nós todos tivemos uma grande surpresa. Não fomos recebidos com tiros, brigas ou roubos, ao contrário, nos receberam de braços abertos, como os do Cristo Redentor. Para subir, fomos de bondinho e tivemos uma vista maravilhosa lá de cima. De lá vimos uma casa com a telha toda quebrada, vimos também quadras, campinhos de futebol, uma casa que por cima tinha várias garrafas de cerveja, várias igrejas, tanto evangélicas como católicas, e, um absurdo, só vimos uma escola. Ao chegar ao último ponto do bondinho, lá em cima, encontramos com crianças vendendo água, pedindo dinheiro e vimos algumas barracas. Até entrevistamos um rapaz que estava vendendo lembrancinhas. Ele foi muito educado e respondeu todas as nossas perguntas como: “você gosta dali (da favela)?” e “qual é o seu pensamento sobre o que

a mídia fala e mostra do complexo?”. Ele respondeu que gosta muito de lá e que a mídia mostra só o lado ruim e que aumenta muita coisa que não tem nada a ver. Ele disse que lá é muito tranquilo em algumas partes da favela, e que a maioria são trabalhadores. Também comentou que todos os lugares tem violência, não é só ali, e que por causa da mídia o Alemão não é muito visitado, por medo, e que o governo gasta com coisas bobas ao invés de construir mais escolas – é incrível que só tenha uma. Depois de ter entrevistado o senhor, almoçamos ali mesmo – tinha uma barraca vendendo churrasco. Depois tivemos a grande ideia de entrevistar (os policias da) UPP – Unidade Pacificadora Policial, só que eles não disseram muita coisa. Só falaram que o Alemão é tranquilo em algumas partes e que o papel deles ali é supervisionar e cuidar. Vimos um dos policiais chutando um rato. Acabamos a entrevista, tiramos algumas fotos e descemos para o centro.



d o a P

ar c u c eA

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Gabriel Henrique

Pão de Açúcar é um ponto turístico muito maneiro. Apesar disso, vi, para ser bem claro, pessoas que podiam pagar para subir no bondinho – gente mais rica, que tem uma condição melhor de vida (diferente do Complexo do Alemão). E vi mais turistas, como eu, do que pessoas do próprio Rio de Janeiro. Acho que isto poderia mudar. Por que colocar o valor de R$ 60,00 neste passeio? O preço poderia ser mais baixo, para que todos pudessem fazer esta visita, o que seria mais produtivo e mais legal.

oi muito interessante acompanhar os adolescentes principalmente nos passeios do Complexo do Alemão e do Pão de Açúcar. Eles não precisavam dizer o quanto ficaram empolgados e, ao mesmo tempo, assustados com a discrepancia de ambas as realidades. De um lado uma comunidade como a deles, cheia de estereótipos negativos, que fizeram até mesmo eles pensarem algumas vezes se valia a pena visitar o Alemão. Do outro, um mundo desconhecido, de “gran finos” (nas palavras da Flávia), em que só os que chegam ao topo do Pão de Açúcar são capazes de comprar uma jóia caríssima (ou, pelo que parece, deveriam ser capazes disto). Uma coisa é certa: seus olhos voltaram para Viçosa brilhando. Pela beleza contemplada da janela dos dois bondinhos e pela tristeza de ver que ainda existem comunidades que não são ouvidas, enquanto outras se silenciam e tomam seu capuccino ao apreciarem alheios as praias cariocas. Lucas Rolim



e d l a a i u d n R u e M d s a a p Co Crian c

Deuseli Calazans

F

omos para conhecer e saber sobre a Copa. Chegando lá vimos várias coisas incríveis, vimos crianças do mundo inteiro. Para mim foi muito legal, porque pude conhecer vários amigos. A Abertura dos jogos foi muito bonita, eram muitas crianças. Vimos alguns jogos, tipo o do Brasil contra a Indonésia – o jogo feminino o placar ficou de quatorze à zero para o Brasil. Ficamos com dó, porque o time feminino da Indonésia teve poucos dias para treinar. Já o time masculino o placar ficou quatro a zero para o Brasil. Nós entrevistamos o time brasileiro masculino. Eles tinham de 14 a 16 anos, moravam em Fortaleza e em Recife. Nós perguntamos o que estavam achando da Copa e eles disseram que é muito legal participar da Copa. Também entrevistamos dois africanos, foi muito legal.

Nós almoçamos e jantamos com ele, a comida estava muito boa! À noite, teve um momento de brincadeiras, de desenhos, de músicas. Nós participamos do momento de música e foi muito legal – nós ensinamos nossas músicas e eles nos ensinaram, todos nós aprendemos. A hora em que eu mais gostei foi a parte em que uma menina africana cantou. Eu quase chorei. Eu não estava entendendo o que ela estava cantando, mas eu senti na pele. Eu não achei nada ruim. A Jane, uma das inglesas que conhecemos, até nos deu algumas lembranças muito bonitas! Eu fiquei muito feliz de ter ido conhecer a Copa Mundial dos Meninos de Rua, foi muito importante. “Não abandone as crianças”



M

P O JP

fLÁVIA cALAZANS

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rimeira coisa que todos nós devemos saber é que sem cooperação nada é feito. Em seguida vamos ao MJPOP – Monitoramento Jovem de Políticas Públicas. E a pergunta: “mas o que isto tem a ver comigo?” Não só tem a ver com você, mas com toda a comunidade. Por exemplo: se acontecer (na sua cidade) igual aconteceu no Complexo do Lins, problemas de abastecimento de água, isto não estará prejudicando só você, mas todo o restante da comunidade. Para conseguirmos suprir a necessidade de tanta gente é preciso 5 coisas essenciais, que são os princípios do MJPOP. A primeira coisa é ter voz. Ter voz não é apenas gritar ou querer falar mais alto que o outro. Neste caso, ter voz é conseguir falar com a comunidade, com seu amigo, com sua família, com o máximo de pessoas possível. É apontar um problema ou uma necessidade e “martelar” na cabeça dessas pessoas para que elas não só “achem” que algo está errado, mas percebam que é preciso agir. O segundo item é dialogar. O

diálogo é muito importante, pois torna muitas coisas que parecem difíceis em mais fáceis. Precisamos, antes de por a mão na massa, procurar relações que nos ajudem a resolver os problemas existentes. A terceira coisa é a informação. Com a informação podemos descobrir as verdadeiras necessidades da comunidade. Depois de levantadas as informações é preciso agir, mudar a nossa realidade, fazer a diferença. Mostrar que não servimos apenas nas épocas de eleições. Não é apenas nestas épocas que buscamos melhoras nas estradas, nas escolas municipais e nos hospitais. E por último, mas não menos importante, é a prestação de contas. É através da prestação de contas que toda a comunidade vai se manter informada sobre o andamento dos processos reivindicados. Continuar se preocupando com a comunidade é extremamente importante e contar com a participação dela é fundamental, porque “uma formiga não faz o formigueiro sozinha” e uma pessoa apenas é difícil de transformar algo sozinho.



ec m os

e d a r Ag

À Deus, por nos dar essa oportunidade maravilhosa de conhecer o Rio de Janeiro e as pessoas que nos acolheram.

À Inez de Azevedo, por cuidar do nosso grupo de forma tão carinhosa durante a Copa Mundial de Crianças de Rua, e à Jane por ter sido graciosa com nossos adolescentes, dando-lhes presentes - sentimos o cuidado de Deus através da vida de vocês.

Aos membros da Igreja Presbiteriana de Viçosa, que contribuiram financeiramente e em oração para que esta viagem acontecesse. Em especial às famílias: Paulo e Wal, Gino e Raquel, Dely e Luci, Affonso e Débora, Mauro e Tereza, James e Elsie.

Que Deus derrame graça e paz sobre a vida de vocês! Continue orando pela Rebusca e pelas crianças e adolescentes atendidos.

Ao Ronilso, da ONG Viva Rio, por nos ajudar com um contato de hospedagem no Rio. E à pastora Davina, responsável pela ONG Centro de Cidadania e Atividades Sociais, da Igreja Batista Betânia em Sulacap, por nos acolher com tanto amor e cuidado - Deus nos abençoou muito por meio de vocês.

Ao Paulinho e ao Serginho da Visão Mundial, por terem separado um tempo para nos explicar sobre o MJPoP.




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