Motomagazine 95

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Uma história de 30 anos, onde a perseverança em continuar no mercado se junta em construir um patrimônio sólido, conquistando clientes a cada dia, realizando negócios e criando o próprio marketing, assim a Amiguinho é hoje referência em Fortaleza, CE Texto: Hylario Guerrero Imagens: Divulgação

Gleyson Mendes Nobre é sócio-diretor, na Lojas Amiguinho, e compõe o quadro atual de proprietários juntamente com Francisco Queiroz Nobre, pai e fundador da empresa, que veio de Redenção, interior do Ceará, e criou a Amiguinhos em fevereiro de 1986, e, também a irmã Ivana Mendes Nobre, filha de Francisco. Mas de cara Gleyson deixa claro, juntamente com seu bom humor: “Não vá pensando que por ser uma empresa familiar, um ou outro não trabalha. Aqui, todos pegam duro no batente”. “A razão social da empresa é outra, mas o nome Amiguinho caiu com mais força no gosto dos clientes e ficou Lojas Amiguinho”, conta Gleyson. O empresário ainda explica o porquê do nome escolhido, “O meu pai, antes mesmo de entrar no segmento de peças para bicicletas, já tratava todos os clientes por ‘Amiguinho’. De forma recíproca, os clientes também o chamavam assim. Por este motivo, a loja passou a ter esse nome. Até hoje, tanto os clientes quanto fornecedores são tratados como ‘Amiguinho”. A ideia de montar a loja surgiu quando Francisco Nobre chegou do interior para a capital, montou um pequeno comércio de gêneros alimentícios. Prosperou, mas pouco tempo depois, observou que começaram a surgir as grandes redes de supermercado. Por enxergar nestas redes uma grande ameaça, Francisco buscou diversificar a oferta de produtos. “Coincidentemente, um rapaz, chamado Hamilton, tinha alugado há pouco tempo um ponto do próprio Amiguinho para abrir uma oficina de bicicletas. O grande movimento na oficina do Hamilton chamou a atenção de Francisco Queiroz. Então, um dia, ele perguntou ao Hamilton se tinha interesse de vender as peças para a reposição nas bikes. Hamilton disse que não queria vender peças, pois o trabalho aumentaria demais. Assim, Francisco Queiroz, ficou a vontade para começar a comercializar as peças. Pediu-lhe uma relação dos vinte itens que mais vendiam e realizou a compra. A partir de

então começou a trabalhar com peças para bicicletas”. Gleyson ressalta que Francisco não tinha experiência anterior no setor e nem conhecia peças de eram utilizadas na manutenção das bikes. Este foi o início da empresa que atualmente, conta com 60 colaboradores. Expandiu e também atua no segmento de motopeças, além de sempre vender os produtos que deram origem à loja. “E lembrar que no início contava com apenas um colaborador. Estamos localizados na cidade de Fortaleza/CE, sempre sediados no mesmo local. O prédio passou por reformas, mas sempre no mesmo endereço. Temos uma filial no segmento de moto peças, que está vizinha a matriz”, esclarece Gleyson. Comercializam peças e acessórios para motocicletas de diversos tipos e modelos. “Nosso foco de venda é no produto de baixo e médio valor agregado, mas também são ofertados produtos de alto giro”. Mas, o desenvolvimento dos negócios não foi simples e tranquilo como possa parecer. A concorrência ficou incomodada com novo integrante do setor. “Quando o trabalho no atacado começou a crescer, passou a existir uma pressão por parte da concorrência junto aos representantes e fornecedores para que estes não vendessem no Amiguinho. Assim, preocupados em perder o pedido dos clientes maiores, alguns deles não mais nos visitavam, não vendiam para nós. Para poder resolver esse problema, Francisco Queiroz viajou ao Sul e Sudeste e, visitou todas as fábricas de peças. Desta forma, mesmo alguns representantes não querendo realizar a venda devido à pressão dos demais clientes, foi possível fazer os pedidos, por exigência dos fabricantes que o Amiguinho fosse atendido”, conta. “Um fato curioso aconteceu em decorrência disso: certa vez, após ter feito grandes negociações junto a alguns fornecedores (já não era mais possível impedir que os representantes/ fornecedores visitassem e vendessem ao Amiguinho), surge uma notícia no jornal de maior circulação do estado, de que Francisco Queiroz Nobre, proprietário das Lojas Amiguinho, estaria fechando o comércio para retornar ao interior e se

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