pll 6 Destruidoras

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— Ninguém importante. Não agora, pelo menos. O barman trouxe outro gimlet para Jason. Em seguida, ele cutucou o braço de Aria. — Sabe, eu pensei que você fosse dizer que a pessoa por quem tinha se apaixonado era eu. O queixo de Aria caiu. Jason... sabia? — Acho que era realmente óbvio. Jason sorriu. — Não, é que eu sou muito perceptivo. Aria fez um sinal para o barman trazer mais vinho para ela, suas bochechas ardendo. Ela sempre tomara precauções extras para esconder sua paixão por Jason, certa de que morreria se ele descobrisse. Agora, ela queria se enfiar debaixo do bar. — Eu me lembro de uma vez, quando você estava esperando do lado de fora da sala de jornalismo em Rosewood Day — explicou Jason. — Eu a notei imediatamente. Você estava olhando em volta... e quando me viu, seus olhos se iluminaram. Aria agarrou a barra de metal sob o bar. Por um segundo, ela quase pensou que Jason fosse falar da ocasião em que lhe entregara a bandeira da Cápsula do Tempo de Ali. Mas ele estava se referindo ao dia em que ela esperara depois da aula de jornalismo, querendo mostrar a ele a cópia autografada de Matadouro Cinco que pertencia a seu pai. Aquilo acontecera na sexta-feira antes das meninas invadirem o quintal de Ali. Mas talvez Jason não quisesse falar sobre o fato de ter roubado a bandeira de Ali. Talvez ele se sentisse culpado. — Claro, eu me lembro daquele dia — Aria conseguiu dizer. — Eu queria mesmo falar com você. Mas a secretária da escola o alcançou primeiro. Ela disse que tinha uma ligação telefônica para você, de uma garota. Jason franziu a testa, como se tentasse se recordar. — Mesmo? Aria concordou. A secretária tomara o braço de Jason e o levara para o escritório. E agora que Aria pensava sobre o ocorrido, ela também dissera "Ela disse que é sua irmã". Mas Aria não tinha visto Ali mais cedo, naquele mesmo dia, entrando na sala dos armários no ginásio? Talvez fosse a namorada secreta de Jason ligando, sabendo que o único meio de fazer com que o pessoal de Rosewood Day o avisasse seria dizer que era um membro da família. — Eu imaginei que fosse uma garota linda e madura, com quem você realmente quisesse falar, e não uma menina maluca do sexto ano — concluiu Aria, corando. Jason concordou lentamente, o reconhecimento claro em seu rosto. Ele resmungou alguma coisa por entre os dentes, algo que soara como não exatamente. — Como? — perguntou Aria. — Nada. —Jason virou o resto do segundo gimlet. Em seguida, olhou para ela, um tanto timidamente. — Bem, estou feliz por você ter deixado seu interesse um pouco mais claro, agora. Um arrepio percorreu a espinha de Aria. — Talvez seja mais que interesse — sussurrou ela. — Espero que sim — disse Jason. Eles sorriram um para o outro. O coração de Aria lhe martelava os ouvidos. A porta da frente se abriu, e um grupo de alunos de Hollis entrou. Alguém no canto do salão acendeu um cigarro, soprando a fumaça no ar. Jason checou seu relógio e colocou a mão no bolso. — Estou realmente atrasado. — Ele apanhou a carteira e tirou uma nota de vinte, o suficiente para pagar pelas bebidas dos dois. Depois, olhou para Aria. — Bem... — Bem... — repetiu ela. E aí,Aria se inclinou para frente, agarrou a mão dele e beijou-o da forma que quisera beijá-lo anos antes, do lado de fora da sala de jornalismo. Os lábios dele tinham gosto de suco de lima e vodca, e Jason a puxou para mais perto, enterrando as mãos nos cabelos dela. Depois de um momento, eles se afastaram, sorrindo. Aria achou que fosse desmaiar. — Bem, vejo você depois — disse Jason. — Com certeza — suspirou Aria. Jason atravessou o salão, abriu a porta e se foi. — Oh, meu Deus — murmurou ela, voltando-se para o bar.


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