O feitiço azul

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- Para...mim? Eu...Quero dizer, obrigada, mas eu não posso aceitar um presente como esse. - Não é um presente, - disse ela. - É uma necessidade. Um que pode salvar sua vida. Pegue e coloque. Eu me recusei a tocá-lo. - É mágico, não é? - Sim - ela disse. - E não me olhe assim. Não é diferente de qualquer um dos encantos que você fez para si mesma. - Só que qualquer coisa que você faria... - Eu engoli enquanto eu olhava para as profundezas daquela jóia vermelho sangue. - Vai ser muito mais poderoso do que qualquer coisa que eu possa criar. - Esse é exatamente o ponto. Agora aqui. - Ela enfiou tão perto de mim que quase balançou e bateu no meu rosto. Afastei de mim, estendi a mão e levei até ela. Nada aconteceu. Sem fumaça ou faíscas. Sem dor lancinante. Vendo seu olhar em expectativa, eu fixei em torno de meu pescoço, deixando a granada cair ao lado de minha cruz. Ela suspirou, seu alívio quase palpável. - Assim como eu esperava. - O que? - Eu perguntei. Mesmo que eu não senti nada de especial nisso, a granada estava pesada ao redor do meu pescoço. - Está mascarando sua capacidade mágica, - disse ela. Ninguém que se encontra com você deve ser capaz de dizer que você é um usuário de magia. - Eu não

sou um usuário

de

magia.

- eu lembrei ela

bruscamente. - Eu sou uma Alquimista. Um lampejo pequeno de um sorriso brincou sobre seus lábios. - É claro que você é, um que usa magia. E uma pessoa particularmente poderosa, que seria óbvio. Magia deixa uma marca em seu sangue que permeia todo o seu corpo.


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