Novas de Alegria - junho2013 - Centenário

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Cultura hinologia

Cânticos de alegria

finir o grande crescimento da Igreja. Uma parte do livro contém pregações e discursos. Alguns exemplos são os discursos de Pedro, Estevão e Paulo. Os milagres, os prodígios e maravilhas neste livro são abundantes, porque Deus é Deus de milagres. Além disso temos uma série de outros acontecimentos importantes que relatam o início da Igreja e sua expansão. UMA CONCLUSÃO Somos cristãos trinitários, pentecostais glossolálicos, ou seja acreditamos na trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), que o Pentecostes continua a ser para hoje, e que Deus quer continuar a derramar do Seu Espírito sobre toda a pessoa nascida de novo. Também batizamos os discípulos em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo, de acordo com o mandamento e a fórmula dada por Jesus em Mateus 28:19. Acreditamos que o sinal inicial do batismo com o Espírito Santo é o falar noutras línguas, e que os Dons Espirituais assim como os Ministérios são dádivas de Deus à Sua Igreja, e não são títulos, nem são dados por méritos próprios. O nosso Deus continua a salvar, a curar e a batizar com Espírito Santo, como acontecia na Igreja nascente.

É, exatamente, o nome do livro de cânticos que usamos nas Assembleias de Deus em Portugal, o título que encima este artigo. Durante muitos anos utilizámos a Harpa Cristã, hinário editado no Brasil, que em 1922 teve a sua primeira edição, Recife, PE, e que viria a tornar-se no hinário oficial das Assembleias de Deus naquele país.1 “Eusébio de Cesareia (260-340) é considerado, com justa razão, o pai da História da Igreja Cristã. O que poucos estudiosos sabem é que ele foi também um grande apreciador da verdadeira música sacra. Embora vivesse num período em que esta apenas ensaiava os primeiros passos, Eusébio expressou emocionado: ‘Nós cantamos louvor a Deus com saltério vivo. Porque mais agradável e caro a Deus do que qualquer instrumento é a harmonia da totalidade do povo cristão. A nossa cítara é a totalidade do corpo, por cujo movimento e ação a alma canta hinos adequados a Deus, e o nosso saltério de dez cordas é a veneração do Espírito Santo pelos cinco sentidos do corpo e as cinco virtudes do espírito’.” 1 Em 1943 a Harpa Cristã começou a ser publicada em fascículos de 16 e 32 páginas. No ano de 1969 soava em Portugal, na Novas de Alegria nº 319, “a saída da primeira edição do ‘Saltério Pentecostal’, que substituirá a ‘Harpa Cristã’ nas nossas Assembleias, está dependente apenas da verba necessária”. Na edição seguinte, lemos na rubrica ‘3 linhas’: “A Casa Publicadora das Assembleias de Deus, vem comunicar que já está a ser trabalhada na tipografia a primeira edição do hinário que dentre em breve servirá o Movimento Pentecostal. Pedimos o auxílio das orações de todos os irmãos para este projeto tão importante, cuja falta há muito se vinha sentindo. Cremos que o SALTÉRIO PENTECOSTAL será uma grande bênção para a Obra de Deus. Esperamos em breve ter a alegria de poder anunciar que já se encontra à venda este hinário que contém mais de quinhentos hinos selecionados.” Era para se chamar Saltério Pentecostal mas ficou Cânticos de Alegria, e a sua primeira edição foi em 1970, março ou abril, num total de 10 000 exemplares. “Em menos de seis meses, esta primeira edição de Cânticos de Alegria, ficou praticamente esgotada.” Lemos esta notícia, na NA nº 332, de agosto de 1970. Caminhando para os cultos, os crentes levam, acompanhando a Bíblia o hinário, no nosso caso, Cânticos de Alegria. No seu interior, o hinário regista 526 hinos. Somos um povo que canta louvores a Deus. Os hinos, em causa, são de um valor extraordinário. Grande parte deles são mensagens de Deus, profundas, maravilhosas, consoladoras, escritas em poemas imperdíveis, emolduradas em melodias agradáveis e facilmente memorizadas, assentes em harmonias simples. Um número, incontável, de pessoas encontram-se nas Igrejas porque um dia foram tocadas, na sua alma, pelo Senhor, na sequência de terem escutado um hino, numa celebração a solo, ou num cântico congregacional, ou ainda um CORO. “Agostinho, um dos maiores teólogos da Igreja Cristã, foi certa vez tocado de uma forma tão intensa pelos hinos de uma congregação, que não pôde esconder as suas emoções: Quão intensamente eu chorei nos vossos hinos e cânticos, profundamente movido pelas vozes de vossa doce fala à Igreja. As vozes entraram nos meus ouvidos e a verdade foi derramada dentro do meu coração, de onde a agitação da minha piedade aflorou, e as minhas lágrimas desceram, e fui abençoado”1 Em agosto de 1970 já estava quase esgotada a primeira edição do Cânticos de Alegria, pelo que a direção da Casa Publicadora, via NA nº 332, exortava aos Obreiros e todos os crentes em geral, a fornecerem-se dos hinários que restavam, pois a 2ª edição demoraria algum tempo a refazer. Mais tarde, em 1986, a nossa Editora, deu à estampa algo que se fazia sentir, e as muitas solicitações eram constantes, o Cânticos de Alegria com música. Numa nota pessoal, acho que se deveria acrescentar ao nosso livro de cânticos mais hinos, selecionados, “a fim de se atender a todas as exigências cerimoniais e litúrgicas da Igreja.”

torcato lopes Colaborados Lisboa

paulo branco

Diretor geral – MEIBAD Pastor evangélico – Almada

1

Manual da Harpa Cristã, 1ª edição, 1999, CPAD – Rio de Janeiro, Brasil

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