“O artista não pode ser alguém isolado no seu sótão.”
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No dia 1 de Março inaugura a primeira grande exposição retrospectiva da artista plástica, Joana Vasconcelos. Será no espaço do Museu Colecção Berardo, instalado no Centro Cultural de Belém. Esta é a sua primeira exposição antológica? Bem, na verdade tenho vindo a fazer alguns projectos com 10 ou 12 peças, mas no fundo não com esta dimensão, com 33 ou 34 peças, é a primeira vez. É também a primeira vez que faço um museu. Com o apoio de um museu com a dimensão do Museu Colecção Berardo.
“É uma exposição que vai precisamente acabar com esse equívoco enorme da minha obra: a artista do croché. “
É revisitar o passado? É como pôr ordem na casa. Arrumar tudo. Mas é um processo que só é feito duas ou três vezes numa vida artística. Eu estou a fazer esta agora, mas a próxima só será daqui a dez ou quinze anos. Há um lado escatológico que é complicado, do pensar no que se fez e não se fez. Porquê o nome Sem Rede para esta exposição? Porque não tem croché. (risos) É uma exposição que vai precisamente acabar com esse equívoco enorme da minha obra: a artista do croché. Excepto a Toalha da Maria da Feira, não estará exposta mais nenhuma obra em croché.