Publicação de responsabilidade editorial e comercial de Sandra Arouca.
MARÇO DE 2020
NÓS, MULHERES!
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ÍNDICE 4 | Editorial 6 | A guardiã dos valores do grupo Nabeiro Rita Nabeiro 10 | Ser mulher no mundo tech Ana Bicho 14 | O apoio personalizado na gestão de carreiras e de talento Susana Miranda 18 | Helena Anjos Coach, o fortalecimento da autonomia Helena Anjos 22 | O mindfulness como transformador de liderança Florbela Silva 28 | Estimular o gosto das crianças pela leitura Teresa Valente 32 | Liderança colaborativa para a melhoria da performance das empresas Susana de Sousa Pereira
FICHA TÉCNICA Direção e Edição: Sandra Arouca Colaboração: Joana Carvalho, Ana Catarina Gomes, Catarina Fernandes, Ana Ferreira, Ana Reis e WLX-design Contactos: geral@liderancanofeminino.org redacao@liderancanofeminino.org Registada na ERC com o n.º 126978 Propriedade de Sandra Arouca Sede e Redação - R. Nova da Junqueira, 145 4405-768 V.N.Gaia Periodicidade mensal Liderança no Feminino tem o compromisso de assegurar os princípios deontológicos e ética profissional dos jornalistas, assim como pela boa fé dos leitores. O conteúdo editorial da Revista Liderança no Feminino é totalmente escrito segundo o novo Acordo Ortográfico. Todos os artigos são da responsabilidade dos seus autores e não expressam necessariamente a opinião da editora.
36 | Três décadas de experiência na área da construção civil Lúcia Nunes 40 | A qualidade da formação eLearning Ana Maria Fernandes Tentem 44 | “A resiliência e a capacidade de adaptação são palavras-chave para profissionais com carreiras internacionais” Rita Vilas-Boas 48 | A progressão de carreira dentro da empresa, o exemplo de Susana Silva Susana Silva 52 | A espiritualidade como filosofia de vida Suzana Soares 52 | Saiba qual a importância do sono para a sua saúde e quais as estratégias a adotar para uma melhor higiene do sono Sofia Oliveira Pinto 52 | Devo ou não viajar?
Reservados todos os direitos, proibida a reprodução total ou parcial de todos os artigos, sem prévia autorização da editora. Quaisquer erros ou omissões nos artigos, não são da responsabilidade da editora.
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LIDERANÇA NO FEMININO | Março de 2020
| MARÇO 2020
EDITORIAL Nesta edição especial que nos remete para o Dia Internacional da Mulher, queremos que pensem na resposta à seguinte questão: Qual é o vosso super poder? "Ser Mulher", por si só, não deverá ser a resposta. Queremos que se atirem mais fundo. Que se entreguem. Que se descubram. Não é fácil definir uma mulher. Como também já não é tão simples definir um homem. Mas diz-nos a história que ainda temos trabalho a fazer pela igualdade entre géneros e, enquanto tal se verificar, iremos sempre celebrar esta data para além da história que nos conta. A mulher pode ser elegante, selvagem, ousada ou controlada. Pode ser líder, professora, modelo, motorista, cabeleireira, segurança, cuidadora, engenheira. Pode ser tanto. Cada mulher tem uma combinação única. E pode ter tanto.
Prova-se, a cada dia, que a definição de género não é condicionante, que a mulher se sobressai pelas suas competências; conjuga a razão com a emoção e consegue obter resultados irrepreensíveis. Esta edição fala disso mesmo: empoderamento. Casos de sucesso. Emoção: Susana Miranda, Helena Anjos, Ana Bicho, Florbela Silva, Teresa Valente, Lúcia Nunes, Susana Silva, Susana de Sousa Pereira, Ana Maria Fernandes Tentem, Suzana Soares, Rita Vilas-Boas e Rita Nabeiro! E a ti, Mulher, deixamos o desafio: diz-nos qual é o teu poder!
O conceito basilar deste dia, 8 de março, surgiu em 1909 e já o celebramos há 45 anos, quando foi decretado pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Mulher.
Nas asas de um anjo,
Mas celebramos o quê, porquê, para quê?
Todos os sonhos se alcançam.
Não queremos falar de estatísticas, mas de histórias. Não queremos falar de significados de géneros, mas de poder. E se a mulher tem poder!
Um Feliz Dia Internacional da Mulher
O empoderamento feminino tem sido crescente ao longo dos últimos anos. Vemos mulheres
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onde jamais seria possível: em cargos políticos, em cargos de gestão, de magistério, de trabalho de obra, entre outros tantos.
Todos os sonhos voam. Na força e na determinação,
A equipa Liderança no Feminino. Estamos Juntas na Liderança!
EM PRE EN DEDO RISMO 5
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Rita Nabeiro, Diretora Geral da Adega Mayor e Administradora do Grupo Nabeiro - Delta Cafés
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RITA NABEIRO, A GUARDIÃ DOS VALORES DO GRUPO NABEIRO Rita Nabeiro é a Diretora Geral da Adega Mayor e Administradora do Grupo Nabeiro - Delta Cafés, que marca também presença nesta edição especial dedicada ao Dia Internacional da Mulher. Ao longo da entrevista, Rita Nabeiro salienta que, no momento que assumiu a Direção-Geral da Adega Mayor sentiu o peso da responsabilidade, e ao mesmo tempo, a vontade de iniciar uma cultura de inovação, sem esquecer o importante legado familiar. Sobre o melhor caminho para a liderança, a nossa entrevistada frisa que este deve inevitavelmente passar pela crescente humanização da gestão, onde as pessoas ocupem um papel central e criem valor humano, e não apenas financeiro.
A MATERIALIZAÇÃO DO PROJETO ADEGA MAYOR FOI O CONCRETIZAR DE UM SONHO? O projeto da Adega Mayor nasce de um sonho antigo do meu avô, fruto da sua paixão pelos vinhos e por Campo Maior, terra que antigamente tinha uma cultura vitivinícola muito presente, mas que se foi perdendo com a passagem do tempo. De forma a inverter essa tendência, em 1997, o Grupo Nabeiro iniciou a plantação das primeiras vinhas na Herdade da Godinha, e três anos mais tarde na Herdade das Argamassas. Inaugurada em 2007, a Adega Mayor, desenhada pela mão do arquiteto Siza Vieira, foi a primeira adega de autor do país, reforçando o caráter pioneiro do Grupo Nabeiro criando simultaneamente mais riqueza para a região. A Adega Mayor além do prestígio que aporta para o grupo, representa uma aposta de crescimento num setor estratégico (vinhos e azeites). Simultaneamente complementa a oferta de produtos representados pelo Grupo Nabeiro, que hoje vão muito para além do café.
COMO DESCREVE O SENTIMENTO EM DAR CONTINUIDADE AO LEGADO EMPRESARIAL DO SEU AVÔ (RUI NABEIRO)? É um orgulho e acima de tudo uma grande responsabilidade. Muito tem sido construído ao longo dos quase 60 anos de vida deste grupo. Houve muito trabalho por parte do líder e de toda uma equipa de profissionais que contribuíram para o que o grupo Delta é hoje. Estando a trabalhar há mais de 10 anos no grupo, em
particular na Adega Mayor, sinto que tenho dado o meu contributo numa área nova dentro do Grupo. Ao longo deste caminho tenho tido a liberdade para criar e orientar este projeto, podendo para isso, contar com um mentor e conselheiro de exceção, como o meu avô. Paralelamente à Adega Mayor, cujo nome já se afirmou entre os milhares de marcas de vinhos em Portugal, o trabalho no grupo é no sentido de transformação e evolução. Cabe às novas gerações olhar para os desafios futuros, preparando a organização criando uma cultura de inovação e dotando-a de novas ferramentas tecnológicas que agilizem o trabalho e aproximem geografias. Ao mesmo tempo sinto-me guardiã dos valores basilares do Grupo Nabeiro, como a sustentabilidade, a integridade e a proximidade, imprimindo à organização um cunho de partilha, criatividade e de curiosidade permanente.
O QUE A APAIXONA NO MUNDO DOS VINHOS E DA VINHA? O meu percurso profissional teve início na área artística, mais concretamente em Design de Comunicação. Sendo a criatividade parte do que eu sou, misturá-la com o que eu faço surgiu naturalmente. Fazer vinho também é um processo criativo que começa com a natureza. Fazer um vinho é como escrever um livro, fazer uma música ou uma pintura. Parte é ciência, parte é trabalho duro e o resto é feito pela natureza, humana ou não. O vinho é também parte da nossa herança cultural portuguesa, faz parte das nossas mesas e nesse sentido, tem uma associação direta a momentos de alegria e de partilha.
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É EMPRESÁRIA NUM SETOR VINCADAMENTE MASCULINO. AO LONGO DO SEU PERCURSO PROFISSIONAL JÁ ENCONTROU OBSTÁCULOS? DE QUE FORMA OS SUPEROU?
los e barreiras para as novas gerações, tal como as anteriores fizeram com a minha.
Confesso não pensar muito no facto de ser uma mulher num cargo de direção. Acima de tudo, preocupo-me em desenvolver o negócio de forma sustentada e em manter um ambiente saudável e equilibrado para as minhas equipas, seja na Adega Mayor, ou nas outras áreas que dirijo dentro do Grupo Nabeiro – Delta Cafés. Quando assumi a direção-geral da Adega Mayor, senti acima de tudo o peso da responsabilidade e a vontade de fazer bem e diferente. Não pensei em termos de género, mas sobretudo pelo facto de, até então, ter tido um percurso profissional ligado ao marketing e às indústrias criativas. Cheguei a sentir-me um peixe fora de água, mas aos poucos, percebi que a diferença podia ser uma força e não uma fraqueza. Relativamente aos obstáculos, eles existem e existirão sempre, independentemente de sermos homens ou mulheres. Cabe-nos saber contorná-los e não desistir, ajudando a derrubar alguns obstácu-
ASSISTIMOS CADA VEZ MAIS À ENTRADA DE MULHERES COM CARGOS DE CHEFIA EM GRANDES GRUPOS NACIONAIS. COMO ANALISA ESTAS MUDANÇAS? Encaro com otimismo e naturalidade a progressão de mais mulheres em cargos de liderança. Porém, os números ainda espelham um grande desequilíbrio, que é tanto maior quanto maior é o degrau na hierarquia. Se no setor público começamos a verificar algumas mudanças, em parte aceleradas pela introdução de quotas de género, no setor privado esta realidade continua a ser um horizonte distante, existindo mais disparidade quanto maior é a dimensão da empresa. No extremo oposto temos as microempresas, que representam cerca de 95% do tecido empresarial nacional e onde a liderança feminina tem vindo a crescer. Um estudo recente da Mckinsey revela que apesar
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de 58% dos licenciados serem mulheres, existe um grande desnível quando na passagem do chamado “entry-level” para a chefia intermédia (de 58% para 38%), sendo que vai afunilando e apenas 6% chegam a cargos de CEO. Apesar do tema ser alvo de diversos estudos e debates, ainda temos duas realidades distintas e alguma resistência a um equilíbrio natural, nomeadamente a nível numérico, mas sobretudo de direitos, designadamente salarial. Mais do que falar apenas em igualdade de género deveremos falar de diversidade, transparência e meritocracia. Esse é o verdadeiro caminho para um maior equilíbrio quer nas empresas, quer na sociedade.
O QUE É NECESSÁRIO PARA CONSEGUIR UMA LIDERANÇA EXÍMIA? Não acredito em lideranças exímias, pois somos seres humanos e todos erramos. Não obstante, considero que o caminho passa inevitavelmente pela crescente humanização da gestão, por um tipo de
liderança onde as pessoas ocupam um papel central na construção de algo que vai para além da empresa e que se traduz em valores humanos e não apenas financeiros e que, em última instância, se materializam na construção de uma sociedade melhor.
CELEBRAR O DIA INTERNACIONAL DA MULHER É... Para mim é sobretudo recordar todas as mulheres que lutaram, e inclusivamente perderam a vida, para que hoje em Portugal e noutros países do mundo, eu possa ter o direito de voto, o direito de escolha e de autodeterminação e acima de tudo liberdade. É relembrar que apesar do longo caminho percorrido ainda existem muitas desigualdades no mundo. É recordar que há muitas crianças que não podem ir à escola porque nasceram raparigas. É recordar que há muitas mulheres que são vítimas dos mais diversos crimes em cenários de guerra e não só. É lembrar de não esquecer que ainda temos um longo caminho pela frente.
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SER MULHER NO MUNDO TECH Ana Bicho é CEO da Adclick, uma empresa que cria estratégias, conteúdos e tecnologias digitais tendo como elo as pessoas e as marcas. Contudo, o percurso de Ana começou pela engenharia de materiais. Quem é a empresária que abraçou um novo desafio profissional na área digital? Como motiva a sua equipa de trabalho? Conheça melhor a CEO da Adclick que, a par do desafio profissional escolheu, em simultâneo, abraçar o desafio contínuo da parentalidade.
DA ENGENHARIA PARA O MARKETING. COMO ACONTECEU A MUDANÇA? Veem-me em posições de liderança e quem não me conhece trata-me por Doutora. Para além de dispensar o formalismo, sou engenheira de formação e de maneira de ser. Gosto de resolver problemas. Formada em engenharia dos materiais no ramo de micro-eletrónica, no qual trabalhei mais de 16 anos na indústria. A minha vontade de criar valor em áreas distintas, aprender, empreender e inovar esteve sempre latente à minha forma de estar e existir dentro das empresas que fundei e por onde passei. Por isso em 2013 não resisti ao desafio de me reinventar e de fazer a passagem para o digital, mais especificamente, marketing digital, a convite de um antigo colega de trabalho. Tendo sempre trabalhado na indústria, em funções de produção, qualidade e desenvolvimento de produto, acreditei que embora fosse uma área totalmente desconhecida para mim, a cultura organizacional e os fundadores e gestores da empresa com quem me identifiquei de imediato, iriam permitir-me explorar novos caminhos e desenvolver novas competências! Não me enganei!
O QUE É MAIS DESAFIANTE, ENQUANTO CEO DA ADCLICK? No início o mais desafiante foi passar a “fase de sobrevivência”. Sabia zero da área e tive como entrada um cargo de gestão de topo pela mão de um dos fundadores. Portanto havia barreiras óbvias a ultrapassar. Foram literalmente meses a observar, absorver e a tentar compreender o negócio. A minha grande preocupação na altura foi a de escolher dentro das minhas competências aquelas que podia aproveitar para ajudar a Adclick a ultrapassar os desafios que a mesma tinha pela frente. Ao mesmo tempo era fundamental, preservar a cultu-
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ra e o registo de criatividade e inovação da na altura startup. Aos poucos fui ajudando a criar processos e formatos que permitiram dar maturidade à organização, em momento de scale up. Conquistei assim o meu espaço pela implementação de soluções que já estavam a fazer falta. Atualmente o desafio é outro e é constante. A rápida evolução dos negócios em particular no mundo digital, onde tudo é global e muda a cada 4 meses, obriga a ter posturas ágeis, de tomada de decisão rápida, delegação de responsabilidade, constante aprendizagem e muita atenção aos vários fatores externos. A base tecnológica do marketing digital em constante evolução implica elevados custos para reconversão técnica a executar em tempo record. A evolução do quadro legal dos últimos anos aplicável a esta área de negócio obriga à incorporação de competências jurídicas na própria definição dos produtos. Animados pelo sucesso dos gigantes, há elevados fluxos de investimento a serem injetados no desenvolvimento de negócios do digital. Atenção permanente à concorrência, benchmark e reengenharia exige um esforço permanente de acompanhamento do mercado e de ajuste do modelo de negócio. Finalmente estar à altura de consumidores extremamente bem informados e cada vez mais exigentes, significa pressão constante sobre os produtos e seu marketing, exigindo esforço máximo de inovação. Perante tantos desafios, manter a objetividade, motivação, foco e energia para mudar, aprender, adaptar, evoluir e inovar, são as variáveis de uma equação que se pretende equilibrada, como fórmula para o sucesso, sustentabilidade e longevidade.
QUE BALANÇO FAZ DO SEU PERCURSO PROFISSIONAL? Extremamente positivo!
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A mudança é algo natural em mim. Tive e tenho o privilégio de poder estar em constante evolução e aprendizagem, desde o início do meu percurso profissional na indústria, até aos dias de hoje como CEO numa empresa de ADN digital.
COMO DEFINE A MULHER EMPRESÁRIA? Para mim um empresário, independente do seu género, é alguém com visão, em constante aprendizagem, com capacidade para resolver problemas e que sabe se rodear das pessoas e dos parceiros certos para que possa levar a bom porto ideias e desafios. Eu, como mulher empresária, e paralelamente à carreira maioritariamente desenvolvida ainda num “mundo de homens”, escolhi não abdicar do apelo da maternidade. O caminho de mulher de carreira e filhos, passa por manter um equilíbrio entre família e vida profissional, aceitando como standard a não perfeição. E mais importante, sendo fiel ao princípio que educar é sobretudo dar o “exemplo” e não a presença constante, porque o tempo é curto para tudo.
"Foram literalmente meses a observar, absorver e a tentar compreender o negócio." Ana Bicho - CEO da Adclick
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A CRIATIVIDADE É UM FATOR CHAVE NO MARKETING DIGITAL. O QUE A INSPIRA? A criatividade não é um ato isolado. A criatividade que funciona é trabalhada em equipa e exige uma motivação constante. Trabalhar e resolver desafios em equipa é o que verdadeiramente me inspira.
DE QUE FORMA MOTIVA A SUA EQUIPA?
Ana Bicho é CEO da Adclick, uma empresa que se destaca pelo know-how tecnológico para a criação de estratégias digitais assente em dois grandes pilares de atuação: performance e construção de audiências. Contudo, o percurso de Ana começou pela engenharia de materiais.
Fluidez de comunicação, transparência, aposta na formação, resolução dos desafios em equipa, e sentido de humor… quando tudo corre mal nada como uma boa gargalhada para manter a motivação e continuar em frente.
ESTE ANO, O DIA INTERNACIONAL DA MULHER TEM COMO TEMA "EU SOU A GERAÇÃO IGUALDADE", QUE MENSAGEM GOSTARIA DE DEIXAR? Para além da igualdade é fundamental garantir que cada indivíduo tem a oportunidade de executar o seu potencial máximo. Todos temos as nossas particularidades que devemos ter a possibilidade de explorar, independentemente de género, raça, religião, estatuto ou idade. São as nossas diferenças e a diversidade de talentos, que nos eleva e nos permite alcançar o impossível.
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ADCLICK Porto: UPTEC Rua Alfredo Allen, 455 e 461 4200-135 Porto Lisboa: Edifício Amoreiras Square Rua Carlos Alberto Mota Pinto, 17 3-A 1070-313 Lisboa www.adclick.pt E-mail: ask@adclick.pt
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O APOIO PERSONALIZADO NA GESTÃO DE CARREIRAS E DE TALENTO Com vasta experiência profissional em empresas nacionais e multinacionais, nas áreas de executive search, career advisory e HR consulting, Susana Miranda criou a própria empresa – SM Talent Management. Agora está do lado dos candidatos, e o facto de conhecer a forma de atuar dos recrutadores é uma mais-valia. Com a sua própria marca de serviços de gestão de carreira, a nossa executiva sente-se muito mais concretizada agora, ao imprimir identidade e diferenciação, no acompanhamento do profissional que pretende mudar de carreira. À revista Liderança no Feminino, Susana Miranda salienta que o Linkedin e o Networking tem um papel fundamental na criação de parcerias e na realização profissional dos candidatos.
O QUE A LEVOU A FUNDAR A SM TALENT MANAGEMENT? Ao longo de 25 anos de carreira como Executive Headhunter, em empresas nacionais e multinacionais de Executive Search e similares, senti que tinha chegado a altura de criar a minha empresa, uma marca de serviços de gestão de carreira personalizados e individualizados, com um portefólio de ferramentas que pudessem responder às expectativas dos profissionais que procuram apoio na procura de emprego ou gestão de carreira. É muito mais gratificante estar do lado do candidato. Sinto-me agora muito mais concretizada e feliz quando um candidato é admitido no projeto, no setor ou na empresa que ambicionava. Obviamente que o sucesso da SM se deve a diversos fatores, mas o facto de conhecer a forma de pensar e de atuar dos recrutadores, dos diretores de RH e dos gestores em Portugal, é uma vantagem nítida. O objetivo da SM Talent Management é passar todo o conhecimento adquirido nestes 25 anos, sobre os processos de seleção, quer do lado dos Head-Hunters, quer do lado das empresas, de forma a otimizar e acelerar a procura de emprego, na mudança de carreira ou criação de novos negócios/marcas.
COMO ANALISA A SUA EVOLUÇÃO, ENQUANTO PROFISSIONAL GESTORA DE TALENTOS E CARREIRAS? Acima de tudo o conhecimento e o acompanhamento da evolução dinâmica da cultura de gestão de talento no mercado nacional e internacional, proporcionaram-me adquirir competências pessoais e técnicas que me obrigaram a ser cada vez mais astuta, na procura de formas alternativas de apoiar os meus clientes.
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Nos últimos 10 anos aumentei consideravelmente a qualidade do meu networking, preocupando-me com a seleção dos meus parceiros de negócio. Há poucas vagas de qualidade no mercado português, pelo que esta escolha permite-me aceder a essas oportunidades, mais rapidamente e de forma mais eficaz.
O QUE É MAIS DESAFIANTE, ENQUANTO CAREER ADVISOR? Dar um suporte não apenas técnico, mas pessoal ao profissional que estamos a apoiar. O profissional não deve ser tratado apenas como “mais um candidato à procura de emprego”, mas sim como uma pessoa, que por diversas razões, procura agora uma mudança de vida, que terá impacto na sua carreira, mas também no seu enquadramento pessoal e familiar. O Career Advisor deverá analisar e compreender globalmente o seu cliente, nomeadamente as suas mais-valias, as suas competências, os seus pontos de melhoria e, acima de tudo, ajudar a ultrapassar a ansiedade de voltar ao mercado de trabalho, quando se trata por exemplo dum despedimento coletivo ou por extinção do posto de trabalho. Apoiar o profissional na procura das ferramentas certas para otimizar o perfil e o seu CV de acordo com as novas tendências de mercado (Linkedin, opções de formação, clubes de business networking, soft-skills exigidas, competências digitais e tecnológicas, globalização das funções e das empresas, etc.).
ALGUMA VEZ SENTIU RECEIO DE FRACASSAR? COMO CONTORNOU ESSES OBSTÁCULOS? O medo de fracassar na criação de uma empresa ou marca, está no topo dos receios mais referenciados
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Susana Miranda, fundadora da SM Talent Management
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por gestores de empresas. Sim, tive os meus receios, principalmente no desafio de criar a equipa ideal e as parcerias eficazes, a quem pudesse confiar os meus projetos. Considero-me uma pessoa de elevado sentido de empenho e dedicação em todos os projetos que abraço, pelo que os receios foram sempre algo que tive em conta, mas foquei-me muito mais em criar valor e parcerias de sucesso. Senti que tinha criado uma presença de valor e de confiança no mercado do recrutamento e acima de tudo nos profissionais e empresas com quem me cruzei durante estes 25 anos. Cerca de 75% dos meus clientes foram meus candidatos em processos de seleção no passado, os restantes 25% chegam até mim por referência de outros profissionais ou via Linkedin.
O VERDADEIRO SUCESSO ESTÁ NO EQUILÍBRIO. COMO CONCILIA A VIDA PROFISSIONAL COM A VIDA PESSOAL? Tenho uma família fantástica que entende a minha atividade e que sempre me apoiou incondicionalmente nas minhas decisões, mas também nas exigências da “Consultoria em Recursos Humanos”, nas minhas ausências ou horas de trabalho de fim de dia.
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Todos os meus passos pessoais ou de carreira foram e serão sempre decididos em família. Confesso que discordo com a existência de um “work-life balance”, quer no meu caso, quer na maioria dos gestores. Existe sim um esforço de ambas as partes em conseguir acompanhar projetos e família de forma equilibrada e compensatória. Trabalho com muito gosto entre 10 a 12 horas por dia, 6 dias por semana, mas sempre que posso reservo horas da minha agenda semanal para estar com a família ou tratar da minha saúde e bem-estar. Nunca falhei a um aniversário de família ou a uma festa de escola do meu filho. Valorizo tempo de qualidade com a família e acima de tudo com o meu grupo de amigos, cada vez mais restrito.
QUAIS AS MAIORES DIFERENÇAS NA GESTÃO DE IMAGEM, ENTRE OS EMPRESÁRIOS E AS EMPRESÁRIAS? A gestão de imagem tem cada vez mais importância na dinâmica dos mercados atuais. Cada vez mais existe essa preocupação pelo risco imposto, por exemplo, na generalização das publicações nas redes sociais (Instagram e Facebook) e profissionais (Linkedin). Em ambos, existe uma preocupação crescente sobre a estratégia de posicionamento da respetiva marca
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"O Career Advisor deverá analisar e compreender globalmente o seu cliente, nomeadamente as suas mais-valias, as suas competências, os seus pontos de melhoria e, acima de tudo, ajudar a ultrapassar a ansiedade de voltar ao mercado de trabalho."
pessoal e profissional. Os riscos e vantagens de uma exposição profissional pública, em equilíbrio com a “pessoa” que todos procuram ser. O “cartão de visita” dos empresários tem atualmente 3 grandes focos, sejam homens ou mulheres: a sua reputação no mercado, a sua postura (pessoal e profissional) no mundo digital e a forma como lidera os seus colaboradores.
NO ÂMBITO DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER, QUE MENSAGEM GOSTARIA DE DEIXAR ÀS EXECUTIVAS? Somos obviamente líderes eficazes e versáteis, provado quer pelas conquistas face às exigências milenares impostas pela sociedade ao longo dos séculos, quer pela facilidade com que nos adequamos aos desafios propostas na atual dinâmica tecnológica. A “condição feminina” aparecerá pontualmente como um carimbo social e profissional alocado às gestoras, no entanto, cada vez mais se desvanece num mundo global, sem lugar a “sexismos”. Apostem num network nacional e internacional, com parcerias reais e de qualidade e identifiquem mentores que ajudem proativamente, na procura de caminhos profissionais eficazes.
SUSANA MATOS MIRANDA Founder & Career Advisor SM Talent Management Ltd. www.susana-miranda.com E-mail: susana@susana-miranda.com
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HELENA ANJOS COACH, O FORTALECIMENTO DA AUTONOMIA Com milhares de horas dedicadas ao coaching, Helena Anjos lançou, este ano, a sua própria marca. Como empresária, a nossa entrevistada refere que a marca “Helena Anjos Coach” é a sua homenagem a todas as potencialidades do coaching. A força de renascer, o rigor e a inovação são as suas premissas. No momento que pergunta aos seus clientes “o que gostaria de trabalhar hoje que lhe possa trazer valor?” inicia a jornada com o outro, em busca do verdadeiro autoconhecimento.
DA PSICOLOGIA PARA O COACHING, COMO FOI ESTA TRANSIÇÃO? Há 40 anos que, em consultório privado, os meus pacientes me procuram para falar dos amores e das dores. Que ousam revisitar o passado para se apaziguarem ou se encontrarem. É um trabalho poderoso, um caminho feito com ‘sangue, suor e lágrimas’ e sorrisos. Em 1999 fui presenteada com o convite para criar um projeto de Coaching Interno nos CTT. Fiquei muito entusiasmada com a possibilidade de continuar a acompanhar pessoas que queriam trabalhar dúvidas, dores, angústias, pessoas com vontade de se reinventarem, equipas sem norte que aprenderam a conversar e a criar projetos alinhados com a estratégia da empresa. Criei uma equipa de Coaches credenciados e os resultados foram extraordinários! Na realidade, abracei o Coaching sem desinvestir da Psicologia. É possível viver com estas duas profissões quando se tem a maturidade emocional que nos permite “separar as águas”. Sim, continuo a investir nas duas Artes, Psicoterapia e Coaching, consciente das fronteiras que as separam, apesar dos pontos de contacto – Pessoas, Mudança, Bem-Estar. O Coaching só é uma oferta ao Mundo se formos Coaches profissionais e se desenharmos cada processo de acordo com as necessidades do Cliente. Cada sessão é uma travessia no decurso da qual eu caminho por cada frase, cada emoção, cada pergunta, utilizando as competências core da ICF, a minha intuição, o meu entusiasmo, paixão e curiosidade.
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Tenho um espírito irrequieto! O saber é um alimento muito nutritivo. Invisto, com frequência, em formação certificada que contribui para o meu desenvolvimento como Coach Profissional. Coaching Supervision, Mentor Coaching, Team & Group Coaching, Points of You, NVC, MBSR, Clown, são exemplos de cursos que fiz e com os quais fiz aprendizagens poderosas. Porque os finais são felizes para quem é guerreiro.
COM UMA EXPERIÊNCIA DE MAIS DE 11.000 HORAS DE PRÁTICA DE COACHING. O QUE A LEVOU A FUNDAR A MARCA “HELENA ANJOS COACH”? Esta é a marca que simboliza a minha jornada de pesquisa, investimento e paixão pela Ciência e Arte do Coaching. É um convite à autonomia, à vontade de mudar, à beleza e força de renascer. É o símbolo de um caminho que se percorre na busca de uma visão com contornos. Esta marca é a minha homenagem a tudo aquilo que o Coaching oferece. O rigor e a inovação são o meu Norte. Desenho projetos ajustados a cada realidade, vividos com um saudável entusiasmo.
FOI PRESIDENTE DA INTERNATIONAL COACH FEDERATION, UMA ORGANIZAÇÃO COM MAIS DE 32.000 MEMBROS A NÍVEL MUNDIAL. QUAIS OS MAIORES DESAFIOS? Ser Presidente da ICF Portugal foi uma experiência grandiosa. Os desafios passaram por elevar o Coaching em Portugal para níveis profissionais de excelência, aumentar o número de membros e envolvê-los na vida
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de um Chapter inclusivo. Fazer eventos, workshops, conferências e tertúlias com temas desafiantes e contribuir para um mercado mais exigente e informado. E dar os primeiros passos para a regulação da profissão.
DESENVOLVER O ESPÍRITO DE LIDERANÇA REQUER TRABALHO CONTÍNUO E AUTOCONHECIMENTO. O QUE A MOTIVA NO COACHING? Motiva-me ver pessoas a conseguirem atingir resultados extraordinários com o mínimo de energia e saber que o Coaching, praticado por profissionais maduros e conscientes, que utilizam nas sessões uma elevada dose de intuição e paixão, contribui para trazer à superfície o potencial silenciado que existe em cada um de nós.
ESTE ANO, O DIA INTERNACIONAL DA MULHER TEM COMO TEMA "EU SOU A GERAÇÃO IGUALDADE". REVÊ-SE NESTA GERAÇÃO QUE LUTA PELA IGUALDADE? PORQUÊ? Tive um pai que sempre nos ensinou que homens e mulheres são iguais nos direitos e liberdade. E essa frase pautou a minha jornada de vida.
QUE MENSAGEM GOSTARIA DE DEIXAR ÀS MULHERES QUE TAMBÉM AMBICIONAM A PROGRESSÃO DA CARREIRA? Invistam em saberes sólidos. Sejam assertivas e humildes. Tenham sentido de humor e cultivem a unicidade. Confiem na intuição. Sejam criativas e pensem que os Adamastores são frágeis. O poder está na coerência.
Executive Coach, Mentor & Supervisor Coach T.: 968 730 387 www.helenaanjos.coach Email: coach@helenaanjos.coach
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Florbela Silva, Consultora de Mindfulness e fundadora do Estúdio da Alma
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O MINDFULNESS COMO TRANSFORMADOR DE LIDERANÇA O Estúdio da Alma, fundado por Florbela Silva, é um forte aliado para as empresas valorizarem e motivarem as suas equipas. De que forma? Através da prática de mindfulness. Florbela Silva leva o conceito de mindfulness às empresas e o sucesso está comprovado – mais foco, concentração, calma, gestão emocional e melhor relação com os outros. Ao longo da entrevista conheça o trabalho do Estúdio da Alma que cria impacto positivo na vida profissional e pessoal dos seus clientes.
QUANDO É QUE COMEÇOU A INTERESSAR-SE PELO MINDFULNESS? Estava numa sala com outras pessoas, lembro-me da professora dizer “Concentrem-se, foquem-se na vossa respiração” e a minha mente não parar. “Se vocês pensarem na reunião, nos problemas, não estão a praticar” e eu achei que não era para mim. Este episódio aconteceu em 2005, e na altura era consultora e gestora de projetos de implementação de soluções na área das Tecnologias de Informação para retalho, numa empresa multinacional. Os clientes eram maioritariamente internacionais, pelo que as equipas que geria eram multiculturais e passava grande parte do meu tempo fora de Portugal - do Brasil à India, passando por Inglaterra, França e Holanda. Os meus dias eram desafiantes cheio de deadlines, reuniões, misturados com diferenças e choques culturais e viagens frequentes. O meu piloto automático nesta altura estava muitas vezes ao rubro, e tinha dificuldade em parar. De tal forma que, a certa altura, dei-me conta que precisava de encontrar ferramentas que me ajudassem a encontrar esse equilíbrio, e comecei a procurar, a estudar. Sempre o fiz com uma atitude de curiosidade e de abertura, mas ao mesmo tempo, com ceticismo. Sou formada em Engenharia de Sistemas e Informatica, e esta necessidade de compreender bem as coisas fazem parte de mim. Esta procura sempre foi vista numa perspetiva de desenvolvimento pessoal, algo que me ajudasse, e nesta altura não imaginei que o viria a fazer para os outros. Assim, fui estudando, investigando e fui encontrando diferentes abordagens que fui adaptando à minha forma de ser e de estar. Devo dizer que é um trabalho que ainda hoje continua. Este episódio, relata a experiência da minha primeira aula de meditação – que mais tarde acabou por ser uma prática comum no meu dia a dia - no entanto, a meditação é apenas uma das ferramentas de Mindfulness, pois existem muitas mais. Entretanto, este caminho de procuras/descobertas foi continuando e há cerca de 5 anos atrás, comecei
a ter alguns pedidos de pessoas que trabalhavam comigo para partilhar algumas destas ferramentas, e, aqui começou o despertar em mim do propósito de trazer estas ferramentas para o mundo das empresas, para que todos possamos viver de forma mais consciente e tranquila no nosso trabalho, na verdade onde passamos a maioria do nosso tempo, e ajudando as empresas a tornarem-se responsavelmente conscientes, gerando ambientes seguros e colaborativos, onde as relações entre todos se baseiam na confiança.
DE QUE FORMA O ESTÚDIO DA ALMA CRIA IMPACTO NO DIA A DIA DOS SEUS CLIENTES/ FORMANDOS? Mais de 80% da minha experiência profissional é no mundo corporativo, entre a consultoria e a gestão de projetos e de pessoas, pelo que sinto muito na pele os desafios que os meus clientes me apresentam: falamos a mesma linguagem, há a vivência das mesmas questões, porque também vivi os seus problemas. Ao partilhar ferramentas e soluções numa linguagem simples e de forma prática, direcionada aos temas que estão a enfrentar cria ressonância e existe impacto porque sei como os ajudar a melhorar os seus dias – através de um acompanhamento próximo e personalizado.
QUAIS OS PROGRAMAS QUE DISPONIBILIZA PARA AS EMPRESAS? O Estúdio da Alma oferece diferentes abordagens às empresas, tendo em conta os objetivos, o tempo, a área de intervenção das empresas, o estado de maturidade para o tema e os intervenientes, sempre apoiados em números e em resultados dos impactos de cada um dos programas – muitas vezes na primeira pessoa com os testemunhos dos participantes.
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Numa abordagem mais abrangente, o programa Mindfulness 4 Companies. Este programa desenvolvido internamente, fruto de 16 anos de experiência em ambiente corporativo, do conhecimento dos maiores pontos de stress, conflito e ao mesmo tempo de potencial de melhoria e mais de 14 anos de práticas de Mindfulness, traz ferramentas de Mindfulness para o mundo do trabalho, combinando ferramentas de Inteligência Emocional e da Programação Neurolinguística, com exercícios e exemplos do dia a dia dos participantes. Os resultados mostram que os programas do Estúdio da Alma ajudam as pessoas a desenvolverem a sua Inteligência Emocional e encontrarem ferramentas que as ajudem a sentirem-se menos esgotadas emocionalmente devido ao seu trabalho (-24%), a tornarem-se mais presentes nas relações com os outros (+24%) e conseguirem parar antes de reagir (17%) - reflexo dos segundos que conseguimos ganhar quando recebemos uma crítica, quando alguma coisa não correu da forma esperada, e antes de disparar o nosso automatismo, a nossa resposta sem pensar (ou a ausência dela, do branco absoluto), para dar a resposta que queremos dar, mais consciente, mais enquadrada com a situação em si. Outras soluções são o Mindful Gym, o programa de treino contínuo de Mindfulness para Empresas, disponivel após o enquadramento do programa Mindfulness 4 Companies. Numa perspetiva mais pessoal, e com grandes impactos no dia a dia é o Mindful Coaching, onde após a oportunidade de se dar conta dos seus pilotos automáticos, identificar os músculos que querem treinar, este serviço, em formato 1-to-1, permite-lhe fazer esse acompanhamento personalizado, trazendo as práticas que lhe são mais favoráveis e necessárias para o momento que está a viver. Existem ainda soluções de workshops, talks, que podem ser desenhados à medida de acordo com a situação.
E PARA O PÚBLICO/PESSOAS SINGULARES? Mindfulness individual e Programa de 8 Semanas de Mindfulness. Ambos os programas tem como objetivo trazer as ferramentas de Mindfulness para o nosso dia a dia, sendo que seguem formatos distintos. O Programa de 8 Semanas de Mindfulness, tem um caráter muito intimista, tem o máximo de 5 pessoas no grupo, o que cria logo um ambiente especial entre os participantes. Por exemplo é normal ouvir “ainda bem que eu vim com este grupo” ou “criou-se um ambiente tão especial que me sentia mesmo a vontade”, fruto deste ambiente especial que se cria.
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No formato individual, muito procurado por quem tem uma agenda desafiante em que os horários alteram facilmente, cada participante estipula o seu horário, o dia de semana que lhe é mais conveniente e segue o programa neste formato, individual, com um acompanhamento inteiramente personalizado.
NO PROGRAMA 8 SEMANAS DE MINDFULNESS, QUE TEMAS SÃO ABORDADOS? E QUAL O FEEDBACK DOS SEUS CLIENTES? O Programa de 8 Semanas de Mindfulness, direcionado para quem quer descobrir o que é o Mindfulness, quais as diferentes práticas que existem, de que forma pode ser adaptado ao dia a dia, vai percorrendo a cada semana um tema, com uma sequência que inicia na tomada de consciência do Aqui e do Agora; conhecendo as diferentes práticas formais e informais para praticar; diferentes práticas e ferramentas para mantermos a relação corpo e mente presentes; o treino da nossa atenção de observação a nós mesmos; a exploração das emoções através das suas funções; o entendimento dos diferentes papéis nos relacionamentos interpessoais; a tomada de consciência da nossa comunicação; o desenvolvimento da empatia e da compaixão; a gratidão e auto-compaixão.
QUAIS OS MAIORES BENEFÍCIOS PARA QUEM PRATICA MINDFULNESS? Resumindo diria: foco, concentração, calma, gestão emocional, melhor relação com os outros.
"Estava numa sala com outras pessoas e lembro-me de a professora dizer “Concentrem-se, foquem-se na vossa respiração” e a minha mente não parar. “Se vocês pensarem na reunião, nos problemas, não estão a praticar” e eu achei que não era para mim." Estúdio da Alma
“Se não fossem estas ferramentas, já tinha ido embora, já tinha batido a porta e mudado de emprego. Mas percebi que não é isso que realmente quero, e agora lido muito melhor com os desafios.” “Finalmente fui capaz de dizer que não. Eu que pensei que nunca teria a autoconfiança necessária para dizer que não, fui capaz, e agora sinto-me muito mais tranquilo.” “Na verdade foi como se tivesse acordado... acordado de um filme onde tudo era mecanizado e passei a perceber que afinal tenho um papel ativo no mesmo.” Os benefícios podem variar de pessoa para pessoa, dependendo de muitos fatores. No entanto, mesmo o que vejo com mais frequência é que passamos a ganhar mais foco e concentração
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Florbela Silva, Consultora de Mindfulness e fundadora do Estúdio da Alma
- estes são dos ganhos mais rápidos do Mindfulness, ficar mais concentrados no nosso trabalho, porque nos damos conta de todas as distrações que nos perturbam durante o dia: num dia comum nem nos apercebemos. Ao tomarmos consciência desse processo de distração, fazemos escolhas, vamos fortalecendo e tonificando o músculo mental das escolhas, do dizer sim, do dizer não, do que queremos e do que não queremos. A médio prazo, a clareza mental, a capacidade de manter a calma e tomar decisões em situações stressantes e a resiliência perante dos desafios da vida, são fatores fundamentais para manter um equilíbrio nos dias atuais em que tudo muda rapidamente e é preciso aprendermos a viver mais no momento presente. Por vezes os mais céticos sentem que estes resultados são pouco palpáveis ou que não tem explicação, querendo dar conotações mais esotéricas a este tema. No entanto, o Mindfulness tem suscitado imensa curiosidade ao mundo científico e são muitos os estudos, na área da neurociência, devidamente credenciados, que tem sido desenvolvidos e que tem corroborados a eficácia do treino de Mindfulness. A prática de Mindfulness altera literalmente o nosso cérebro, devido à sua neuroplasticidade, e pode ser
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treinado, desenvolvido de acordo com o treino que fizermos para alcançar os objetivos a que nos propomos – desde o foco e a atenção até à felicidade. São vários os estudos disponíveis, posso dar o exemplo de um estudo de Sara Lazar, que fez um comparação entre um grupo de meditadores experientes e um grupo de pessoas sem qualquer tipo de experiência de meditação e onde avaliavam o comportamento do cérebro com relação a situações de ansiedade e stress. No início do estudo, avaliaram os dois grupos e verificaram que os dois grupos comportavam-se de forma diferente, o grupo de meditadores experientes tinha uma área do cérebro bem desenvolvida no que refere a gestão de ansiedade e stress comparativamente ao outro grupo. O interessante neste estudo, foi que quiseram avaliaram o impacto do Mindfulness nas pessoas, e por isso, as pessoas sem experiência participaram num programa de 8 semanas e no final do programa voltaram a avaliar o modo de funcionamento do cérebro. Verificaram que após as 8 semanas, o grupo sem prática de mindfulness demonstrou aumento em várias áreas do cérebro, tais como matéria cinzenta do lado esquerdo do hipocampo, no córtex cingulado posterior, entre outras que são alterações positivas e significativas na área do cérebro que gere ansiedade e stress.
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ALGUNS TESTEMUNHOS "Gostei muito do programa, da sua estrutura, do facto do grupo ser pequeno pois é possível tornar mais íntimo, pessoal, personalizado ao grupo, mesmo este sendo heterogéneo. Creio até que beneficia a diferença dos elementos do grupo, com visões e posturas diferentes na vida, estilos diferentes. Dei por mim a partilhar sentimentos que não imaginei fazê-lo, com um acolhimento e apoio fantástico. Foram 2 meses em que muito mudou na minha vida. Ter participado neste curso ajudou a fazer com que tivesse tempo para mim, mesmo em circunstâncias que como mãe não me imaginava a fazer, mas que à frente melhorou comportamentos com meus filhos e ver as coisas de forma diferente, mais tolerante, aberta." Sandra Pinto
“Ao longo destas 8 Semanas pude adquirir conhecimentos e fazer experiências de Auto-Conhecimento e Auto-Regulação; consegui tempo para mim – que parecia não ser possível ter – e descobrir o prazer de “estar só comigo.” Helena Leite
“Excelente. Muito superior às melhores expectativas. De muitos cursos e formações que assisti, foi a que me desenvolveu mais.” Jorge Mendes Ribeiro
”A aquisição de uma caixa de ferramentas nova. Excelente formação para um auto-conhecimento e uma melhoria na relação com o mundo externo.” Rui Monteiro
“Um programa conduzido por alguém que nos leva numa viagem interior brutal, através de ferramentas e temas acordados, e que nos permite ter as bases de continuidade desse magnífico caminho do auto-conhecimento." António Alberto Silva
DE QUE FORMA O MINDFULNESS PODE SER O MAIOR ALIADO PARA UMA EXCELENTE LIDERANÇA PROFISSIONAL? Felizmente a revolução digital é um facto, fazendo com que todas as tarefas repetitivas e menos criativas sejam inteiramente substituídas pela inteligência artificial, no entanto, não podemos esquecer que as competências humanas serão sempre as que precisamos desenvolver e ter em mais atenção. Falamos de relacionamento interpessoal, de liderança, de criatividade, da capacidade de tomar decisões, dos afetos. E os líderes de hoje, que cada vez mais se sentem sem tempo, assoberbados e muitas vezes sem disponibilidade mental e física para as suas equipas, precisam desenvolver estas competências. O líder mindful, pela integração de práticas de Mindfulness, torna-se inspirador pela sua vivência pessoal, pela forma tranquila como gere a sua vida, pelo seu autoconhecimento e como se relaciona com os outros. A sua atitude consciente e presente, faz com que a sua equipa se sinta valorizada, que a inspire a criar novas soluções e a estabelecer relações de confiança entre si.
ESTÚDIO DA ALMA Foz Business Center - Rua de Diu, 414 - Porto T.: 22 326 27 95 | M.: 915 127 050 www.estudiodaalma.com Youtube: https://www.youtube.com/channel/UC4ELDA7liJMofq7gXxF9DFg APP: https://play.google.com/store/apps/details?id=com.app.aloqwb Facebook: https://www.facebook.com/estudiodaalma Instagram: https://www.instagram.com/estudiodaalma/ Linkedin: www.linkedin.com/in/florbela-silva
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ESTIMULAR O GOSTO DAS CRIANÇAS PELA LEITURA Como mãe, Teresa Valente sentiu a necessidade de partilhar, através da leitura, momentos de entretenimento com o seu filho. Ao ter dificuldade em encontrar conteúdos de entretenimento infantil percebeu que, esta lacuna no mercado seria o ponto de viragem na sua vida profissional. É, desta forma que cria o seu próprio negócio – a StoryTellMe – com visão educativa e experiências personalizadas para as crianças. São elas os clientes mais exigentes e que têm a vantagem de serem as protagonistas das suas próprias histórias. A StoryTellMe acrescenta valor aos mais novos, ao estimular a criatividade e hábitos de leitura através de histórias originais.
QUAL A HISTÓRIA DA STORYTELLME? COMO É QUE TUDO COMEÇOU? A StoryTellMe surgiu depois de ser mãe. Desde muito cedo que procurei criar momentos de partilha e entretenimento com o meu filho através da leitura e, ao experienciar as dificuldades em encontrar conteúdos e formatos variados, identifiquei uma lacuna nesse mercado, algo híbrido entre edição, educação, tecnologia e entretenimento infantil. Essa lacuna proporcionou uma oportunidade de negócio, que era algo que sempre tinha tido no horizonte, aliando a leitura à criação de experiências personalizadas. Para avançar com o projeto, partilhei a minha visão com um conjunto de parceiros, reunindo uma equipa multidisciplinar com competências nas áreas chave: criatividade e inovação, tecnologia, gestão e marketing. Ancorados nessas competências assentámos o negócio da StoryTellMe em dois pilares. Por um lado, temos a criação dos conteúdos, as histórias e ilustrações, as quais procuramos diversificar, estimulando a participação de autores e ilustradores nacionais. Por outro lado, colaboramos em iniciativas e projetos de educação não formal, desenvolvendo conceitos criativos onde aplicamos abordagens digitais inovadores. Neste âmbito, desde 2017 que a StoryTellMe participa em vários projetos de âmbito europeu, que abordam em contexto educacional diferentes domínios, como sejam a Educação Inclusiva (Projeto Securing the Best Interest of the Child in Educational School Administration), o Empreendedorismo Feminino (Projeto InspireUs), Multiplicando o Empreendedorismo através de Coaching (Projeto MultiEnt), os Novos Conceitos de Aprendizagem de Inglês para Organizações de Turismo (Projeto TourEng), NEETS (Projeto GameofPhones), a Prevenção da Radicalização (Projeto HeadsUp), a Economia Circular (Projeto
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Family Circle), ou as Competências Digitais para pessoas com pouca qualificação (Projeto Digital Script).
DE QUE FORMA A STORYTELLME ESTIMULA O DESENVOLVIMENTO EDUCATIVO NAS CRIANÇAS? Na StoryTellMe somos motivados pela crença de que ambientes divertidos aumentam a permeabilidade dos jovens e, que quando estes são desafiados e não direcionados, estimulamos a sua motivação e desenvolvemos as suas competências. Assim, criamos experiências originais e histórias únicas personalizadas que procuram estimular, junto das crianças numa faixa etária entre os 3 e os 10 anos, o gosto pela leitura. Exercitamos a sua imaginação e criatividade ao transportar as crianças para dentro das histórias e tornando-os personagens ativas dos ambientes de fantasia que cada história oferece.
QUAIS OS MAIORES DESAFIOS NA ESTIMULAÇÃO DA CRIATIVIDADE DOS MAIS PEQUENOS? Porque as crianças, através das suas famílias, são clientes extremamente exigentes, que continuamente procuram a novidade, a mudança e a inovação, obrigam-nos a estar muito atentos às suas opiniões e críticas, criando novas histórias e procurando ilustradores inovadores e diferenciados, para desenharmos na cara de cada criança o sorriso que nos indica estarmos no bom caminho.
COM A AJUDA DA STORYTELLME, AS CRIANÇAS TÊM A OPORTUNIDADE DE "ENTRAR" NAS HISTÓRIAS COM A SUA PRÓPRIA PERSONAGEM. O VOSSO PRINCIPAL OBJETIVO É TRANSPORTAR SONHOS, MAGIA, INOVAÇÃO, SEM ESQUECER O IMPORTANTE PAPEL EDUCATIVO? Sim. Uma criança, quando motivada e comprometida com a realidade que a envolve, não somente tem maior potencial de aprendizagem, como desenvolve maior autonomia e propriedade do seu projeto de vida. O principal objetivo da StoryTellMe é, a promoção da
Teresa Valente, Fundadora e Diretora Geral da StoryTellMe
"Exercitamos a sua imaginação e criatividade ao transportar as crianças para dentro das histórias e tornando-os personagens ativas dos ambientes de fantasia que cada história oferece." 29
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leitura aliada ao entretenimento, fazendo as crianças e jovens participarem ativamente e protagonizarem as histórias, através da personalização das personagens, aproximando-os do mundo literário, potenciando a criatividade e aumentando a sua autoestima. Acreditamos no entretenimento e na leitura e que uma não dispensa necessariamente a outra. Trata-se de uma atividade onde se trabalham valores como a criatividade, técnicas de redação, sociabilidade, conquista e, o gosto pela leitura e o cuidado com os livros.
QUAIS AS REAÇÕES DAS CRIANÇAS AO LEREM AS FRASES DA SUA HISTÓRIA "IMAGINADA"? Sorriem, riem e partilham essa vivência especial. Todas as crianças são especiais, e por isso merecem viver experiências únicas de leitura. É a missão da StoryTellMe motivar e sensibilizar as crianças para a leitura, criando hábitos de leitura através dos livros personalizados, assentes em histórias originais de autores e ilustradores nacionais.
CONSEGUE DEFINIR A PERSONAGEM OU AS PERSONAGENS DA SUA VIDA PROFISSIONAL? PODE DIZER-NOS QUAL E PORQUÊ? No palco da vida, primeiro sou mãe, é a minha per-
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sonagem principal na vida. Depois todas aquelas que me fazem viver o dia a dia em rebuliço (mulher, filha, amiga, empresária). Todos os que nos rodeiam inspiram-nos e dão a motivação para nos transformarmos nos nossos próprios heróis.
COMO CEO DA STORYTELLME, QUE MENSAGEM GOSTARIA DE DEIXAR, NO ÂMBITO DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER? Acontece muitas vezes as mulheres, mas não só, estarem carentes de um ídolo, enquanto a sociedade lhes impinge uma coleção de ideias pré-concebidas sobre como ser mulheres, filhas, mães, amigas, profissionais, etc., acabando a esquecer-se de si próprias e do seu valor. Acredito que as mulheres devem subir ao palco da vida para serem protagonistas da sua própria história!
STORYTELLME www.storytellme.eu
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LIDERANÇA COLABORATIVA PARA A MELHORIA DA PERFORMANCE DAS EMPRESAS Em 2002, com o nascimento da segunda filha, Susana Pereira tomou a decisão de dar um novo rumo à sua vida profissional. A maior mudança surgiu, em 2015, ao tornar-se sócia da Get SKills, uma empresa que presta serviços de consultoria, certificação, acreditação, controlo de gestão e melhoria da performance das empresas/clientes. Em entrevista à revista Liderança no Feminino, a CEO da Get Skills afirma que “a camisola do cliente” é também a “camisola da empresa”, e encara a sua posição de líder como colega da sua equipa, a par com a estratégia de liderança proativa e colaborativa.
EM QUE FASE DA SUA VIDA APARECE A GET SKILLS? Desde cedo que sou empresária, a par do meu emprego por conta de outrem no privado. Em 2002, após o nascimento da minha segunda filha, decidi que queria controlar o meu tempo. E, criei o meu próprio emprego. Em 2015 com a minha atividade empresarial consolidada e com a necessidade da Get Skills ter a sua área de negócio estimulada, fui desafiada a entrar na sociedade da mesma.
COMO TEM VIVIDO ESTA EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL? Esta experiência tem sido desafiante, com empenho e dedicação temos conseguido atingir os nossos objetivos.
COMO DESCREVE A SUA EMPRESA? Procuramos ser identificados pela nossa ética, confiança, paixão, criatividade, profissionalismo e excelência. Estes valores são os alicerces da nossa empresa. Trabalhamos continuamente para cumprir a nossa visão e com o nosso lema “We care about people and business”. Na nossa Política da Qualidade, Ambiente e Segurança falamos em clientes, recursos humanos, vendas, capacidade técnica, qualidade, ambiente e segurança. Cumprimos na íntegra o nosso lema e a nossa política.
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Susana de Sousa Pereira, CEO da Get Skills, lda
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DE QUE FORMA ACRESCENTA VALOR AOS SEUS CLIENTES? A Get Skills é uma empresa de consultoria e como tal auxiliamos os clientes a resolver determinados assuntos para os quais não têm tempo e foco para resolver sozinhos. A nossa área de atuação principal é a implementação de metodologias para melhoria contínua das organizações. A melhoria contínua visa tornar os resultados da organização (cliente) cada vez melhores, mais eficientes e eficazes, sejam eles em produtos, processos ou serviços. É um processo sem fim porque há sempre novas oportunidades de melhoria para serem identificadas e implementadas. O resultado dos nossos serviços, na maioria dos casos, é a certificação dos processos dos nossos clientes por normas internacionais. A camisola do cliente é a nossa camisola. Assumimos cada projeto como nosso. As dores do cliente são sempre a nossa prioridade. Nós fazemos a mudança acontecer, ao desencadear potencialidades e enriquecer as pessoas e o negócio das empresas. Os benefícios (para as organizações nossas clientes) de implementar metodologias de melhoria contínua ultrapassam em muito os custos percebidos.
É CEO DA GET SKILLS. O QUE A DEFINE ENQUANTO LÍDER DA MESMA? Além de ser líder da empresa sou também colega. Aspetos que não são separáveis. Reconheço os limites pessoais de cada uma das pessoas que trabalham comigo; ofereço sempre feedback das atividades desenvolvidas por cada indivíduo; reconheço os méritos e bom desempenho de toda a equipa, peço ajuda sempre que necessito. Tento ser um exemplo em todas as atividades e não agir por impulso, gosto de discutir com toda a equipa as melhores soluções para cada projeto; como elemento da equipa sou ativa em todas as atividades. Gosto de estar a par das novidades do mercado, e para isso sou atenta e leio bastante. Assumo sempre as responsabilidades por todo o trabalho desenvolvido pela equipa.
COMO ANALISA O AUMENTO DO NÚMERO DE MULHERES EM CARGOS DE TOPO? Apesar de homens e mulheres representarem cerca de 50% da população nacional, as mulheres que
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ocupam lugares nos órgãos de administração representam pouco mais de 20%, mas encontram-se longe dos cargos executivos, abaixo da média europeia. A presença de mulheres em lugares de topo tem subido muito lentamente, devemos tentar perceber o porquê e trabalhar nas causas.
ESTE ANO, O DIA INTERNACIONAL DA MULHER DEDICA-SE AO TEMA "EU SOU A GERAÇÃO IGUALDADE". NA SUA OPINIÃO, COMO DESCREVE A LUTA PELA IGUALDADE DE GÉNERO? Foi este tema que me fez decidir a dar esta entrevista. Temos a obrigação (pelo menos moral) de trabalharmos para que na nossa sociedade homens e mulheres gozem das mesmas oportunidades, rendimentos, direitos e obrigações em todas as áreas. Esta luta obteve importantes avanços ao longo da história, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido para sermos uma sociedade igualitária e democrática. A “luta” deve ser diária, deve ser tema de conversa nas famílias, deve estar presente na educação das nossas crianças.
SUSANA DE SOUSA PEREIRA Aveiro: Rua Amadeu do Vale, 82 Cacia, 3800-628 Aveiro Marinha Grande: Rua das Portas Verdes, Lote 8 - 1ºF, 2430-309 Marinha Grande www.getskills.pt
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TRÊS DÉCADAS DE EXPERIÊNCIA NA ÁREA DA CONSTRUÇÃO CIVIL A Tepsol trabalha em três áreas distintas do setor da construção civil – interior, exterior e segurança – potenciando o aproveitamento de perfis de aço e alumínio. Em 2011, Lúcia Nunes assumiu a liderança da empresa e desde então tem como maior motivação, o trabalho em equipa e o gosto por desafios, estratégia e inovação. Este ano, a Tepsol vai lançar uma marca de venda exclusiva online para todos os que gostam de fazer pequenas obras, a um custo mais baixo, mas com padrão de qualidade e fabrico à medida e personalizado.
É RESPONSÁVEL DA TEPSOL, UMA EMPRESA LIGADA À ÁREA DA CONSTRUÇÃO CIVIL. COMO FOI ABRAÇAR ESTE DESAFIO? O desafio surgiu em 1993, ano em que nasceu a Tepsol. Somos dois sócios fundadores, um ligado ao departamento técnico, outro ligado ao departamento administrativo e financeiro. Foi uma caminhada de fazer e aprender, diria que a evolução foi natural e gradual. No ano de 2011 por força de um novo projeto no estrangeiro, assumi a liderança, e foi de forma progressiva que as coisas foram acontecendo.
SENTIU RECEIO POR ENTRAR NUMA ÁREA, ONDE A MAIORIA DOS TRABALHADORES SÃO HOMENS? Não houve tempo para sentir receios, abracei o desafio, e só havia um caminho, “sempre em frente”. Tínhamos uma boa equipa técnica, tive o apoio de todos os meus colaboradores, realçando o apoio do responsável técnico, e acima de tudo, os valores que os meus pais me deixaram, e muito em particular, a minha mãe, perseverança e colocar carinho em tudo o que se faz.
O QUE A MOTIVA, ENQUANTO LÍDER DA EMPRESA? A maior motivação é o gosto por trabalhar com pessoas, e em equipa, e ainda o amor pelo que se faz. Apesar das adversidades que possam surgir, na maior parte dos dias sou feliz com o meu trabalho, com a minha equipa, neste lugar é-me permitido sonhar e realizar.
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Gosto de desafios, e aqui tenho-os todos os dias, gosto de estratégia, e inovação e isso é uma necessidade constante, gosto de viajar, de me desviar um pouco de tarefas rotineiras, ou mesmo até ser um pouco multitarefa e tudo isso o meu trabalho permite-me fazer. Não me chateia nada lidar com improvisos, adoro marketing e comunicação e aprendi a validar cada problema como uma oportunidade.
A TEPSOL É UMA EMPRESA COM MAIS DE 25 ANOS DE EXPERIÊNCIA. QUE MAIS-VALIAS TRAZ AO MERCADO? Na verdade, a Tepsol tem quase três décadas de experiência no mercado, e sempre se posicionou pela personalização e qualidade dos seus produtos e serviços. Atualmente trabalhamos três áreas distintas – interior, exterior e segurança – mas que se encontram intimamente ligadas, aliás surgiram, para que se possam potenciar ao máximo a aproveitamento de perfis de aço e alumínio com que trabalhamos. Na linha de interior temos todos os tipos de estores e cortinas, janelas eficientes, mosquiteiros, portas de fole e resguardos de banho e soluções em vidros, tais como guardas de vidro e gabinetes em vidro com serigrafias. Trabalhamos a imagem do cliente, logos e o design gráfico que for necessário em qualquer uma das gamas. Na gama de exterior dedicamo-nos a trazer vitalidade e funcionalidade aos espaços ao ar livre, assim como restaurantes, piscinas, hotéis, espaços de bem-estar, terraços, ou aquele cantinho do seu jardim. São áreas com grande potencial, que com as nossas soluções personalizadas podem ser usadas muito mais meses do ano para aumentar os negócios e/ou divertimento em todas as estações. Destaca-se aqui toda a linha de sombreamento, toldos, pergolas, per-
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gotendas, tetos de vidro fixos e móveis motorizados, tetos isotérmicos e de laminas orientáveis, cortinas e guardas de vidro. Na gama de segurança, temos as portas de segurança, grades de segurança, fixas, de abrir e de enrolar, portões, automatismos, vídeo porteiros, portas rápidas de telas, corta fogo e automáticas de vidro, e ainda outras soluções para a indústria. Neste ano de 2020, iremos lançar uma nova marca de venda exclusiva online direcionada a quem gosta de fazer as suas pequenas obras, a um custo mais baixo, mas mantendo o padrão de qualidade e o fabrico à medida personalizado. No que toca às nossas obras, com a marca Tepsol, o nosso principal objetivo é fazer pessoas felizes, criando espaços harmoniosos, ou seja, extrair a melhor energia original de todas as áreas, e transformar a sua casa ou a sua empresa naquele lugar libertador e seguro onde apetece estar, seja com pequenas ou grandes mudanças, há medida de cada um individualmente.
O QUE FALTA PARA QUE MAIS MULHERES REPRESENTEM A ÁREA DA CONSTRUÇÃO CIVIL? Em primeiro lugar, a mulher tem de mostrar interesse pela área, pois a verdade é que temos tudo a ganhar com a mistura de género e de saberes, neste momento a minha equipa é composta por 50% de homens e 50% de mulheres. A mulher tem uma visão mais direcionada à estética e decoração e o homem mais à parte técnica da obra em si, e tudo junto dá um resultado fenomenal, eu diria mesmo que é um privilégio podermos mostrar esse resultado. Quando a preocupação maior é a estética, a ajuda da força feminina faz a diferença, já me tem feito a observação” vê-se que aqui tem a mão de uma mulher”, ou seja, a mistura de aptidões e forma natural de ser, dá resultados muito bonitos. O principal diferencial da presença de mulheres nessa profissão é que elas são muito mais detalhistas e cuidadosas ao manusear os equipamentos. Elas são mais requisitadas que os homens para as atividades que exigem mais paciência e precisão, como o acabamento das obras, revestimentos de partes externas e a finalização dos detalhes.
NESTE DIA INTERNACIONAL DA MULHER, QUE MENSAGEM GOSTARIA DE DEIXAR? Gostaria que não houvesse Dia Internacional da Mu-
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lher, pois significaria que já tínhamos partido de uma base de igualdade, como assim não foi, e assim não é ainda em muitos países. Diria que nunca desistam dos vossos sonhos, de ser quem são, nem de lutar pela igualdade de seres humanos. Não permitam violência, que vos pisem ou maltratem, e respeitem sempre quem está à vossa volta, independentemente do género, ou idade. Foquem-se sempre em coisas positivas e não percam tempo com o que não vale a pena, pois a vida é demasiado curta e cada minuto vivido não volta mais. Aproveitem todos os momentos de felicidades, pois nada é fixo nem permanente.
ESTE ANO, O TEMA DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER É “EU SOU A GERAÇÃO IGUALDADE”. ENQUANTO CEO, COMO ANALISA A OPORTUNIDADE EM ESTAR NUM CARGO DE LIDERANÇA? Estar num cargo de liderança é sempre uma oportunidade, é poder partilhar um pouco de si, numa missão longe de ser fácil. É conseguir ser um bom comunicador, possuir um forte senso de justiça, estar sempre pronto para ajudar e à disposição para ouvir o que os outros têm a dizer, e sentir que de alguma forma o seu contributo é mais uma gotinha de água, para melhorar o mundo, dentro do tempo e espaço que lhe for permitido fazê-lo.
Santarém: Show Room 1 Rua Alvaro Cunhal, nº 46 2005-324 Santarém Lisboa: Show Room 2 Rua Actor António Silva, nº 5A 1600-404 Lisboa Telf. (+351) 243309770/935 000 770 www.tepsol.pt Email: geral@tepsol.pt
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A QUALIDADE DA FORMAÇÃO ELEARNING A DLC é uma empresa que lidera no mercado da formação online e tem como membro da administração, Ana Fernandes, que exerce essa função há mais de 20 anos. Para a nossa entrevistada, o maior desafio profissional foi o desenvolvimento da empresa numa área de ponta que, na altura, era desconhecida pela maior parte das pessoas. Esta empresa criou um sistema de avaliação inovador que também serve para analisar os comportamentos dos formandos na utilização da plataforma, e melhor compreender o formando através do conhecimento do seu estilo de aprendizagem.
O QUE REPRESENTA, PARA SI, SER ADMINISTRADORA DA DLC?
QUE DESAFIOS TEM ENFRENTADO, ENQUANTO PROFISSIONAL NUM CARGO DE CHEFIA?
Ser administradora da DLC é uma função que desempenho há mais de 20 anos com muito orgulho, por ter contribuído para o crescimento de uma empresa cujos produtos e marcas como a DLC no mercado da formação online e a Plataforma Netforma que é a nossa plataforma eletrónica onde decorrem os nossos cursos em eLearning, serem reconhecidos pelos clientes e formandos, como produtos de qualidade e até o melhor que se faz a este nível no nosso país e mesmo à escala mundial.
Não posso dizer que tenha enfrentado desafios específicos à minha condição de mulher empresária porque nunca senti que esse facto tivesse em si mesmo qualquer relevância na minha atividade. Penso que os maiores desafios tiveram a ver com o facto de trabalhar numa área de ponta, desconhecida pela maior parte das pessoas, pois habitualmente a formação era feita presencialmente e a DLC chegava com a “Boa nova” de que se podia fazer o aperfeiçoamento das pessoas através de uma nova metodologia, a qual permitiria um ganho imenso de tempo e de custos, pois deixava de ser necessário viagens, pagamentos de deslocações e hotelaria a formandos e formadores, isto à distância de um clique, ou seja quando se quisesse, onde se estivesse
DE QUE FORMA ABRAÇOU A EMPRESA? Inicialmente fui contratada pela Universidade Católica para consultora do Projeto DISLOGO que se tratava de fazer formação em Gestão a empresários, num modelo de ensino à distância, isto no longínquo ano de 1995, ainda com recurso a livros pedagogicamente preparados para essa metodologia, CR-Roms, e filmes em VHS, em que os formandos recebiam estes materiais em Kit e depois tinham apenas aulas presenciais ao sábado. Posso então dizer que a minha empresa nasce assim como uma spin-off da Universidade Católica, tendo deixado de ser consultora em nome individual e tendo criado a empresa em outubro de 1998. Obviamente, como entretanto surgiu a Internet, a DLC passou logo a fazer um ensino com a utilização da nova metodologia de eLearning, construindo conteúdos consubstanciados num Modelo Pedagógico interativo o SAFEM-D, os quais passaram a ser utilizados na nossa escola virtual que foi concetualmente criada pelo meu atual sócio e que serviu de base ao seu doutoramento e que é a Plataforma NetForma. Sempre acompanhei esta função com a de docente universitária até me reformar em 2010, e considero que foi importante para ambas as profissões o contributo uma da outra.
Ana Fernandes, Administradora da DLC
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A equipa pedagógica e os dois administradores da DLC
e a qualquer hora do dia ou da noite, era possível aceder aos conteúdos feitos pelos melhores profissionais, tirar dúvidas com um tutor automático ou tutor técnico de forma pessoal através de mensagem ou vídeo conferência previamente marcada, podendo as organizações replicarem os cursos a todos os seus funcionários distribuídos geograficamente pelo país ou mesmo pelo mundo, as vezes que quisessem, apenas com o pagamento inicial. Quando há cerca de 20 anos se tentava explicar a bondade desta metodologia, podemos dizer que se tratava de uma espécie de evangelização e acreditem, não foi fácil, na medida em que as pessoas são, de um modo geral, avessas à mudança. Penso que a utilização dos algoritmos que hoje tanto se fala quando abordamos o tema da moda e que é a Inteligência Artificial, nós na DLC já estamos a fazê-lo há muito, quando criámos um Sistema de Avaliação sofisticado e uma espécie de “big brother” para ajudar a gestão da formação a analisar os comportamentos dos formandos ao nível da utilização da plataforma, ou seja: o tempo que cada formando esteve a estudar, as horas mais utilizadas, os resultados dos testes, os trabalhos práticos e as questões dos fóruns, etc. Por outro lado, todos os formandos quando entram pela primeira vez na plataforma são suscitados a responder a testes que visam dar-lhes a conhecer o seu próprio estilo de aprendizagem e, com isso, permitir ao tutor um maior conhecimento de cada formando, assim como a plataforma automaticamente, poder criar aulas específicas para o estilo de cada formando.
que a formação não é muito importante e pode ser secundarizada, pois pensam que é apenas um custo e não um investimento. Todavia, passada essa fase, foi possível continuar e até crescer, aumentando exponencialmente o nosso volume de formação. A DLC é líder do mercado em algumas áreas de atividade, nomeadamente na área dos Seguros, pois também somos acreditados pela ASF, além da DGERT para ministrarmos os cursos que permitem aos Agentes, Auditores, Corretores de Seguros e Resseguros exercerem a sua função na Distribuição de Seguros e por tal, temos como clientes as maiores Seguradoras, alguns Bancos e muitas empresas de crédito aos consumo, assim como Mediadores em geral. Outra das áreas em que somos líderes é a área da saúde, trabalhando para as Ordens e principais associações, assim como para farmacêuticas e hospitais. Fizemos vários protocolos com Universidades no sentido dos seus alunos frequentarem alguns dos nossos cursos. Eu costumo afirmar que no eLearning de qualidade
COMO DESCREVE A SUA EMPRESA? A minha empresa é a única do país que trabalha apenas com a formação em eLearning, e aquando da crise não foi fácil manter as mesmas equipas de trabalho, sem ter despedido ninguém, aguentando com capitais próprios os anos mais complicados, dado que em épocas de crise as empresas consideram sempre A administração da DLC na Universidade de Macau
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todas as matérias são passíveis de serem ministradas nesta metodologia e para nós é sempre desafiante prová-lo, como aconteceu quando entrámos na área do Desporto com a construção de cursos para Treinadores de Grau I e depois Grau II que prepara profissionais para qualquer tipo de atividade desportiva, desde o ténis, futebol, golfe, boxe, etc. Também temos uma equipa pedagógica que tem concebido cursos comportamentais, como liderança, empowerment e coaching, atendimento, vendas, negociação, marketing, etc. E, embora pretenda treinar as soft skills, que carecem de maior interatividade e treino, conseguimos colmatar essa falta, através dos vídeos e das aulas práticas. Um dos aspetos que tem sido mais gratificantes para nos é constatarmos que a formação que construímos à medida dos nossos clientes, por exemplo na área da grande distribuição com cursos de talho, peixaria, etc. e que são ministrados a pessoas com baixas qualificações e nível etário elevado, dada a amigabilidade da nossa plataforma e a simplicidade dos conteúdos, têm sido um sucesso, com uma enorme adesão por parte desses trabalhadores que se sentiram mais integrados por terem acreditado neles e nas suas capacidades, o que resultou num aumento da sua motivação e subsequente aumento do negócio do cliente.
COMO É QUE A DLC FORMA O FUTURO DOS PROFISSIONAIS? A nossa preocupação é de duas ordens de razão, uma interna, pois consideramos vital a preparação dos nossos colaboradores, daí a formação que lhes é dada a nível do software mais evoluído de forma a estarem sempre atualizados e com uma intensa formação interna sobre a nossa área que é muito específica ao nível do nosso Modelo Pedagógico e da nossa plataforma que tem vindo a ser desenvolvida de acordo com as necessidades e pedidos dos nossos clientes de forma a personalizarmos a nossa oferta. E outra externa, tentando estudar a melhor forma de ensinar e reter os conhecimentos de molde a que os formandos possam ter uma aprendizagem efetiva, o que passa pela nossa metodologia de ensino: conteúdos bem construídos pelos especialistas, mas de acordo com o nosso modelo que exige que a matéria seja dada por tranches ou módulos e estes subdivididos em tópicos, no final dos quais existe uma autoavaliação e posteriormente uma avaliação por módulo que também é formativa, interatividade dos conteúdos de modo aos formandos poderem interagir com os mesmos, aulas práticas individuais e de grupo, de modo a transformar o saber em competências e a animação ao nível das imagens e dos vídeos para que o ensino contemple também aspetos visualmente apelativos.
Estes profissionais ganham tempo com o uso desta metodologia e, ao contrário do que costuma acontecer em geral, não desistem da formação e têm resultados que estão em média nos 87%, permitindo-lhes valorizar a sua função, evoluírem na carreira e adquirirem maior prestígio na sua organização.
QUAIS AS MAIS VALIAS DE UMA EQUIPA MULTIDISCIPLINAR? São imensas e na DLC trabalhamos com várias equipas específicas, nomeadamente a de gestão, dos consultores pedagógicos, a dos técnicos multimédia e a dos programadores, mas todos interagem uns com os outros, quer no serviço ao cliente para o desenvolvimento de uma qualquer solução, quer no desenvolvimento de um produto inovador ou na construção de especificidades da própria plataforma. Nos nossos cursos também promovemos o trabalho em equipa e a comunicação interdisciplinar nos fóruns.
NESTE DIA INTERNACIONAL DA MULHER, QUE MENSAGEM GOSTARIA DE DEIXAR A QUEM TAMBÉM AMBICIONA UM LUGAR DE TOPO? A única mensagem que posso dar a qualquer mulher é que é possível chegar a uma posição de topo de uma organização, ou criar a sua própria empresa, e isso apenas depende de: trabalho, trabalho e mais trabalho e acima de tudo, nunca desistir mesmo nas piores situações e acreditar, com uma atitude positiva, que é possível ultrapassar os problemas e atingir os objetivos. Às mais jovens, apenas aconselho que se esforcem por terminar uma licenciatura, seja em que área for, pois é importante ter uma sólida formação de base, e, mais tarde, será possível acrescentar uma formação de pós-graduação, mais adequada à consolidação de uma futura profissão.
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“A RESILIÊNCIA E A CAPACIDADE DE ADAPTAÇÃO SÃO PALAVRAS-CHAVE PARA PROFISSIONAIS COM CARREIRAS INTERNACIONAIS” Rita Vilas-Boas acaba de terminar mais uma etapa profissional, desta vez no mercado angolano. Encara a sua saída com orgulho por, em conjunto com a sua equipa, ter obtido excelentes resultados nas ações de campanha do Grupo Castel. Os novos desafios passam por adquirir mais competências em tecnologia e na transformação digital. E, Rita Vilas-Boas afirma que é fora da zona de conforto que se encontram as maiores oportunidades de crescimento.
ATUALMENTE É RESPONSÁVEL PELO MARKETING ESTRATÉGICO DO GRUPO CASTEL, UM DOS PRINCIPAIS GRUPOS DE BEBIDAS DO CONTINENTE AFRICANO. DE QUE FORMA ABRAÇOU ESTE PROJETO? Acabo justamente de concluir este ciclo da minha vida. As categorias de cervejas, refrigerantes e bebidas sempre me fascinaram pela emoção que comportam, pela proximidade e capacidade que temos de impactar os consumidores. São áreas em que a comunicação se faz muito de emoções, e isso agrada-me. Por isso tem sido uma área importante na minha carreira.
É fantástico ter tido a oportunidade de trabalhar num dos maiores grupos mundiais do setor, especificamente o terceiro produtor mundial de vinhos e o segundo player de cervejas em África. Por outro lado, tenho também muito orgulho em ter preparado uma equipa para dar continuidade ao trabalho desenvolvido. Não posso, por isso, deixar de estar muito orgulhosa, quer do legado que deixo, quer do percurso feito, mas – acima de tudo – dos resultados que os estudos mostram sobre a qualidade e o reconhecimento que as ações e campanhas tiveram junto dos consumidores e da população.
JÁ TRABALHOU EM VÁRIAS EMPRESAS DE RENOME COMO, POR EXEMPLO, NUVIBRANDS, SOGRAPE, SUMMERGATE, PROCTER & GAMBLE E L' OREAL. QUE BALANÇO FAZ DA SUA EXPERIÊNCIA NO MERCADO INTERNACIONAL? De facto, às vezes reflito sobre as diferenças entre estes mercados: Europa, Ásia, África, com passagens pelos Estados Unidos. Uma experiência global, cheia de diversidade, de desafios e de aprendizagens enriquecedoras a todos os níveis. Este mês termino esta experiência no continente africano. Mais uma experiência, mais um mercado, mais uma categoria. Desta vez, num mercado desafiante como angolano, no setor das cervejas. Antes os vinhos, a cosmética, as pilhas… Transporto acima de tudo a noção que estas experiências nos mercados internacionais me permitiram aprendizagens que não teria de outra forma, em particular a
Rita Vilas-Boas
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capacidade de lidar com a diversidade. Diversidade de contextos, de línguas, de pessoas, de culturas, de formas de trabalhar, de empresas…é claramente um dos maiores enriquecimentos que a experiência internacional me tem trazido. Também a resiliência e a capacidade de adaptação são palavras-chave para profissionais que optam por carreiras internacionais. De cada vez que nos integramos num projeto e num país diferente, tudo muda. O contacto, o mercado, a forma de chegar aos consumidores, os métodos de trabalho…É necessária uma boa dose de abertura e de humildade para que sejamos capazes de desempenhar os nossos papéis com sucesso. Cada experiência, em cada país, marcou-me de forma distinta, mas muito positiva. Ao olhar para trás, posso afirmar que sou a profissional e mulher que sou hoje graças às oportunidades que tive de ver o mundo e de poder trabalhar com tantos contextos, culturas e pessoas diferentes, com quem pude aprender e evoluir. Tenho refletido sobre a quantidade de vezes que estas mudanças e estes “novos ciclos” já aconteceram na minha vida. Apesar da diversidade, as vezes que
atravessei países, continentes e oceanos, em busca de novos desafios, foi sempre com um propósito comum: colaborar para a inspiração, para os resultados e para o desenvolvimento de empresas, marcas e pessoas. ALGUMA VEZ SENTIU DISCRIMINAÇÃO OU SENTIU RECEIOS POR TRABALHAR EM EMPRESAS LIGADAS, A UM SETOR PREDOMINANTEMENTE MASCULINO? É evidente que o tema da afirmação da mulher num mundo de homens é complexo e sentido de diversas formas em muitos contextos e culturas. Há logicamente um enorme caminho a percorrer nesta matéria, mas acredito que para tal é necessário que as mulheres continuem a acreditar que são tão capazes quanto os homens. A nossa afirmação – pessoal e profissional – faz-se da capacidade de entrega e da nossa capacidade de diariamente não deixarmos que nos diminuam, as nossas capacidades e competências. As dificuldades do contexto – sejam elas quais forem – são apenas variáveis com que temos de lidar.
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O meu desafio sempre foi mais focado em afirmar-me como profissional e não como mulher. E é assim que acredito que as mulheres devem pensar. Quando acreditamos nas nossas capacidades e lutamos pelos nossos objetivos, somos capazes de conquistar o nosso lugar no mundo. QUAIS OS SEUS PLANOS PARA O FUTURO? Os meus próximos desafios passam por desenvolver mais competências em tecnologia e na transformação digital. Para a minha geração, o salto tecnológico – desde a altura em que estudamos na universidade até aos dias de hoje – é enorme. Conseguir acompanhar essa transformação é um desafio que impus a mim mesma, porque é claramente um dos temas que me poderá preparar melhor para os próximos ciclos. É um desafio que me colocará em zona de desconforto, mas entendo isso como positivo, pois permite-nos continuar a desafiarmo-nos, a aprender. É fora da zona de conforto que encontramos as maiores oportunidades de crescimento e evolução, quer como profissionais, quer como pessoas.
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A RITA VILAS-BOAS CONTA COM MAIS DE 20 ANOS DE EXPERIÊNCIA, NO SETOR DOS FAST MOVING CONSUMER FOODS. QUAIS AS MAIORES MUDANÇAS NA COMUNICAÇÃO DAS MARCAS? Creio que quando comecei a ver televisão, a campanha “O melhor para o homem" da Gillette foi talvez a que mais me marcou. Uma campanha emotiva, geracional, de valores. A partir do final dos anos 90, as marcas começaram a focar mais em produto, atributos, tecnologia, entre outros, e sinto que foi em 2009, quando Simon Sinek fala do “golden circle” e “start with why”, que sinto que a comunicação sofre uma viragem, para um foco grande no propósito. Um dos exemplos disso foi o surgimento de campanhas memoráveis. Por exemplo da P&G, “thank you mom”, ou agora recentemente no Natal, campanha da Vodafone de Natal, “abra o presente”, que nos trazem muito mais do que um produto, trazem-nos memórias, emoções, e é a isso que devemos voltar. Sinto que estamos a voltar a esses momentos de
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O QUE REPRESENTA, PARA SI, ESTAR NUM CARGO DE CHEFIA NUM MERCADO INTERNACIONAL, NUMA EMPRESA DE RENOME? É uma grande responsabilidade e também um grande orgulho estar num cargo de chefia numa empresa tipicamente gerida por homens, seja em que mercado for. Paralelamente, é também uma enorme oportunidade de crescimento. Por cada empresa onde passámos e em cada função que desempenhamos temos algo a aprender. E devemos aproveitar ao máximo para absorver e integrar todas essas experiências, para tornarmo-nos profissionais cada vez mais completas.
OS BONS EXEMPLOS DE LIDERANÇA NO FEMININO SÃO AQUELES QUE...
quando comecei a ver televisão. A uma comunicação mais emotiva, mais próxima, mais sensorial. Menos focada no propósito da venda e muito mais ligada às sensações, experiências e emoções. A evolução do mundo e, em particular, através da tecnologia veio mudar totalmente a forma como a comunicação é feita. De repente, a comunicação está em todo o lado, ao mesmo tempo, com infinitos formatos e feitios. Somos inundados por estímulos a todos os momentos do nosso dia. O consumidor mudou e tornou-se mais exigente, mais informado e menos paciente. Muito mais do que o produto em si, hoje valoriza-se a forma como é feito, de onde vem, que sensações e experiências proporciona…este conjunto de mudanças veio mudar a forma como as marcas chegam aos seus consumidores. No entanto, a base da gestão das marcas e dos negócios – os estudos de mercado, o conhecimento dos consumidores, a proximidade com os clientes – são alicerces que se devem manter inalterados. Devemos ter as “máquinas” ao nosso serviço, mas somos humanos e seres que nos relacionamos e não nos devemos esquecer disto.
São aqueles que não precisam de género para se afirmarem. Aqueles que nos inspiram. Que nos dão vontade de nos superarmos a cada dia e a cada projeto. Aqueles que nos desafiam. Que nos fazem evoluir. Que nos fazem sentir um frio na barriga. Aqueles que nos tiram das nossas zonas de conforto, que nos permitem desenvolver as nossas capacidades ao máximo e sabem tirar partido delas. São aqueles que acreditam nas suas pessoas e nas suas equipas e que acreditam que o sucesso está na soma das partes. Os bons exemplos de liderança no feminino estão em todo o lado, e é com orgulho que assistimos de forma progressiva e encorajadora a um número cada vez maior de mulheres a chegar a cargos de decisão, um pouco por todo o mundo.
NO ÂMBITO DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER, QUE MENSAGEM GOSTARIA DE DEIXAR ÀS PROFISSIONAIS QUE AMBICIONAM SER LÍDERES E/OU CONSOLIDAR A LIDERANÇA? Não tenham medo de ser ambiciosas. Lutem. Acreditem. Superem-se. Caiam, mas levantem-se e continuem firmes. Transformem os erros em aprendizagens. Nunca se esqueçam de que são capazes. Tão capazes como qualquer homem. Estou firme de que são as mulheres que devem querer ocupar os lugares de liderança. E se os quiserem, devem fazer-se ouvir. Sem receio de exigir mais, de quererem sentar-se à mesa. É preciso que as mulheres executivas continuem a deixar as suas marcas nas empresas por onde passam. Quanto mais bons exemplos de liderança no feminino o mundo tiver, mais equilibradas serão as oportunidades de progressão nas carreiras.
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A PROGRESSÃO DE CARREIRA DENTRO DA EMPRESA, O EXEMPLO DE SUSANA SILVA Susana Silva é diretora dos recursos humanos do El Corte Inglés Portugal, e a revista Liderança no Feminino quis conhecer a mudança na sua vida profissional e a forma como progrediu dentro da empresa. A nossa entrevistada afirma que, o cargo de chefia tem de estar assente nos valores da marca que representa. Lidar diariamente com personalidades diferentes é um desafio constante, o que torna ainda mais rica a sua função.
INICIOU O SEU PERCURSO PROFISSIONAL COMO ASSISTENTE DE ADVOGADOS, ATUALMENTE É DIRETORA DE RECURSOS HUMANOS DO EL CORTE INGLÉS PORTUGAL. COMO É QUE OS RECURSOS HUMANOS MUDARAM A SUA VIDA PROFISSIONAL? Esta área mudou e enformou todo o meu percurso profissional. É uma área rica e apaixonante que não imaginava vir a integrar quando, com 17 anos, comecei ao trabalhar, ao mesmo tempo que frequentava
os meus estudos. Desde muito cedo ambicionava a minha independência e queria ingressar rapidamente na vida profissional. Procurei ser independente muito nova, pelo que cumpri, com brio, 6 anos como administrativa numa sociedade de Advogados. No entanto procurava algum trabalho mais desafiante e por isso concorri ao El Corte Inglés. Quando a oportunidade surgiu, abracei-me a ela, ainda sem saber, confesso, qual seria a minha área de especialização ou de gosto pessoal. No entanto, o meu percurso na área de pessoal foi muito motivador, tanto que nunca mais me passou pela cabeça mudar de área. À medida que fui exercendo funções com cada vez mais responsabilidade, fui também descobrindo o quão gratificante é poder construir valores, motivação e conhecimento à nossa volta.
A SUSANA SILVA É UM EXEMPLO DE PROGRESSÃO DA CARREIRA. COMO FOI O PERCURSO ATÉ AQUI? No ano de 2000 entrei nos recursos humanos do El Corte Inglés de Lisboa, iniciei as minhas funções como administrativa nos RH, na área da seleção e recrutamento. Após o primeiro ano fui convidada a juntar-me à equipa de processamento de salários onde permaneci 4 anos. Depois agarrei oportunidade de me juntar à equipa que iria abrir e gerir o departamento no El Corte Inglés de Gaia como sub-chefe da administração de pessoal. Dois anos depois, em 2008, assumi a Direção de Pessoal, levando todas as áreas de pessoal: seleção, recrutamento, formação, processamento salarial, medicina no trabalho, área jurídico-laboral e segurança e higiene no trabalho. Em 2019 assumi as funções de Diretora de Pessoal Nacional e regressei novamente a Lisboa. Neste momento coordeno 3100 empregados ECI, mais as empresas do Grupo (Sfera, Seguros
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Susana Silva, Diretora de Recursos Humanos do El Corte Inglês
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e Financeira). Sim, este percurso exemplifica bem a progressão de carreira que é possível fazer dentro da nossa empresa. Orgulho-me dela, mas se quiser saber a verdade, fico ainda mais orgulhosa quando vejo progressões idênticas à minha volta. Isso sim, deixa-me muito feliz.
QUAIS OS VALORES CHAVE PARA CHEGAR A UM CARGO DE CHEFIA? Além dos valores que devem assistir a todas as decisões de um bom trabalhador, como a ética e a confiança, o cargo de chefia exige também capacidade de liderança, credibilidade, capacidade de trabalho e disciplina. No caso do El Corte Inglés, as chefias devem saber interpretar, respeitar e transmitir os mesmos valores da marca, que são a qualidade, a credibilidade e o sentido de serviço. A estas, acrescentaria também a empatia e a capacidade de estabelecer relações humanas sãs, transparentes, positivas.
LIDAR DIARIAMENTE COM DIFERENTES PERSONALIDADES É UM GRANDE DESAFIO. Tem razão, é um grande desafio, não há duas pessoas iguais, o que torna ainda mais rica e mais desafiante esta função. Acredito que é essencial ter humildade para aprender com cada um, independentemente da sua função, capacidade para ouvir,
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competência para gerir e algum (muito) talento para a relação interpessoal. Pessoalmente considero-me uma privilegiada. Tenho à minha volta uma equipa extraordinária e lido, todos os dias com pessoas incríveis.
COMO ANALISA O AUMENTO DO NÚMERO DE MULHERES EM CARGOS DE CHEFIA? Concordo com a paridade, mas com igualdade e justiça na avaliação do mérito de cada um, depois de muito lutarmos para chegar a um posto, não me parece correto agora dar o lugar a uma mulher, só por ser mulher, e não pelo desempenho de cada uma. Felizmente, no El Corte Inglés, temos mulheres e homens muito qualificados, profissionais muito motivados, sendo mais de metade deles, mulheres. Assim sendo, não posso esconder o imenso agrado com que constato que metade dos lugares de chefia são ocupados por mulheres.
ESTE ANO, O DIA INTERNACIONAL DA MULHER TEM COMO TEMA "EU SOU A GERAÇÃO IGUALDADE". REVE-SE NESTA GERAÇÃO QUE LUTA PELA IGUALDADE? PORQUÊ? Olho para os últimos anos e a evolução da emanci-
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pação das mulheres foi muito rápida. Considero que sim que sou da geração da igualdade, com muito orgulho sou da geração que fez parte desta mudança, da luta pela igualdade e pelas oportunidades iguais. Sou da geração que aprendeu que a mulher devia trabalhar e, ao mesmo tempo, cuidar da casa, do marido e dos filhos e sou também da geração que conseguiu tudo isso e, ao mesmo tempo, apostar numa carreira profissional que muito me orgulha. Como me orgulham os meus filhos e a partilha de tarefas em casa, entre o casal. Na nossa empresa, estamos a lançar o Plano de Igualdade, ao qual estamos a dedicar grandes esforços neste último ano. É certo que as mulheres já são a maioria do nosso quadro de pessoal e também é certo que estão em paridade nos quadros de chefias. Mas ainda temos muito trabalho pela frente, nem todos os preconceitos estão ultrapassados e a paridade exige da empresa a capacidade de entender as necessidades de cada um, em cada momento.
QUE MENSAGEM GOSTARIA DE DEIXAR ÀS MULHERES QUE TAMBÉM AMBICIONAM A PROGRESSÃO DA CARREIRA? Não desistam. O caminho percorrido demonstra bem o que já conseguimos alcançar. Partimos de um mundo onde ser mulher significava não ter autonomia, ter menos direitos, viver com estigmas, para uma sociedade que luta pela igualdade. Lutar,
"(...) o cargo de chefia exige também capacidade de liderança, credibilidade, capacidade de trabalho e disciplina."
por vezes, implica alguma resiliência. Por vezes o que ambicionamos pode demorar um pouco mais. Mas as oportunidades existem, temos de estar atentas, e agarrá-las com unhas e dentes quando surgem. Por outro lado nunca deixem nada por fazer, a carreira profissional é muito importante mas a estabilidade emocional dá-nos a bagagem para aguentar tudo. Saiam, divirtam-se, namorem muito, tenham filhos se quiserem ...tudo é possível. Eu sou exemplo disso, estou casada há 21 anos com o meu amor de infância e tenho 3 lindas filhas, que são a minha alegria de vida. O meu maior desejo é que, na geração delas já não haja razão para nos interrogarmos se há ou não igualdade de oportunidades para as mulheres.
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OPINIÃO
A ESPIRITUALIDADE COMO FILOSOFIA DE VIDA Os meus percursos pessoais e profissionais encontram-se no mundo da espiritualidade. É nesse ponto de encontro que me defino enquanto ser humano, mulher, empresária, mãe e esposa. Com o falecimento do meu pai aos 13 anos de idade, senti que algo mudou na minha vida, na forma de estar e na forma sobre como eu queria viver. Sempre ambicionei trabalhar na área da saúde, enfermagem, contudo, na época esse curso era privado e, dada a situação familiar, era inexequível. Restavam apenas contabilidade ou magistério. Apesar de não ser entusiasta, segui contabilidade. Foi fácil apaixonar-me pelos números. Hoje, apesar de distante, recolhi competências que aplico na minha vida e que me levaram a estudar numerologia. A par dos estudos, lia muito sobre espiritualidade. Inicialmente escondido, pois era reprovado pela família. Por serem religiosos devotos, sempre existiu uma desconfiança sobre temas pouco convencionais, o que me levou a momentos de incompreensão. Por esse motivo, decidi parar. A pressão familiar era grande e senti que não tinha espaço para explorar. Dediquei-me às questões holísticas e espirituais quando, aos 29 anos, decidi sair da empresa onde trabalhava há 14 anos, dos quais 5 como diretora financeira. Sem perspetivas de voltar a singrar no mercado financeiro, iniciei-me no Reiki. Compreendi que se
tratava de uma área fundamental para o caminho sobre a espiritualidade. Enquanto energia vital, tem por base princípios com os quais me identifico. O Pe. Luís Peblani, de Lagoa dos Gatos – Pernambuco foi uma das figuras fundamentais nesta minha viagem pela espiritualidade. Por se envolver em causas sociais que não interessavam politicamente, era entregue às paróquias pobres, nos cantos impensáveis do Brasil. Era a simplicidade em pessoa e foi quem me mostrou que espiritualidade e religião não se confundem. Mais tarde iniciei-me na hipnose, na regressão e terapia de vidas passadas. É um mundo fascinante, o que me levou a combinar estas terapias complementares com a medicina alopática. Daí surge o projeto Clínica NirvanaMED®, em Vila Nova de Gaia. Atualmente, a clínica faz parte do Grupo Excelência Mental®, ao qual se juntam ainda as valências Academia Nirvana, onde há aulas de yoga, meditação, mindfulness, tai chi e chikung; o Instituto Excelência Mental®, com workshops e formações e; o MentalMED Studios®, que produz a comunicação de todo o Grupo. É também por estes alicerces que hoje também nos dedicamos à investigação científica, pelo que se destaca a organização do II Simpósio Internacional Ciência & Espiritualidade, a realizar-se nos dias 23 e 24 de maio, no Instituto Superior de Engenharia do Porto.
Suzana Soares Diretora Administrativa, Grupo Excelência Mental suzana.soares@nirvanamed.pt
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NUTRIÇÃO
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SAIBA QUAL A IMPORTÂNCIA DO SONO PARA A SUA SAÚDE E QUAIS AS ESTRATÉGIAS A ADOTAR PARA UMA MELHOR HIGIENE DO SONO A 13 DE MARÇO ASSINALA-SE O DIA MUNDIAL DO SONO
A par da alimentação saudável e da prática regular de exercício físico, o sono é um dos principais pilares da saúde sendo muitas vezes desvalorizada a sua importância. As implicações da privação de sono não se resumem à sonolência, alteração do humor, baixa produtividade e concentração que geralmente se fazem sentir após uma ou várias noites mal dormidas. Na verdade, a má higiene do sono acarreta consequências negativas para a saúde sendo vários os estudos que apontam para um aumento do risco de desenvolvimento de doenças crónicas (diabetes, hipertensão, doença cardíaca) e mortalidade precoce. Dormir mal está ainda fortemente associado ao ganho de peso: uma meta-análise recente revelou uma maior resistência à insulina, níveis de perceção de fome significativamente elevados e maior tendência para optar por alimentos de elevada densidade energética nos grupos de indivíduos sujeitos a privação de sono. Por outro lado, a fadiga associada propicia uma diminuição da atividade física e, consequentemente, do gasto energético diário. Num contexto de emagrecimento, um défice energético associado a uma má higiene do sono parece ter consequências negativas para a composição corporal, conduzindo a maiores perdas de massa isenta de gordura e menores de massa gorda. Existem estratégias que podem ser adotadas para uma melhor higiene do sono, nomeadamente: • Estabeleça uma rotina relativamente aos horários de deitar e acordar garantindo sempre que possível 7-8 horas de sono. Este hábito pode melhorar a sua qualidade e reduzir o tempo necessário para adormecer; • Mantenha o quarto entre os 15-20 graus e evite a exposição a aparelhos eletrónicos (como telemóvel, computador e televisão) 2 horas antes de deitar. A luz que estes emitem e a temperatura ambiente influenciam a libertação de melatonina, hormona responsável pela indução do sono. • Tomar um banho quente antes de deitar favorece uma mais rápida indução do sono. • Inclua a prática regular de exercício físico na sua rotina semanal. Para além dos benefícios para a saúde, o exercício promove a libertação de endorfinas e serotonina, um neurotransmissor precursor da melatonina. No entanto, é importante ter em conta que o aumento dos níveis de adrenalina e cortisol podem afetar negativamente a qualidade
do sono. Assim, se sentir que a prática de exercício muito próximo da hora de deitar dificulta a indução do sono tente enquadrá-lo noutro horário. • Bebidas como o café, refrigerantes à base de cola e alguns chás (verde, preto e branco), assim como o cacau devem ser evitados nas 4-6 horas antes de deitar. A presença de estimulantes como a cafeína e teobromina pode prejudicar a indução e profundidade do sono. Também o álcool pode comprometer a qualidade do sono pelo que deve ser evitado perto da hora de deitar. • Evitar refeições fartas, excessivamente condimentadas ou açucaradas antes de dormir. Dar preferência a métodos de confeção simples e com baixo teor de gordura.
Sofia Oliveira Pinto Nutricionista Clínica de Estética e Medicina Integrativa da Liga – CEMIL, parceira do Fitness Hut- Grupo VivaGym
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LIDERANÇA NO FEMININO | Março de 2020
DEVO VIAJAR, OU NÃO? No final de Janeiro tivemos a notícia de um cenário preocupante: o surgimento do Coronavírus (COVID-19) que é um assunto de dimensões globais. Entidades e órgãos de saúde de todo o planeta passaram a adotar cuidados e restrições para evitar que o vírus se espalhe. Este novo coronavírus começou em Wuhan, a cidade mais populosa da China central, e rapidamente ganhou proporções respeitosas. A proximidade do início do surto com a data do ano novo Chinês – a maior migração humana anual – fez com o que tivessem que ser tomadas medidas drásticas de imediato. Cidades inteiras em quarentena, escassez de mercearias e outros bens de primeira necessidade, controlo de população exímio em números só possíveis na China – Wuhan, por exemplo, tem tantos habitantes como Portugal inteiro. Apesar do epicentro ainda ser Wuhan, casos da doença começaram a surgir na Europa (principalmente na Itália) e nos Estados Unidos, fazendo com que os viajantes se questionassem se devem cancelar viagens devido ao Coronavírus. Desde então, têm-se multiplicado as restrições de viagem por todo o mundo, fronteiras que fecham, de um dia para o outro, transportes suspensos, novas regras de entradas e saídas de cada país, vistos invalidados. Todos os dias somos alimentados por notícias e atualizações constantes, tal como mitos e relatos de diferentes perspetivas. A Organização Mundial da Saúde não recomenda restrições de viagens, comércio ou produtos, de momento e com base no conhecimento atual. O Ministério dos Negócios Estrangeiros informa sobre viagens à China e a países da região: “Nas presentes circunstâncias, desaconselham-se todas as deslocações à Província de Hubei e viagens não essenciais à China. Esta recomendação tem em conta os potenciais riscos para a saúde e as presentes limitações à circulação no país, incluindo ligações aéreas domésticas e internacionais e recomenda prudência nas viagens a países que se encontram geograficamente próximos da China, que pela sua situação geográfica e condicionalismos locais se
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encontrem mais suscetíveis a uma disseminação do surto. A DGS reforça as recomendações das seguintes medidas de higiene e de etiqueta respiratória para VIAJANTES: • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país; • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com água e sabão, esfregando-as bem durante pelo menos 20 segundos; • Reforçar a lavagem das mãos antes e após a preparação de alimentos, após o uso da casa de banho e sempre que as mãos parecerem sujas; • Pode também usar-se em alternativa uma solução à base de álcool; • Evitar contacto próximo com pessoas com sinais e sintomas de infeções respiratórias agudas; • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto directo com pessoas doentes; • Evitar contacto com animais; • Adotar medidas de etiqueta respiratória: • Tossir ou espirrar para o braço com o cotovelo fletido, e não para as mãos; • Usar lenços de papel (de utilização única) para se assoar; • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir. • Evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca com as mãos sujas ou contaminadas com secreções respiratórias. As pessoas regressadas da China ou de uma área afetada devem estar atentas ao surgimento de febre, tosse e eventual dificuldade respiratória. Se surgirem estes sintomas, não se devem deslocar aos serviços de saúde, mas ligar para o SNS24 - 808 24 24 24, e seguir as orientações que lhes forem dadas. Por regra não se recomenda qualquer tipo de isolamento de pessoas sem sintomas. Para obter informação sobre viagens a Itália consulte o Portal das Comunidades Portuguesas do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
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