Reflexões e práticas na EaD

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Formação Inicial de Educadores e Tecnologias Digitais...

(2009, p. 257) considera que “a escola ainda está presa num modelo de aprendizagem autônoma que contrasta nitidamente com a aprendizagem necessária aos estudantes à medida que eles entram nas novas culturas do conhecimento”. Ao pensar nos métodos de educação tradicional, considera-se que realmente pouco contribuem para o exercício da coletividade, da participação e do compartilhamento, necessidades inerentes à convergência midiática. O autor argumenta: Até agora, nossas escolas ainda se concentram em gerar aprendizes autônomos; buscar informação com outras pessoas ainda é classificado como “cola”. No entanto, na vida adulta, estamos dependendo cada vez mais dos outros para nos fornecer informações que não conseguimos processar sozinhos. Nosso local de trabalho tornouse mais cooperativo; nosso processo político tornou-se mais descentralizado; estamos vivendo cada vez mais no interior de culturas baseadas na inteligência coletiva. (JENKINS, 2009, p. 184).

Por mais que conheçamos algumas escolas com projetos que diferem das colocações do autor, a realidade ainda aponta que o formato tradicional de educação prevalece nos espaços escolares. Isso pode ser presumido por vários fatores, entre eles, a própria disposição física das salas e carteiras; a prática pedagógica transmissiva de alguns professores; o engessamento da grade curricular; o fracionamento das aulas em períodos; além dos sistemas de avaliação fragmentados e descontextualizados. Os autores Palfrey e Gasser (2011, p. 268-269) corroboram com essa perspectiva trazida por Jenkins: Para as escolas se adaptarem aos hábitos dos nativos digitais e à maneira como eles estão processando informações, os educadores precisam aceitar que a 172


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