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CANCIONEIRO POPULAR BRAGANÇANO

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26. Ainda não merquei, Mas hei-de comprar Lencinho amarelo Para te acenar. 27. Algum dia era eu Do teu prato a melhor sopa; Agora sou um veleno Ressalgar na tua boca. 28. Algum dia era eu Raminho de andar na mão; Agora sou a vassoura Com que varres o chão. 29. Algum dia para te ver Dava voltas à capela; Agora tamem as dou, Mas é com mais cautela. 30. Algum dia para te ver Dava mil voltas à rua; Agora tamem as dou, Mas não é por causa tua. 31. Algum dia por te ver Dava voltas ao lugar; Agora passo por ti Como o pardal a voar. 32. Algum dia por te ver Dava voltas ao lugar; Agora tamem as dou Só para te não falar (1078). 33. Algum dia por te ver Ia de noite à fonte; Agora peço a Deus Que nunca te encontre (1079).

(1078) Variante da n.° 67 nos Cantares da minha terra e da publicada pelo abade Tavares, Ilustração Trasmontana, (1910), p. 40, n.° 35 (1079) Ibidem, n.° 36.

MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA


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