Cidade das Cinzas

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Era Maryse. Ela usava uma rígido vestido preto e seu cabelo estava puxado para trás acentuadamente de seu rosto. Ela parecia mais velha do que ele lembrava dela. Duas profundas linhas corriam dos cantos de sua boca para sua mandibula. Apenas seus olhos tinha alguma cor. “Jace,” ela disse, “Eu posso entrar?” “Você pode fazer o que você quiser,” ele disse, retornando a cama.”É sua casa.” Ele agarrou uma mão cheia de camisas e entulhou elas dentro da sacola com possivelmente desnecessária força. “Na verdade, é um casa da Clave,” Maryse disse.”Nós somos apenas seus guardiões.” Ele empurrou os livros dentro da sacola.”Tanto faz.” “O que você está fazendo?” Se Jace não a conhecesse melhor, ele teria pensado que a voz dela oscilou ligeiramente. “Estou fazendo as malas,” ele disse.” É o que as pessoas geralmente fazem quando elas estão se mudando.” Ela empalideceu.”Não saia,” ela disse.”Se você quiser ficar...” “Eu não quero ficar. Eu não pertenço a aqui.” “Aonde você vai?” “Para o Luke,” ele disse, e viu ela hesitar. “Por um tempo. Depois disso, eu não sei. Talvez para Idris.” “É onde você acha que pertence?” Havia uma dolorosa tristeza em sua voz. Jace parou de empacotar por um momento e olhou abaixo para sua sacola. “Eu não sei de onde eu pertenço.” “Com sua família.” Maryse fez uma tentativa de passo a frente. “Conosco.” “Você me atirou para fora,” Jace ouviu a dureza em sua própria voz, e tentou suavizar ela. “Sinto muito,” ele disse, virando-se para olhar para ela. “É sobre tudo o que aconteceu. Mas você não me queria antes, e eu não posso imaginar que você me queira agora. Robert vai esta doente por algum tempo; você vai precisar cuidar dele. Eu só vou estar no caminho.” “No caminho?” Ela soava incrédula. “Robert quer ver você, Jace...” “Eu duvido disso.” “E que tal Alec? Isabelle, Max...eles precisam de você. Se você não acredita que eu quero você aqui...e eu não posso culpar você se eu não...você deve saber que eles o fazem. Nós estamos passando por um momento ruim, Jace. Não machuque eles mais do que eles já foram machucados.” “Isso não é justo.” “Eu não te culpo se você me odiar.” Sua voz estava oscilando. Jace girou em torno para olhar para ela em surpresa. “Mas o que eu fiz....mesmo jogar você para fora – tratar você como eu tratei, foi para proteger você. E por que eu estava com medo.” “Medo de mim?” Ela acenou.


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