Revista Franquia & Negócios ABF nº 59

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FOTO: divulgaçãO

Lyana Bittencourt, diretora do Grupo Bittencourt

“O consumidor vai buscar cada vez mais promoções, que apresentem oportunidades para o consumo. O varejista vai precisar de um calendário promocional inteligente com ações para trazê-lo para loja e fazê-lo gastar”, explica Terra. No franchising, a apli­ cabilidade do calendário promocional deve ser dis­ cutida sempre entre fran­ queador e franqueado, de acordo com Terra. Cada loja pode seguir agendas

Missão: conquistar o consumidor A disputa pelo consumidor exigirá de franqueados e franqueadores um esforço conjunto para gerar força de marca, estabilidade, calendários promocionais e parcerias que agreguem ao negócio. Para isso, é importante que cada parte esteja ciente do que deve fazer para cumprir a missão com sucesso. Confira os componentes necessários na lista abaixo e prepare-se para o jogo: Franqueador 1. Montar estratégias que contemplem ações sazonais e particularidades dos modelos de negócios e região. 2. Inserir a marca na mídia e investir em ações de marketing que reforcem a presença para o consumidor. 3. Instituir ou aplicar os conceitos da cultura corporativa em todos os processos da marca. 4. Ampliar os canais de diálogo com o consumidor. 5. Considerar a cocriação como forma de compartilhamento. Franqueado 1. Colocar as diretrizes da marca em prática e zelar pela padronização. 2. Estabelecer parcerias com prédios comerciais ou residenciais, de acordo com a região de atuação e estratégia da franqueadora. 3. Aplicar treinamentos aos funcionários e acompanhar o desempenho. 4. Representar a marca para o consumidor final, mantendo padrões e proporcionando experiências. 5. Analisar o perfil dos consumidores a fim de criar conexão emocional e fidelidade.

o franqueado tem peso fundamental, uma vez que é o ponto de Contato direto Com o Cliente final diferentes, de acordo com as necessidades, além das datas sazonais e comuns a todo o varejo, como Na­ tal e dia das mães. “Quando as pessoas têm menos recursos para gastar, elas querem ter certeza do que vão investir, querem referência, que sabem que não vão ter problema. Ela não se permite correr riscos com marcas novas e desconhecidas”, comenta o presi­ dente do Grupo Boticário, Artur Grynbaum. RevIsão de eXpecTaTIvas Trazer as expectati­ vas mais para perto do cenário nacional também é um exercício importan­ te em 2015. O Boticário foi uma das marcas que percebeu isso já no ano passado. O grupo espera­ va crescer 18% em 2014, mas precisou ajustar para 16%, que ainda é um nú­ mero considerável, tendo em vista que o próprio setor de franquias man­ tém projeção de 7% e o de cosméticos em torno

de 10%, conforme explica Grynbaum. “Em anos anteriores chegamos a abrir quase 300 lojas e em 2014 veio para perto de 150. Neste ano tende a ser um pouco menor”. Grynbaum explica que os avanços no último ano foram na seara do atendi­ mento multicanal e de re­ lacionamento com o con­ sumidor, para aperfeiçoar a experiência de compra nas lojas já existentes. “Só existem duas maneiras de crescer: trazer clientes novos ou fazer os que já são clientes consumir mais com você. Não existe outra mágica”.

REVISTA FRANQUIA & NEGÓCIOS Fevereiro e Março de 2015

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