Revista Franquia & Negócios - Edição 80

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as mais de 500 salas de Kids da franquia. “A ideia era colocá-lo em todas as salas neste ano, porém o protótipo passou por alguns problemas de logística no momento do transporte e isso dificultou a continuidade do trabalho. Esses reparos já estão sendo realizados e a nossa meta é conseguir colocar o robô nas cinco regiões do País até meados de 2018”, explica, em comunicado emitido à imprensa.

Saiba Mais: Inteligência artificial é um ramo da computação que se propõe a desenvolver algoritmos que simulem a inteligência humana.

DESEMPENHO DOS ALUNOS SUBIU De acordo com Leiza, o rendimento dos alunos da escola de Fortaleza cresceu 35% com a ajuda da inteligência artificial e alguns até conseguiram mudar de nível mais rapidamente. “Estamos na era em que a atenção das crianças e jovens é disputada por vários itens eletrônicos: celular, iPad, videogame, entre outros. O objetivo da

DISPONÍVEL, MAS POUCO UTILIZADA Um dos maiores desafios do varejo atual é enxergar cada consumidor de forma individualizada. Muito tem-se falado sobre a necessidade de personalizar ofertas, captar dados e disparar comunicações segmentadas. “Os meios digitais, como e-commerce e aplicativos, já estão consolidados neste contexto e geram resultados em diversas operações varejistas, inclusive de franquias. Dentre diversas aplicações de inteligência artificial, vemos campanhas personalizadas, ações promocionais, conteúdo direcionado por perfil, chatbots (atendimento virtual feito por robôs), entre outras”, comenta o gestor de Varejo da Totvs, Felipe Rosa.

No entanto, apesar de disponível, todo o potencial da tecnologia ainda não é utilizado pelas empresas. O coordenador do MBA em Marketing Digital da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Andre Miceli, diz que as iniciativas ainda são tímidas e que uma das razões é a percepção de valor. “Precisamos lembrar sempre que tecnologia serve para aumentar receita ou diminuir despesa”, explica. No meio digital já é mais comum se deparar com algum robô. O desafio, na visão do especialista da Totvs, é implementá-lo nas lojas físicas. Além de ajudar no estoque e na oferta de produtos direcionados, os robôs podem tornar o contato com o consumidor ainda mais produtivo. “Com um atendimento pessoal personalizado, que reconhece o cliente assim que ele chega à loja, e sugere produtos ou agiliza o processo de compra ou pagamento, impacta diretamente nossa percepção do varejo”, afirma.

AJUDA, MAS NÃO SUBSTITUI O SER HUMANO A franqueadora Louyt oferece um chatbot acessível para pequenas empresas, a partir de uma plataforma de marketing mobile. “Durante a conversa com o cliente, pode ser disparado um ‘gatilho’ que faz com que o chatbot colete dados do cliente e lhe ofereça um e-book ou outra recompensa em troca”, explica o CEO da empresa,

“AGORA É A VEZ DO VAREJO FÍSICO, QUE PRECISA INTEGRAR O SEU MODELO DE NEGÓCIOS FÍSICO COM O DIGITAL, TRAZENDO INOVAÇÃO COMO RESPOSTA À EXPECTATIVA DOS CLIENTES” Felipe Rosa, gestor de Varejo da Totvs

Fotos: Divulgação

Fotos: Divulgação

Bloog, o robô inteligente da Minds, ajudou a melhorar em 35% o desempenho dos alunos

Minds Idiomas é fazer com que eles consigam aprender o inglês de forma orgânica por meio da tecnologia”, afirma Leiza. A interação de seres humanos com robôs não é mais um tema que deva ser tratado no futuro: ela já existe e está entre nós. Onde menos se espera, há um robô conversando ou prestando serviço a um ser humano. Nas redes de varejo pelo mundo, é possível encontrá-los no atendimento ao cliente, gestão de processos e até na criação de ofertas direcionadas. No Brasil, no entanto, esse movimento caminha a passos de internet discada.

Agosto e setembro de 2018

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