Susan meier hq special 106 noites de esperanca

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Eloise dirigiu o olhar para ele. Uma combinação de medo e curiosidade invadiu seu peito. Ela já estava lutando contra uma atração por esse homem. Ela realmente queria estar perto dele? E a cada vez que saíssem? Como despender cada minuto juntos? Como um plano tão simples tinha se tornado tão complicado? APÓS ACOMPANHAR Eloise até a porta, Ricky desceu os quarto degraus da escada correndo e entrou na limusine. Uma vez no interior do veículo, Norman ligou o motor e saiu com o carro. Ele havia se divertido na festa de tal forma que tinha realmente apreciado o fato de os amigos dizerem que Eloise era muito bonita para um homem como ele. Depois eles entraram na limusine e ela perguntara sobre Blake, e ele sentiu como se tivesse sido atingido por um trem. Ele não tinha pensado no filho por dois dias. Estivera tão preocupado com seus problemas no trabalho e com a farsa do namoro que tinha se esquecido do filho. Seu bebê. Seu mundo inteiro por dezoito meses. Como ele poderia esquecê-lo? Ricky bateu no vidro que o separava de Norman. O vidro foi aberto. – Leve-me ao hospital. Norman captou o olhar dele pelo espelho retrovisor. – É meia-noite. – Estou com meu cartão chave e a identificação. O vidro foi fechado. Ricky recostou-se no banco, permitindo que o ar enchesse seus pulmões. A dor que tinha sido sua companheira constante o reivindicava. Trinta minutos depois, a limusine parou. A porta dele foi aberta e ele saiu do carro. Ricky usou seu cartão para entrar no hospital. Em seguida, subiu os degraus que levavam ao silencioso saguão até a Unidade de Tratamento Intensivo para a ala de crianças. Ele parou na frente de uma parede de vidro, fitando a doce e inocente criança que lutava pela vida. – Sr. Langley? Ele encarou Regina Grant, a supervisora do turno da noite. – Boa-noite, Regina. – Está tudo bem? – Sim. – Mas ela sabia por que ele estava ali. Quando eles reformaram a ala, depois da generosa doação de Ricky, ela vira o sofrimento dele. Regina o levou a uma sala, e em vez de exaltá-lo com chavões, ela disse: – Se não consegue pensar em nenhuma bênção... Venha aqui. Olhe através daquela janela. Perceba que isso não deve ser algo ruim. – A lembrança o fez menear a cabeça. Ele sentia falta do filho. Ele tinha feito um milhão de coisas diferentes. E odiava que um problema no trabalho e uma garota bonita o tivessem feito se esquecer do seu pequeno garoto. – Estou aqui apenas para me lembrar de que eu não vejo isso como algo ruim. – Realmente não. E a vida continua. A tristeza era evidente no semblante dele. Lembranças das risadinhas do filho, do calor do seu abraço, simplesmente voltaram a sua mente. Mas junto com isso vinha um medo estranho. A vida poderia continuar, mas ele não queria se esquecer do seu filho. Nunca. Jamais. Após um silêncio prolongado, Regina enlaçou um dos braços dele.


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