Sinceramente, Carter 01 - Sinceramente, Carter - Whitney G.

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Lancei um olhar apático para Emily. – Bem, então… – ela continuou, novamente irritada. – Adeus, Carter James. E, mais uma vez, VÁ SE FODER… Com algo duro e áspero feito uma lixa. O inevitável bater da porta veio logo em seguida. Fui até meu quarto para ver se ela tinha estragado alguma coisa, ou tentado deixar uma marca de vingança em algum lugar. E tinha. As fotos que antes estavam dependuradas na parede – as fotos de meus pais – estavam todas jogadas no chão. De alguma forma ela tinha conseguido abrir minhas gavetas e jogar tudo para fora. E sem fazer barulho. Por que eu continuo fazendo isso comigo mesmo? Irritado, porém aliviado por poder passar a noite sozinho, coloquei tudo de volta no lugar. A primeira coisa que fiz foi pendurar novamente as fotografias. Quando terminei de jogar todas as canetas e lápis de volta na gaveta, ouvi meu celular tocar. Arizona, outra vez. – Diga. – Levei o telefone ao ouvido. – Eu preciso explicar para você como o sexo funciona? Sei que já faz algum tempo no seu mundo, mas, de verdade, não é tão difícil assim… – Scott terminou comigo. – O quê?! – ELE. TERMINOU. COMIGO! – Ela arfou. – Mas, quer saber? Eu te ligo para contar tudo amanhã, quando eu estiver mais calma. Não quero que Emily acuse você de transar por telefone comigo. – Na verdade, Emily acabou de ir embora. – Procurei a chave do carro. – Podemos conversar. – Ah, meu Deus, então eu vou contar para você. – O discurso coerente de Arizona terminou nesse momento. Sempre que ela estava discutindo o fim de um relacionamento, acabava usando uma sequência de xingamentos e frases como “esse cara é um cuzão filho da puta”, “ele não me merecia”, “ele vai sentir saudades” antes de finalmente começar a soar inteligível. – Ari… – falei logo depois que ela o tinha chamado de filho da puta pela enésima vez. – Apenas me conte o que aconteceu. – Está bem. – Ela respirou fundo. – Ele voltou com as camisinhas e de repente estávamos seminus, aos beijos, quase chegando lá, quase, mesmo… Mas aquelas sensações esquisitas voltaram, então falei para ele parar porque eu não estava pronta. Falei que precisava de um pouco mais de tempo para ter certeza de que estava fazendo a coisa certa. Aí eu disse: “Além disso, Carter acha que eu devo…”


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