quase enlouqueci outra vez. A frente estava toda rasgada, até o umbigo, os seios quase não estavam cobertos pelo frágil tecido. Havia novas fendas perto das coxas, como se o filho da puta estivesse tentando olhar suas partes íntimas. Eu a virei e a levei para o banheiro. Mordi a língua com tanta força tentando não gritar que senti gosto de sangue. Eu queria destruir tudo o que estivesse no caminho até encontrar os cretinos e colocálos em um buraco a sete palmos com minhas próprias mãos. Liguei o chuveiro e a ajudei a tirar a roupa. Ela cobriu os seios imediatamente, embora eu já os tivesse visto um milhão de vezes. Gin não era tímida, nem eu. Nós nos conhecíamos a vida toda, mas, se o pudor a ajudava, eu não diria nada. Certificando-me de que a água estava boa, fiquei de calcinha e sutiã. E então entrei com ela no chuveiro. Com extremo esforço, lavei todas as contusões e os arranhões que encontrei, desejando que pudéssemos prestar queixa, mas, conhecendo Blaine e sabendo que ele tinha muitos policiais na palma da mão, o esforço seria inútil. O cretino iria rir da nossa cara. Coloquei uma grande quantidade de sabonete líquido na esponja de banho e a orientei como uma criança, pedindo que levantasse um braço e depois o outro, que erguesse um pé e depois o outro. Coloquei mais sabonete na esponja e entreguei a ela. — Limpe a parte da frente e a pepeca, Gin. Ela assentiu e fez o que pedi de maneira metódica, como se fosse um drone que só seguia ordens. Peguei um pouco de xampu e lavei seu cabelo loiro comprido, esfregando o couro cabeludo lentamente e desejando massageá-la para tirar um pouco da tensão. Quando cheguei à nuca, ela suspirou e, finalmente, os ombros rígidos afrouxaram e caíram. Um ponto para Mia! Repeti o processo com o condicionador, me certificando de me movimentar com cuidado, sem tocar o resto de seu corpo. Quando éramos crianças e adolescentes, tomamos banho juntas uma centena de vezes, mas, depois de hoje, eu queria que ela tivesse certeza de que era amada e que ninguém se aproveitaria dela. Eu respeitava seu espaço e estaria a seu lado para qualquer coisa que ela precisasse. Essa mulher era, para todos os efeitos, minha irmã, e eu a amava mais que minha própria vida. Se pudesse trocar de lugar com ela, teria me oferecido para salvá-la com todo o prazer e sem nenhum remorso. — Amiga, lave o rosto com isso bem devagar, tá? — Entreguei a ela o sabonete facial. Ela o esfregou nas mãos, como se estivesse aquecendo-as. Peguei-o de volta e ela fez o que pedi. Cada vez que se aproximava dos lábios, bochechas e olhos, Gin estremecia e suspirava de dor. Os sons simbolizavam mais pregos no caixão de Blaine. Eu queria que ele pagasse pelo que havia feito com ela. Porra, eu queria que ele