Lado A #73

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#Índice ÍNDICE eDITORIAL eNTREVISTA Ensaio COLUNA SOCIAL Garotos de luxo

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REVISTA LADO A #73

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Jul. Ago. e Set. de 2018 COLABORADORES E COLUNISTAS Allan Johan, Bruno de Abreu Rangel, Arthur Virmond de Lacerda Neto, Raíza L.uara Tiragem 5 mil CONTATO REDAÇÃO contato@revistaladoa.com.br CORRESPONDÊNCIAS CP 10321 CEP 80730-970 Curitiba - PR As matérias assinadas não expressam a opinião editorial da Revista Lado A. Proibida a reprodução total ou parcial de conteúdo sem autorização prévia.

CAPA Diandra Special Foto: Felipé França

desde 2006


#Editorial

Não haverá retrocesso! Muito discutimos na Lado A se nos manifestaríamos sobre estas eleições. Optamos por não deixar de dizer que temos esperança. Por mais que a ameaça seja iminente, acreditamos que a democracia sempre vencerá. Seja qual for o resultado das eleições, estaremos prontos para lutar pelos nossos direitos, pelas minorias, pelos Direitos Humanos. Sim, são os Direitos Humanos que nos regulam enquanto sociedade: desde os direitos básicos ao combate às injustiças, ao tratamento igualitário, à garantia de um julgamento justo. Estamos enfrentando tempos difíceis mas temos a certeza de que nosso trabalho e evolução não podem ser contidos. A internet é um dos motivos desta certeza. Não podemos nos deixar abater com a possibilidade de um consevador vencer as próximas eleições.

Por isso devemos mais do que nunca agir. Eleger candidatos comprometidos com a causa, participar de movimentos, levantar a nossa bandeira, antes que tentem nos calar. O Brasil é um país cheio de diversidade e isso é o nosso maior diferencial. Um país que tem problemas profundos, mas que caminha para um sentimento de pluralidade que não pode ser interrompido. A LGBTfobia ainda é forte, mas podemos combater isso e o que virá, juntos. Chega de LGBTs abandonando as escolas, sendo mortos, se matando, sendo vítimas de perseguições e chacotas. Somos muitos, somos fortes e por isso não haverá retrocesso. Mais do que nunca é hora de nos unirmos, deixarmos as nossas diferenças de lado e fortalecer a nossa causa. E a nossa causa é a de todos. Por um país mais justo, menos corrupto, sem machismo e que não exclua ninguém. Curta nossa página no Facebook: fb.com/revistaladoa

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#Entrevista

Dra. Megg Rayara Oliveira Gomes A primeira travesti negra doutora


Tconqusitou ravesti e negra, Megg Rayara Oliveira Gomes o título de doutora pela Universidade

Federal do Paraná em 2017. Sua tese intitulada “O Diabo em Forma de Gente: (r)existências de gays afeminados, viados e bichas pretas na Educação” foi baseada em sua própria trajetória de vida e de mais quatro professores negros e homossexuais. Conversamos com ela para desvendar um pouco a atuação da primeira travesti negra doutora do Brasil.

Você é a primeira travesti doutora do Brasil? Sou a segunda travesti a conseguir o título de doutora no Brasil. A primeira foi a Luma Andrade, em 2012, pela Universidade Federal do Ceará. Eu sou a primeira travesti negra a conseguir esse título no Brasil e a primeira pessoa trans a conseguir esse título na Universidade Federal do Paraná. Além de mim e da Luma, a Adriana Sales e a Amara Moira se reconhecem como travestis. Qual a importância desse título? Sempre digo que meu título é coletivo. É resultado da luta do movimento social. No meu caso do movimento social de negras e negros e do movimento LGBT, especialmente de travestis e mulheres transexuais, portanto é uma conquista política. Desde que minha

história começou a ser contada, seja através da imprensa, seja através das redes sociais, muitas meninas trans têm me procurado para me contar de como meu doutorado impactou suas vidas. Uma dessas meninas mora em Ponta Grossa e trabalha como diarista. Assim como eu, ela se recusa a se prostituir, mas estava satisfeita em concluir o ensino médio. Desde que soube da minha história, da minha trajetória na Universidade, inclusive como professora substituta, ela decidiu continuar estudando e vai tentar o vestibular. Tenho servido de estímulo para muitas pessoas e isso me estimula a continuar no espaço acadêmico. Quero explicar que não tenho nada contra a prostituição, muito pelo contrário. Tenho grande respeito pelas meninas que exercem essa função. Porém a prostituição deve ser uma 5


possibilidade e não um destino.

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Quantas pessoas travestis e transexuais que você conhece também estão nas universidades e produção científica? Mulheres transexuais conheço outras quatro doutoras, três são negras. A Dora fez doutorado nos EUA e trabalha como professora em uma Universidade por lá. Aqui na UFPR tem mais

duas pessoas trans no doutorado. Na graduação conheço mais três. Conheço várias pessoas trans que estão na academia. É uma presença que vem aumentando. De acordo com uma reportagem da rádio Globo, mais de 5 mil pessoas pediram pra usar o nome social no currículo Lattes. É um dado muito, muito importante. Mas isso não significa que a transfobia não nos ronde cotidianamente. Esse aumento tem a


gente. O simples fato de usarmos o banheiro compatível com nosso gênero já é motivo para situações de ataques transfóbicos. Estamos o tempo todo em alerta. Temos que escolher o trajeto mais seguro pra chegar na escola, na Universidade e ainda lidar com situações de constrangimentos todos os dias, dentro e fora da sala de aula. Existe micropoliticas de controle que nos atinge e muitas vezes, só nós conseguimos perceber como elas operam. Entrar no sistema educacional é um problema, mas o problema maior é permanecer nele.

ver com o processo de politização das pessoas trans. Agora queremos esse aumento no quadro de professoras e professores. Você considera que as pessoas trans enfrentam muito mais dificuldades para ingressar e pernamencer nos estudos? Com certeza. Nossa presença no sistema educacional incomoda muita

“Somos vistas com desconfiança por boa parte da comunidade acadêmica. Eu tentei o mestrado quatro vezes. Nunca reprovei numa prova escrita, porém era barrada pela banca de entrevista. Isso continua acontecendo, agora nos concursos para professora adjunta nas universidades públicas. Mas vou continuar tentando. Mesmo porque não tenho preguiça de arrumar confusão.” 7


Quais foram seus maiores obstáculos até chegar ao seu título? Dificuldade econômica nem se fala. Fiz graduação em Licenciamento em Desenho. Trabalhava de dia e estudava a noite. Ia a pé do trabalho para a faculdade, rezando pra não chover. Se pagasse passagem não tinha dinheiro pra comer um salgado. Tinha que trabalhar com sucata, aproveitava sobras de tintas e papel de outros estudantes. Mas o que mais me incomodava eram os discursos LGBTFÓBICOS. Isso me fazia recuar. Esconder minha identidade de gênero. Tinha muito medo de não conseguir me formar por causa da discriminação, por isso eu não me posicionava em muitas situações de LGBTfobia. A medida que fui adquirindo mais informações, a Megg foi saindo pra rua. Saindo de casa. A formação acadêmica, por mais dolorosa que tenha sido, no meu caso, foi a arma que me possibilitou lutar contra o preconceito que me impedia de ocupar um espaço como travesti. Tive que aprender a usar de estratégias para sobreviver na academia e acho que funcionou. Porém ainda é preciso avançar no sentido de entender que podemos ser pesquisadoras também e não apenas objetos de pesquisa, como acontece na maioria dos casos. Somos vistas com desconfiança por boa parte da comunidade acadêmica. Eu tentei o mestrado quatro vezes. Nunca reprovei numa prova escrita, porém era barrada 8

pela banca de entrevista. Isso continua acontecendo, agora nos concursos para professora adjunta nas universidades públicas. Mas vou continuar tentando. Mesmo porque não tenho preguiça de arrumar confusão. Você gostaria de deixar uma palavra ou mensagem para outras pessoas trans e travestis que tentam continuar os estudos ou melhor colocação no mercado de trabalho? A mensagem que eu deixo é que não podemos recuar. Temos que fazer valer nossos direitos. Temos que nos permitir sonhar e ocupar os espaços que nos têm sido negados de forma sistêmica. Não podemos nos prender às dificuldades. Temos que pensar em alternativas para superá-las, do contrário não vamos promover mudanças. Sou muito otimista. Mesmo depois de passar por situações difíceis eu procuro repensar em como agir para conseguir outro resultado. Se tiver que chorar, chore. Se tiver que gritar, grite. Se tiver que fazer bafon, faça bafon. Se tiver que começar de novo, comece. Se tiver que recuar um pouco, recue. Se cair, levante. Só não desista. Não dê esse gostinho para as inimigas. Fotos: Samira Chami Neves / Sucom UFPR


#Ensaio

SIMPLESMENTE

SPECIAL


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PRODUÇÃO Estúdio: FF Photo Studio Fotografia: Felipe França @felipebdfranca @ff_photostudio Drag: Diandra Stope @topdiandra @wagnerstope Modelo Masculino: Alexandre Motta @a.motta Agência: Take Agency @take_agency Beleza e figurino: Wagner Stope Assistência de figurino e produção: Alexandre Scandelari @destrezae Assistência geral e make: Maria Eduarda Le Senechal @dudalesenechal Arte: Beta Cichoski @betarcbeta Agradecimento: Junior Mendes @jrmenddess


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#Coluna_Social

Armazen Urbano 16

Fotos: Mirian Bittencourt



#Coluna_Social

Bwayne

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Fotos: Amanda Queiroz


Consulte a programação em nosso Facebook bwayne.cwb

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41 3203.9307 | Rua Almirante Barroso, 357 São Francisco - Curitiba - PR


#Coluna_Social

Verdant

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Fotos: Amanda Queiroz


LUV THE CLUB.

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41 3209.9307 | Rua Doutor Claudino dos Santos, 126 São Francisco - Curitiba - PR


#GAROTOS

Garotos de luxo e as mágicas que só eles fazem

Por Bruno de Abreu Rangel

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ra um post do Instagram; Na foto, um cara bonito pra dedéu segurava uma taça de champagne apontando para o mar de Mykonos. Sim, era praticamente um Deus grego, com um sorriso enigmático e os gominhos da barriga rendendo centenas de likes por segundo. Uma loucura!

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_ ‘Mostra as viagens, mas não mostra quem banca. _ Viadinho escroto, fica aí com a sua vidinha pão com o ovo porque a sua inveja só aumenta a minha fama!’

Demoramos e sofremos muito para sermos respeitados perante a socieRolando a foto me deparei com um dade e a luta não para, ainda temos diálogo ainda mais impactante: muito chão pela frente. Mas hoje,


tudo o que se vê é a própria comunidade gay se engalfinhando, trocando calúnias, dizimando fofoquinhas de colegiais. Preconceito nunca foi a minha praia. Gosto da diversidade e respeito qualquer tipo de pensamento ou, atitude que não se encaixe no meu perfil. Posso imaginar a batalha que muitos enfrentam quando são “obrigados” a abrir mão do próprio corpo pra sobreviver. A linha entre uma pessoa estável e um mendigo é muito tênue. Ninguém pode imaginar as cartas que a vida irá nos oferecer... ...Mas algumas pessoas pegam as cartas ruins, fazem uns movimentos bruscos, jogam pro alto, escondem na manga e tcharammmm. O truque está feito: dormem na Terça em Madrid e acordam na Quarta em Dubai. Boys magias & as mágicas que só eles fazem. A realidade do que realmente acontece nessa incrível vida de jet set fica escondida a sete chaves, mas o que vai para as redes sociais é uma vida fantástica gozando de uma felicidade plena que só existe acima da linha do Equador.

“... a grande maioria começa vendendo o corpo pra bancar as necessidades básicas e quando se dão conta estão amordaçados pelo dinheiro fácil que cria uma série de necessidades fúteis...” 23


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Como num passe de mágicas, rapazes sem muitas oportunidades criam suas próprias estratégias para sair do anonimato e entrar para o clã dos mais cobiçados, dar uma repaginada no corpo, poder acompanhar as festas do circuito, beber drinks requintados, degustar a gastronomia dos restaurantes mais caros do mundo, fazer check in nos hotéis mais badalados, esticar as pernas nas cabines de uma aeronave onde tudo indica que o serviço será

sem o terror de serem rejeitados, ou excluídos do fabuloso e seleto mundo dos garotões-suprassumo: os ricos de verdade.

de primeira classe. Tudo pra tentar emplacar a imagem de gato garoto do Instagram; por uma vida “mais justa”, deixando pra trás uma infância de recursos limitados, sem aquele temor de ter que contar moedinhas para comer um biscoito no intervalo da escola,

ser um boy magia a qualquer custo R$200,00 a hora (por baixo). E se você for bom de Matemática, faça as contas. Dá pra ficar rico em pouco tempo. Mas isso não acontece pra todo mundo, e sabe por quê?

Dj’s, modelos, atores, promoters de festas, profissionais liberais… a lista de jovens que se estapeiam para comer uma fatia do bolo é extensa e a grande maioria faz por baixo dos panos porque ainda se preocupam com a palavra reputação. Todos querem


Porque a grande maioria começa vendendo o corpo pra bancar as necessidades básicas e quando se dão conta estão amordaçados pelo dinheiro fácil que cria uma série de necessidades fúteis: é o apartamento que precisa ser numa região valorizada de fácil acesso para os clientes, as roupas de grife, os perfumes importados. Depois a pessoa se recusa a andar de ônibus/metrô, não suporta voar de classe econômica, precisa comparecer às festas mais esperadas do ano, e num belo dia - para não dizer trágico - dão de cara com o pior vilão de todos: as drogas -- e de todos os tipos. O sexo passa a ser associado aos entorpecentes, os sentimentos começam a andar de mãos dadas com o dinheiro. Relacionamentos comuns não são mais prioridades, a pessoa tropeça na própria personalidade, e a cabeça entra em choque. Tudo o que resta é uma existência vazia, uma boa psicóloga pra fazer alguns milagres e um pouco do dinheiro que se conseguiu adquirir com “muito suor” para manter uma ilusória estabilidade financeira, já que a emocional foi pro “espaço”. Vale a pena?

temos que fazer pra manter tudo sob controle (as contas que não param de chegar, um trabalho que nunca nos paga o suficiente, uma rotina que não nos sobra tempo pra quase nada). Cada um tem a sua cruz pra carregar e, certamente, preocupações maiores pra resolver ao invés de ficar apontando o dedo para o coleguinha.

Que tenhamos força e resignação para continuar vivendo e admirando a vida nos pequenos detalhes, nas pequenas felicidades que vão desde acordar com saúde até uma mensagem de voz da pessoa que você mais ama antes de dormir. Paz interior, amigos e um café forte é o verdadeiro truque para manter-se blindado, já que levar uma vida normal e sóbria dá muito trabalho. Precisamos ter paciência para atravessar os momentos difíceis sem ter que nos submetermos a fazer algo que venha a nos prejudicar, que nos traga riscos e danos irreparáveis. Que o rapaz de Mykonos e o coleguinha amargo que fez um comentário infeliz no post possam entender que eles são apenas personagens desse jogo mágico chamado vida – e, apesar do estilo Não sei responder, mas isso também de vida diferentes, ambos estão presos não é da minha conta. Li em algum no mesmo sistema. lugar que “a evolução espiritual começa quando cada um cuida da própria Bruno de Abreu Rangel é escritor, vida.” As escolhas do nosso vizinho não mora em Nova Yorque e tem a codeveriam interferir no nosso dia-a-dia. luna MENINOS DE FERRO no site da Cada um de nós sabe das mágicas que Lado A. brunorangelbrazil@hotmail.com 25 wwwbarbrazil.blogspot.com


#Moda

Primavera VerĂŁo 2019

As tendĂŞncias das passarelas

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Dolce & Gabbana

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Hermès

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Alexander McQueen

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Issay Miyake

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#Especial

Madonna será

para sempre a rainha dos LGBTs Egavanquanto todo o mundo renee discriminava os homosse-

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xuais por conta da Aids, que dizimou toda uma geração nos anos 80 e 90, Madonna estendia a mão. Se não fosse por esta mulher, talvez o mundo tivesse tomado outro rumo. Foi ela quem colocou a sexualidade no centro do Pop. Foi

ela quem enfrentou uma sociedade conservadora sem ter medo da censura e fez da polêmica um estilo de vida. Em “Na cama com Madonna” (1992) ela expôs a homosexualidade de seus bailarinos com direito a beijo e pegação. É a artista mais versátil e premiada de toda a história. Goste ou não, respeite.


Famosa em todo o mundo e permanecendo no topo por décadas, Madonna completou 60 anos de idade. A cantora que emplacou diversos hits famosos como “Like A Virgin”, “Like a Prayer” e “Vogue”, foi revolucionária nas questões de feminismo, gênero e sexualidade. Madonna impressionou a sociedade de uma época ainda mais conservadora com sua arte que remete à liberdade. Há um ano Madonna se mudou para Lisboa, onde vive com seus quatro filhos mais novos. Depois de muitos anos de agito e sucesso, a artista desejou morar em um lugar mais tranquilo, onde não fosse tão assediada. História Conhecida como Rainha do Pop, Madonna sempre teve uma vida marcada por muito sucesso e polêmicas. A cantora nasceu em 1958, no estado de Michigan, nos Estados Unidos, em uma família descendente de italianos. Desde muito jovem já tinha vocação para a música, pois dava aulas de dança e piano. Madonna Louise Ciccone se mudou para Nova York para estudar dança e trabalhou como garçonete e modelo para se sustentar. No início dos anos de 1980, a cantora foi convidada para ser backing vocal de Patrick Hernandez, um cantor francês muito famoso no final dos anos de 1970.

Após essa grande oportunidade, a cantora lançou seu primeiro single, em 1982, intitulado “Everybody”. A canção do álbum “Madonna”, apesar da aceitação do público, não se comparava ao sucesso que estava por vir. Em 1984, Madonna lançou o álbum “Like a Virgin” que, com mais de 25 milhões de cópias vendidas, foi sucesso. A cantora não deixou seu talento apenas na música, mas revolucionou as performances de dança no clip “Material Girl”, onde imitava Marilyn Monroe. Em 1989, uma de suas maiores polêmicas foi o álbum “Like a Prayer”, que foi censurado em alguns países católicos. Assim como essa canção, o clipe “Justify my Love” de 1990 causou grande polêmica ao mostrar cenas de sadomasoquismo. Com 13 álbuns lançados durante 35 anos de carreira, Madonna é uma das artistas mais consagradas de todos os tempos. A cantora também é produtora e atriz, atuando em mais de 25 filmes e musicais. Estima-se que Madonna tenha faturado, entre todos os seus trabalhos, mais de 1 bilhão e 300 milhões de dólares. Por isso, Madonna é a mulher com maior faturamento da história da música. Além disso, é a artista feminina que mais vendeu álbuns. Madonna foi a primeira e aquela que desbravou o Pop . Sem ela, o mundo seria bem mais careta. 33


Eleições 2018 Guia do Voto LGBT

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As eleições deste ano estão se aproximando e o

versidade, Thom coordenou por diversos anos o evento. Aos 41 anos, ele foi escolhido pelo o PC do B para disputar as eleições aumento do quadro de can- por conta de seu trabalho, sodidaturas LGBT está eviden- bretudo com a juventude LGBT te. Segundo uma pesquisa de Curitiba.

realizada pela Associação Brasileira de Lésbicas, Gays e Transgêneros (ABGLT), nesse ano, o número de candidaturas LGBT é maior do que em todos os outros anos de eleição. Em todo o Brasil foram contabilizadas mais de 180 candidaturas, o que significa um crescimento de 386,4% em relação ao ano de 2014. Diante desse cenário mais inclusivo, levantamos algumas candidaturas LGBT do Paraná: São duas candidaturas a deputado federal para você votar e mais seis para deputado estadual:

Thom Cris (PC do B) 6577: Um dos fundadores da Associação Paranaense da Parada da Di-

Renata Borges (PSB) 4000: Junto com a Dra. Gisele Alessandra, Renata Borges também está se candidatando, mas para deputada federal. As duas formam a primeira dobradinha trans do Paraná. Renata é estudante de Engenharia Têxtil da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, e reside em Apucarana. Já foi eleita presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UTFPR Apucarana e faz parte de algumas entidades do movimento LGBT como Grupo Dignidade e Transgrupo Marcela Prado.

Estes são candidatos LGBTI para depudato federal no PR 35


Dra. Gisele Alessandra Schmidt (PSB) 40443: Advogada trans, Gisele foi peça principal para conquistar mais um direito para as pessoas trans. Em 2017, ela falou diante dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e conseguiu a aprovação da ADI nº 4275, que autoriza a alteração de nome e gênero nos documentos de pessoas trans sem a necessidade de cirurgia. Gisele nasceu em Porto Alegre e veio para Curitiba ainda na infância, onde se especializou em Direito e faz parte de entidades de defesa dos direitos LGBTI.

ceu em Jataizinho, onde mora atualmente e administra uma pequena fábrica de sorvetes de sua família. Bissexual e feminista, Jussara teve o primeiro contato com a política e movimentos sociais em Jataizinho, ainda muito jovem, até que aos 18 anos se mudou para Curitiba. Foram 18 anos na capital paranaense, participando de diversos movimentos sociais e se especializando em Ciência Política. Recentemente, voltou para Jataizinho e se candidatou ao cargo de deputada federal.

Margot Jung (PT) 13600: Nascida em Maringá, a bissexual Margot Jung é formada em Gestão Pública pela Universidade Estadual de Maringá. Já foi dirigente sindical do SINTEEMAR (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá) e atualmente é Secretária do Museu Dinâmico Interdisciplinar. Além disso, a candidata a deputada estadual é feminista e participa de movimentos sociais da cauJussara Cardoso (PDT) sa LGBT, como a organização 12100: Nascida em Wenceslau da Parada LGBT de Maringá e Braz, no Paraná, Jussara cres- da Semana Maringaense de Combate à LGBTfobia. 36


Estes são candidatos LGBTI para depudato estadual no PR São Miguel D’Oeste, em Santa Catarina. A candidata é graduada em Ciências Sociais com especialização em Antropologia e pretende concorrer ao cargo de deputada estadual. Robson Padilha (PT) 13122: Nascido em General Carneiro, no interior do Paraná, Padilha é gay e candidato ao cargo de deputado estadual. De origem humilde, passou toda a sua trajetória escolar em escola pública e conseguiu se formar em Nutrição com bolsa do PROUNI. Especializou-se em Gastronomia e trabalhou na saúde pública prestando assistência nutricional para gestantes, hipertensos e diabéticos. Cursou sua segunda graduação em Artes Visuais pela UFPR e hoje é funcionário da APP Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná.

Cláudia Regina Mallmann (PSOL) 50505: Residente em Marechal Cândido Rondon, Cláudia Mallmann é natural de

Adriano Nascimento (PV) 43420: Defensor das causas LGBT por fazer parte dessa comunidade, Nascimento pretende incentivar o empreendedorismo e a formação de empregos. O candidato a deputado estadual mora em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba.

#VoteLGBT #BolsonaroNão 37


#Guia.GLS

CURITIBA BAR Armazen Urbano- R. Dr. Manoel Pedro, 673 Bar do Simao - Av. Jaime Reis, 310 Cwb Bar e Balada - R. Saldanha Marinho, 206 Spot Bear - Al. Princesa Isabel, 704 Vu Bar - Av. Manoel Ribas,146 Vitto Bar - R. Treze de Maio, 960 CLUB Bwayne - R. Almirante Barroso, 357 CWBears - R. Kellers, 39 James - Al. Carlos de Carvalho, 680 Soviet - R. Bispo Dom José ,2277 Verdant - R. Dr. Claudino dos Santos, 126 SAUNA 520 - R. Souza Naves, 520 Caracala - R. Alferes Poli, 1039 Club 773 - R. Ubald. do Amaral, 1664 Opinião - R. Amintas de Barros, 749 Batel - R. Teixeira Coelho, 54 Sauna Master - R. Saldanha Marinho, 214 PEGAÇÃO Dragon Vídeo - R. Vol. da Pátria 475 / 708

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UMA CURITIBA INCLUSIVA É UM LUGAR MELHOR PARA TODAS AS PESSOAS.

Ao sinal de qualquer preconceito, discriminação, ou violação de direitos humanos, denuncie. Ligue:

156 | 190 | 153 divercidade@pmc.curitiba.pr.gov.br


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