Habitações de Baixo Custo

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e) promover atividades de educação ambiental contínua; f) possibilitar a criação de espaços para o desenvolvimento de pequenos negócios familiares junto à unidade habitacional; g) usar de modo eficiente os recursos disponíveis localmente; h) diminuir, na medida do possível, a área ocupada pela habitação no lote,aproveitando a máxima área dele para a produção local de alimentos; i) incentivar a reciclagem local de lixo; e j) proporcionar a geração de renda, a partir da comercialização de excedente agrícola e de lixo reciclado. Por fim, salienta-se que, para uma abordagem sustentável, no caso da habitação social, é necessária uma análise criteriosa das características e potencialidades da região onde será implantado o projeto. Entre essas, devem ser considerados: a) a cultura, os hábitos da população e a materialização dessas características na arquitetura local; b) a disponibilidade de materiais, considerando os impactos relacionados a cada escolha; c) o clima local; e d) a realidade social e econômica da cidade. 2.10 Síntese das recomendações para projetos mais sustentáveis Diante da complexidade e novidade do tema

(pelo menos para a atual civilização), considerando que os princípios de sustentabilidade são praticamente desconhecidos pelo setor da indústria da construção no Brasil, constitui um grande desafio a definição de premissas e, ainda maior, a sua aplicação, e a definição dos objetivos a alcançar na produção de edificações mais sustentáveis. Para tanto, não se pode restringir a busca da sustentabilidade apenas às edificações ou comunidades, mas é necessário que se considerem, além do impacto no seu entorno imediato, aqueles mais longínquos, assim como todos os aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos envolvidos. Dentro desse contexto, a busca da sustentabilidade não pode ser dissociada de duas questões, que se colocam como importantes para que tais estratégias avancem: educação e projetos piloto que ilustrem a praticidade e informem sobre a economia (mesmo que não se inclua aí, por ser uma linha de conhecimento com a qual ainda não estamos familiarizados, dada a sua complexidade, a contabilidade ambiental) das edificações construídas dentro de tais premissas. Assim, pensa-se ser possível reduzir o enorme degrau existente entre o conhecimento já disponível sobre sustentabilidade e as práticas atualmente aplicadas a edificações. Alguns princípios gerais propostos para o desenvolvimento de novos projetos são sintetizados nos Quadros 4 e 5. Complementando essas premissas, mais gerais, podem ser estabelecidos objetivos-chave, como os apresentados no quadro a seguir. O NORTE Princípios norteadores das atividades desenvolvidas pela LECS

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