plan magazine #3

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Emergência e prevenção Concluído o cadastramento, a Plan deu início à distribuição de kits com alimentos, material escolar, produtos de higiene, filtros de água, botijões de gás e fogões. Foram destinados mais de R$ 500 mil para ajudar cerca de mil famílias em todo o estado. “Essa é a ação emergencial, com duração de dois meses. Ela serve de base para um projeto de longo prazo, que se estenderá por dois anos”, afirma Suelma. Foram selecionadas 200 famílias da região de São Luís para participar da Formação de Agentes de Defesa Civil e Cidadania, na qual os moradores aprenderão a prevenir, identificar e agir em situações de emergência. O projeto também inclui oficinas de prevenção de acidentes domésticos, preservação ambiental, autoestima e perspectiva de futuro, protagonismo juvenil e aproveitamento total de alimentos. “Mais do que ações de emergência, esse era um momento-chave para trabalharmos outras situações das quais essas famílias são vítimas”, diz Suelma.

Em Codó e Timbiras, onde a situação foi ainda mais grave do que na capital maranhense, as ações emergenciais incluíram, além das doações, oficinas de convivência comunitária pacífica, já que muitas famílias foram obrigadas a dividir o mesmo espaço em abrigos. “As dinâmicas também tratam de violência doméstica e da preparação psicológica para o retorno às casas. Cuidamos para que essa situação não se torne tão traumática, principalmente para as crianças”, diz Patrícia Barroso, gerente da Plan em Codó. Agora que as famílias já voltaram para suas residências, as oficinas continuam em pontos estratégicos das comunidades, como associações de moradores e escolas. Outra estratégia no interior do estado foi a capacitação das Comdecs (Comissões Municipais de Defesa Civil), ligadas às prefeituras. O treinamento, oferecido pelo assessor de emergências da Plan de Honduras, Dax Martinez, também se estendeu a professores, agentes comunitários de saúde, funcio-

nários da Plan e voluntários. “Dax ensinou, por exemplo, como formalizar uma comissão de atuação de emergência e quais os cuidados de higiene que se deve ter quando a água de uma enchente baixa, para evitar a disseminação de doenças”, diz Patrícia. Um dos participantes foi o voluntário Marcelo Cenzala, de 28 anos, de Codó. Ele teve atuação importante no auxílio aos atingidos pelas chuvas na cidade. “Minha casa não foi afetada, mas quando você vê alguém passando dificuldade, sente vontade de ajudar. Fosse sábado, domingo, manhã, tarde ou madrugada, com chuva ou sol, eu pegava o barco e ia ajudar as pessoas a tirar as coisas das suas casas”, conta. Ele acredita que a capacitação foi muito útil para a comunidade: “Aprendemos o que fazer ao ver uma pessoa desmaiada, o que falar quando vir uma criança brincando na água suja, como se preparar para essas catástrofes. Acho que, se houver outra enchente, as pessoas estarão mais preparadas”, conta. 1

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