A Pátria para Cristo - Ed. 281

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VIDA E OBRA

Marília Manhães:

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Uma vida atenta ao clamor do silêncio

e acordo com uma publicação da Primeira Igreja Batista de Campo Grande (RJ), mal havia sido regulamentada a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, a jovem Marília Moraes Manhães já se esforçava para conhecê-la e viabilizar a comunicação com os surdos de sua igreja. Foi assim que a pedagoga determinada iniciou sua trajetória na atividade que se tornou sua paixão e missão. Com o passar do tempo, seu trabalho começou a abençoar pessoas pelo Brasil e até fora dele. Junto de seu esposo, Gilmar Manhães, em 1997, começou a implementar o projeto da Bíblia em LIBRAS. Trata-se de um trabalho pioneiro de tradução/interpretação de vários livros no Novo Testamento da Bíblia Sagrada para LIBRAS, registrado pelo MEC, que atualmente consta com uma coleção de 19 livros e vem sendo utilizado como método eficaz para os surdos entenderem as verdades bíblicas e as guardarem em seus corações. Com um vasto currículo profissional, Marília está à frente do Projeto com Surdos de Missões Nacionais desde o ano de 2000. Somando-se a outras denominações e organizações da sociedade civil, Marília totaliza mais de 30 anos dedicando sua vida para que os surdos sejam “ouvidos” e amados pela Igreja de Jesus. MISSÕES NACIONAIS: Como aconteceu sua conversão e chamado missionário? MARÍLIA: Nasci em um lar cristão, filha de pastor, mas minha experiência individual com Jesus aconteceu no dia 25 de setembro de 1983, durante um congresso jovem na Primeira Igreja Batista de Campo Grande (RJ). Na oportunidade, recebemos o goleiro João Leite, na época do Atlético Mineiro, que leu o texto de Marcos 8.36. Ao ouvir o texto que dizia: “Por que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder sua vida?” entendi que não daria lugar para as coisas do mundo roubarem minha alma. Dois anos depois, no dia 26 de setembro de 1985, durante uma conferência de missões, ofertei minha vida para o serviço do Mestre Jesus. Desde nova tive contato com missionários que hospedávamos em casa, participava sempre da Escola Bíblica de Férias, ganhei diversos concursos por levar mais visitantes à igreja, além de crescer envolvida com a organização Mensageiras do Rei e acredito que desde aí o Espírito Santo foi plantando o DNA missionário em meu coração. E neste dia, após ouvir do pregador, Pr. Eli Fernandes, a frase: “se você não tem recursos para ofertar para missões, oferte com sua vida” aceitei o desafio e nunca me arrependi.

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