O Espiritismo e Política para a Nova Sociedade [Aylton Paiva]

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claras sobre a justiça. Para o Espiritismo, justiça é: cada um respeitar os direitos dos demais. Também para ele, duas coisas determinam tais direitos, a lei humana e a lei natural. Esclarece, no entanto, que as leis humanas são formuladas de conformidade com os costumes e caracteres de uma determinada época e sociedade, por isso são mutáveis. Essas leis regulam algumas relações sociais, ao passo que a lei natural rege até mesmo o que ocorre no foro da consciência de cada um. A Doutrina Espírita declara que a base da justiça, segundo a lei natural, está consolidada na afirmação do Cristo: queira cada um para os outros o que quereria para si mesmo. O mais amplo sentido da justiça está insculpido na consciência humana que impulsiona o ser humano a defender seus direitos, como também a respeitar o direito alheio. Ao ficar em dúvida quanto à maneira de agir para não ser injusto com seu próximo, o homem deve auscultar a própria consciência e indagar-se se gostaria que agissem com ele da mesma forma. Para Allan Kardec, em todos os tempos e sob a orientação de todas as crenças, o homem sempre se esforçou a fim de que prevalecesse o seu direito pessoal. No entanto, a religião cristã tomou o direito pessoal por base do direito do próximo. 85


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