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Karen Marie Moning Febre 01

Capítulo 19

—O que temos na agenda para esta noite?— perguntei ao Barrons no momento em que entrou na livraria. Tinha estado caminhando de um lado a outro junto às janelas ardendo de impaciência, por dentro e por fora, vendo como caía a noite além da iluminada fortaleza. Suponho que meu tom era algo seco, porque levantou uma sobrancelha e me olhou duramente. —Algo vai mau, senhorita Lane? —Não. Não. Estou bem. Só queria saber o que devo esperar esta noite, — disse. — roubar a alguém ao que deixaremos vivo, ou alguém ao que temos que matar.—Soava crispada inclusive a mim, mas só queria saber quão pior pessoa ia ser pela manhã. Cada dia ao me olhar o espelho me faria mais difícil reconhecer à mulher que me olhasse. Barrons caminhou para mim ao redor lentamente. —Está segura de que está bem, senhorita Lane? Parece um pouco tensa. Girei sobre mim mesma, me enfrentando a ele. —Estou fenomenal —disse. Seus olhos se estreitaram. —Encontrou algo no museu? —Não. —Registrou todas as salas? —Não. —Por que não? —Não estava de humor —disse. —Não estava de humor? — Durante um momento Barrons empalideceu por completo, como se a idéia de que alguém pudesse desobedecer uma de suas ordens só porque não gostasse fora mais inconcebível para ele que a possibilidade de vida humana em Marte. —Não sou seu cavalo de tiro. —Disse-lhe.—Tenho uma vida, também. Ao menos, estava acostumada a tê-la. Estava acostumada a fazer coisas perfeitamente normais como ficar e sair a comer e ver filmes e passar o tempo com amigos, sem pensar nem uma vez em vampiros, ou monstros, ou gângsters. Assim é que não vá passar sobre mim porque pense que não atuei segundo suas exigências. Eu não lhe planejo os dias, verdade? Inclusive um OOP-detector necessita um descanso de vez em quando. — O olhei desgostada. —Tem sorte de que lhe ajude, Barrons. Aproximou-se de mim e não se deteve até que pude sentir o calor de seu enorme corpo. Até que tive que inclinar minha cabeça para trás para lhe olhar e, quando o fiz, fiquei desconcertada por seus brilhantes olhos como a meia-noite, o dourado aveludado de sua pele, a curva sexy de sua boca, com esse carnudo lábio inferior que insinuava voluptuosos apetites carnais, e o superior que sugeria autocontrole e possivelmente um pingo de crueldade, fez-me perguntar como seria… Febre Escura


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