01 um gosto de vida susan mallery 1

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havia a aula magna a que deveria comparecer e as outras, poucas, que tinha agendadas até o final da semana. — Amanhã — respondeu, com a voz firme. — Posso estar aí amanhã. — AGORA ME dê um tiro — disse Nicole Keyes enquanto secava a bancada da cozinha. — Estou falando sério, Wyatt. Você deve ter um revólver. Faça isso. Eu deixarei um bilhete dizendo que não foi sua culpa. — Sinto muito, mas não tenho revólveres em casa. Também não havia na casa dela, pensou Nicole, mal-humorada, e jogou o pano de prato de volta na pia. — O momento não poderia ser pior para essa minha cirurgia idiota — resmungou ela. — Estão me dizendo que tenho que ficar seis semanas longe do trabalho. Seis! A confeitaria não vai funcionar sozinha. E não ouse me dizer para pedir a Jesse. Estou falando sério, Wyatt. Seu “ex-quase cunhado” ergueu ambas as mãos. — Não ouvirá uma palavra de minha boca. Juro. Nicole acreditava nele. Não porque achasse realmente que o intimidara, mas porque sabia que Wyatt compreendia que, naquele momento, a traição de Jesse lhe doía mais do que a vesícula inflamada. — Odeio isso. Odeio que meu corpo esteja se virando contra mim desse jeito. O que eu fiz para merecer isso? Wyatt afastou uma cadeira para trás da mesa. — Sente-se. Ficar irritada não vai ajudá-la em nada. — Você não tem certeza disso. — Mas posso imaginar. Ela se jogou na cadeira, porque era mais fácil fazer isso do que discutir. Em certos momentos, como agora, Nicole se perguntava se ainda lhe restava algum ânimo para discutir sobre qualquer coisa. — O que estou esquecendo? — perguntou ela. — Acho que está tudo pronto. Você se lembrou de que não vou poder tomar conta de Amy por um tempo, não é?

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