Jornal do São Francisco - Edição 141

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Jornal do São Francisco

AGORA, COM CIRCULAÇÃO semanal

Ed. 141, de 17 a 24 de novembro 2013

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AGRONEGÓCIO LABORATÓRIO CLÍNICO

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Pecuária no centro das atenções PÁGINA 13

Oeste debate Zoneamento Ecológico Econômico PÁGINA 16

JORNAL DO

De 17 a 24 de novembro de 2013 • Ano 7 • Edição 141

Internet

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jornaldosaofrancisco.com.br • 77 3612 3066 • R$ 2,00

São Francisco A VOZ DE INTEGRAÇÃO DO OESTE BAIANO

internet ou Telefonia: o que é pior? PÁGINAS 10 e 11

Dengue não preocupa em Barreiras Município tem índice de 0,3 da infecção da doença, número considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde PÁGINA 3

SEGURANÇA

ENTREVISTA COM DEMIR BARBOSA

O comandante da capital da agricultura PÁGINA 17

Em seis dias, quatro assassinatos RAUL BEIRIZ

LOCAL

Quatro pessoas foram assassinadas em Barreiras entre os dias 13 e 19 de novembro PÁGINA 4


2 Ed. 141, de 17 a 24 de novembro 2013

Jornal do São Francisco

OPINIÃO

ALEXANDRE GARCIA

JORNAL DO

São Francisco jornaldosaofrancisco.com.br

Jornalista, apresentador de telejornal, colunista e conferencista. Apresentador eventual do Jornal Nacional e Comentarista do Bom Dia Brasil

chefia-edicao@jornaldosaofrancisco.com.br redacao@jornaldosaofrancisco.com.br Praça Dr. Augusto Torres, 38 - Centro Histórico Barreiras - Bahia - CEP 47.805-230 FONE/FAX: (77) 3612-3066 Editora: Heloíse Steffens | Repórteres: Ivana Dias, Virgília Vieira, Raul Beiriz e Luciano Demetrius | Diagramador: Nicélio Ramos | Colunistas: Alexandre Garcia, Durval Nunes, Carlos Augusto e Denise Pitta | Publicidade: Angélica Rambo e Aline Mello | Secretária: Priscila Pereira | Impressão: IGráfica | Tiragem: 15 mil exemplares

O ENIGMA PIZZOLATO

U EDITORIAL

Eu compro, tu compras, eles nos lesam

A

fórmula adotada pelo comércio para atrair consumidores é antiga, reconhecida e simples: anunciar ofertas, promoções e planos que aparentemente tragam “benefícios” ao futuro comprador. Os juros embutidos, o consumidor só irá perceber ao falhar em uma das parcelas e, assim, ter que desembolsar um valor nada generoso para pagar a multa por atraso. O desamparo, o consumidor sentirá tão logo necessite de atendimento a um problema verificado no produto ou para esclarecer dúvidas. As ofertas e promoções estampadas em anúncios nos veículos de comunicação, por empresas de diversos setores, em grande parte ocultam o pífio (des) serviço aos consumidores. Prova do abuso à boa fé do comprador está no volume de reclamações no Procon. No topo da indignação dos consumidores estão as companhias de telefone celular e os planos de saúde. É assim, principalmente, nos (des) serviços das companhias de telefonia fixa e móvel e de internet, das TVs por assinatura, dos planos de saúde, das companhias de fornecimento de água e de energia elétrica e das companhias aéreas. Isso só para citar as “campeãs” em reclamações em qualquer unidade do Procon pelo Brasil. Em Barreiras, caso típico é das com-

panhias de telefonia e das prestadoras de serviço de internet. É difícil alguém não reclamar da morosidade da conexão e das constantes quedas, no caso da internet, bem como do sumiço do sinal, na telefonia celular. A desculpa esfarrapada por parte das operadoras é repetitiva e soa à provocação da inteligência do consumidor: “O sistema está fora do ar, houve problemas na rede”. Discurso raso que causa fúria nos clientes, exaustos pelo injustificável. A primeira edição semanal do Jornal do São Francisco foi às ruas ouvir não apenas a queixa dos consumidores, mas buscar saber qual o reflexo dos serviços de qualidade duvidosa. Vendedores não fecham negócios (e perdem clientes), documentos são entregues com atraso (devido à demora da conexão) e transações em cartões de débito ou de crédito não são concluídas por falta de sinal. Pior que o famigerado serviço, distante do prometido nas milionárias campanhas estreladas por artistas da tv, é a falta de resposta das empresas. E a reportagem, assim como os consumidores, bem que tentou ouvir a explicação (defesa) das representantes de telefonia celular e de internet. Em vão. São empresas acostumadas a ostentar benefícios no pré-venda e habituadas a transformar em pó qualquer possibilidade de resolução de futuros problemas.

Já na quarta-feira, dia 20, as vítimas do descaso das empresas foram os passageiros da Passaredo Linhas Aéreas. O avião que sairia do Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, rumo à Barreiras, não decolou em virtude de problemas no motor. A companhia, em partes, seguiu o que determina o Código de Defesa do Consumidor: destinar lugares aos passageiros em outros voos ou encaminhá-los para hotéis até a companhia encontrar outro horário para viagem. Porém, um grupo de cinco passageiros recebeu a informação de um dos funcionários de que “não havia mais locais para hospedagem em Salvador, naquele dia”. Questionados sobre a presença de um supervisor para tentar resolver a situação, os funcionários responderam: “Ele está em São Paulo e não atende chamadas telefônicas à noite”. Restou aos passageiros ratearem uma viagem de táxi até encontrarem um hotel para hospedá-los. Conseguiram. Algo que a Passaredo não se esforçou em fazer a quem pagou pelas passagens na confiança de que a viagem seria segura e livre de empecilhos. Ocorre que no momento da compra, os funcionários estão aptos e atentos para efetuar a compra, em qualquer horário, em qualquer cidade. Depois do check -in, na visão da empresa, o problema é do consumidor.

NOTAS

Superlotação do HO Recentemente, o Governo do Estado foi alvo de críticas durante sessão na Câmara de Vereadores de Barreiras, por conta da falta de investimentos em novos hospitais. O Hospital do Oeste foi citado pela altíssima demanda, pois atende não só a região Oeste, mas os Estados do Piauí, Tocantins, Goiás e Minas Gerais. “Segundo os vereadores, o governo estadual deveria construir unidades hospitalares em outras localidades da região, para que as pessoas não tivessem que vir a Barreiras buscar atendimento, superlotando o HO.

Mais greve dos servidores? Em assembleia realizada no dia 21 de novembro, na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Barreiras (Sindsemb), a categoria cogitou a possibilidade de deflagrarem mais uma greve, em virtude dos constantes atrasos de salário e a falta de diálogo entre o poder público e os servidores. Uma grande parte dos servidores ainda está sem receber os salários referentes ao mês de outubro. Durante a assembleia, os servidores deliberaram por realizar uma paralisação na segunda feira, 25 de novembro.

Homenagem Póstuma Só estamos em planos diferentes, o fim não existe. O que existe é o amor que sinto e carrego para sempre em meu coração. A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos. Por isso sei que está vivo e sempre estará.

Nicélio Costa Ramos .˙. 15/09/1954

17/11/2013

m fiasco para as autoridades brasileiras é a fuga de Henrique Pizzolato. Consta que tenha atravessado a fronteira com o Paraguai e obtido novo passaporte italiano (e da Comunidade Europeia) no consulado da Itália de Assunção, alegando perda do documento. Depois, decolou para Roma ou Milão. Até agora não se sabe aonde, na Itália, está Don Enrico Pizzolato, della mafia brasiliana. Foi condenado, em agosto do ano passado, por peculato, por 11 a zero (até Toffoli e Lewandowski aceitaram as provas contra ele). Teve mais de um ano para preparar a fuga. Além de retirar passaportes, não seria óbvio instalar tornozeleira? Por escrito, Don Pizzolato afirma que sai “para ter um novo julgamento na Itália, em tribunal que não se submete às imposições da mídia empresarial”. Suponho que em contraposição da mídia empresarial, ele prefira a mídia estatal, como em Cuba. Mas na Itália também tem mídia empresarial. Ele esqueceu que o então presidente Lula e o então Ministro da Justiça, Tarso Genro, alegaram que a Justiça Italiana faz julgamento político e perseguição - para justificar o asilo que concederam ao autor de quatro assassinatos, Césare Battisti. Pizzolato argumenta que está protegido pelo tratado de extradição Itália-Brasil - que Lula e Tarso Genro desprezaram no caso Battisti. Pizzolato não cometeu crime na Itália e Battisti falsificou passaporte brasileiro. A fuga enfraquece as posições de resistência e desafio de José Dirceu e José Genuíno. Os gestos dos dois, ao se entregarem, também ficam maculados pela foto do tesoureiro Delúbio Soares, com a cabeça coberta pelo paletó, no carro da polícia - imagem padronizada por corruptos presos. Pizzolato, que foi diretor da CUT e do Banco do Brasil, integrante das finanças da campanha de Lula, está no PT há duas décadas e fez coro com a alta direção petista: os ex-presidentes do partido, Dirceu e Genuíno e o tesoureiro Delúbio: consideram-se presos políticos, vítimas de um tribunal de exceção. Estavam de cabeça quente com a prisão inesperada e não tiveram tempo de refletir: o tribunal de exceção tem 11 juízes e oito foram nomeados por Lula e Dilma; e o país que tem presos políticos - como Cuba -, é governado pelo PT há 11 anos. Se estivessem de cabeça fria, diriam que democracia é assim e que a grandeza do partido que está no governo é de tal forma que não interfere em outro poder, ainda que os condenados e presos tenha sido da mais alta hierarquia da agremiação. E Genuíno não gritaria “Viva o PT!” ao se entregar, para não jogar a pecha da condenação transitada em julgado sobre o partido. Foram oito anos de investigações, direito de defesa e julgamento. Não podem se queixar.


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LOCAL

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Dengue não preocupa em Barreiras Segundo dados do Levantamento Rápido de Índice para Aedes Aegypti (Lira), município tem índice de 0,3 da infecção da doença, número considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde Raul Beiriz

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animal que mais mata no mundo é um inseto e pode facilmente ser esmagado por suas mãos. É um inseto, cujo nome mais comum é mosquito, apesar de algumas variantes como pernilongo e muriçoca. É este bichinho aparentemente insignificante que faz verdadeiros estragos em todos os países do mundo. Malária, febre amarela e a hepatite estão entre as doenças transmissíveis pelo inseto. Uma delas, no entanto, está preocupando bastante o Governo. É a dengue, que matou vários brasileiros nos últimos anos, até mesmo em grandes capitais. Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza estão nesta lista. Nas cidades menores, o grau de risco é maior ou até mais intenso. No verão, os mosquitos fazem a festa. O calor, associado à chuva, torna o perigo ainda maior. O interessante desta pesquisa é o baixo nível apresentado pelas cidades do Oeste, com Barreiras com índice de 0,3, considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde. Correntina, por exemplo, tem taxa de 0,0. O novo mapa da dengue no País, divulgado

“V

dia 19 de novembro passado, chega a assustar. Pelo mapa, 157 municípios do País estão em situação de risco e outros 525 em estado de alerta. Os dados constam do Levantamento Rápido de Índice para Aedes Aegypti (Lira). Em 2013, foram notificados 1,4 milhão de casos prováveis de dengue no País, em decorrência de uma circulação do subtipo 4 do vírus, que respondeu por 60% dos casos. O levantamento foi feito nos meses de outubro e no início de novembro do ano passado, o que serviu para identificar onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor em 1.315 cidades. Segundo técnicos da área de saúde, os municípios de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e São Desidério devem estar atentos ao fato de serem pontos de tráfego e de deslocamento de caminhões, pois podem sofrer problemas com este constante entra e sai de pessoas. Sem comemorar Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, os números estão melhorando, mas não são motivos de alegria. “Queremos reduzir a chance de óbito neste país

ou dar a volta no mundo, eu vou... Vou ver o mundo girar”. Todo mundo conhece esta música da Daniela Mercury e da Banda Mel. Pois é. O Congresso Nacional também a conhece. As orações escritas pela dupla Ademário e Beto Jamaica servem muito bem para explicar o que aconteceu em Brasília nos primeiros meses deste ano. Ou como estampa o título da canção, é necessário ter “Crença e Fé” em um Congresso Nacional mais transparente e com menos gastos em combustíveis. O assunto em Brasília, além das prisões cinematográficas dos condenados do mensalão, foi matéria do Estadão que revelou que os deputados federais conseguiram gastar R$ 7,8 milhões em combustíveis e lubrificantes da cota que têm direito em apenas seis meses. Com um detalhe: dez deles eliminaram até o último centavo em quilômetros de vantagens. Cada um dos deputados têm direito a R$ 4,5 mil mensais para abastecer veículos usados no exercício do cargo. Tudo estaria bem se os deputados não apresentassem, para efeito de reembolso, apenas uma nota fiscal por mês com o valor total da cota, emitida sempre em seus Estados de origem, nos mesmos estabelecimentos ou pertencentes ao mesmo dono. Este valor significa, tomando a média de R$ 2,90 para o preço do litro do combustível, 2.689.655 litros. Em um carro que gaste 10 quilômetros por litro, os deputados puderam rodar 26,896 milhões de quilômetros com esta verba, o que equivale a 70,78 viagens à Lua. Se arredondar, dá 71 viagens. Se o nobre deputado tiver medo e aversão a viagens espaciais, poderia cruzar a Terra, pela linha do Equador, mais de 670 vezes. Lembrando que pela linha do Equador é a maior distância para se dar a

por causa da dengue. Essa é a principal ação do Ministério da Saúde agora”. Na ocasião, o ministro assinou a portaria que dobra o investimento previsto de combate à doença para 2014, que passa a ser de R$ 1,2 bilhão. De acordo com o Ministério da Saúde, o reforço na assistência básica ao paciente contaminado pelo inseto vem sendo ampliado ano a ano e resultou na redução dos casos graves da doença em 61% quando comparado aos dados de 2010. Também diminuíram em 10% os casos de mortes pela dengue, mesmo com o crescimento dos números de notificações da doença. Padilha disse que, com o Programa Mais Médicos, as ações serão reforçadas. Segundo explicou, os profissionais contratados já enfrentaram a dengue nos países de origem, além de ter larga experiência na doença. De acordo com o levantamento, três capitais estão em situação de risco. Nesta lista, encontram-se Cuiabá, Porto Velho e Rio Branco. Outras 10 capitais apresentaram situação de alerta: Boa Vista, Manaus, Palmas, Salvador, Fortaleza, São Luís, Aracaju, Cuiabá, Rio de Janeiro e Vitória. Sete capitais ainda não apresenta-

JSF no Planalto RAUL BEIRIZ

Colunista Interino

Volta ao mundo 670 vezes volta ao mundo. O deputado Ângelo Agnolin do PDT, do Estado vizinho, Tocantins, segundo matéria do Estadão, traz na descrição da nota apresentada em março, o consumo de 1.521 litros de gasolina, o que seria suficiente para fazer um carro médio rodar pelo menos 15.210 quilômetros, isso se o veículo consumir um litro a cada 10 quilômetros. Olha, 1.521 litros de gasolina dá para encher o tanque de 50 veículos de uma vez. Tem deputado, por exemplo, como Manoel Salviano, do PSD do Ceará, que abastece no posto de gasolina cujo dono financiou a sua campanha. Salviano gastou em um mês R$ 4.510,45. Esperto mesmo foi Marciano Teles Duarte, o dono do posto em que o deputado abastece. Fez um ótimo investimento. Doou R$ 10 mil ao candidato e agora tem um cliente – de notas fiscais – garantido. Vou dar a volta no mundo, eu vou... Vou ver o mundo girar... Vou ser deputado federal! Mais uma “Ana” no Governo O Senado aprovou a criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), que executará políticas nas áreas de extensão rural para

aumentar a produtividade, melhorar a renda no meio rural e promover o desenvolvimento sustentável no campo. A agência coordenará os programas de assistência técnica e de extensão rural com a incorporação de inovações tecnológicas para os produtores rurais, em integração com órgãos de pesquisa. A agência terá gastos de R$ 1,3 bilhão, somente em 2014. O novo órgão terá cerca de 130 funcionários. O custo de sua estrutura, segundo o ministro de Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, será da ordem de R$ 25 milhões. A dúvida que paira sobre nós, pobres mortais, é se neste valhacouto de Anas (Anatel, Aneel, Anac etc), esta nova Ana servirá para ajudar o trabalhador rural ou será palco de lutas por empregos comissionados. Só o tempo dirá. Minirreforma sardônica Depois da valente ida às ruas dos brasileiros, batizados de vândalos e conhecidos como manifestantes no exterior, o Senado aprovou na quarta-feira, dia 20, em votação simbólica, a

REPRODUÇÃO

O animal que mais mata no mundo é um inseto e pode facilmente ser esmagado por suas mãos ram os resultados do Lira e as outras capitais têm níveis considerados satisfatórios. No Estado da Bahia, estão em estado de risco as cidades de Cafarnaum, Campo Formoso, Candeias, Ilhéus, Itabela, Itiruçu, Jacobina, Jequié, Mundo Novo, Planaltino, Santo Amaro, Senhor do Bonfim, Serrinha, Serrolândia e Uibaí. Senhor do Bonfim tem índice de 18,1, um dos mais altos do Brasil. ■

minirreforma eleitoral, com medidas que visam diminuir os custos das campanhas e garantir condições de igualdade na disputa eleitoral entre os candidatos. A matéria segue para sanção presidencial. A ideia é que as medidas já passem a valer nas eleições de 2014. Nós nos fantasiamos de “V” de Vingança por uma causa nobre! Quer ver? Recebemos bombas de gás lacrimogêneo para que fossem proibidos os bonecos gigantes, tão comuns nas eleições. Os deputados proibiram as propagandas em cartazes, placas e muros pintados em bens particulares graças aos sprays de pimenta que recebemos em nossos olhos. Foi por causa das pancadas levadas por nossos estudantes que só serão permitidos adesivos com tamanho máximo de 40 por 50 centímetros. Abra um sorriso e vá comemorar, nas ruas. Afinal não pode mais ter em vias públicas propagandas eleitorais em cavaletes e cartazes. Só bandeiras e mesas para distribuição de material. Vista-se de verde e amarelo porque os políticos atenderam os nossos desejos. Aproveite e lembre-se de estampar na máscara, tão habitual nas passeatas, um sorriso sardônico, irônico, como nossos representantes planaltinos devem estar fazendo agora. Entre as pequenas falhas, só houve uma lamentável. Esqueceram, talvez, sem querer, de incluir na minirreforma, novas regras para o financiamento público exclusivo de campanha. E antes de ir a qualquer manifestação, lembre-se disso: máscara não pode e, pelas novas regras, cartazes também não.


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SEGURANÇA

TECnologia

Em seis dias, quatro assassinatos em Barreiras Quatro pessoas foram assassinadas em Barreiras entre os dias 13 e 19 de novembro. As vítimas eram homens e tinham entre 18 e 38 anos Luciano Demetrius

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a noite de quarta-feira, 13, Caio Crisóstomo Macedo Antonio, 18 anos, foi morto após levar sete tiros quando estava em frente à casa do amigo, Alcides Melo, na Rua Amazonas, no Bairro Barreirinhas. O rapaz morto era filho da vereadora Karlúcia Macedo (PMDB). De acordo com testemunhas, dois homens chegaram em uma motocicleta e o garupa desceu e atirou com uma pistola ponto 40 contra Caio e Alcides. Caio morreu na hora, enquanto Alcides caiu ferido ao chão com um tiro no abdômen. Antes de fugir, o assassino retirou o capacete e fotografou com um celular o corpo de Caio. Em seguida, ele e o comparsa fugiram na motocicleta em direção à Avenida Aylon Macedo. A Polícia acredita em acerto de contas e investiga o caso. Alcides Melo foi encaminhado para o Hospital do Oeste. Segundo crime Na noite de sábado, 16, na rua 2 do bairro Alphavile, Claudio Silva Santos, 34, morreu após levar um tiro no tórax assim que abriu a porta de casa para dois desconhecidos. Segundo a polícia, por volta das 22h30, três homens invadiram o quintal da casa em que a vítima morava. Dois deles bateram à porta e o outro ficou escondido para dar cobertura a eles. Assim que Claudio Santos os atendeu, os desconhecidos começaram a atirar e o acer-

taram. Os homens também atiraram em Marivalda da Silva Santos, 50, e Cristiano Santos Amorim, respectivamente sogra e cunhado de Claudio Santos. A mulher foi atingida na altura da coxa e fraturou o fêmur. Já Cristiano Amorim foi encaminhado em estado grave para o Hospital do Oeste. O trio fugiu em duas motocicletas Honda Bros (uma cinza e a outra vermelha). Segundo a polícia, o crime foi motivado por vingança e o alvo dos criminosos seria Cristiano Santos Amorim. Ele teria participação em um crime ocorrido em Ibotirama. Dois dos três marginais que participaram da ação já teriam sido identificados pela polícia. O terceiro ainda não teria sido identificado. Terceiro homicídio Edison de Sousa Maia, 38, foi assassinado a golpes de marreta na cabeça pelo ambulante Maicon Julio Ferreira de Araújo, 20, no final da manhã de domingo, 17, dentro de uma casa na Rua Camandarú, no bairro Morada Nova. O assassino foi preso por policiais militares logo após o crime. Maicon de Araújo, que já tem passagens pela policia, disse que não estava arrependido pelo crime porque matou Edison após ele ter ameaçado violentar a sua irmã. Os dois haviam bebido juntos na noite anterior e a vítima havia feito a ameça. Eles se desentenderam e Maicon de Araújo pegou uma marreta e golpeou Edison por várias vezes, que morreu na hora.

FOTO: Jadiel Luiz/Blog do Sigi Vilares

Curiosos aglomeraram-se em frente à casa em que Edison Maia foi morto a marretadas Morto na quadra O quarto crime em menos de uma semana em Barreiras aconteceu no início da noite de terça-feira, 19, na quadra poliesportiva da Vila dos Funcionários. Álvaro Freire da Silva, 22, foi morto com um tiro nas costas e outro na cabeça por Ramon Cardoso e por outro homem identificado apenas pelo apelido de Gugu. Os dois chegaram à quadra em uma motocicleta e atiraram contra a vítima. Eles foram presos um dia após o crime. Segundo testemunhas, o crime foi motivado por vingança. Ramon e Álvaro haviam se envolvido em uma briga durante uma partida de futebol, na mesma quadra de esportes, cerca de uma semana antes do crime. Ramon Cardoso e Gugu estão presos no Complexo Policial de Barreiras.

Funcionários admitem maus tratos em creche Desconfiados, por conta da mudança de comportamento do filho, pais o flagraram amarrado dentro de uma sala escura em uma creche em Barreiras Virgília Vieira

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a última terça-feira, 19, uma denúncia de maus tratos a um aluno da Creche Primeiros Passos, no bairro Renato Gonçalves em Barreiras, levou a delegacia de polícia de Barreiras a abrir um inquérito para investigar o estabelecimento. Segundo o delegado Joaquim Rodrigues, os pais que denunciaram a creche, flagraram o filho amarrado dentro de uma sala escura. Nesta última quarta-feira, 20, a dona e três funcionárias da creche, que pediram para não serem indentificadas, foram ouvidas, quando admitiram e justificaram os maus tratos. De acordo com o delegado, a monitora flagrada admitiu o excesso contra o garoto. Já a dona da creche declarou que o cantinho do pensamento seria algo normal, mas também reconheceu que deixar a criança presa no carrinho de bebê

e isolada no quarto era excesso. "A monitora disse que é uma forma corriqueira de controlar a criança, quando elas cometem algum tipo de desobediência ou algum deslize com outras crianças. Elas chamam isso de cantinho do pensamento", relatou o delegado. A monitora flagrada também afirmou que o caso contra o menino foi isolado e não aconteceu com outras crianças da creche. Ainda segundo o delegado, já foram solicitadas imagens do sistema interno de monitoramento da creche. Mais funcionárias da creche também devem prestar depoimento para investigar o caso. No vídeo, feito por outra funcionária e mostrado ao delegado pelos pais da criança durante a denúncia, ela aparece prendendo o menino em um carrinho de bebê que estava amarrado à janela de um quarto. A criança ficava presa dentro do cômodo, com as luzes apagadas.

Suspeita dos pais Tudo começou há cerca de um mês, quando os pais perceberam mudanças no comportamento do garoto. "Ele estava agressivo, não queria ir para a creche e dava trabalho até para entrar no carro", afirmou o delegado. Ao entrar em contato com uma das funcionárias da creche que é próxima do casal, ela se ofereceu para registrar os maus tratos contra a criança. Os pais colocaram um celular com câmera na mochila do menino e ela filmou o garoto preso dentro do quarto escuro. Na segunda-feira, 18, os pais compareceram à creche para buscar o garoto. "Funcionárias da creche disseram que iam trazer a criança para eles, mas eles insistiram que queriam ver o garoto e flagraram o filho dentro do quarto", afirmou o delegado de Barreiras.

Facebook velho? Jovens adotam apps como Snapchat e WhatsApp para fugir dos adultos no Facebook

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o fim de outubro, durante a apresentação dos resultados trimestrais do Facebook, o diretor financeiro da empresa, David Ebersman, afirmou que a rede social teve um "declínio em usuários diários, especificamente entre os adolescentes mais jovens". O motivo do êxodo, que tem beneficiado apps e serviços como o Snapchat e o WhatsApp, é simples: os jovens querem se comunicar longe das vistas de pais, parentes e professores, que muito provavelmente estão entre o 1,1 bilhão de usuários da maior rede social do mundo. É a primeira vez em que um executivo do Facebook trata do assunto publicamente, mas há tempos a empresa se preocupa com as ameaças à sua hegemonia e age vigorosamente para combatê-las. Quando percebeu que as pessoas compartilhavam cada vez mais imagens no Instagram, comprou o aplicativo, em abril de 2012. Diante do sucesso do Snapchat, que permite enviar fotos e vídeos que se autodestroem em alguns segundos, criou um clone, o Poke, que foi um fracasso. Depois, tentou comprar o próprio Snapchat por US$ 3 bilhões ― o triplo do que pagara pelo Instagram―, segundo revelou o "Wall Street Journal" na semana passada. Ainda na última semana, reformulou seu aplicativo de mensagens para Android e iOS, que agora pode ser usado para a comunicação entre pessoas que não são amigas no Facebook. Além disso, o app tomou emprestado de mensageiros instantâneos populares na Ásia, como o WeChat (China), o Line (Japão) e o KakaoTalk (Coreia do Sul), o tom neon do novo ícone e a ênfase nas figurinhas (emoticons gigantes e ultracoloridos). Nenhum desses concorrentes, porém, age como um substituto direto do Facebook, como o Google+. Além disso, eles às vezes são usados de formas que não haviam sido previstas por seus criadores, observou o analista Benedict Evans. "As pessoas não estão usando o Instagram para fotos, o WhatsApp para texto e o Line para adesivos. Elas estão usando tudo para tudo: o Instagram para informar aos outros que vão se atrasar, o WhatsApp para compartilhar fotos, o Snapchat para fazer planos para a noite e assim por diante".

APPS Conheça alternativas ao Facebook WHATSAPP

Mensageiro instantâneo que só funciona em celulares e permite conversar em grupo fechados

TWITTER

Composta por mensagens de até 140 caracteres, sua linha do tempo começou a exibir imagens neste mês

SNAPCHAT

Permite enviar fotos, vídeos e mensagens de texto que se autodestroem em alguns seguntos

INSTAGRAM

Comprado pelo Facebook em 2012, é uma rede social baseada em fotos e vídeos curtos FONTE: folha.uol.com.br


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ESPORTEs

Ciclista recordista do Guinness passa por Barreiras Há 11 anos pedalando nas estradas, sua meta é forrar o gramado do Maracanã com bandeiras das cidades brasileiras durante as Olimpíadas de 2016 FOTOS: ASCOM/PMLEM

Em Barreiras, o ciclista passou por seis escolas Virgília Vieira

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ciclista Carlos Henrique Ribeiro, 50 anos, visitou nesta semana a cidade de Barreiras. Recordista presente no Guinness Book, nas edições de 2005 e 2006 com a maior distância percorrida de bicicleta, com 38 mil km em dez meses e 47 mil km em um ano, ele recebeu do prefeito Antônio Henrique, a bandeira do município. Depois da conquista do Guinness Book, Carlos planeja esticar 4.600 bandeiras - todas recebidas das prefeituras das cidades por onde passará - no gramado do Maracanã, no Rio de Janeiro, durante as Olimpíadas de 2016. Até agora, ele tem 1.600 bandeiras. “Sempre levo comigo a certeza de que vou conseguir. Tracei esta meta e vou bater esse número de 4.600 bandeiras de tamanho oficiais para cobrir o campo de futebol do Maracanã”, disse o atleta. Além de receber a bandeira, sempre que passa pelos municípios, Carlos Henrique ministra palestras motivacionais para alunos das redes pública e privada. Em Barreiras, o ciclista passou por seis escolas. “Estou tendo uma receptividade muito boa nas escolas”, ressaltou. O início Com um histórico de infância e juventude sofridas, órfão, ele conta que nada na sua vida foi fácil. Quando adulto, analfabeto, começou a trabalhar como pedreiro, mas não se sentia feliz. Aos 39 anos resolveu mudar de vida assim que ganhou sua primeira bicicleta: passou a viajar pelo Brasil. Na estrada, ele aprendeu a ler e escrever, mas também passou fome e, na maior parte do tempo, não tinha onde dormir. “Foi um momento complicado, porém, eu sabia que não poderia desistir. Eu tinha um sonho, que era o de rodar o Brasil pedalando, e precisava realizá-lo. Passei muita fome, me faltava abrigo, foi um pe-

ríodo que emagreci bastante”, conta. Sua persistência o fez percorrer quase 100 mil quilômetros pelo Brasil, número que o levou ao Guinness Book – o Livro dos Recordes, como recordista nacional de pedaladas, com a maior distância percorrida em menos tempo. Patrocínios A vida e o projeto do ciclista ganharam novos ânimos há oito anos quando o ciclista conheceu o presidente nacional da Wizard, Carlos Wizard Martins, em um posto de gasolina. “Era um dia comum, eu estava no posto ainda sem comida. Veio um homem, que eu nem sabia quem era, e me perguntou o que eu achava que iria conseguir em cima de uma bicicleta. Eu respondi que eu não achava, pois essa palavra não existia no meu vocabulário, mas que eu tinha certeza que, pedalando, ainda mudaria a minha vida e a vida de muitas pessoas”. Assim, o ciclista – muitas vezes chamado de ‘andarilho’ e ‘mendigo’, conforme ele conta, conquistou o apoio e o patrocínio oficial para o seu projeto. Atualmente, Carlos Henrique Ribeiro é morador do município de Rincão, no Estado de São Paulo, vive 40 dias na estrada pedalando e arrecadando bandeiras em cada um dos municípios que passa, e outros 15 dias em casa. Carlos conta que é difícil, mas não desiste dos seus objetivos. E agradece a instituição de ensino privada pelo incentivo. “A Wizard apoia muito o esporte e me incentiva. Eu não poderia deixar de falar que depois do patrocínio tudo mudou. As dificuldades diminuíram”, destaca. Em sua passagem por Barreiras, a franqueada da Wizard, Roberta Pereira Silva Muller, destacou a importância do exemplo de Carlos. “Nos dias de hoje, o que mais vemos são as pessoas desistindo dos sonhos nos primeiros obstáculos. O exemplo desse ciclista é a prova de que vale a pena acreditar em metas, objetivos e seguir em frente”. ■

Mundo da bola Carlos Augusto herock caherock@hotmail.com

Rubro negro carioca encaminhou o título da Copa do Brasil

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laro que dizer que o Flamengo é favorito para conquistar a Copa do Brasil seria certo exagero. Não só porque se trata de uma decisão, mas principalmente porque o Atlético (PR) é um bom time. No entanto, o empate por 1 a 1 dentro da Vila Capanema, em Curitiba, no jogo de ida, dia 20 de novembro, deu ao rubro-negro carioca o direito de estar mais perto da conquista, principalmente pelo gol marcado fora de casa. Agora, no Rio de Janeiro, dia 27, com mais de 60 mil espectadores em pleno Maracanã, um empate sem gols dá o título ao Flamengo. Mas como o jogo é decisivo e o adversário tem time para reverter uma situação complicada como esta, é bom deixar o grito de campeão guardado para depois dos 90 minutos que vão ser jogados no Maraca. Vale lembrar que nos dois últimos confrontos entre as duas equipes, no Maracanã, o Furacão venceu por 2 a 1 e 4 a 2. Para quem gosta de números, uma boa pedida para não apontar favoritos.

Juiz tentou inventar, mas atletas foram mais criativos Quem acompanhou a vitória do São Paulo por 2 a 0 sobre o Flamengo na noite de 13 de novembro, viu o que de fantástico aconteceu antes da bola rolar. O árbitro Alício Pena Júnior ameaçou punir com cartão amarelo quem cruzasse os braços em nome do Bom Senso FC, o movimento organizado pelos jogadores brasileiros para cobrar da CBF mais tempo para pré-temporada e menos jogos durante o ano. Após a ameaça do juiz, são-paulinos e rubro-negros decidiram em comum acordo trocar passes de um lado para o outro, sem sair do lugar, como forma de protesto. O juiz ficou sem ação e garantiu publicidade melhor do que a encomenda para o Bom Senso FC. Entrou para a história pela porta dos fundos. Um momento para a história do futebol brasileiro, como nunca se tinha visto antes.

Todos os campeões mundiais estarão no Brasil O empate sem gols no Centenário lotado contra a Jordânia, dia 20, frustrou a torcida uruguaia que queria comemorar

a classificação de sua seleção com uma grande vitória. No entanto, a vaga foi conquistada mesmo no jogo de ida de Amã, quando os uruguaios passearam em campo e venceram por 5 a 0. A seleção de Óscar Tabarez foi a última a carimbar o passaporte para o Brasil no ano que vem. Além dos uruguaios, outros campeões mundiais vão estar no Brasil. Confira as seleções classificadas para o Mundial: Alemanha, Argélia, Argentina, Austrália, Bélgica, Bósnia, Brasil, Camarões, Chile, Colômbia, Coréia do Sul, Costa do Marfim, Costa Rica, Croácia, Equador, Espanha, Estados Unidos, França, Gana, Grécia, Holanda, Honduras, Inglaterra, Irã, Itália, Japão, México, Nigéria, Portugal, Rússia, Suíça e Uruguai. Agora é esperar pelo sorteio dos grupos que acontece dia 06 de dezembro, na Costa do Sauípe, em Salvador.

Fique sabendo! Nas quatro últimas edições da Copa do Brasil, o título da competição ficou com a equipe visitante no jogo de volta da decisão. Em 2009, o Santos foi campeão no Estádio Barradão, em Salvador, diante do Vitória. Em 2010, o Corinthians conquistou a taça ao superar o Internacional, no Beira-Rio, em Porto Alegre. Finalista duas vezes seguidas, o Coritiba se deu mal ao perder o título em casa, no Couto Pereira, em Curitiba, para Vasco (2011) e Palmeiras (2012).

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FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

Casamento de CRISTIANO E TAÍNE

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expoKumon FOTOS: ARERÊ

Em primeiro plano, o casal Cristiano Kunh e Taíne Figueredo. Em segundo plano, a noiva é levada ao altar pelos pais Djalma Cunha Nogueira e Regina Figueiredo As bodas de Taíne Figueiredo e Cristiano Kunh foi realizada no dia 16, na casa de praia Vilas do Atlântico, em Salvador. Amigos e familiares prestigiaram a alegria do casal.

Vilma Higaki, Gilsem Tsumanuma, João Vitor e Johnny Mati

Graça Monique, Sueli e Junior Dourado

A Expo Kumon foi realizada no último dia 13, para homenagear os alunos da instituição, vencedores de diversas categorias. Pais e familiares participaram do evento. ARQUIVO PESSOAL

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Confraternização na Galvani

Coquetel Priscila Vital, Betina Santrovitsch Possato e Tays Rejane Prachedes

Henrique Rocha (superintendente de Meio Ambiente); Flávia Silva (assessora de relações públicas); Débora Flores e Vivian de Macedo (assessoras de imprensa) e Jailton de Andrade (diretor comercial Nordeste)

Noêmia, Talita Brito, Tiago Tosi, Marilene Tosi e Antônio Álvaro Tosi Talita Brito e Gustavo Tosi casaram-se na Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro , no último dia 15, em Brasília. O momento especial foi compartilhado com familiares e amigos dos noivos.

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● Depois de nove anos sem cantar, a jornalista Cheila Gobbi volta a apresentar o seu repertório eclético com o parceiro Watilla Fonseca. Uma ótima dica para as noites de sexta e sábado no restaurante Delícia Gourmet. Vale a pena conferir.

No último dia 19 de novembro, o Grupo Galvani reuniu profissionais da imprensa da região para apresentar os projetos ambientais e de responsabilidade social da empresa. Os convidados visitaram as dependências da fábrica e ao final do encontro foi oferecido um happy hour aos jornalistas.

AGENDA ● Em clima de férias, no dia 07 de dezembro acontecerá a Adoro Balada Sertaneja, no Le Rêve, com Pedro e Eduardo, participantes do The Voice Brasil e Samba.Com. ● Para a criançada, o espetáculo "Cantando com a Galinha

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Casamento DE TALITA E TIAGO

Clientes da loja Anjo Rebelde, de Barreiras, foram recepcionados no último dia 13, com um coquetel, ao prestigiarem o lançamento da Coleção Verão 2014.

Pintadinha", em Luís Eduardo Magalhães, dia 30 de novembro, às 16h. Em Barreiras, será realizado no dia 1º de dezembro, no Le Rêve, às 16h. ● Quem gosta de happy hour, a sugestão da semana é a Confraria da Cerveja. Quartas, sextas e sábados, das 18h às 21h, tem cardápio com petiscos especiais e bebida dobrada.

Na primeira quinzena de novembro, Rider Castro esteve em Nova York para conhecer as belezas da cidade, entre elas, Times Square.

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posto que o tema desta edição vai fazer a sua cabeça! Com o verão se aproximando, muita gente faz planos para passar as férias na praia com a família e os amigos. Sempre pensamos em qual acessório levar ou o que fazer pra nos destacar, com estilo. O lenço é um acessório multiuso e que pode ser bem estiloso. Na sua forma mais básica, é usado no pescoço para compor um look chiquérrimo. É possível usá-lo de um jeitinho bem descolado; da balada à praia! O lenço amarrado na cabeça é a solução. O acessório ganhou o coração de muita gente do mundo da moda fora das praias. Para usar um lenço amarrado não basta você só prender e pronto! Têm alguns quesitos que precisam ser cumpridos para não ficar parecendo com o Bel Marques do Chiclete com Banana em pleno Carnaval. O lenço amarrado pode se tornar um turbante, um acessório superversátil e chiquérrimo que sempre volta à moda, mas sempre com destaque. Eu costumo dizer que acessório é uma saída para aqueles dias em que o cabelo não está muy amigo e a combinação que você escolheu está "sem sal", digamos assim. Com algum acessório na cabeça está garantida uma melhor produção. Lembrem-se de sempre combinar o lenço com uma roupa de uma só cor ou jeans para não ter erro. O turbante já teve seu momento em diversas décadas, sempre arrasando! É o acessório perfeito para deixar uma produção glamurosa. É a fantasia fazendo parte do nosso dia a dia. Separei alguns modelinhos lindos para vocês. E pra quem ainda encontrar dificuldade, no You Tube tem vídeos que ensinam a amarrar e garanto que são super fáceis. Vamos nos amarrar nessa ideia!

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ENTREVISTA

Avelino Cortellini Jr.

Oeste Shopping Barreiras: um empreendimento focado para a região U

VIRGÍLIA VIEIRA

m grande gargalo para a economia local e um grande sonho para os barreirenses. A Marca e a Deltaville se uniram para implantar um dos maiores empreendimentos da região Oeste da Bahia. Com um investimento de R$ 150 milhões e a previsão de entrega para o início de 2016, o Oeste Shopping Barreiras terá com espaço para 140 lojas, em uma área bruta locável de 17 mil metros quadrados. O empreendimento tem como um dos mentores, Avelino Cortellini Jr, da Marca, que juntamente com Antônio Guadagnin, da Deltaville, desenvolve um projeto pensado para Barreiras e região. “Tanto eu quanto o Antônio [Guadgnin] estamos presentes em cada momento do projeto, ouvindo, ajustando, melhorando e desenvolvendo um empreendimento focado para Barreiras e região”. Para Cortellini Jr, o empreendimento será planejado para ser a extensão do consumidor. “Um local pensado para se divertir, entreter, comprar, beber, ir ao banco e usufruir dos serviços colocados à sua disposição pelo empreendimento. Ou seja, um shopping moderno e completo”.

Existiam outros projetos no páreo, que dependiam principalmente de atrair as lojas âncoras. O Oeste Shopping conseguiu atrair essas grandes lojas? Diante disto, podemos considerar que este será o primeiro shopping da região Oeste da Bahia? Houve duas tentativas patrocinadas pela prefeitura na gestão passada, sendo uma delas no parque e outra perto da estação de tratamento de esgoto, na BR-135, e também de estudos para a região de Barreirinhas. O varejo é sensível à infraestrutura de um empreendimento deste porte. Escolhemos um terreno que está do lado certo da rua, é alto e com boa visibilidade, está com um afastamento calculado do viaduto que o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) está projetando em um entroncamento próximo. E tendo em vista o sucesso em obter a adesão das principais âncoras nacionais, o Oeste Shopping Barreiras já é um empreendimento regional e dominante. Como está o andamento das obras do Oeste Shopping? Existe uma previsão de inauguração do empreendimento? Claro, temos registrado em cartório a data de inauguração do empreendimento. Se você aceitar que a elaboração de projetos - e os nossos estão quase todos terminados - é também um início de obra, então o andamento está adiante do planejado. Estamos na fase de cotação da estrutura e do telhado.

O que leva a crer que a população de Barreiras realmente espera por um shopping? Não seria uma característica local as lojas de rua? Será preciso uma estratégia de marketing diferenciada para que o shopping efetivamente atraia clientes? Nas análises de mercado realizadas - e foram mais de uma - se evidencia este anseio e também como vislumbram o “seu” shopping local. É muito interessante, mesmo na pesquisa não estimulada, a coincidência de pontos. Mas lembre que o shopping é desenhado para o mercado residual, ou seja, aquela parcela que não está sendo atendida pelo comércio local. Um shopping não deve ser um concorrente com para o mercado já estabelecido, ele tem que ser um competidor, assim ambos melhoram e o consumidor sai ganhando. A estratégia é oferecer mais. Então oferecemos aos nossos parceiros lojistas e consumidores: estacionamento, conforto, segurança, organização, promoções e publicidades compartilhadas. Também colocaremos à disposição dos lojistas, técnicas e aprimoramentos em vendas, de vitrine, de desfiles, enfim, toda uma estrutura cientificamente pensada para atrair o consumidor e incrementar suas vendas. ■

Avelino Cortellini Jr Qual a estrutura do projeto? Como ele foi pensado para atrair a população da região? A Marca é considerada uma boutique de shoppings. Não impomos um projeto massificado. “Bordamos” cada um dos nossos empreendimentos e, para isto, se ancora em ferramentas de mercado extremamente eficazes - as análises qualitativas e quantitativas -, além é claro da presença do “olho” do dono. Tanto o pessoal da Deltaville, quanto eu, estaremos presentes em cada momento do projeto, ouvindo, ajustando, melhorando, desenvolvendo um empreendimento focado em Barreiras e região. Afinal, pretendemos ser a extensão da casa do nosso consumidor, um local pensado para divertir, entreter, comprar, comer, beber, ir ao banco e usufruir dos serviços colocados à sua disposição pelo empreendimento. Ou seja, o Oeste Shopping Barreiras será um empreendimento completo e moderno. Quais os benefícios diretos para a economia local que um shopping poderá trazer para a região? Além da geração imediata de novos empregos, renda e vendas, existe a

mento do mix de produtos até ao extremo cuidado com o projeto construtivo para que não gere custos excessivos para o lojista.

manutenção na economia de insumos, que hoje migram para outros centros, criando um circulo virtuoso. A cidade pólo - Barreiras – já conta com muitos empreendimentos de sucesso e ultimamente houve uma grande quantidade de franquias se instalando no Oeste da Bahia. Esta inovação já existente na cidade ajuda no desenvolvimento do projeto do shopping center? A franquia é sem dúvida uma excelente forma de empreendedorismo já testado. No padrão moderno de economia, diminuir riscos faz parte do sucesso de uma empreitada e com a franquia esta experimentação já aconteceu. As franquias já instaladas na região, sem dúvida, ajudam. Os critérios para se aceitar um parceiro na operação do shopping passa pela necessária experiência dele em varejo e no trato do público. Ou seja, os mesmos utilizados pelo franqueador para aceitar o embaixador da sua marca. Um shopping center, enquanto equipamento socioeconômico, impacta toda a economia regional e o sucesso dos parceiros lojistas é que faz o sucesso do empreendimento. E isto vai desde o cuidado com o planeja-

Perfil - Avelino Cortellini Jr é presidente da Marca Empreendimentos e Participações, quando criou a empresa em 1984. Desde então, desenvolve e planeja projetos imobiliários considerados atípicos como shopping centers, hotéis, loteamentos diferenciados e recuperando áreas imobiliárias inativas. Já foram mais de 30 empreendimentos projetados, dentre eles: Castanheira Shopping Center, em Belém (PA) e o Pontão do Lago Sul, em Brasília (DF), e os shopping centers Mariano e Mariscal Lopes, em Assunción, no Paraguay, o Parque Arauco em Santiago, no Chile e Shopping Boa Vista em Oporto, Portugal. Atualmente, Avelino e a Marca estão, juntamente com a Deltaville, integralmente dedicados no planejamento e desenvolvimento do Oeste Shopping Barreiras, na Bahia. Sobre o Oeste Shopping Barreiras O Oeste Shopping Barreiras abrigará em sua primeira etapa 140 lojas, com 6 âncoras e mais de 1,3 mil vagas num terreno de 100 mil metros quadrados. O Oeste Shopping Barreiras contará com estacionamento para 1.189 carros e 232 motos. Ou seja, mais de 10 mil veículos/dia. O complexo ainda será contemplado com 10 quiosques, 14 restaurantes e lanchonetes, salas de cinema, além de espaço gourmet ao ar livre. O Oeste Shopping Barreiras representa um investimento de R$ 150 milhões, com geração de 900 empregos diretos e 4,5 mil empregos indiretos. E já na fase de operação, serão 976 empregos diretos e 9.000 indiretos. Além de uma arrecadação para os cofres públicos de insumos da ordem de 20 milhões de reais/ano.


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especial

Reféns da telefonia e in Diversas operações, negócios e vendas deixam de ser realizadas por causa da inoperância do serviço prestado pelas empresas Oi, Tim, Vivo e Claro e também das distribuidoras de sinal de internet Raul Beiriz e Luciano Demetrius

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Perda de clientes A lentidão da internet afasta os clientes do Center Apart Hotel. A assistente administrativo Rosângela Eva e Silva cita o caso de um hóspede que, logo após efetuar o check-in, desistiu dos serviços do hotel por causa da vagarosa conexão. “Ele fez cinco tentativas de acesso à internet, que ora caía, ora ficava lenta. Diante disso, cancelou a reserva. Ficamos em situação constrangedora, apesar de dizermos que a internet é ruim em toda a cidade”, disse. Apesar de usar os serviços de duas provedoras (Velox e Gol, esta última via rádio), tal medida preventiva não evita transtornos como a emissão da nota fiscal eletrônica. “Com a internet precária em Barreiras, nem deveria ter sido adotado o sistema de emissão desta forma”, reclama. Recentemente, em outro caso, uma loja que vende ar condicionado disse que poderia emitir nota fiscal somente dias após a retirada da mercadoria. O gerente geral da sede da empresa, em Salvador, informou que a grande dificuldade da companhia está na internet. “Temos este problema de acesso ao site da Secretaria Estadual da Fazenda para emissão da nota fiscal eletrônica. Por isso, emitimos a nota por aqui e a enviamos para o e-mail

FOTOS: REPRODUÇÃO / LUCIANO DEMETRIUS E RAUL BEIRIZ

s precários serviços de telefonias fixa e móvel e de internet causam significativos prejuízos à economia e dores de cabeça aos usuários. A situação beira o caos. Diversas operações, negócios e vendas deixam de ser realizadas por causa da inoperância do serviço prestado pelas empresas Oi, Tim, Vivo e Claro e também das distribuidoras de sinal de internet. Exemplos não faltam. Na agricultura, muitos produtores usam o velho rádio para se comunicarem com os escritórios. Outros se arriscam a comprar transmissores de sinais para ver se conseguem ter comunicação. Lojas deixam de vender porque os cartões de crédito e débito não passam. Em busca de sinal no País da telefonia mais cara do mundo, comerciante, hoteleiro e taxista têm vários telefones móveis, de diferentes operadoras. O prejuízo não está apenas na ineficiência do serviço, mas também na falta de compensação. O Jornal do São Francisco foi às ruas ouvir os barreirenses sobre os problemas que enfrentam com os serviços pagos de telefonia e de internet prestados sem qualidade. do cliente”, disse o gerente do grupo Dalmo Camargo. A Secretaria Estadual da Fazenda diz que o problema para a emissão de notas fiscais não está no site, mas sim na Internet. É o que garante o gerente do callcenter da Sefaz, Wilson Lopes. “Se houver dificuldade para a emissão das notas fiscais é problema da conexão”, disse, informando que qualquer problema pode ser resolvido, ironicamente, pelo telefone ou pela internet, se a rede permitir. “Ainda temos um representante em Barreiras”, informou. Sem sinal e clientes Para a consultora de beleza, Camille Fabiane Fioretti Ribeiro, o “sumiço” do sinal do celular é entrave para fechar negócios e conquistar fregueses. “Cheguei a perder clientes porque elas não conseguiam manter contato comigo. O celular serviria para facilitar meu trabalho, mas as constantes quedas de rede me obrigam a ir até elas. Tenho gastos acima da média com combustível”, evidencia. De acordo com Socorro Alencar, geren-

te de uma loja de confecções masculinas, a internet instável compromete o acesso ao sistema para conferir o banco de dados de convênios. “Há pouco deixei de vender porque o cliente não podia perder tempo. O sinal não liberava o desconto da compra”, disse. O tempo, aliás, é o maior entrave do comércio nas questões telefônicas. Por horas e até dias, a economia de Barreiras e de Luís Eduardo Magalhães só funcionou à base de dinheiro ou do famoso “fiado”. Nenhuma máquina de cartão, no início de novembro, aceitava cartões de débito ou de crédito, gerando problemas para os comerciantes, especialmente para os restaurantes. Hora Marcada Os problemas com telefone e internet parecem ter hora marcada. Há quem tenha percebido que as dificuldades, especialmente com os computadores, começam por volta das 14 horas, com picos de queda entre às 16 e 17 horas. A assistente administrativo de escritório de advocacia, Deni Nascimento, reclama da inconstância da internet nos dias úteis. “Serviços de urgência já tiveram que ser enviados um dia depois. É preciso recorrer à linha fixa ou ao celular para repor o tempo per-

dido com a internet”, afirmou. Demi não esconde que prefere a Vivo, mas reclama que “a concorrência, restrita a quatro empresas, faz com que elas abusem do consumidor”. O simples envio de um relatório virou transtorno para a bancária Cristiane Ana de Jesus. “O que eu poderia fazer diretamente de minha casa, acabou me forçando a ir até o meu local de trabalho”, conta. Ela também reclama da telefonia celular. “Já fiquei uma semana sem sinal da Claro e quando procurava apoio da empresa, recebia a resposta de que o problema estava na rede”. Ao passar pela Rua Coronel Magno, no centro de Barreiras, três lojas de empresas de telefonia - Claro, Vivo e Tim – disputam a clientela oferecendo vantagens na compra associada de dois problemas: internet e telefone. São gigabytes de preocupação e de aborrecimento com aparelhos de tecnologia avançada e com vários aplicativos, mas que não podem ser usados por um motivo bem simples: a rede não suporta. Vários telefones para ter um Para profissionais de diferentes segmentos, é vantajoso ter linhas telefônicas das mais variadas operadoras. “A linha tele-


especial

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ternet de má qualidade fônica só funciona na sorte por aqui”, diz Lismar de Souza Ramos, proprietário do restaurante Point do Macarrão, localizado no centro da cidade. O empresário utiliza números de celular de três operadoras (Tim, Claro e Vivo) e diz que o maior problema dele é com a Tim. “Por muitas vezes tive que sair do restaurante e ir até a esquina para conseguir sinal”, conta. Em frente a este restaurante tem um hotel. Do outro lado da rua. O cliente, hospedado no hotel, bem que tentou fazer o pedido pelo telefone, mas não conseguiu. Preferiu, pela janela, acenar para o comerciante e fazer sua solicitação. Outro problema enfrentado por Lismar é com a máquina de cartões de débito e de crédito. “Tenho trabalho para passar os cartões. Tem casos em que o cliente opta por pagar em dinheiro, mas nem sempre ele está prevenido”, explica. O pior período, segundo ele, é entre às 17h e às 19h. “Justamente quando o restaurante começa a receber boa parte dos clientes”, completa. A gerente de rede de farmácias Pague Menos, Cleonice Bessa, conta com os serviços de duas

operadoras (Oi e Hughes, esta via satélite) para não ser “pega” de surpresa. “Mesmo assim, as quedas acontecem”, afirma. Os serviços de pagamento com cartões de débito e de crédito e de descontos de laboratórios e de acúmulo de pontos são os mais afetados quando o sinal desaparece. “Muitos clientes não compreendem, pensam que o problema é da empresa. Alguns chegam a ser agressivos com os funcionários e perdemos a venda”, conta. A emissão de nota fiscal, para evitar transtornos, é feita somente no horário comercial. Mas o contato com a central, em Palmas (TO), é dificultado pelo pífio sistema. “É impossível manter contato com a sede”, assegura. Caos “Estamos à beira do colapso em relação à telefonia e à internet em Barreiras”, afirma o diretor executivo da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Thiago Albuquerque Pimenta. “A lerdeza na conexão atrapalha o trabalho dos produtores que têm na internet, uma ferramenta indispensável para o acompanhamento de safra e

mapeamento da região. Muitas vezes não conseguimos baixar o sistema de monitoramento. É preciso desligar e retornar para tentar melhor conexão”, disse. Segundo ele, até dois anos atrás, o acesso à internet era “razoável”. Usuário da Vivo 3G, considerada pelo diretor como “uma porcaria”, Albuquerque diz que, ao contrário do que algumas pessoas pensam, a falha não está nos aparelhos. O que compromete o acesso é o sistema, que é falho. “Não temos conexão com o resto do mundo”, lamenta. Durante a Bahia Farm Show, lembra, foram alugadas quatro repetidoras (uma para cada empresa de telefonia) a fim de amenizar o problema. “Mesmo assim não foi uma conexão perfeita”. Outro caso lembrado pelo diretor foi uma tentativa de envio de um documento via e-mail para uma secretaria, em Salvador. Iniciou às 11h, mas até às 17h30, o envio não havia sido finalizado. “Se tivesse enviado por encomenda, por avião ou até mesmo por ônibus, o material já estaria lá", frisa. Além da péssima qualidade do ser-

viço prestado, o diretor diz que há precariedade também no atendimento do suporte técnico. Contatos Também os meios de comunicação - jornais, emissoras de rádio e de televisão - não estão imunes aos problemas com internet e com telefonia. A reportagem do Jornal do São Francisco tentou entrar em contato com as operadoras Vivo, Oi, Claro, Tim e até a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Não obteve êxito até o fechamento desta edição. Por ironia, a reportagem esbarrou nos problemas citados na matéria, com alguns agravantes. Os sites das operadoras de telefonia móvel e fixa não oferecem facilmente os contatos das assessorias de imprensa. Para a operadora Claro foram necessárias quatro ligações para diferentes celulares que sempre caíram em secretária eletrônica. O Jornal do São Francisco mantém aberto o espaço às operadoras citadas para explicarem as razões que levam a telefonia e a internet a terem baixa qualidade na região. Em tempo: podem mandar a resposta por carta ou por mensageiro. É que o telefone ou a internet podem falhar. ■

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Jornal do São Francisco

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IVANA DIAS

Pecuária no centro das atenções

Vacinação contra Febre Aftosa

Feira tecnológica objetiva desenvolver a economia da região. O Oeste atualmente possui cerca de 2 milhões de cabeças Ivana Dias

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primeira edição da Feira de Pró-Genética e Oeste Genética foi realizada nos últimos dias 15 e 16 de novembro, no Parque de Exposição Engenheiro Geraldo Rocha, com programação de palestras, prova de três tambores, leilão e o lançamento da Campanha contra a Febre Aftosa. A realização do evento era um anseio antigo da atual administração, confidenciado pelo secretário de Agricultura, Ozimar Amorim, em entrevista ao Jornal do São Francisco no mês de junho, durante o lançamento da Expoagro 2013. “O parque está sendo reformado para receber não só a Expoagro, como também, em novembro, a Pró-Genética, uma feira importante para a pecuária da região Oeste”, observou o secretário na oportunidade. Na abertura, estiveram presentes representantes das instituições que apoiaram o evento, como Secretaria de Agricultura da Bahia (Seagri), Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Serviço Nacional de Aprendiza-

gem Rural (Senar), Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), Nelore-BA, Associação dos Criadores de Gado do Oeste (Acrioeste), Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (Ebda), Associação de Medicina Veterinária (AMEV), Sindicato dos Veterinários, Sindicato Rural de Barreiras, Caixa, Banco do Brasil e Banco do Nordeste. Apesar da presença dos representantes das instituições, o público não foi o esperado para o evento. “Estou triste porque o produtor rural e o pequeno produtor da agricultura familiar não estiveram presentes. A ideia de criar a feira foi com a intenção de melhorar a renda. A Oeste Genética é uma feira tecnológica, voltada para o desenvolvimento econômico da região. O campo precisa de programas sociais que tragam o desenvolvimento, e essa oportunidade foi aberta dentro do nosso calendário de agronegócio”, lamentou Ozimar Amorim. Ainda de acordo com o secretário, a realização da feira pode ser justificada pela

importância da oferta e demanda, bem como a necessidade de se obter o melhoramento genético da produção do rebanho da região. O representante do secretário de Agricultura do Estado, Luiz Miranda, relembrou o desenvolvimento da pecuária na região e a visão da atividade na década de 60. “Na década de 80, estávamos na região de Santana, que ainda se chamava Santana dos Brejos - era a mais antiga exposição do Oeste da Bahia -, e lá conheci Camilo Calazans, que era presidente do Banco do Nordeste naquela época. Ele dizia que há 20 anos antes, portanto na década de 60, que não existiam animais com raça definida no Oeste da Bahia”, contou. Segundo ele, o cenário mudou e, graças aos efeitos das exposições de Santana dos Brejos, o crescimento da região, do ponto de vista pecuário, começou a acontecer. “Hoje vemos aqui (na região) a quantidade de grandes produtores de elite, que trazem melhoramento e aumentam a produtividade, encurtando prazos para a pecuária”, completou.

Durante o evento, a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola realizou o lançamento da Campanha Contra Febre Aftosa para bovinos na faixa etária de até 24 meses, que iniciou este mês e se estenderá até o dia 30 de novembro. De acordo com o coordenador regional da instituição, Sanderson Barreto, a população vacinável da região Oeste (coordenadoria de Barreiras e Santa Maria da Vitória), corresponde a 880 mil bovinos. Em Barreiras, a estimativa é de vacinar 29 mil cabeças. O criador que não vacinar será multado em R$ 53 por bovino não vacinado. No caso de vacinar e não declarar, a penalidade será de R$ 159 por propriedade. “A Bahia está há mais de 13 anos sem febre aftosa. Nesta campanha teremos em torno de 30% do nosso rebanho para ser vacinado. Os índices vacinais que temos aqui na região, de alguns anos, é um papel importante porque atingimos todas as metas que são estabelecidas, o que corresponde a 95% acima do rebanho vacinal. Isso assegura um rebanho imunizado e livre da doença, e que essa doença não volte a ser introduzida aqui no Estado”, disse Sanderson. A Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Barreiras, localizada no Parque de Exposições Dr. Geraldo Rocha está distribuindo doses gratuitas da vacina até o final deste mês de novembro. O medicamento está disponível na secretaria e cada criador recebe 50 doses para imunizar o rebanho. Mais informações no telefone (77) 3613-9575.


14 Ed. 141, de 17 a 24 de novembro 2013 Atualmente, o rebanho bovino do Oeste baiano é de aproximadamente 2 milhões de cabeças - crescimento considerado significativo no cenário estadual e honrado pelo controle de doenças, como a aftosa. De acordo com Luiz Miranda, o grande melhoramento para a eficiência é exatamente a capacidade de encurtar espaços. A redução na idade de abate, de cinco anos para 18 ou 24 meses, objetiva o aumento da produtividade de leite. “Vacas que produzem de três a quatro litros de leite por dia, depois de receberem um produtor de raça, deverão alcançar em média, de 10 a 15 litros”, disse, destacando ainda a estiagem como um dos fatores preocupantes na atividade pecuária. “Temos, aqui, produtores que precisam recuperar seus rebanhos. Saímos de uma grande seca na Bahia. Só se tem registro dessa quantidade de pluviometria há 65 anos. Em função disso, perdemos rebanhos, pastagens e dependemos agora de crédito fácil e eficiente para recuperá-los. A oportunidade do Pró-Genética veio também para amarrar essa necessidade

Jornal do São Francisco

JSFRURAL de reposição”, concluiu Miranda. Crédito Dentro da Feira Oeste Genética, o Programa de Melhoria da Qualidade Genética do Rebanho Bovino Brasileiro (Pró-Genética) - desenvolvido pela ABCZ -, trabalha a nível nacional em parceria com entidades financeiras, como Banco do Brasil, Banco do Nordeste do Brasil e Caixa, no financiamento de animais para o pequeno produtor e produtor da agricultura familiar, com juros subsidiados de 2% ao ano e até 10 anos para pagar. “Só com a produtividade que o touro vai levar ao rebanho já paga o investimento”, disse Ozimar Amorim. Pró-genética A feira de melhoramento genético é realizada anualmente pela ABCZ na cidade de Uberaba (MG). A associação trabalha para ampliar a produção mundial de carne e leite, e para isso cumpre a missão de promover o melhoramento genético e o registro genealógico das raças zebuínas em

IVANA DIAS

todo o Brasil, com o auxílio de uma rede de escritórios regionais. De acordo com o representante da ABCZ, Antônio Pitangui, as pessoas não entendem, muitas vezes, qual é o papel da associação. “Para o Brasil ser como é na agricultura e agropecuária, a Embrapa trabalha para produzir sementes de qualidade e defensivos. Nós, do setor de genética bovina, precisamos de gente séria trabalhando nesta área”, disse. Ainda de acordo com ele, as experiências no Estado de Minas Gerais, onde a feira acontece há mais de seis anos, mostram que “a Expo Genética trouxe melhorias espetaculares para quem usa os animais de melhoramento. É um nível maior de qualidade, uma mudança significativa. Quando utilizamos esses animais, só no desmame, ganhamos uma arroba a mais se compara-

do a outro tipo de garrote usado. Cerca de 40 a 50 arrobas de animais a preço de R$ 90 ou R$ 100, nos dá anualmente em torno de R$ 4,5 mil a mais já no primeiro ano de trabalho”. O representante da ABCZ garante que o trabalho a ser desenvolvido na região é uma iniciativa séria que acontece em todo o Brasil e que não será diferente na Bahia, haja vista a importância e o rigor da atividade pecuária. “Precisamos trabalhar sério. Não podemos trabalhar com produtos de qualidade secundária, temos que trabalhar com boas tecnologias, boas pastagens e boas genéticas. O país precisa muito de nós”, frisou. Para o presidente da Acrioeste, Cezar Busato, a feira vai contribuir para a melhoria dos rebanhos. “Vamos aumentar nossas produtividades e, principalmente, a renda de nossas propriedades com essa tecnologia, além das máquinas, medicamentos de maneira geral, sementes e o conhecimento para enfrentar a maior seca da história. Estaremos mais preparados e confiantes. Muitas pessoas não precisarão deixar a atividade”, concluiu.

Por um rebanho bovino de mais qualidade Evento realizado em Barreiras mostra vantagens de ter animais geneticamente resistentes, com maior potencial de lucro aos pecuaristas Raul Beiriz

a associação acredita que caso aumente a produção por hectare, tanto de leite como presidente da Associação dos Cria- de carne, o setor terá mais lucro e será dores de Gado do Oeste da Bahia destaque na economia da região. (Acrioeste), Cezar Augusto Tumelero “Este aumento da produção de leite e de Busato, anfitrião do evento, ficarne por hectare só pode aucou satisfeito com a participamentar por meio da genética, ção dos pecuaristas da região. do manejo e da boa nutrição”, Busato entende que reuniões disse. Luiz Paranhos aproveicomo esta são de suma importou para explicar o que é o tância para os pecuaristas da Programa Pró-Genética – Proregião, diante dos problemas grama de Melhoria Genética que viveram nos últimos anos. do Rebanho Bovino do EstaEle lembrou ainda que o setor do da Bahia. “É um programa teve um segundo trimestre que trabalha mais na parte de deste ano muito difícil e com formação do que na venda de grande volume de animais produtos, visando garantir abatidos para não perder para animais mais resistentes para a seca. a região”, disse Paranhos, que “Os pecuaristas venderam também é produtor da região antes que a seca ficasse pior, Oeste. “O objetivo deste evendaí a importância de um evento também é o de trazer todos to destes para mostrar como que ainda não trabalharam se pode melhorar a resistência com a genética melhoradora a dos animais aos problemas olharem como sendo (a genéclimáticos”, disse, destacando tica) de interesse de todos, até a presença do presidente da do Governo, que vem aumenABCZ, Luiz Claudio de Souza tando a qualidade dos animais Paranhos Ferreira, no segundo dos pequenos produtores pedia do evento. No entanto, a las ações da EBDA”, disse. seca teve seu lado bom. “DianLuiz Paranhos fez questão de te do que houve aqui, no Oesfrisar que o apoio do governo é te da Bahia, aconteceu uma Luiz Claudio de Souza fundamental para o sucesso melhor seleção do rebanho. Paranhos Ferreira do programa, como aconteceu presidente da ABCZ Escolheram-se os melhores com o Estado de Minas Gerais, animais para manter nos pasunidade da federação vizinha, tos”, havia declarado Busato em entrevista que também adotou o melhoramento gerecente ao Jornal do São Francisco. nético como bandeira em seu rebanho. “O O presidente da ABCZ, Luiz Paranhos, governador Aécio Neves colocou o melhodisse que o evento realizado em Barreiras ramento do rebanho bovino como plano é fundamental para aumentar a produti- de Governo e Minas Gerais melhorou muividade do rebanho da região. “Este evento to a sua produção”, disse. Paranhos, no enserviu, inclusive, para mostrar como pode tanto, lembrou que a Secretaria de Agriculser a convivência pacífica com a agricul- tura do Estado da Bahia está dando todo o tura, em uma região onde a pecuária sofre apoio ao projeto. “O secretário de Agriculpara permanecer”, disse, destacando que tura do Estado, Eduardo Salles, está dando

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Este evento serviu, inclusive, para mostrar como pode ser a convivência pacífica com a agricultura"

todo o apoio econômico, logístico e estra- animais de qualidade”, explicou. tégico ao programa, que funciona também Segundo Rubenildo Rodrigues, as feiras no Espírito Santo, só que é na Bahia onde acontecem conforme demanda de cada o programa tem maior potencial de cresci- região. “Caso haja interesse, nós levamos mento”, disse Paranhos. animais, agentes financeiros e ABCZ e reA expansão do gado na região foi desta- alizamos o evento para que haja melhora cada pelo presidente da ABCZ. da qualidade do rebanho. Já “Aqui, no Oeste, temos cerca fomos a vários lugares este de dois milhões de cabeças ano”, disse, explicando que de gado, com possibilidade caso o produtor siga as regras de ampla expansão”, disse estabelecidas pelo programa, Paranhos. Segundo informao pecuarista pode, em um ções da ABCZ, a Bahia contava ano, ter uma economia de com um rebanho superior a mais de 80% em um animal, 13,5 milhões de cabeças, com quase o valor equivalente ao cerca de 10% do plantel no de um touro. “Nós também Oeste, inseridos em atividachancelamos leilões para que des de cria, recria e engorda. o pecuarista possa levar para o A genética utilizada na base de seu pasto os animais melhoraprodução é zebuína, com predos comprados em um leilão”, dominância de sangue da raça disse. nelore, a qual se destaca tamO gerente de fomento da bém na categoria seletiva ao ABCZ, Lauro Fraga Almeida, lado da guzerá. A pecuária coexplicou que o melhoramento mercial abastece confinamengenético no Brasil teve início tos formados em sistemas de há mais de 140 anos quando integração lavoura-pecuária, se começou a trocar animais especificamente para aproveide origem europeia por anitamento dos subprodutos da mais indianos. “A importação agricultura, como palhadas e de gado de origem indiana caroço de algodão, encontracomeçou a partir de 1870 no dos em abundância. Brasil”, explicou. “HistoricaNo entender do presidenmente, a seleção de animais te da ABCZ, esta conjuntura foi sendo feita por critérios de possibilidade de expansão empíricos. Somente na décaassociada à seca que atingiu da de 70, no século passado, o Oeste, nos últimos anos, é é que foi criado o programa ideal para praticar a genética de melhoramento genético”, melhoradora e aprimorar o acrescentou. rebanho no pasto. “Exatamen- Lauro Fraga Almeida No entender de Lauro Alte esta venda de fêmeas para gerente de fomento meida, a região Oeste da Bahia da ABCZ abate nos possibilita agora tem a vantagem de conquistar usar o programa Pró-Genétimaior mercado quando tiver ca e melhorar a qualidade de animais no gado de qualidade, com maior resistênpasto”, disse. cia às adversidades do tempo. “O gado do O técnico da ABCZ, Rubenildo Rodri- PMGZ tem garantias a mais para sobrevigues, explicou que acontecem várias fei- ver. Os bois vão chegar à idade de abate ras do Programa Pró-Genética no Estado mais cedo. As fêmeas vão produzir mais com a participação de criadores para for- leite. Este é o objetivo do programa; mosnecer tourinhos para melhorar o rebanho. trar uma forma de tornar a pecuária mais “Estas feiras, que seguem uma série de rentável como atividade econômica em padrões de qualidade, vêm sendo realiza- meio às culturas de soja, algodão e milho”, das desde 2010 aqui na Bahia, mostrando explicou. ■

Este é o objetivo do programa; mostrar uma forma de tornar a pecuária mais rentável como atividade econômica em meio às culturas de soja, algodão e milho”


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Aiba solicita implantação de hidrovia no Oeste da Bahia ASCOM/AIBA

Integrantes da diretoria da Aiba durante workshop Plano Hidroviário Estratégico Bacia Hidrográfica do São Francisco, realizado no dia 12 de novembro, em Juazeiro (BA) Ascom Aiba

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a safra 2013/14, o Oeste da Bahia, maior polo agrícola do Norte-Nordeste do País, deve colher cerca de cinco milhões de toneladas de grãos que poderão chegar ao nordeste do País, destino final dos grãos, com um custo muito alto devido à falta de modais para escoamento e ao elevado valor do frete. Esta situação foi apresentada pelo presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato, no Workshop Pla-

no Hidroviário Estratégico Bacia Hidrográfica do São Francisco, realizado no último dia 12 de novembro, em Juazeiro (BA). Atualmente, toda a produção que sai do Oeste da Bahia para o nordeste do Brasil é escoada por rodovias a um custo anual de, aproximadamente, R$ 1 bilhão com frete. O ideal seria que a região pudesse contar com outros modais como hidrovias e ferrovias para transporte da produção. “A oferta de diversas opções de modais levaria a uma redução do custo de escoamento

Produtores rurais conhecem novo sistema e-Social do governo federal Ascom Aiba

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m sistema uniformizado de obrigações sociais, fiscais e trabalhistas. Este é o e-Social, novo programa do governo federal que foi apresentado aos profissionais responsáveis pelos setores de recursos humanos, contabilidade e gerência das fazendas do Oeste da Bahia. A apresentação do e-Social, realizada no último dia 13 de novembro, foi promovida pela Aiba em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras, uma vez que todos os empregadores brasileiros terão que se adequar ao novo sistema que entra em vigor a partir de abril de 2014, do micro ao grande empresário passando pelo empregador doméstico. Na prática, o sistema vai funcionar da seguinte maneira. Informações que antes os empregadores forneciam mensal ou anualmente para órgãos como Caged, Rais, Dirf e Gfip, passarão a ser prestadas uma vez ao ano com o novo sistema. Esta ação envolve a Receita Federal, o Ministério do Trabalho, o INSS e a Caixa Econômica Federal. Os empregadores serão identificados apenas pelo CNPJ e, no caso de pessoa física, CPF com número sequencial do Cadastro de Atividades da Pessoa Física (CAEPF); enquanto os trabalhadores serão identificados pelo CPF e NIS – NIT, PIS ou PASEP.

Como o e-Social é um sistema totalmente informatizado, o ponto eletrônico passa a ser obrigatório. A folha de pagamento será validada pelo Registro de Eventos Trabalhistas (RET), onde os trabalhadores ativos deverão estar registrados. De acordo com o consultor de sistemas de Recursos Humanos, Rogério Marcon, que apresentou o e-Social aos representantes das fazendas associadas da Aiba, o importante, neste momento, é preparar as empresas para passarem as informações de forma segura e transparente. “É preciso ficar atento às exigências e prazos estabelecidos para evitar transtornos, devido ao grande volume de dados necessários”, alertou Marcon. Adequação ao e-Social - Segundo a Receita Federal, no primeiro semestre de 2014, somente as grandes empresas (com faturamento maior que R$ 48 milhões) terão de se adequar ao e-Social. No segundo semestre de 2014 deverão se adequar os microempreendedores individuais (MEIs), pequenos produtores rurais e empresas de lucro (com faturamento anual de até R$ 48 milhões) e do Simples Nacional. A previsão da Receita Federal é que até 2015 a transição para o e-Social seja totalmente finalizada. A empresa que não se adequar ao programa estará sujeita a punições previstas nas legislações fiscais, tributárias, previdenciárias e trabalhistas. ■

e, consequentemente, ganharíamos maior competitividade, além de aumentar o consumo interno dos produtos agrícolas e diminuir o excedente para a exportação”, disse Busato. Segundo ele, a Aiba está trabalhando para a implantação de hidrovias, o que poderá reduzir o valor do frete em cerca de 20%. Especificamente, no Oeste da Bahia, a viabilidade econômica da implantação de uma hidrovia que ligue o município de Ibotirama a Juazeiro, de onde os grãos sairiam para abastecer todo o nordeste do País, se justifica pela grande produção agrícola da região e pela implantação de um armazém da Conab em Luís Eduardo Magalhães, com capacidade para 150 mil

toneladas e outro, com capacidade menor em Petrolina (PE). Para o membro do conselho técnico da Aiba, o economista Raimundo Santos, que também participou do workshop, “estes investimentos são importantes para atender aos pequenos pecuaristas do interior baiano e nordestino nas políticas de remoção de estoque de milho subsidiado aos atingidos pela seca”. O Workshop Plano Hidroviário Estratégico Bacia Hidrográfica do São Francisco contou com a participação do coordenador geral de Planejamento do Ministério dos Transportes, Carlos Rodrigues Ribeiro; do secretário estadual de Portos, Carlos Costa e do presidente da Icofort, Décio Alves Barretto Júnior. ■

EDITAIS AVISO DE ABANDONO DE EMPREGO A empresa NEIDE JANE ANDRADE CASTRO, estabelecida na Rua Piratini, 189, bairro MORADA NOBRE, Barreiras-BA, inscrita no CPF n.º 622.971.125-72, solicita o comparecimento da Srª MARY ROSE ZORANTE FERREIRA, CTPS nº. 3674970 Série nº 003-BA, ao seu local de trabalho, no intuito de justificar suas faltas que vêem ocorrendo desde o dia 23/10/2013, sob pena de caracterização de abandono de emprego, ensejando a justa causa do seu contrato de trabalho conforme dispõe o artigo 482, alínea "I" da CLT.


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MEIO AMBIENTE

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Oeste debate ZEE em Barreiras O novo Código Florestal estabelece um prazo de cinco anos para que todos os estados elaborem os Zoneamentos Ecológicos- Econômicos (ZEE’s) VIRGÍLIA VIEIRA

Virgília Vieira

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Governo da Bahia, por meio das Secretarias do Meio Ambiente (Sema) e de Planejamento (Seplan), realizou em Barreiras, no dia último dia 20, a quarta das 11 audiências públicas para apresentação do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do Estado da Bahia. Participaram da audiência, que aconteceu no Hotel Solar das Mangueiras, representantes dos Territórios da Bacia do Rio Grande e da Bacia do Rio Corrente, entre eles secretários municipais e outras lideranças da região. As audiências públicas têm o objetivo de apresentar e discutir a proposta preliminar do ZEE junto aos diferentes setores da sociedade e do poder público nos territórios. O ZEE é um dos instrumentos da Política Nacional e Estadual de Meio Ambiente que tem como finalidade o ordenamento territorial. Através dele almeja-se induzir o desenvolvimento econômico de forma planejada, compatível e sustentável com as potencialidades do patrimônio ambiental e sociocultural de determinado espaço geográfico. A ação é um instrumento da Política Nacional e Estadual de Meio Ambiente (Lei Federal nº 6.938/81, Decreto Federal n.º 4297/02 e Lei Estadual nº 10.431/06) que visa orientar o planejamento, a gestão e as decisões do poder público, do setor privado e da sociedade em geral, considerando as potencialidades e limitações ambientais e socioeconômicas, tendo por objetivo maior o desenvolvimento sustentável. O presidente do Território de Identidade da Bacia do Rio Grande, Carlos Augusto Araújo Santos, chamou a atenção da importância do ZEE na região para ordenar o crescimento econômico à preservação ambiental. “Sabemos que o ZEE é um instrumento estratégico que vai nortear as políticas públicas. Através dele, vamos também buscar a sustentação para o bioma cerrado e as áreas de transição. Esse sem dúvida é um momento importante para a região Oeste, que há muito tempo já espera por esta discussão. O cerrado precisa urgentemente de um ordenamento político-ecológico, para que tenhamos crescimento econômico e proteção dos nossos recursos naturais assegurados”, destacou. Presente ao evento, representando o secretário de Meio Ambiente, Eugênio Spengler, o superintendente de Estudos e Pesquisas Ambientais, Luiz Antonio Ferraro, ressaltou a necessidade do zoneamento para o Estado. “A gente nunca teve um planejamento definitivo, houve algumas iniciativas, mas nada efetivo. Nesses últimos 20 anos, os setores econômicos têm avançado, conforme interesses ou conveniências, sem se preocupar com limites de territórios. Existe essa necessidade e o ZEE já tem sido esperado há bastante tempo. A Constituição Baiana de 1989 já previa o zoneamento. Em 2002, o decreto federal veio com a orientação necessária para o planejamento em todos os Estados, mas só agora se consegue mate-

Comissão do Senado aprova desobrigação de emplacar tratores e máquinas Raul Beiriz Com agências

As audiências públicas têm o objetivo de apresentar e discutir a proposta preliminar do ZEE junto aos diferentes setores da sociedade e do poder público nos territórios rializar o ZEE na Bahia”, disse. O vice-prefeito de Barreiras, Carlos Augusto Barbosa (Paê), ressaltou a satisfação para o município ao sediar o evento. “A gente reconhece as dificuldades da região, e com certeza essa discussão já deveria ter acontecido. Parabenizamos a iniciativa do Governo, com a construção democrática, desse importante instrumento. Estamos agradecidos por sediar o evento, principalmente pela importância do tema tratado”, disse. Falta da participação popular preocupa MP Parceiro do programa de ZEE, o Ministério Público Estadual, através do promotor Eduardo Bittencourt, ressaltou a importância da iniciativa e reafirmou o interesse na participação e produção do zoneamento, porém, externou a preocupação em relação à falta de participação da sociedade na construção das diretrizes do instrumento. “O ZEE é um instrumento fundamental, porém, nós sabemos que o caminho da implementação do ZEE é tão importante quanto o resultado e o que nos preocupa, é que para a construção de um zoneamento efetivo é indispensável a participação da sociedade baiana”, ressaltou Bittencourt. O promotor também chamou a atenção para a quantidade reduzida de audiências públicas para essa discussão. “Essa efetiva e necessária participação da sociedade não se dá da maneira mais eficiente para a legitimação desse instrumento tão relevante. Sabemos que a única audiência pública planejada na região Oeste é esta aqui em Barreiras. Em razão da extensão dos temas tratados no ZEE, um único dia é insuficiente para a discussão das diretrizes relacionadas ao Território da Bacia do Rio Grande”, destacou. Segundo Bittencourt, o Ministério Público reconhece a importância do ZEE, mas reforça a necessidade da participação de todos. “Essa pluralidade de contribuição necessária na construção desse instrumento pode acabar sendo mitigada, uma vez que vai ser muito difícil tratar todas as vertentes em apenas um dia. Então, essa é a preocupação do Ministério Público. Somos parceiros na produção, mas temos que ser parceiros de maneira efetiva para fortalecer o instrumento. O ZEE tem o potencial de impactar a vida de todos os cidadãos do Estado, então a

importância da forma como esse documento será produzido e a maneira como as pessoas vão participar disso, é fundamental”, pontou o promotor. ZEE nos Estados Em conformidade com o pacto federativo e com o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), o zoneamento ecológico-econômico (ZEE) é executado de forma compartilhada entre a União, os estados e os municípios. De fato, a lei complementar nº 140/2011, que fixa normas para a cooperação entre os entes da federação no exercício da competência comum relativa ao meio ambiente, prevista no artigo 23 da Constituição Federal de 1988, constitui ação administrativa da União, a elaboração do ZEE de âmbito nacional e regional, cabendo aos estados elaborar o ZEE de âmbito estadual, em conformidade com os zoneamentos de âmbito nacional e regional e, aos municípios, a elaboração do plano diretor, observando os ZEE’s existentes. O novo Código Florestal (lei federal nº 12.651/2012) estabelece um prazo de cinco anos para que todos os estados elaborem e aprovem seus ZEE’s, segundo metodologia unificada estabelecida em norma federal. Contudo, a efetiva contribuição do ZEE para a transição à sustentabilidade depende da capacidade do poder público e do setor privado de internalizá-lo nos diversos planos, programas, políticas e projetos e de integrá-lo aos demais instrumentos de planejamento e ordenamento territorial. ■ ZEE/BA - O ZEE da Bahia é coordenado

pela Secretaria do Planejamento e pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado, com a participação de outras 13 secretarias de governo que integram a Comissão Especial do ZEE do Estado da Bahia. Instrumento do Plano de Desenvolvimento Sustentável da Bahia que busca orientar o planejamento, a gestão, as atividades e as decisões do poder público, do setor privado e da sociedade em geral, relacionadas ao uso e ocupação do território, o ZEE está sendo executado tendo como critério de abrangência cinco macrorregiões do Estado - Litoral Norte, Região Metropolitana de Salvador e Recôncavo, Litoral Sul, Semiárido e Oeste - sendo que sua versão preliminar está sendo levada à discussão com a sociedade nessas audiências públicas.

A

Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado aprovou um projeto para retirar a obrigação de licenciamento e emplacamento de tratores e demais máquinas agrícolas. Relatada pela senadora Ana Amélia (PP-RS), a iniciativa teve unanimidade na votação e agora segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A obrigatoriedade do registro das máquinas que transitam nas vias públicas está prevista no Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/1997). Em julho passado, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) suspendeu até 31 de dezembro de 2014, a exigência de emplacamento para esses veículos, medida articulada junto ao Ministério das Cidades. A determinação veio por meio das resoluções 429 e 434, editadas em 2012 e 2013, respectivamente. De autoria do deputado federal Alceu Moreira (PMDB-RS), o Projeto de Lei da Câmara 57/2013 estende aos veículos automotores utilizados na atividade agrícola, as mesmas isenções de licenciamento anual e registro já concedidas aos veículos de uso bélico. Se também for aprovado na CCJ, e sancionado pela presidente, tratores, colheitadeiras e várias máquinas agrícolas não precisarão de licenciamento e emplacamento, o que ajudará toda a cadeia produtiva. Levantamento feito pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) aponta que, dependendo da unidade da federação, o produtor rural poderia ter uma despesa adicional entre R$ 500 e R$ 1 mil por máquina agrícola, tomando por base o preço de R$ 80 mil, mas tratores e colheitadeiras podem chegar a valores muito mais elevados. Até outubro, já tinham sido vendidos mais de 51 mil tratores, o que só este ano traria um custo de R$ 27 milhões de reais em taxas sobre as novas máquinas. Atualmente, quem registra as máquinas é o fabricante, medida considerada importante para garantir rastreabilidade às máquinas e permitir que elas sejam seguradas. Se o licenciamento couber ao produtor rural, a partir do custo do Renavam, haverá outros custos, como o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), vistoria e transferência, destacou a parlamentar gaúcha em seu relatório. ■


Jornal do São Francisco

Ed. 141, de 17 a 24 de novembro 2013

entrevista

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O comandante da capital brasileira da agricultura Prefeito de São Desidério, Demir Barbosa, critica omissão do Estado na participação do desenvolvimento da cidade - líder em Produção Agrícola Municipal (PAM) no Brasil Raul Beiriz

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le administra o maior município produtor agrícola do Brasil e recebeu a equipe do Jornal do São Francisco para relatar como é governar a cidade de maior Produto Agrícola Municipal (PAM) de todo o País. O prefeito de São Desidério, Demir Barbosa, cujo nome de batismo é Ademilton Barbosa dos Santos, contou em entrevista exclusiva, suas dificuldades à frente do Executivo Municipal e revelou, nas entrelinhas, ser um defensor da emancipação de Roda Velha, denominando-o como um dos distritos mais bem preparados para se emancipar. “Hoje Roda Velha tem condições de virar uma cidade como Luís Eduardo Magalhães”, disse. O prefeito fez severas críticas ao Governo Estadual que, a seu ver, só aparece em ocasiões festivas e oportunas. Apesar disso, o maior orgulho do prefeito, sem dúvida, é o de ter obtido em 2012, a primeira posição no ranking da agricultura do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Imagine se tivéssemos o período de chuva registrado no ano anterior. Nossos resultados seriam ainda melhores”, evidencia. São Desidério, segundo o IBGE, tem 15.157,005 quilômetros quadrados e população estimada, em 2010, de 27.659 habitantes. Tem um índice de desenvolvimento baixo, de 0,579, mas renda per capita de R$ 38.428,09, o que equivale a R$ 3.177,00 por mês a cada cidadão. Acompanhe a entrevista especial que, a partir desta edição, passa a circular semanalmente.

Jornal do São Francisco: O que representa para o município o fato de ser o maior produtor agrícola do País, segundo o levantamento do IBGE? Demir Barbosa: É claro que significa muito! É um número que impressiona e que nos coloca no cenário nacional como o maior produtor de grãos do País. Há quase oitos anos que o município aparece com destaque como produtor agrícola. Isso representa muito para um município que era pobre e, hoje, pode se dizer que é grande e rico. Era um lugar que sobrevivia apenas de pequenos empreendimentos e isso mudou. O Cerrado era usado somente para criação de gado e agricultura quase que de subsistência. Foi um tempo em que as pessoas e a economia dependiam muito da prefeitura, em empregos, oportunidades e tudo mais. Ainda temos este problema até hoje, mas em escala muito menor. JSF: Os números do IBGE que apontam São Desidério como a cidade de maior produção agrícola do País são de 2012 - um ano considerado difícil para agricultura. Esta conquista tem um sabor

IZ

RAUL BEIR

Demir Barbosa: "Quando eu assumi a prefeitura, comecei a trabalhar para melhorar a estrutura em todos os setores de São Desidério" especial? DB: Sem dúvida que tem, e muito. Imagine se tivéssemos o período de chuva registrado no ano anterior. A produção teria sido muito maior. Este resultado foi uma injeção de ânimo em meio a esta crise que estamos vendo aí.

perto de Pontezinha, indo em direção à Correntina, margeando a BR-135. Hoje, se não me engano, eles têm 25 mil hectares para investir. Parece que já plantaram três mil hectares em soja e eucalipto e eles querem implantar ali uma usina elétrica, maior do que tudo que nós temos hoje. Além disso, temos outras áreas sendo abertas, como as próximas do Rio Guará. Apesar de não haver a mesma expectativa de chuva de outros setores, há chance de crescermos. Já temos várias novas áreas sendo plantadas. Mais espaço para a agricultura significa que mais empresas virão, mais agricultores chegarão e isso impulsionará a economia da cidade.

JSF: E quanto à arrecadação, o que a maior produção representa? DB: Em termos de valores, eu não tenho ainda uma estimativa, mas que vai representar ganhos no futuro vai sim. O ICMS é calculado por uma média tirada de dois em dois anos. O que estamos recebendo agora, em 2013, é a média de 2010 e 2011. Os números de 2011 e 2012 só passam a Demir Barbosa JSF: E o que estaria seguranvaler a partir do próximo ano. PREFEITO DE SÃO do o desenvolvimento de São O bom desempenho de 2012 DESIDÉRIO Desidério? também será usado na média DB: A localização da cidade do ICMS a ser recebido em 2015. A gen- não permite sua maior expansão. Tudo te só espera que este valor da agricultu- isso por causa da logística. Hoje nós não ra cresça para que o município arrecade conseguimos atrair as indústrias para São mais e resolva seus problemas. Esta boa Desidério. A gente precisa da chegada de safra de algodão deixa a certeza, pelo me- uma grande empresa e de que as pessoas nos, que São Desidério irá manter a recei- abrissem loteamentos aqui. Hoje as pesta. soas estão mais atraídas a abrir loteamentos em outros locais, como Roda Velha, JSF: Fala-se que São Desidério tem onde é possível encontrar dois mil lotes uma enorme área física para crescer. abertos, com toda a estrutura: asfalto, saHá chance de a agricultura expandir-se neamento, sarjetas. A logística trava tudo para novas áreas ainda não exploradas? aqui. A distância de cem, cento e tantos Há novos investimentos chegando à re- quilômetros da malha produtiva, nos imgião? pede de atrair empresas. DB: Temos aí a Jacarezinho, que vai se instalar na região de Campo Grande, JSF: Em quê aspecto a Ferrovia de Inte-

Este resultado foi uma injeção de ânimo em meio a esta crise que estamos vendo aí"

gração Oeste-Leste (Fiol) mudaria isso? DB: A Fiol percorre em mais de 200 quilômetros o município de São Desidério, mas vai passar distante da sede a 40 quilômetros e seguir em direção à Correntina. O Porto Seco é um projeto que vai ser feito em Barreiras. O projeto original é de que a Fiol entraria na Bahia por Roda Velha, Correntina e nem passaria por Barreiras ou por Luís Eduardo Magalhães. Enfim, houve mudança. Tanto que o canteiro de obras está aqui em São Desidério. A ferrovia e a ligação da BR-135 até Minas Gerais nos dão a possibilidade de crescer ainda mais. A proximidade com Barreiras não nos ajuda muito e prejudica até o comércio local. Com a oferta de transporte a preço baixo, todo mundo vai fazer compras em Barreiras. Isso não acontece em Roda Velha, que tem metalúrgica, grandes empresas, autopeças e oficinas. O setor hoteleiro de Roda Velha dá de 10 em vista do de São Desidério. Temos uma área turística que ainda precisa ser aproveitada. Quando eu assumi a prefeitura, comecei a trabalhar para melhorar a estrutura em todos os setores de São Desidério. JSF: Quais são suas metas como prefeito nestes próximos três anos? DB: Para a sede do município é atrair investimento. É atrair indústrias, sejam pequenas ou de grande porte, para gerar mais emprego. Concluir todo o nosso plano de saneamento. É colocar Roda Velha, ainda que não venha a se tornar município, em uma posição de destaque no cenário nacional e na Bahia, com toda a infraestrutura, que não é barata. Hoje, nós estamos fazendo um projeto para fazer toda a infraestrutura em Roda Velha, com esgotamento sanitário e tudo mais, com previsão de custo de R$ 50 milhões. Importante lembrar que aquele local (Roda Velha) é cortado por uma rodovia, a BR020, e será cortado também pela Fiol. É de nosso interesse colocar a região em uma posição de destaque. JSF: E o turismo, prefeito? DB: Hoje nós estamos cuidando dos atrativos como um todo: a Lagoa Azul, o sumidouro e a gruta. Estas atrações tendem a despertar o maior interesse das pessoas com o desenvolvimento da cidade. O que a gente tem feito é dar uma maior divulgação, convidando as pessoas que passam pela BR, a conhecerem estas atrações. São Desidério tem hoje 20 mil visitantes por ano. JSF: É verdade que São Desidério é uma cidade somente produtora, pois aqueles que produzem no município, vivem em Barreiras e em Luís Eduardo Magalhães? DB: Não. Com esta abertura do Cerrado, houve uma natural vinda do produtor


18 Ed. 141, de 17 a 24 de novembro 2013 para cá. O grande produtor, com raras exceções, não mora em São Desidério. Mora em outros municípios. Mas aí tem a questão histórica. Quem chegou à região, chegou via Barreiras. Depois, foi para o local mais próximo da sua área de produção que foi Luís Eduardo Magalhães, que cresceu com sua emancipação. Roda Velha, por exemplo, está quase igual a São Desidério no que se refere à população e ao comércio. Tem lojas maiores do que em São Desidério. Apesar disso, temos alguns empresários que moram aqui no município. JSF: Como o senhor vê a proposta de transformar Roda Velha em município? DB: Roda Velha tinha muito esta questão separatista até eu assumir a prefeitura. Desde quando eu assumi, este desejo de emancipação diminuiu bastante. Isso porque foi feita uma aproximação. Colocamos lá uma subprefeitura, um prefeito. Nós temos uma garagem que dá todo o apoio aos carros que trabalham lá naquele local. Instalamos mais postos de saúde. Ajudamos a melhorar muito a infraestrutura de lá. Temos projetos de asfalto para Roda Velha e de água para os assentamentos. Com isso, segundo pesquisa, a aprovação do prefeito subiu para 85% e caiu a ideia separatista. Por outro lado, hoje, na Bahia, Roda Velha é um dos distritos mais bem preparados para se emancipar. Não sou contra. Sou a favor. Já foi aprovado o distrito, que tem a mesma área de Luís Eduardo Magalhães. Parece-me que é um pouquinho maior, mas São Desidério, mesmo com a possível emancipação de Roda Velha, continua com a maior área produtiva. São Desidério perde é nos investimentos que são feitos lá hoje. Roda Velha tem condições de virar uma cidade

entrevista como a de Luís Eduardo Magalhães. No entanto, existem problemas. Como município, Roda Velha terá uma arrecadação menor e vai passar por dificuldades. O que Roda Velha recebe de ICMS vai ter que diluir hoje com seus problemas de infraestrutura, que hoje são bancados por São Desidério. Hoje, mesmo, tudo que arrecadei com o ITR, R$ 3 milhões, eu gastei em Roda Velha para recuperar as estradas. JSF: O Governo do Estado ajuda a Prefeitura ou é omisso como dizem? DB: Eu não posso dizer que o Governo do Estado da Bahia é omisso porque dentro do município, o Governo está construindo (sic) oito quilômetros de asfalto. Nós temos três mil quilômetros de estradas. É uma obra muito importante, passa por cinco povoados da região e deve melhorar bastante. Mas oito quilômetros em uma cidade que tem três mil... No mais, estamos tendo problemas, com a educação, com a segurança pública, com a saúde... Na educação, o Estado da Bahia banca o segundo grau na sede. Na zona rural, por exemplo, em Roda Velha, o governo tentou bancar o segundo grau por três anos, mas não conseguiu. Temos médicos bancados pelo município.

DB: Segundo o governador, é porque São Desidério é um município rico e não precisa do Estado (risos). Esta é uma questão que hoje está se debatendo muito, tanto por parte dos pequenos municípios como dos grandes. Os municípios menores estão sofrendo bastante com a chamada distância do Estado. A pouca segurança que o Governo faz aqui, a ausência do Governo, enfim, tudo isso está gerando uma mobilização dos prefeitos.

Hoje, na Bahia, Roda Velha é um dos distritos mais bem preparados para se emancipar. Não sou contra. Sou a favor. Já foi aprovado o distrito, que tem a mesma área de Luís Eduardo Magalhães."

JSF: Então o senhor é um defensor do Estado do São Francisco? DB: Sou e não sou e explico minhas razões. Não sou porque, segundo quem trabalha no setor de arrecadação, os municípios pequenos se tornarão menores ainda e os grandes se tornarão pequenos. São Desidério, Luís Eduardo e Barreiras, incluindo Formosa e Correntina, vão ter uma arrecadação pífia. O nosso ICMS é do bolão do Estado. Ao chegar à mesa do governador, 75% ele pega para ele e 25% ele divide com os municípios. Quando vem para a gente, entra o que Camaçari produz, o que o Sul da Bahia produz, o que cada região Demir Barbosa produz. Quando a gente ficar reduzido ao Estado do São Francisco, nós só vamos fazer parte do bolão das cidades do Oeste. A informação JSF: É contraditório o Estado não dar que a gente tem é que hoje só a Ford, só atenção ao município que mais ajuda a o Complexo Industrial de Camaçari, arBahia a ter destaque na agricultura? recada mais do que todo o Estado. Sou a

Jornal do São Francisco favor porque, com a criação do Estado do São Francisco, o governo vai estar aqui, o dinheiro arrecadado pela região vai estar aqui. Mesmo que algum dos 35 municípios seja pequeno vai ter o Estado para chegar junto. Mais estrada. Mais atenção a todos. Aí, tem que fazer um estudo! Não pode dizer direto se é a favor ou contra. Tem que fazer conta. O que é necessário é aproximar o Governo do Estado dos municípios daqui, conversar com os prefeitos e ver o que eles estão passando e os problemas que enfrentam. Não é para fazer isso na Bahia Farm Show. É fazer reunião com toda sua equipe e as cidades. JSF: E o Governo Federal, participa ou não do desenvolvimento da cidade que mais produz no Brasil? DB: Nós temos a Fiol, uma obra federal de grande porte. Só que a obra está parada por vários problemas. Já surgiu até o boato que a carga que temos é muito pouca para justificar uma obra deste porte. Seria uma carga de ano em ano ― o que não justificaria uma ferrovia do porte da Fiol. Não é como Caetité que tem carga todo o tempo. A ferrovia só é viável, no entender desta turma, se ligar a Tocantins. Quanto ao Programa Mais Médicos, recebemos dois médicos cubanos que têm dificuldades na comunicação. Quando eles falarem a língua do povo, aí será fácil. JSF: Qual é o seu grande sonho para São Desidério? DB: Meu sonho é tudo 100%. Povo empregado na cidade; cidade saneada; ruas pavimentadas; povo morando bem na sua casinha; todo mundo com a casa arrumada, com o banheiro arrumado; saúde; educação e todo mundo com luz e água encanada. Isso tudo é possível. ■

Barrada lei que criava municípios Entre os distritos do Oeste da Bahia, Roda Velha seria o mais apto a se emancipar de São Desidério

Raul Beiriz

A

presidente Dilma Rousseff vetou totalmente o Projeto de Lei 98/2002 que criava, incorporava, fundia e desmembrava municípios. Esta notícia é uma ducha de água fria naqueles que tentavam fazer de Roda Velha um município independente de São Desidério e de seus vizinhos. Na decisão presidencial publicada em edição extra no Diário Oficial da União, Dilma afirma que a proposta de lei contraria “o interesse público”, gerando mais gastos ao Governo. O projeto foi devolvido ao presidente do Poder Legislativo, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que terá que colocar o veto para a análise dos deputados e senadores. A tendência no Congresso, no entanto, é exatamente ao oposto do parecer da presidente Dilma Rousseff. O veto presidencial tomou por base, parecer do Ministério da Fazenda, que ponderou que a medida provocaria “a expansão expressiva do número de municípios”, acarretando aumento das despesas do Estado, com a manutenção da estrutura administrativa e representativa. Ou seja, mais municípios, mais despesas. Outra preocupação do Governo Federal é a de que o crescimento de despesas não será acompanhado por receitas que permitam a cobertura dos novos gastos, colocando em risco a sustentabilidade econômica.

Os técnicos da área econômica deram o tiro de misericórdia. Para eles, com o crescimento de municípios brasileiros, haveria uma pulverização da divisão do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), gerando prejuízos para as cidades menores, além de maiores dificuldades financeiras. Lembrando que este projeto roda há mais de 10 anos pelo Congresso Nacional. As novas regras para fusão, criação e desmembramento de municípios haviam sido aprovadas pelo plenário do Senado no último dia 16 de outubro. Consta que 188 distritos teriam condição de se emancipar e virar municípios. Pelo texto então aprovado e agora vetado pela presidente Dilma Rousseff, a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios dependeriam da elaboração do Estudo de Viabilidade Municipal e de consulta prévia, mediante plebiscito às populações dos municípios envolvidos. Para fazer o plebiscito seria necessário o apoio de pelo menos 20% dos habitantes do ente federativo a ser afetado pelas mudanças. Uma vez reunidas essas assinaturas e aprovada a lei, o plebiscito ocorreria em conjunto com as eleições mais próximas, gerais ou municipais, e a mudança no município seria aprovada se a metade mais um dos eleitores assim determinasse por meio de votação. Se for caso de emancipação e criação de um município,

FOTO: SDMANIA

A notícia é uma ducha de água fria naqueles que tentavam fazer de Roda Velha um município independente de São Desidério e de seus vizinhos até a primeira eleição para prefeito e vereadores, o município-mãe continuaria obrigado a manter os serviços públicos e a gestão da área a ser emancipada. Município-mãe, no caso, tal qual foi Barreiras de Mimoso do Oeste, atual Luís Eduardo Magalhães. No caso de Roda Velha, seria São Desidério. A criação de municípios também estaria condicionada a alguns fatores. As terras onde ficam os limites do novo ente federativo deveriam estar regularizadas. Em casos de terras da União ou que incluíssem trechos de áreas indígenas, a emancipa-

ção não poderia ocorrer. Os distritos que se emancipariam também precisariam ter número mínimo de habitantes, que será 12 mil nas regiões Sul e Sudeste, 6 mil nas regiões Centro-Oeste e Norte e 8,5 mil na região Nordeste. A lei barrada por Dilma também contemplava a possibilidade de fusão, quando um município fosse criado a partir da união de dois que tenham personalidade jurídica própria. Geralmente, isso ocorreria em casos de cidades próximas, cujo crescimento urbano acabaria resultando em uma fusão física prévia. ■


Jornal do São Francisco

Ed. 141, de 17 a 24 de novembro 2013

ENTRETENIMENTO

CRÔNICA

CAÇA-PALAVRAS

VIRGEM. Período intenso e, ao mesmo, tempo produtivo. Responsabilidades, compromissos, viagens a trabalho, prazos e solicitações estão em pauta. Mantenha a dedicação, o capricho e o amor em tudo o que faz. Em harmonia com Júpiter, Marte segue em seu signo: com as energias renovadas do momento, faça planos para seu futuro e invista nos relacionamentos pessoais.

Cadete (abrev.) Alta temperatura

LIBRA. Aproveite o período para negociar e dialogar. Procure ouvir e acolher as reivindicações das pessoas queridas, mas, ao mesmo tempo, reserve tempo para cuidar de si e de sua casa. Com a harmonia entre Vênus e Saturno, fica mais fácil cultivar uma postura mais madura e responsável. Procure economizar e otimizar seus recursos também. ESCORPIÃO. Bom período para organizar as contas bancárias e o orçamento doméstico. O Sol se despede de seu signo e o foco se dirige para a área financeira. Os trabalhos e as negociações, que antes foram programados, podem ser concluídos agora. Mercúrio se harmoniza com Plutão, indicando um período de agilidade na comunicação.

Irineu Marinho: fundou "O Globo"

SAGITÁRIO. A vontade de aprender deve conduzi-lo à verdadeira sabedoria. O Sol está prestes a ingressar em seu signo e a cada dia cresce o desejo de aventuras e de novos aprendizados. Procure expandir sua consciência com leituras, estudos, cursos e assuntos filosóficos. Júpiter segue retrógrado, indicando um bom período para todo tipo de reformas.

Jogar um (?): jogar muito bem (fut.)

CAPRICÓRNIO. Mantenha-se aberto e generoso; pronto para dar e receber. Desta forma, conseguirá manter a harmonia entre amigos, parentes e colegas. Vênus sorri para Saturno, favorecendo a vida social, os acordos, as alianças e os relacionamentos em geral. Boas oportunidades financeiras também podem surgir. Fique de olho.

Frente a; diante de

PEIXES. Não deixe de ouvir a voz da sua intuição, é ela quem o guia para o caminho certo. Netuno segue agora em movimento direto, a sincronicidade se faz presente como mágica. Fatos externos confirmam suas crenças ou o advertem. Uma energia renovadora ativa sua criatividade: atividades artísticas são bem-vindas.

Reduto familiar Parte do chapéu

SUDOKU

Níquel (símbolo) Ivan Bunin, escritor

FÁCIL

Unidade básica da Informática (pl.)

9 2

5

1

4 3 7

7 9 5 3 8 4

4

9 7 2 SOLUÇÃO 1 5 2 7 6 8 4 9 3

3 4 8 9 2 5 6 1 7

Sudoku é um quebra-cabeça baseado na colocação lógica de números. O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada uma das células vazias numa grade de 9x9, constituída por 3x3 subgrades. Os algarismos não podem se repetir na mesma coluna, linha ou grade.

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nas bancas e livrarias

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para você se lembrar de tudo

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jogos e exercícios

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Solução

8

4 1 5 8 7 3 2 6 9

2/en — he. 3/ant. 4/aura — bits. 5/pista. 9/dobradiça.

12

5

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Que não sabe ler e escrever (fem.)

3

8 3 1 5 4 7 9 2 6

A frente do navio Em, em espanhol

6 9 4 1 3 2 7 5 8

Olha; observa secretamente

AQUÁRIO. Aproveite o período para concluir acordos, assinar contratos, encaminhar negociações e ativar todo tipo de contatos. Vênus e Saturno o ajudam a chegar a uma conclusão satisfatória. Já Mercúrio e Plutão o ajudam a encontrar respostas para velhas questões. Procure dialogar abertamente. Boas conversas, daquelas que lavam a alma, estão favorecidas.

5 2 7 6 8 9 3 4 1

Bagunça (bras. gír.) Aparência; aspecto

Vento brando Sílaba de "varal"

BANCO

ÁRIES. Bom dia para cuidar da casa ou para buscar e oferecer aconchego. É importante cuidar de suas bases emocionais para que tudo ocorra bem no mundo lá fora. A Lua segue em Câncer, todos ficam mais intimistas. Controle a impaciência e a inquietude, lembrando-se de que tudo tem um tempo certo para acontecer.

LEÃO. Não se lance em aventuras mirabolantes, visando obter lucros fáceis. Procure canalizar seus esforços em metas claras e projetos bem estruturados. Vênus sorri para Saturno e Marte sorri para Júpiter: conte com mais garra e mais perseverança para avançar. Quanto maior o foco e o realismo, mais produtivo pode ser o período.

Agnaldo Timóteo, cantor brasileiro

A movediça é saturada de água

Z N V K G R S T C C K N Y R A P D M K H

Lentes de ampliação Medo insuportável

Ele, em inglês Posição para foto (pl.)

SOLUÇÃO E K E U F V V X G X A X M T K J O T H I

Consoantes de "bico" Casa indígena

Estragado; prejudicado

Isolante (?), propriedade do isopor

durval.chicha@hotmail.com

CÂNCER. Procure dar mais atenção à família e à harmonia emocional. A Lua segue em seu signo e o convida a se sintonizar com as pessoas mais queridas. A Lua também sorri para Saturno, fica mais fácil ver a vida sob uma ótica mais realista. Quanto tudo está nos eixos, a vida profissional até flui melhor. Cuide também de sua alimentação.

O caseiro é feito de açúcar, água e sal

Concede; fornece

DURVAL NUNES

GÊMEOS. Período bom para pesquisas, investigações e análises. Mercúrio e Plutão seguem em harmonia e você ganha mais concentração e perspicácias. Aproveite o dia para agilizar telefonemas, compras, contratos e assuntos burocráticos. Essas energia beneficia também o aprendizado de novos assuntos, provas e exames.

Feminino de "ator" Sem fazer nada

Direção indicada pela bússola (abrev.)

Minha Cara Mãe Calina

IRMAOS JUSTO ONDA PAGINA PERFEITO PLANO POSSIBILIDADE REFUGO REIVINDICACAO UNIVERSO VISTA VOLTAGEM

TOURO. Assuntos mais difíceis podem ser resolvidos na parte da tarde, quando a Lua se harmoniza com Saturno e favorece a produtividade. Procure ceder um pouco, se quiser chegar a um bom entendimento. Período propício para promover melhoras em suas condições de trabalho. Você mantém boas relações com seus colegas e companheiros? Pense nisso.

(?) Piquet, ídolo brasileiro da F1

Parte do salão para dança

ABERTO AMAVEL ARQUITETO ATOMO CARTA CIRCUNSTANCIA DESEJO EFEITO ENCONTRO ESPANHA ETERNO FELICIDADE

Z N V K G R S T C C K N Y R A P D M K H

O N O G Q S S E H A L O T B T Q A V W P

Primeiro assento dianteiro do carro Peça que faz girar portas e janelas

Guiada; encaminhada

Formiga, em inglês 5, em romanos

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Livro de mapas Radical de "neologia"

O N O G Q S S E H A L O T B T Q A V W P

HORÓSCOPO

© Revistas COQUETEL 2013

Ricardo Espécie Teixeira, de hortelã dirigente usada em esportivo pastilhas

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Indivíduo ilustre em uma festa

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CRUZADAS PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

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O Sal da Terra

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ona Idalina Silva trabalha arduamente com marido e filhos em seu lote rural, donde retira o sustento para sua família. A água para o consumo vem da chuva e é captada pela bica sob o beiral do telhado e depositada na grande cisterna tipo “amazonas” distribuída pela Codevasf. Mandou abrir, a duras penas, um poço tubular que, como todos os outros da região, fornece uma água pesada, com alto teor de sais. Toda semana vai à feira comercializar sua produção de galinhas, ovos, aipim, batata, doce de leite, manteiga e requeijão, que rende o suficiente para o sustento da família e ainda lhe sobra uma pequena poupança. Uma equipe multidisciplinar de FPI – Fiscalização Preventiva Interinstitucional chega à região para frear os deslizes no cumprimento da Legislação Ambiental. Audiência pública na Câmara de Vereadores teve como temas as sérias consequências e as penalidades para as inúmeras infrações denunciadas e constatadas - desmatamento irregular, carvoarias, ocupação de APPs (Áreas de Proteção Permanente), ausência de reserva legal (20% de cada gleba, que deve permanecer coberta de floresta), uso indiscriminado de agrotóxicos, dentre outras. As autoridades abordaram a problemática da salinização dos solos por irrigação mal conduzida e um especialista em solo explicou: “A irrigação com água salina pode trazer graves problemas quando o manejo não for apropriado para estas condições. Os sais solúveis movimentam-se e tendem a se concentrar na superfície do solo. A concentração de sais inibe a germinação de sementes e causa prejuízo às plantas sensíveis à salinidade. A salinização costuma ocorrer em certos solos localizados em regiões onde chove pouco e o calor é forte (o que faz a planta transpirar muito e o solo perder água por evaporação). Em muitos casos esse dano é irreparável”. Naquele momento, Dona Idalina, pede a palavra e desata o nó: Doutô, doutores, no meu lote já está acontecendo isso de salinização. O chão fica branquinho. É tanto sal que, quando colho o feijão catadô, nem precisa mais temperar; é só jogar na panela! “(gargalhada geral na plateia)”. E que culpa temos, eu e meu marido, se gastamos um dinheiro sofrido para furar o poço e a água vem salgada? É melhor ficar sem irrigar. Mas aí não dá nada. Morre tudo. O sol aqui é brabo doutô. Quente. Deserto. Brasa. E tem muitos, muitos lotes assim como o nosso. E nunca veio ninguém aqui do governo, pra ensinar a gente. Agora vem cobrar e nos ameaçar?! Que culpa temos nós? Esse pedaço da Bahia aqui é abandonado doutô. É cão sem dono. Por isso que o povo quer criar o nosso Estado do Rio São Francisco! (Apupos na galeria). Em seguida, o presidente da mesa pede a palavra: - Sou Eudório de Aquino Vasconcelos Bittencourt d´Itapuy, biólogo com mestrado em Sociologia e Extensão Rural. Peço vênia à Senhora Idalina e faço minhas as suas palavras. Esta região Oestina já nasceu abandonada, desde a Revolução de Pernambuco em 1817. Imaginem meu senhores, que temos o maior trecho do Velho Chico, mas não temos direito à sua água. A maior parte fica em Minas e nós aqui recebemos água de carro pipa. E agora o Governo Federal vai investir mais de VINTE BILHÕES - para satisfação das empreiteiras - nesta obra de eficácia duvidosa, para levar água para o Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte; e nossas comunidades, se quiserem, têm que perfurar poços para extrair água salobra, imprópria para irrigação, que vai tornar o solo improdutivo para sempre. Senhores e senhoras, se não houver uma intervenção técnica, social e econômica, estes solos maravilhosos tornar-se-ão estéreis em menos de uma geração. Cadê a ação de nossos políticos?


20 Ed. 141, de 17 a 24 de novembro 2013

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