04 o escolhido

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235 — As crianças. Algo está ameaçando as crianças. A que distância fica esse maldito charco? — Perto daqui — disse Argus, verificando se ainda carregava sua pistola enquanto a seguia para fora da casa. Ele pôde ouvir que Leopold e Iago os estavam seguindo. Enquanto corriam estábulo, Wynn e Todd se juntaram a eles. Ninguém fez perguntas. Todd e Wynn simplesmente seguiam como robustos e bem treinados guardas que eram, e os outros sabiam que era inútil pedir a Olympia que lhes contasse mais. Ela não era uma verdadeira vidente, simplesmente conseguia captar um vislumbre de algumas coisas. Apesar de seus limites, nunca se enganara, e Argus lutou contra o medo que sentia pelas crianças, todas elas, mas principalmente por seus filhos. Seu instinto lhe dizia que eram eles que corriam o maior perigo. Roland sentou-se à beira do charço, com a vara de pescar na mão, alegrando-se o sol da tarde que esquentava seu rosto. De vez em quando, dava uma olhada nas crianças que estavam ao seu lado e ao lado de Mr. Pendleton, notando distraído que todos pareciam felizes, menos o próprio Mr. Pendleton. Era um lindo dia de daqueles que requerem que as pessoas saiam de casa e se divirtam. Mr.Pendleton não era do tipo que gostava da natureza. Depois de passar a noite preocupado, o Duque havia decidido apenas observar, permanecer calado, e deixar que sua filha e Wherlocke se entendessem. Embora tivesse tido dois casamentos terríveis e ainda curtisse sua vida, sabia que não tinha mesmos problemas que Wherlocke e seus familiares. Nem todo mundo era racional, capaz de refletir e não se entregar ao medo e à superstição. Bastava o homem abrir os olhos para ver que Lorelei fazia parte das pessoas que realmente pensam. Era insultante que ele considerasse Lorelei capaz de abandonar o homem com o qual ia se casar,


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