Jornal Z Norte - 436ª Edição (27/04/2018)

Ponte que liga o São Guilherme ao Pq.São Bento

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7 de Abril de 2018

sofre vandalismo e causa risco a pedestres

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Sem cestas básicas Sorocaba | 27 de Abril de 2018 | Nº - Ano 13 www.jornalznorte.com.br - Distribuição GRATUITA

Por uso irregular de verbas, Prefeitura deixa de fornecer cestas básicas a pacientes com HIV e hepatite

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Motorista do ônibus que quebrou na avenida Dom Aguirre, ajuda mulher com criança de colo e é punido pela Consórcio Sorocaba

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POLÍTICA

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Editorial

O Preço

F

azer o bem não é fácil. Paga-se um preço à prática da gentileza: renunciar a si mesmo e tomar uma atitude que muitas vezes não é a mais confortável ou a mais fácil – e, ainda, ser prejudicado com isso. É o caso de Felipe José Duarte Fantini, motorista de ônibus da Consórcio Sorocaba.

Na última semana, o veículo que ele dirigia quebrou na avenida Dom Aguirre, e ele decidiu ajudar uma mulher, com um bebê no colo: “abandonou” o ônibus e a acompanhou, a pé, até o Terminal São Paulo, para que ela não pagasse outra passagem.

Por causa disso, Felipe sofreu represálias: ficou sem escala de trabalho por dois dias, foi coagido a assinar uma suspensão e poderia ter R$ 300 descontados do seu salário.

Casos como este mostram que, mesmo em meio ao avanço tecnológico e à rotina incessante, ajudar o próximo sempre é uma boa ação. No caso de Felipe, a situação foi revertida. O que se espera, agora, é que atitudes de generosidade não precisem ser defendidas.

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Urbes revoga licitação que contrataria empresa para atendimento de primeiros socorros nos Terminais São Paulo e Santo Antonio Guilherme Maganhato guilherme@grupozcomunica.com.br

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Urbes – Trânsito e Transportes revogou, na última sexta-feira (20), a licitação que contrataria empresa especializada em atendimento de primeiros socorros. O objetivo é que o serviço fosse instalado dentro dos Terminais São Paulo e Santo Antonio, o que está sendo reivindicado desde o ano passado, através de uma lei proposta por Rodrigo Manga (DEM). Apesar da revogação, a informação é de que a inauguração está marcada para o próximo dia 10, às 10h no Terminal Santo Antônio e às 11h no Terminal São Paulo.

A lei foi aprovada em primeira discussão, em março do ano passado. Nela, a Prefeitura passa a ser obrigada a estabelecer o atendimento nos terminais e ainda, fica autorizada a desenvolver programas de prevenção e orientação relacionadas à saúde. Isso, no entanto, não deve acontecer, já que não serão contratados profissionais da área, mas somente bombeiros civis. “Muita gente perguntou do por quê da contratação de bombeiro civil. Porque eles têm uma série de expertise além dos primeiros socorros. Logo que eu cheguei aqui, eu já vi essa necessidade [da contratação dos profissionais].

Temos duas carências: uma sala a altura dos usuários e termos os bombeiros”, ressalta Luiz Carlos Franchim, secretário de Mobilidade e Acessibilidade e presidente da Urbes – Trânsito e Transportes. O chefe da pasta deu as declarações na segundafeira (23), durante solenidade de entrega de 16 ônibus padron da Consórcio Sorocaba (Consor).

Franchim explicou que a retirada do edital foi para adequações do Termo de Referência, documento que determina como o serviço será realizado. Nele, a Urbes determina que o horário de atendimento seja de segunda a sexta-feira, das 6h à 1h aos finais de semana e feriados, das 6h às 18h e que “o serviço será de constante avaliação, prevenção e suporte a riscos de incêndio, acidentes e primeiros socorros até o auxílio externo no local dos terminais e no seu entorno”, e que a empresa contratada, ainda, deverá realizar um simulado anual e análise de riscos, com acompanhamento por um enge-

nheiro de Segurança do Trabalho, inscrito no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA). Segundo a Urbes, três empresas haviam manifestado interesse em participar do certame. A entrega dos envelopes com a documentação necessária aconteceu em 19 de março.

Entre os parâmetros mínimos definidos pelo Termo de Referência, está a exigência de que haja um bombeiro civil por turno de 12 horas e que, como materiais e equipamentos necessários, estão itens como mochila completa de resgate, prancha, luvas de procedimento, máscara, maca e biombo.

O valor mensal estimado pela Urbes no contrato é de R$ 57.680 e anual de R$ 692.160.

O secretário não especificou quais itens do Termo de Referência estão sendo revistos, nem quando o processo de licitação deve ser retomado.

Com o objetivo de acelerar o processo e garantir a inauguração na data marcada, Rodrigo Manga afirma que vai pressionar a Urbes. “Eu espero por isso, os vereadores esperam por isso e a população espera por isso. O fluxo de pessoas ali é grande, e pessoas já chegaram a desmaiar esperando um ônibus, por isso é muito importante que seja instalado o posto”, destaca.

RÁPIDAS

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Câmara quebra veto de Crespo e dá 6% de reposição aos servidores F Guilherme Maganhato

guilherme@grupozcomunica.com.br

oi quebrado, por 16 votos a 2, o veto do prefeito José Crespo (DEM) à emenda do vereador Francisco Martinez (PSDB), que acrescenta 6,24% de reposição inflacionária aos servidores municipais. A emenda foi considerada inconstitucional pela Secretaria Jurídica da Câmara, já que os vereadores não poderiam decidir sobre os vencimentos dos funcionários da Prefeitura. Os votos favoráveis ao veto foram de Irineu Toledo (PRB), que é líder do Executivo na Casa, e de Hélio Brasileiro (MDB), que adota a postura de sempre votar contra projetos com parecer inconstitucional.

Os vereadores que votaram a favor da reposição discursaram na Câmara pedindo que o prefeito não ingresse na Justiça com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN), anulando assim a emenda aprovada. O secretário de Relações Institucionais e Metropolitanas, Flávio Chaves, esteve na Câmara pouco antes da sessão,

conversou com vereadores e afirmou que Crespo deve, sim, ingressar com a ação.

3a1 Na sessão desta última quinta-feira (26), a Prefeitura foi “derrotada” em 3 a 1. Isto porque, de quatro vetos, entre parciais e totais, apenas um foi acatado. Além da derrubada do veto referente à reposição salarial, também foi derrubado a rejeição da emenda de Fausto Peres (Podemos), a respeito da lei que permite a terceirização da Arena Multiuso. A proposta é que, além de eventos esportivos, o local também fosse utilizado para eventos religiosos. Crespo rejeitou a proposta alegando falta do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). Outro veto derrubado foi ao Projeto de Lei de Martinez, a respeito da não-vinculação do Imposto Predial Territorial Urbano à readequação da Planta Genérica de Valores. O veto acatado, a pedido do autor do projeto, é à lei de isenção do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) às cooperati-

vas de rádio táxi.

Demorou A sessão de quinta-feira foi estendida em uma hora e vinte minutos. Pelo regimento interno, a sessão termina às 12h15 e podem ser feitos pedidos de até duas prorrogações. Na terça-feira (24), a sessão foi tomada por duas discussões: a primeira, sobre a possibilidade de que a APAESorocaba encerrasse o atendimento a 46 crianças e outro, de um projeto remanescente da sessão da semana passada, de autoria de Francisco Martinez (PSDB), determinando que se fizesse um Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) e produzido um Relatório de Impacto de Vizinhança (RIVI) para a instalação de um Centro Pop, órgão da Prefeitura que faz atendimento a pessoas em situação de rua.

Na ocasião, a proposta foi aprovada em primeira discussão e, agora, está em fase de aprovação de emendas. A sessão desta quinta-feira, portanto, terminou às 13h35.

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TRÂNSITO

Motorista do ônibus que quebrou na avenida Dom Aguirre, ajuda mulher com criança de colo e é punido pela Consórcio Sorocaba Guilherme Maganhato guilherme@grupozcomunica.com.br

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m motorista de ônibus contratado da Consórcio Sorocaba (Consor), que realiza o atendimento de parte do transporte público na cidade, foi punido por ter “abandonado” um ônibus quebrado para amparar uma passageira, que estava com um bebê no colo e precisava de assistência médica.

Felipe José Duarte Fantini é motorista há dois anos e, no último dia 19, estava dirigindo o veículo de prefixo 1218, que fazia a linha 100-Expresso, e ia em direção ao Terminal São Paulo. Quando passava pela avenida Dom Aguirre, Felipe percebeu que a direção estava pesada demais. “Uma das mangueiras de óleo da direção hidráulica rompeu, por isso o volante estava muito pesado. Eu tive que ficar em pé para conseguir virar o volante e desviar de um motociclista, ou teria esmagado ele”, relata. O caso foi noticiado pelo Jornal Z Norte no dia em que aconteceu.

Imediatamente, Felipe parou o ônibus próximo à ponte Francisco Delosso, comunicou a falha mecânica à empresa e avisou aos passageiros que um outro veículo passaria, para que eles pudessem seguir viagem. “Só que como o ônibus ficou interditando a via, o trânsito ficou lento e o outro carro demorou para chegar. Foi quando uma mãe, com um bebê no colo, me perguntou se ela poderia ir a pé até o terminal e não pagar outra passagem, porque o filho dela estava doente e ia para uma consulta”, lembra.

Com isso, o motorista conta que retirou a capa do banco para cobrir o bebê, tirou as chaves do contato, fechou o ônibus e decidiu acompanhá-la a pé até o terminal. Outros passageiros resolveram fazer o mesmo.

“Quando eu cheguei, avisei a fiscal de toda a situação, e ela falou que eu estava errado por ter abandonado o ônibus”. Felipe foi retirado da escala de trabalho, impedido de trabalhar por dois dias e segundo ele, coagido a assinar uma suspensão. Sua ausência, ainda, estava sendo descontada da folha de pagamento.

“Contando com o tíquete, vai dar uns R$ 300 de desconto. Eu fui trabalhar, mas não me deixaram”.

Punição O caso aconteceu em uma quinta-feira, e Felipe conta que estava de folga na sexta-feira (20). Já nos dias 21 e 22, sábado e domingo, que ele deveria trabalhar, não conseguiu. “Eu liguei no sindicato mas, como era um sábado, eles me disseram para resolver isso na segun-

da-feira. Cheguei para trabalhar, e estava fora da escala de novo, mas aí eu liguei para eles e consegui reverter isso. Só que agora, os dois dias estão contando como falta”.

Felipe é motorista há dois anos, mas trabalha na empresa há sete anos. Antes, ele era fiscal. “Pela norma da empresa, você não pode abandonar o carro quebrado. Eu falei que sabia disso, mas a circunstância me fez tomar essa atitude. Além do desconto em dinheiro, talvez eu também perca a cesta básica”, lamenta.

Respostas O caso repercutiu, inclusive, na Câmara. Relator da Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou o transporte coletivo neste ano, Hudson Pessini (MDB) ficou indignado com a situação. “As situações estão invertidas. Isso mostra que todo mundo sofre com o sucateamento do nosso transporte público.

Agora, é o poste que está urinando no cachorro”. A reportagem questionou a Consórcio Sorocaba, a Urbes – Trânsito e Transportes e o Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e região. Em nota, a Prefeitura informou que o procedimento passado aos profissionais, em caso de quebra do ônibus, é o de “acionar imediatamente o setor de manutenção da empresa para que o veículo seja substituído por outro de igual tecnologia” e que “as exceções devem ser comunicadas previamente à chefia imediata”. No entanto, a nota não explica se o motorista descumpriu alguma norma interna.

O Sindicato dos Rodoviários confirmou que agiu em defesa de Felipe e informou e que ele não será punido, o que foi confirmado pela Consor e pela Urbes. A reportagem procurou novamente o motorista, e ele informou que participou de uma reunião para resolver o problema. “O gerente ouviu minha versão, eu expliquei tudo o que tinha acontecido, e ele concordou em retirar minhas faltas.

Agora vai contar como folga”, explica.

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Alegando falta de recursos, APAE interrompe atendimento a 46 crianças e Prefeitura assume os custos Um grupo de pais e mães de alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) Sorocaba esteve, na manhã desta terça-feira (24), na galeria da Câmara, para pedir ajuda aos vereadores. Isso porque, segundo elas, 46 crianças terão o atendimento suspenso, por falta de verbas.

Segundo Júlia Gomes, representante do grupo que teve a utilização na tribuna autorizada pelos parlamentares, muitas famílias já receberam os avisos de que o atendimento iria parar. “Nossos filhos têm síndrome de Down, e a APAE é especialista nesse atendimento. Outras instituições são boas, mas não como a APAE”, ressalta.

“Para que uma criança típica possa andar, falar, brincar, comer, basta o apoio e estímulo familiar, dos meios sociais, escolar. Mas para uma criança com síndrome de Down, é preciso um investimento enorme da família e do estado em terapias, como fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicologia, psicopedagogia”, afirmou Júlia em seu discurso.

“Nós queremos filhos independentes, pessoas convivendo em sociedade, usu-

fruindo de todos os seus direitos e deveres, como qualquer cidadão. Não queremos a caridade. Queremos a garantia de direitos”.

De acordo com notas de esclarecimento publicadas no site da entidade, o atendimento a 46 pacientes do chamado Centro de Reabilitação/Setor de Saúde será descontinuado, “devido à queda das arrecadações e os parcos recursos públicos destinados ao serviço”. “No momento, a instituição não consegue mais arcar com os gastos para manutenção dos atendimentos. Esses 46 pacientes serão mantidos até abril do ano vigente e serão orientados à rede de saúde dos seus territórios”, esclarece a APAE. Na nota, ainda, a instituição informa que os usuários eram mantidos pela arrecadação de fundos através de eventos e captação de doações via telemarketing. “Vale ressaltar que a APAE mantém parceria com a gestão municipal, através da Secretaria de Saúde, para o atendimento de outros 120 pacientes, com recurso já insuficiente para o custeio do trabalho”.

A representante do grupo de pais que usou a tribuna na Câmara confirmou as in-

formações prestadas pela nota da APAE, e contou que, desde 2016, a instituição vem exigindo um encaminhamento do Sistema Único de Saúde (SUS) para o acompanhamento de alunos. “Antes, era só ir na APAE e fazer o cadastro, só que agora eles pedem para que seja feito um encaminhamento através da regulação. A gente não sabia que tinha que fazer esse procedimento”. Ainda segundo a mãe, a instituição tentava incluir as 46 crianças no repasse atual da Prefeitura, mas sem sucesso. “Agora, nos disseram para procurar o SUS e pedir esse encaminhamento, mas tem uma fila de espera”, explica a mãe. Em seu site oficial, a APAE informa que, pelo menos até o início de março, 44 pessoas estavam na lista de espera.

Para garantir o atendimento, o grupo está se reunindo com um advogado, que deve entrar com uma liminar para que a Prefeitura de Sorocaba arque com o tratamento das crianças até que se consiga o encaminhamento pelo SUS. Respostas A Prefeitura de Sorocaba foi procurada

e, por meio de nota, disse que o termo de colaboração com a APAE está vigente até junho deste ano.

Segundo a nota, a Prefeitura repassa R$ 175,00 por criança atendida e o contrato prevê o total de 120 crianças, totalizando R$ 21 mil mensais.

Ainda nesta quinta-feira (26), a Prefeitura informou que fará um novo Termo de Colaboração, incluindo as 46 crianças que deixariam de ser atendidas.

DESTAQUE

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Ponte que liga o Jardim São Guilherme ao Parque São Bento sofre vandalismo e causa risco a pedestres Guilherme Maganhato guilherme@grupozcomunica.com.br

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ponte foi criada para que pedestres pudessem transitar entre os bairros Jardim São Guilherme e Horto Florestal. Por segurança, bloqueios de concreto foram construídos, para impedir a passagem de bicicletas e motos. Mas não é isso que acontece. Há pelo menos seis meses, o bloco sofreu vandalismo e, agora, todos podem utilizá-la, trazendo risco aos moradores da região. Na última segundafeira (16), uma aposentada foi atropelada por um ciclista que descia a rua Benedita Cândida Piantore, em direção à ponte.

“Acharam que era batida de carro. Ele bateu nas minhas costas, e eu machuquei a boca e quebrei dois dentes”, ressalta Terezinha de Jesus Antunes, de 62 anos.

“A gente não tem calçada para andar, então tem que ser pela rua mesmo. Nunca tinha sido atropelada”, conta. Terezinha foi levada pelo Resgate ao Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS).

Por causa do acesso à ponte, a via em questão tem um alto movimento de motos. “Principalmente em horários de pico e à noite. Muitos motoboys e entregadores aproveitam, porque por aqui é bem mais

rápido”, detalha uma moradora do bairro, que não quis se identificar.

E os pedestres que passam por ali reconhecem os problemas. O pedreiro José Ivan da Silva, de 49 anos, passa por ali todos os dias, de manhã e à tarde. “A situação é ‘daquele’ jeito. Se você não sair da frente, eles [os motociclistas] passam por cima. Então você tem que dar a passagem”, reclama.

Já Damaris Maria de Souza é moradora do Carandá, mas passa pela ponte quando vai até a casa da filha, que mora no Jardim São Guilherme. “É ruim tanto para nós, como para eles [motociclistas]. Já aconteceu várias vezes de eu passar e vir um motociclista ao mesmo tempo. Teve um, uma vez, que quase caiu, porque a ponte é estreita”, relata.

Os motociclistas também não ficam contentes com a situação.“Tinha que fazer uma ponte maior aqui. É melhor vir por aqui do que dar a volta na avenida”, afirma Lene Brasil, 30 anos, entregadora de gás. “Só não passo aqui à noite. Até umas 19h, tudo bem.

Depois, é perigoso”, afirma.

Questionada, a Prefeitura de Sorocaba não respondeu se tem um plano de melhoria viária para a região, mas afirmou que enviaria uma equipe até a ponte para verificar a situação.

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Saae-Sorocaba investe R$ 3,5 milhões para levar água da ETA Prepare-se para o Outono-Inverno Cerrado a Brigadeiro Tobias

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Prefeitura de Sorocaba, por meio do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba (Saae), avança com as obras que vão garantir a distribuição de ainda mais água para a região do bairro Brigadeiro Tobias. Com o investimento total de cerca de R$ 4 milhões, a previsão é para que os trabalhos sejam concluídos no próximo semestre. A população hoje atendida com a água extraída pelo Saae-Sorocaba de poços artesianos terão o reforço do recurso tratado na ETA Cerrado. “O Saae-Sorocaba prossegue com o seu plano diretor. Estamos melhorando o abastecimento e garantindo condições para a expansão do consumo naquela região”, afirma o prefeito José Crespo.

O diretor-geral do Saae, Ronald Pereira da Silva, explica que a região de Brigadeiro Tobias sempre foi atendida pela rede do Saae água tratada e extraída dos poços perfurados

EXTRAVIO FUNSERV

Comunicamos o extravio da Carteirinha da FUNSERV em nome de VANI FÁTIMA DE MORAES - RG: 15.347.888-3 e carteirinha nº 11548-00.

nas imediações. “Com a nova rede de adução vinda da ETA Cerrado nós vamos evitar as eventuais interrupções do fornecimento nas partes mais altas da região, principalmente nos períodos de estiagem combinados com horários de pico”, declarou.

De acordo com o diretor Operacional de Água do Saae, Marcelo Moretto, a autarquia chegou agora à última etapa da obra, cujo início deu-se antes de 2010, para deixar mais robusta a rede de abastecimento para a região de Brigadeiro Tobias. Todo o restante do trabalho, como por exemplo, a instalação da rede de adução, construção de reservatório de água e de um “booster’, este último equipamento para promover a pressurização constante da rede de abastecimento.

A última etapa é a travessia construída pelo método não destrutível, para a passagem da rede de distribuição de água, sob a rodovia Raposo Tavares, no km 91,7. Como o trabalho será realizado sem a necessidade de qualquer interferência na rodovia, serão abertos dois poços um de emboque e outro de desemboque, com até dez metros de profundidade.

O diretor Marcelo Moretto explica que entres os dois poços e sob a rodovia, será construído um túnel revestido com tubo de concreto e pelo interior desse túnel passará a tubulação de polietileno, por onde vai passar

a água. Nessa última etapa da obra, a da travessia o Saae-Sorocaba está investindo mais R$ 621 mil.

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Outono começou e com ele chega as doenças respiratórias, congestão nasal, tosse, espirro entre várias outras enfermidades que aparecem com mais frequência nesta época do ano. Isso acontece devido ao ar estar mais frio e seco nessas estações, as variações de temperatura e o aumento da poluição favorecem a piora dos quadros acima.

Para ajudar nestes casos é importante manter-se bem hidratado (Tomar muita água, suco de frutas, água de coco) manter os ambientes limpos e arejados para evitar a proliferação de fungos. Em casos de dias muito secos usar umidificador é uma opção, e claro lavar sempre as mãos para impedir a disseminação dos vírus e bactérias.

Fazer higiene nasal com soro fisiológico inclusive nas crianças ajuda muito a prevenir a piora dos quadros. Suplementação de vitaminas como Ácido ascórbico (vitamina C) e ZINCO podem contribuir para o bom funcionamento do sistema imunológico.

E claro manter as vacinas em dia.

Farmacêutica Jéssica M Thomaz Becker

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Por uso irregular de verbas, Prefeitura deixa de fornecer cestas básicas a pacientes com HIV e hepatite Guilherme Maganhato guilherme@grupozcomunica.com.br

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erca de 150 pacientes, atendidos pela Prefeitura de Sorocaba, soropositivos ou diagnosticados com hepatite viral, estão sem receber cestas básicas. A Secretaria de Saúde informou que usava verbas federais que não poderiam ser utilizadas e, por isso, está mudando a forma de distribuição. A denúncia foi feita por uma paciente soropositiva, que não quis se identificar.

A denunciante conta que tem a doença há 17 anos e que há pelo menos três, faz uso da cesta.“Faz mais ou menos dois anos que pego todos os meses. Antes, eu tinha o cadastro, mas só pegava quando sobrava”, lembra. “O que nos falaram lá é que não tinha verba para comprar. E tem muita gente ali que precisa, muito mais do que eu”, ressalta.

Já a Prefeitura, no entanto, alega que estava utilizando uma verba federal para fazer a aquisição das cestas, o que não seria permitido, segundo o Centro de Referência em Treinamentos DST/AIDS/Hepatites Virais (CRT), do governo estadual. “Até o momento, as cestas básicas eram compradas com recurso do Fundo Nacional de Saúde, repassado ao município no bloco de Vigilância em Saúde/ Incentivo às ações de vigilância, prevenção e contingência das DST/AIDS e Hepatites Virais”, explica a Secretaria de Saúde (SES). No entanto, a orientação estadual informou, “com base na Lei Complementar nº 141 de 13 de janeiro de 2012, art 4º, inciso IV e VIII, não permite o

uso do referido recurso para a compra de cestas básicas”. Agora, quem vai assumir a distribuição dos alimentos é a Secretaria de Igualdade e Assistência Social (SIAS), porém, o fato de estar diagnosticado com HIV não será um critério para avaliação social para a liberação do benefício.

Dificuldades A paciente que fez a denúncia conta que a cesta básica era boa. “Só o feijão, que não tinha como comer, porque não cozinhava de jeito nenhum. Mas o resto, mesmo de segunda linha, era bom. Vinham dois pacotes de arroz de cinco quilos, um quilo de café, quatro leites, quatro achocolatados, três óleos, três pacotes de açúcar, quatro massas de tomate, entre outras coisas”. O último registro dela na carteira de trabalho foi em 2006 e, desde então, ela tem sobrevivido de trabalhos temporários. “A gente faz um bico aqui, outro ali.

Uma limpeza, quando aparece, mas é difícil.

Eu tenho quatro filhos e moro com um deles.

Outros dois me dão R$ 200 de ajuda de custo, e meu ex-marido me dá uma pensão vitalícia de R$ 220”, relata. “Só que agora, o filho com quem eu moro também está desempregado.

E mesmo que não estivesse: não é justo eu depender dele”.

Por causa dos medicamentos, a paciente ressalta que precisa ter uma alimentação de boa qualidade e bem regrada. “Eu tenho que tomar café, almoçar, jantar, comer verduras e frutas, por conta da minha baixa imunidade.

E agora, eu não tenho mais pó de café, não

tenho óleo. O açúcar também já acabou”. Na última semana, ainda, ela precisou pedir um adiantamento de R$ 50 a um dos filhos que a ajuda, para comprar mantimentos para a casa. “É difícil, porque a gente não pode se expor, fazer um protesto, mostrar a cara, por causa do preconceito”, lamenta. “Eu fui diagnosticada há 17 anos, e até hoje minha mãe não sabe. Eu tenho certeza que tem gente que, se soubesse da minha condição, e me desse um copo de água, quando eu fosse embora, com certeza quebraria o copo”.

Todos os pacientes são atendidos na sede do Serviço de Assistência Municipal Especializada (SAME), na Vila Hortência, Zona Leste.

A nota da Prefeitura, ainda, informa que foi solicitado um parecer jurídico quanto ao fornecimento das cestas básicas pela SES. Já a paciente fez uma reclamação na ouvidoria da Prefeitura, e aguarda resposta.“No meu caso, a cesta durava dois meses, mas tem muita gente que precisa mais do que eu. É uma doença que não escolhe cara, nem nada. Onde eu puder ir, para obter respostas, eu vou”.

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