Folha de Iperó - 17ª Edição (05/02/2016)

Entrevista

adeipero.com.br Fevereiro de 2016

Ele quer voltar!

Marcão afirma que é candidato natural do PSDB para Prefeitura, mas defende reciclagem

Plantão volta em Março

Pág. 08

Iperó | 05 de Fevereiro de 2016 | Nº 17 - Ano 1 www.folhadeipero.com.br - Distribuição GRATUITA

Centenário

Centenário, Casarão do Emílio mantém viva parte da história de Iperó

Págs. 06 e 07

POLÍTICA

www.folhadeipero.com.br Iperó, 05 de Fevereiro de 2016

Editorial

Em tempo...

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transferência do plantão da Polícia Civil para Sorocaba tem gerado muita especulação e preocupação para a cidade. No entanto, a discussão vai muito além disso.

Uma das ressalvas com relação ao caso é a questão das delegacias que amontoadas em um só prédio em várias cidades, aparentemente, com intenção de mostrar mais eficácia nos trabalhos e volume maior de recursos humanos. Há muita gente que ainda olha com desconfiança com relação a essa medida.

Quanto a questão específica de Iperó, não é só pela questão da comodidade, mas também pela questão do inconsciente coletivo de se sentir seguro. Ainda tem outros termos que é o retorno justo de tudo que pagamos de imposto e a questão da presença ostensiva e obrigatória do Estado, afinal, aqui, ninguém é anarquista.

Quanto a volta, de fato, da delegacia em esquema de plantão 24 horas, é aguardar o compromisso público de Polizeli e Carriel, e cobrar se a promessa for quebrada, se for o caso.

Folha de Iperó

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Polizeli e Delegado seccional garantem volta do plantão da Polícia Civil até março Marcel Scinocca marcel@folhadeipero.com.br

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prefeito Vanderlei Polizeli (PSB) e o delegado seccional de Sorocaba, Marcelo Carriel, garantiram que o plantão da Polícia Civil retornará na cidade até o final do mês que vem. As declarações foram prestadas em reunião no gabinete do chefe do Executivo na quarta-feira (4).

Conforme Polizeli, na presença de Carriel, serão dois problemas resolvidos. “Vamos resolver o problema de forma local. Será neste trimestre”, garante. “Vamos voltar o atendimento aqui, inclusive, vamos resolver o problema anterior, ou seja, o plantão”, conclui.

“Não é de hoje que estamos tratando de melhorias com relação a segurança de Iperó.

Essas tratativas foram focos de conversas com o prefeito Polizeli”, lembra o delegado. “São conversas que estamos fazendo há mais de um ano”, diz Polizeli.

Carriel destacou ainda que a cidade apresenta baixo índice de criminalidade e violência e que necessitava fazer uma adequação administrativa, já que Boituva faz parte da Seccional de Itapetininga e o município de Iperó pertence à Seccional de Sorocaba.

O delegado ainda destacou que a cidade ainda conta com o apoio intensivo das delegacias de Sorocaba, como a Dise que atua na questão de entorpecentes e a Dig, que tem foco em homicídios. Como exemplo, Carriel citou crimes desvendados pela Dig e que ocorreu na cidade e um caso envolvendo pedofilia resolvido pela DDM, que é a Delegacia da Mulher.

Carriel também destacou que a situação momentânea não penaliza os moradores de Iperó, uma vez que os boletins podem ser feitos no local através de um aval da Secretaria de Segurança. “A PM pode lavrar a ocorrência no local. Por isso, digo que não há prejuízo.

Mesmo que tenha plantão, ele não precisaria ir até a delegacia. Não há diferença legal entre o Boletim de Ocorrência da PM e o da Polícia Civil”, afirma Marcelo Carriel. “Não foi surpresa, porque o plantão já não era aqui, mas em Boituva”, diz. “Não houve prejuízo para a população, muito pelo contrário”, ressalta.

Polizeli e Carriel destacaram que a ideia não é levar o plantão 24 horas para a cidade por problemas relacionados ao alto índice de violência ou a criminalidade, mas, sim, pela questão da comodidade.

Fotos: Gabriela Salazar / Folha de Iperó

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Delegado seccional de Sorocaba, Marcelo Carriel e o prefeito Vanderlei Polizeli (PSB)

Visita - O deputado estadual Fernando Cury (PPS) visitou o Executivo de Iperó na quarta-feira (4). Recebido pelo prefeito Vanderlei Polizeli (PSB), Cury falou do fortalecimento da relação com a cidade e garantiu que as visitas serão cada vez mais frequentes.

POLÍTICA

Rápidas

pio do Programa Municipal de Controle da Poluição Sonora. A justificativa do vereador é que muitas pessoas estão sendo perturbadas a noite por carros de som, incluindo os vendedores de churros. As declarações repercutiram nas redes sociais. Ivo Paulo usou a tribuna da Câmara para afirmar que não teve a intenção de ofender os trabalhadores.

Mudanças no PSDB O ex-prefeito Marco Antonio Vieira de Campos, o Marcão (PSDB) foi eleito tesoureiro adjunto do diretório estadual do partido. No entanto, ele não pode acumular dois cargos e terá que deixar a presidência do diretório municipal do partido. Todo o processo está em tramitação e Samyra Pimenta Pereira Franklin, deve ser anunciada em breve como a nova presidente do partido. “A vice-presidente, que é a Samyra, assume”, aponta Marcão.

Fotos: Fernando Araujo / Folha de Iperó

Mal entendido do churros A edição de 22 de janeiro da Folha trouxe informações relativas às declarações do vereador Ivo Paulo Leite (PTB) com relação a uma indicação apresentada em favor do silêncio nas ruas da cidade no período noturno. O documento Indica a instituição no Municí-

Só ajudar Conforme as declarações, a intenção teria ocorrido apenas no sentido de ajudar. “A indicação, quero deixar bem claro, só tem o objetivo de regulamentar a lei do silêncio. Eu não tive e não tenho a intenção de atrapalhar ninguém. Só tenho a intenção de ajudar.

Referente aos vendedores de churros, quero deixar claro que eles podem vender sossegados que por minha pessoa, jamais serão incomodados”, destacou os vereador.

Reforma O presidente da Câmara, Sérgio Poli (PV) falou durante a sessão sobre as reformas que

devem ocorrer na Casa. Conforme ele, no ano passado, a prioridade foi a devolução de dinheiro mês a mês, mas as reformas, que não são grandes, se tornaram prioridades.

“Esse ano, vamos ter que mexer, sim. Em abril e maio deve começar a reforma da Câmara.

Tudo será feito gradativamente. É para melhor atender a população, como a acomodação, incluindo o piso e a infiltração. Também tem a questão da internet, que precisa melhorar para o internauta que acompanha as sessões”, afirma Poli Apagão Um apagão registrado na sessão do dia 26 de janeiro, reforçou a necessidade de reformas na casa. Devido ao problema, a sessão foi suspensa por alguns minutos até o reestabelecimento da luz. O problema teria sido uma sobrecarga no disjuntor.

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Convênio Um projeto de lei votado na sessão do dia 26 de janeiro permitirá um convênio entre a Prefeitura de Iperó e a associação existente no bairro. A ideia é trabalhar com mais ênfase na organização da infraestrutura do bairro, além de outras demandas como saúde e educação. Rogério Cruz, que preside a associação, comentou sobre a aprovação da lei. “É um alento para a população do local que precisa muito”, diz.

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Prefeitura notifica novamente empresa sobre problemas com cartão alimentação Marcel Scinocca

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Prefeitura de Iperó notificou novamente a empresa Ecopag para que esclareça os problemas com relação ao fim do convênio dos supermercados da cidade. A empresa também foi penalizada com multa. A informação é do Executivo e foi divulgada nesta quinta-feira (4).

Conforme a municipalidade, a empresa foi notificada em relação aos contratos, sendo penalizada através de multa de mora e multa compensatória, cada uma no montante de 10% sobre o valor dos contratos. “Através dessas notificações, a Prefeitura solicitou o posicionamento sobre a questão envolvendo os estabelecimentos credenciados e sobre a solução que será dada pela empresa em relação aos eventuais saldos existentes nos cartões dos servidores”, explica. “Aguardamos o posicionamento da empresa e, independentemente disso, enviou nova notificação na data de hoje, referente à suspensão dos pagamentos até a resolução da questão das multas, além da rescisão unilateral dos contratos”, ressalta.

Ainda de acordo com a Prefeitura, a empresa terá prazo de cinco dias para se manifestar, conforme determina a Lei de Licitações. Além disso, será aberto novo procedimento licitatório para a contratação de nova empresa.

Fotos: Fernando Araujo / Folha de Iperó

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O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Iperó acompanha a situação. “Causou uma grande preocupação, já que tirou o direito da compra dentro do município. A empresa estava recebendo, mas não oferecendo o serviço”, comenta a presidente Eloisa Helena Ribeiro Santos. “Uma das justificativas dos comerciantes é a demora no recebimento que chegavam a noventa dias. Aqui no município,

não temos nenhum estabelecimento credenciado”, lembra.

O último estabelecimento da cidade que recebia o cartão era o Supermercado Daki, porém o recebimento foi suspenso em 25 de janeiro.

A Ecopag foi procurada por diversas vezes para se posicionar sobre a situação, o que não ocorreu até a publicação dessa reportagem.

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Acusado de assassinato se entrega em Boituva

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acusado do assassinar um morador de Iperó em 28 de janeiro, na Rua Duque de Caxias, no centro da cidade, se entregou na delegacia de Boituva.

As informações são do delegado seccional Marcelo Carriel e foram repassadas na quarta-feira (3).

Sobre o caso De acordo com a Polícia Militar, a filha da vítima acionou a PM após não conseguir ser recebida na casa. O chamado ocorreu por volta das 12h30 dia 28. Os policias então adentraram o quintal da residência por um imóvel vizinho. Ao chegarem ao local, avistaram sangue próximo da porta e, posteriormente, o corpo.

Havia sinais de diversas perfurações no corpo.

A Polícia Cientifica compareceu ao local. Dezenas de populares também acompanharam os trabalhos das polícias.

Os vizinhos informaram que ouviram discussões na residência entre o final da noite de quarta-feira (27) e início da madrugada desta quinta-feira (28).

A Folha tentou contato com a Delegacia de Iperó durante toda a quinta-feira (4) para obter mais informações sobre o caso, porém, sem sucesso.

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CASARÃO DO EMÍLIO

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Centenário, Casarão do Emílio mantém viva parte da história de Iperó Marcel Scinocca marcel@folhadeipero.com.br

Surpreza, o primeiro jornal de Iperó, também foi criado e era mantido no imóvel.

Manutenção Manter o local preservado não é tarefa fácil. “Dá muito trabalho e muito gasto. Tudo que vai fazer é mais caro por causa do tamanho e da altura. Uma vez, cobraram R$ 8 mil para fazer uma pintura. É duro conservar, ainda mais que somos aposentadas do Estado e ganhamos uma fortuna”, ironiza. “É bom

Fotos: Fernando Araujo / Folha de Iperó

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bairro cortado pela estrada Benedito Paula Leite, que liga Iperó a Sorocaba, na região de Bacaetava, não tem o nome de Nova Era por acaso. O lugar tem uma relação absolutamente intrínseca, íntima e singular com a história de Iperó. Para ser mais exato, o lugar nasceu antes de Iperó.

E lá está um dos fragmentos mais importantes da história da cidade – o Casarão do Emílio, que recentemente completou cem anos. Placas na entrada do imóvel podem ser vistas a certa distância da rua, mas quando se adentra o quintal que se recebe as boasvindas com o dizer “Casarão do Emílio” escrito em uma placa em alusão a um grande litro. A arquitetura e a estrutura centenária do imóvel são mantidas praticamente intactas, apesar das dificuldades. “Muitas coisas aconteceram aqui, na casa do Euclides Guazelli, que era o antigo dono”, explica Nanci Pereira Guazelli, viúva de Emílio Guazelli, ao relembrar momentos memoráveis do Casarão. “Os primeiros donos foram os italianos que vieram para a região com o intuito de trabalhar na Fazenda Ipanema. Um deles era o Estevam Guazelli, que criou onze filhos aqui na casa, entre eles Emilio Guazelli”, diz.

As portas largas mostram a imponência das construções antigas. Caminhar pela casa é como decolar para o passado. A sala, bem ao estilo da época, ainda ostenta as criações em tijolinho, como o sofá e a estante.

De moderno, ou melhor, de contemporâneo, somente o televisor. No ambiente, a lareira, aparentemente desativada, é prova de que nos velhos tempos, o estilo de vida ali era outro. Ao lado, ainda no corredor, e também de tijolinho a vista, a estante gigante que guarda um acervo de centenas de livros e várias mídias. Bem cuidados pelas mãos zelosas de Nanci, o pretérito insiste em ser presente.

O primeiro cartório de Iperó também foi no Casarão do Emílio

que os jovens vejam e ajudem a conservar. O jovem está muito desinteressado das coisas antigas. Nós vamos fazer a nossa parte, no que dá”, diz Nanci. A aposentada ainda usa um poço cavado em 1947.

Nanci trabalhou por trinta e quatro anos em Sorocaba, dos quais, boa parte foi se deslocando diariamente de Iperó. “Eu gosto daqui. Quando ele (Emílio) morreu me perguntaram se iria vender e comprar um apartamento em Sorocaba. Disse que não”, garante. Nanci está no local há pelo menos 25 anos. Trabalhou em Sorocaba boa parte desse tempo. Era enfermeira padrão. Não via a hora de acabar o dia para vir embora para a casa”, relata. Quando marcava, Nanci contabilizou mais de quinhentos partos. Ela estima que tenha participado de um total de três mil nascimentos.

“O primeiro telefone, que era de manivela,

o primeiro telégrafo, a luz também foi acessa pela primeira vez aqui”, enfatiza a dona do imóvel. O casarão possui doze cômodos e algumas peculiaridades, como a cozinha, que possui dois acessos interno. “Aqui a gente vive na eterna lembrança”, destaca. No local, também havia bailes familiar e para amigos.

O primeiro cartório de Iperó também foi no Casarão do Emílio. Os documentos antigos foram enviados para Boituva e Iperó.

Uma escrivaninha em uma das salas é um dos resquícios do órgão que funcionou de maneira pioneira na cidade. “Aqui, as crianças da Iperó eram registradas”, explica Nanci apontando para o móvel.

Surpreza, o primeiro jornal de Iperó, também foi criado e era mantido no imóvel. O veículo de comunicação trazia informações importantes para os moradores, como a manutenção da lavoura. O periódico também

contava histórias e causos, além de fazer prestação de serviço.

Um mapa no casarão mostra o primeiro loteamento da cidade. O documento também foi feito por Emílio Guazelli. “Procuramos conservar. Só tivemos que tirar parte do assoalho que estava muito ruim. Mas a maior parte está como era há cem anos”, garante Nanci. “Enquanto der, a gente vai conservando”, acrescenta. Porém, quando perguntada sobre como acha que o casarão vai estar daqui a cem anos, Nanci não mede palavras.

“Estará no chão”, afirma.

CASARÃO DO EMÍLIO

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á no quintal, são vários caminhos em concreto, que, mentalmente, mais parecem túneis que nos entrelaçam para outros tempos. Logo de início, uma roda d’água, mais uma vez, denuncia a história do lugar. Ao lado de uma escada quase centenária, há uma calçada decorada com moedas. Mais um capricho do seu Emílio. A obra foi feita no inicio dos anos de 1980. Tudo ali tem um passado que muita gente nem ousa imaginar, como o carro de boi e o engenho de cana movido a tração animal datado de 1954.

As velhas e boas jabuticabeiras, algumas centenárias, também se fazem presente.

Parte delas é torneada com imensos bancos e mesas para confraternizações, um achado. Há ainda uma encantadora fonte, momentaneamente descansando.

Em outra construção, uma espécie de quiosque gigante, o passado, mais uma vez, se faz presente. Entre placas, rodas e panelas, um moedor de carne e um ferro a brasa fazem parte da decoração.

Como se ainda não bastasse, o local também conta com o cantinho da meditação, um sonho de Emílio só concretizado após sua morte. É uma pequena capela, cujo caminho é abraçado por centenas de pés de bambus e decorado por inúmeros bancos de concreto.

O Museu da Cachaça Em 13 de maio de 2004, o então Ferroviário aposentado Emílio José Guazelli deu uma entrevista para o Jornal da Tarde. Na ocasião, a ideia, segundo a reportagem, era

implementar o Museu da Cachaça. Naquele momento, Emílio já somava mais de três mil rótulos, alguns estimados na época em R$ 500. O sonho virou realidade e o acervo passou a ser visitado por milhares de pessoas anualmente. O local virou uma das referências turísticas de Iperó.

Apesar do amor pela cachaça, seu Emílio não tomava qualquer tipo de bebida alcoólica. A admiração pelos rótulos surgiu quando ele ainda era telegrafista da Sorocabana.

Era tantos rótulos que ele via desembarcar vindo de várias partes do país, que ele decidiu colecionar. “Era muito movimentado aqui quando havia o museu. Recebíamos mais de quarenta pessoas por dia”, afirma.

“Os rótulos eram nacionais e internacionais e caríssimos. Ele fazia doce de abóbora, entre outras coisas. Não era só a cachaça”, conta saudosa. O entusiasta Emílio partiu em 2010. “Quando ele se foi, ficamos um tempo abertos, mas pela idade, pelo cansaço, tivemos que fechar”, lamenta. “Não temos mais idade para isso. Ontem mesmo, vieram quatro chilenos visitar. Recebíamos muitos grupos de motos”, explica a cunhada Neusa Pereira Viegas, que há quase cinco anos mora no local, após deixar a vida agitada de São Paulo. “Não tinha hora de almoço, de janta. Ele era um entusiasta e deu essa barda. Às vezes, era 10h da noite e tinha gente aqui”, relembra novamente.

Na adega, ainda há alguns exemplares do que sobrou do Museu da Cachaça. Alguns deles serão colocados a venda. No entanto será apenas o conteúdo e suas respectivas embalagens, já que certas coisas permanecerão eternamente ali, porque lembrança e saudade nunca estarão a venda.

Fotos: Fernando Araujo / Folha de Iperó

História por toda a parte

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ex-prefeito Marco Antonio Vieira de Campos, o Marcão (PSDB) afirmou que é o candidato natural do PSDB à prefeitura de Iperó. No entanto, Marcão diz defender a reciclagem dentro do partido. As afirmações foram reveladas pelo tucano em entrevista à Folha no final do mês passado.

“O candidato natural seria eu, para voltar a um mandato, mas isso não quer dizer que vá acontecer. Tem que haver reciclagem e mais pessoas pensando pela cidade. “Isso é o povo que tem que falar e não a gente. É claro que o PSDB está avaliando para ver o que é melhor para a cidade. O PSDB sempre contribui para a cidade e não é ganância pelo poder. É diferente. A gente sempre contribui com a cidade, independente de estar no poder ou não”, garante. “O primeiro recape entre Iperó e Sorocaba, nós trouxemos no governo do Marcos Andrade, que foi uma emenda do deputado Pannunzio (Antonio Carlos Pannunzio) na época junto com o governador e a gente sempre procurou ajudar. As pesquisas indicam que nós somos bem vistos pela população”, explica.

Marcão também falou sobre os problemas que ocorrem no partido, incluindo as desavenças. “O PSDB é um diretório pleno. O presidente sou eu, mas há uma transição. Eu estou assumindo um cargo estadual e você não pode acumular executivas. Então, essa semana nós acabamos de acertar as contas do partido.

O partido está se preparando para a próxima eleição e está analisando as coligações.

A nossa base na câmara é o vereador Joel, de George Oetterer, que já está com a gente faz tempo e tem sido correto, conversa com o partido e comparece às reuniões. O outro que é o ‘jovem’ que não se enquadrou no que a gente pensa. A gente discorda plenamente e acho que está só esperando um momento político para sair do partido”, comenta sobre o vereador Leonardo Folim. “Não vemos reconciliação. Pode ser é claro, se ele se adequar ao partido. O partido tem regras, têm comportamentos. O partido fechou a questão sobre as contas e, na câmara, ele votou contra. Então, se ele votou contra o fechamento na questão do diretório municipal, ele está sujeito a sanções nesse ato de disciplina que é o que está sendo analisado agora”, comenta.

Marcão é enfático ao ser questionado se o vereador corre o risco de ser expulso. “Corre (o risco). Agora, é uma análise política que nós vamos usar no momento adequado”, explica.

Polizeli O tucano também comentou sobre a relação do partido com o prefeito Vanderlei Polizeli, atualmente no PSB. “Infelizmente, nós apoiamos o atual prefeito. Achamos que poderíamos dar o voto de confiança porque

participou do meu antigo mandato, mas nós estamos vendo na administração que ele também não se enquadrou no que a gente imaginava. Vemos uma cidade que está tendo déficit, que não está tendo investimentos. A gestão é fundamental e a população está avaliando isso. É o que a gente escuta no rádio”, argumenta.

Conforme Marcão, a primeira decepção foi no caso da Sabesp. “Juntamos voluntários do partido e em uma semana colocamos o sistema em pé. “Quero deixar frisado que o PSDB nunca pediu um cargo na prefeitura, os cargos que ficaram lá foi ele que decidiu e um tempo depois tivemos notícia que ele decidiu sair (do partido). O caso da água que falamos aqui, água é 24 horas. É como saúde. Você não dorme porque emergências acontecem. O sistema de água é a mesma coisa, esqueceram que tinham que trabalhar. Acharam que as bombas fariam tudo sozinhas. A população de Iperó não via, mas eram os anjos da guarda que faziam”, comenta. “O que aconteceu é que potencializaram um problema, terceirizou água, terceirizou recape, terceirizou toda administração é, por isso, que não tem dinheiro”, acrescenta.

Crise Marco Campos também comentou sobre a crise financeira do país, especialmente na indústria automobilística, setor que sua empresa atua. “Essa não é a primeira crise. Infelizmente, nós já tivemos outras crises na década de 1980 e 1990.

O Brasil regrediu e há o governo do PT, irresponsavelmente, tentando enganar o povo com ‘petrolões’ e ‘mensalões’. Sem contar o presidente Lula ainda fala que não teve gente mais honesta do que ele. Para mim, está clara a roubalheira e o Brasil quebrou. Essa é que é a verdade e nós estamos pagando o preço, mais uma vez. E esse preço não é um preço financeiro. É o preço, acima de tudo, do desenvolvimento de uma geração”, explica.

“Os trabalhadores estão sendo desempregados porque não há como pagar essa conta. A massa salarial tem que diminuir, então, a conta não fecha. O partido que deveria preservar o emprego é o que mais gerou desemprego na história do país”, diz referente ao partido oponente”, desabafa.

Por fim, o ex-prefeito também falou sobre a Ação Civil Pública que responde, na qual teve seus bens bloqueados. “Eu consigo sair na rua e o povo me reconhece, sabe quem eu sou. Independente da política, sabe o que eu tenho de patrimônio, sabe o que eu declarei. Eu não tenho dificuldade nenhuma. Se eu cometi um ato falho, que eu entendo que não, eu já coloquei bens em garantia, não precisava bloquear todos os meus patrimônios.

Os honorários advocatícios é R$ 800 mil. O prefeito tinha que ter continuado o processo e ele não continuou”, ressalta.

Fotos: Fernando Araujo / Folha de Iperó

Marcão afirma que é candidato natural do PSDB para Prefeitura, mas defende reciclagem

Estagiário é desligado do Detran após irregularidades com multas de trânsito

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Prefeitura de Iperó desligou na semana passada um estagiário que prestava serviços para o Detran/Ciretran da cidade. O caso envolveu o sumiço de documentos e a cobrança irregular de multa de trânsito.

Na quarta-feira (27), ao menos duas pessoas prestaram depoimento aonde as situações teriam sido confirmadas.

O próprio autor das irregularidades teria confirmado a situação.

Tudo começou quando agentes do Detran desconfiaram do desaparecimento de documentos na instituição.

Policiais Militares abordaram uma das motocicletas envolvida na situação. Eles estranharam o fato do veículo não possuir pendências junto ao Detran e seu condutor ainda portar documentos que são retidos quando certas situações são regularizadas.

De acordo com fontes ouvidas pela Folha, a pessoa citada na investigação cobrou R$ 50 reais para “resolver o problema” em um dos casos.

O Departamento Estadual de Trânsito do Estado de São Paulo confirmou as suspeitas e relatou que houve o desaparecimento de documentos relativos a multas e de propriedade de veículos na unidade de Iperó. A en-

tidade esclareceu que prestou todo o apoio necessário às investigações. A entidade ressaltou que o “próprio Detran.SP detectou o sumiço (dos documentos) e acionou a polícia.”

A Prefeitura de Iperó informou sobre o caso que tomou conhecimento dos fatos por meio do próprio Detran, não tendo qualquer relação com o inquérito em questão.

“A Prefeitura ressalta também que não é conivente com esse tipo de situação e por isso tomou as providências no sentido do desligamento do estagiário que atuava junto ao Detran.”

De acordo com o Executivo, existe uma parceria com o Detran para dar auxílio às questões administrativas do órgão. Mas, até mesmo a seleção do estagiário, dentro dessa parceria, é feita pelo próprio Detran.

www.folhadeipero.com.br Iperó, 05 de Fevereiro de 2016

Carros em situação de risco e abandono poderão ser removidos pela prefeitura, determina Justiça Marcel Scinocca marcel@folhadeipero.com.br

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Prefeitura de Iperó conseguiu na Justiça autorização para remoção de veículos mantidos de forma irregular em áreas da cidade. O despacho com a autorização foi dado em julgamento da juíza Heloisa Helena Franchi Nogueira Lucas no último dia 21 de janeiro.

A reportagem da Folha esteve no local na quarta-feira (3) e constatou estado de abandono da área. Dezenas de carros ocupam uma área extensa na avenida Dr. José Marques Penteado. Vizinhos do imóvel relataram o medo e a preocupação com a situação, especialmente com relação a animais peçonhentos e ao aedes aegypti.

Ninguém foi encontrado no local para comentar a situação.

Processo Conforme a Prefeitura, o processo se refere à retirada dos veículos que estão no pátio do guincho na entrada da cidade. “O pátio estava localizado no Distrito Industrial e mudou de endereço sem autorização, o que fez o município entrar com a ação judicial. Como o responsável não adotou as providências cabíveis na época, o processo continuou”, afirma. “A Prefeitura destaca que recentemente pediu autorização para retirar os veículos e

colocar em local adequado. A juíza autorizou a remoção dos veículos, mas antes pediu um levantamento sobre a quantidade e os tipos de veículos existentes no local. O responsável informou que não tinha esse controle e poderia fazer o levantamento, mas demoraria muito tempo”, continua.

Diante disso, “a Prefeitura fez novo pedido no processo relatando sobre a responsabilidade do estado e informando que o responsável pelo local não tinha controle sobre os veículos. O município solicitou o encaminhamento de novo ofício ao Detran, para que o órgão indique o local onde serão colocados os veículos. O ofício foi enviado em 28 de janeiro e aguarda a resposta para que seja possível iniciar a remoção. O documento para o Detran, com relação a liberação e transferência de veículo, foi emitido pela Justiça no dia 29 do mês passado.

No mesmo processo, a prefeitura de Iperó conseguiu autorização judicial para retirar veículos que estariam na mesma situação no bairro Capoava.

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Derrubada de árvores chama a atenção de moradores na Vila Augusta Gabriela Salazar redacao@folhadeipero.com.br

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oradores do bairro Vila Augusta estão preocupados com o corte de árvores que ocorrem na Rua Araçoiaba. Duas árvores de grande porte foram cortadas, segundo os moradores as árvores tinham mais de 30 anos.

As árvores foram cortadas em toras, como costume quando são comercializadas. Um dos moradores relatou que um homem com uma motoserra esteve no local para realizar os cortes.

A Prefeitura de Iperó declarou que o corte destas árvores foi autorizado, pois, estavam causando danos estruturais devido à presença de cupins e brocas. Porém, as imagens mostram que as árvores aparentavam estar em bom estado. A Prefeitura também ressaltou que cabe ao solicitante à retirada dos galhos, troncos e folhas.

Sujeito a multa A Prefeitura alerta que nenhuma árvore urbana pode ser erradicada ou podada sem autorização prévia. O procedimento irregular é plausível de multas dos órgãos municipais e órgãos ambientais do Estado e da União.

O plantio ou doação de mudas deve ser realizado, aos órgãos ambientais, sempre que houver o corte de uma árvore e devem estar detalhadas na autorização emitida pela Prefeitura.

As denúncias de corte ilegal podem ser feitas à SERAT - Casa da Agricultura, pelo telefone 3266-3694, das 7h às 17h.

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www.folhadeipero.com.br Iperó, 05 de Fevereiro de 2016

Animais na pista e má No meio do caminho tinha um buraco... iluminação preocupam A população Gabriela Salazar

redacao@folhadeipero.com.br

pós reportagem veiculada na edição anterior da Folha de Iperó, que retratava o estado de má conservação de algumas vias da cidade, uma jovem se feriu em um buraco na Rua Prestes Maia, que fica no centro.

O fato ocorreu na tarde da quinta-feira (28). Uiliane Moreira, 19 anos, estava indo entregar currículos quando se feriu em um buraco próximo a sua casa. A jovem conta que mesmo com dor seguiu para a cidade de Boituva e quando voltou no período da noite passou pelo Pronto Atendimento de Iperó, onde foi medicada e teve o seu pé enfaixado.

Em consulta com o ortopedista na última quarta-feira (3) foi autorizada a retirada da tala, porém a moça ainda se queixa de dores. Mesmo com o ocorrido Uiliane diz que não pretende processar a Prefeitura.

“Não passou pela minha cabeça. Doeu muito”, explica.

A Prefeitura de Iperó declarou que os serviços da operação tapa-buracos estão sendo realizados normalmente. E confirmou que a Rua Prestes Maia está incluída no processo de recapeamento e que a equipe está executando os serviços de acordo com um planejamento alternando entre a área central e os demais bairros.

Gabriela Salazar

há mais de 30 anos.

redacao@folhadeipero.com.br

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falta de iluminação adequada e a presença de animais no acesso à rodovia José Sartorelli, que liga Iperó à Boituva, tem sido motivo de preocupação para a população que utiliza a via. Moradores relatam que o problema é antigo.

Um dos moradores faz uso desta estrada diariamente para chegar ao trabalho.

Ele conta que protocolou, há cerca de um ano, uma reclamação junto a Prefeitura quanto à presença dos animais e a falta de iluminação adequada. “Após o protocolo, eu fui orientado a aguardar”, explica o morador que pediu para não se identificar.

Quando questionada sobre a situação do local, a Prefeitura informou que o Departamento de Fiscalização tem notificado os proprietários nos casos de animais soltos nas vias e ressaltou que a responsabilidade de mantê-los longe das vias públicas é dos proprietários.

A mesma iluminação há 30 anos A Prefeitura ressaltou que está sendo feito um estudo para alterar o modelo de iluminação utilizado no trecho entre a linha férrea e a ponte sobre o Rio Sorocaba.

O Executivo declarou também que as manutenções têm sido efetuadas, porém, o sistema utilizado está em funcionamento

Orientação para população A Prefeitura orienta que a população entre em contrato com o Departamento Municipal de Trânsito (DMT) através do telefone (15) 3266-4407 e a Guarda Civil Municipal (GCM) através do telefone (15) 3266-1617 quando avistar animais em vias públicas, para que possam sinalizar o trânsito. Reclamações sobre o sistema de iluminação podem ser efetuadas através do site: http://www.ipero.sp.gov.br/manutencao-de-iluminacao-publica/

Buraco na rua Prestes Maia

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