GLAUCO MATTOSO
fevereiro
J
4
2013
SONETO BOCETEIRO [309] Pequenos, grandes labios, um clitoris. Pentelhos. Secreção. Quentura molle, que envolve meu caralho e que o engole. Não saio até gozar, nem que me implores. Diana. Dinorath. Das Dores. Doris. Aranha. Taturana. Ovelha Dolly. Pelluda, cabelluda, ella nos bolle na rola, das pequenas às maiores. Boceta existe só para aguçar a fome dos caralhos em jejum. Queremos bedelhar, fuçar, buçar! Agora não me fallem do bumbum! Do pé tampouco! Vou despucellar o buço dum cabaço, acto incommum.
CREAÇÃO DA BOCETA [4464] Creada foi por homens de valor nas suas profissões: um açougueiro chegou, com faca, e talho deu, certeiro. Depois, um marceneiro quiz propor: Com malho ou com formão, seja o que for, um furo fez no centro. Ja um terceiro que veiu era alfaiate e, por inteiro, velludo poz no forro interno, em cor. O quarto, um caçador, raposa poz por fora. Um pescador, o quincto, quiz um peixe lhe passar e odor propoz. O sexto, um padre, a benze e só xixis permitte que ella faça. Mas, depois, lhe fode o fundo o septimo... e quer bis!
Ricardo Pozzo