O SÃO PAULO - edição 2991

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Região Sé

www.arquidiocesedesaopaulo.org.br 25 de fevereiro a 5 de março de 2014

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Ministros da Comunhão têm primeira reunião do ano Centro de Pastoral da Região

Encontro destacou o aspecto missionário desse ministério extraordinário instituído para o serviço à comunidade eclesial Fernando Geronazzo

Colaborador de Comunicação da Região

A primeira reunião de 2014 dos coordenadores SÉ paroquiais dos ministros extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística na Região Episcopal Sé aconteceu na manhã do último sábado, dia 22, na Paróquia Santa Generosa, na Zona Sul de São Paulo. O encontro foi conduzido pelo padre Helmo César Faccioli, responsável por acompanhar os ministros na Região. O tema foi a preparação de novos ministros e a renovação do mandato daqueles que já exercem o ministério. Logo no início da reunião, o padre Helmo falou da importância da função dos coordenadores. “Coordenar significa animar, não significa fazer tudo, nem somente distribuir funções. O ministério da coordenação tem que ter o sentido missionário. Na Igreja, quem coordena exercita a missão e deve não só ser o ponto de unidade, mas, também, aquela força para ajudar a trazer novas pessoas para fazer parte da vida da comunidade.” O Padre propôs que cada coordenador tenha, o mais breve possível, uma conversa com seu pároco no que diz respeito aos novos ministros. “Quem, por direito, apresenta o ministro é sempre o pároco. Porém, nada impede de o coordenador sugerir ao pároco alguns nomes.” Uma questão delicada a qual os coordenadores também devem auxiliar os párocos é em relação àquelas pessoas que não têm mais condições físicas para exercer o ministério. “Às vezes, a pessoas está com agenda regional

Terça-feira (25) e quarta-feira(26),19h30 Encontro Regional de Formação Litúrgica na Paróquia Imaculado Coração de Maria (rua Jaguaribe, 735, Santa Cecília).

Coordenadores dos ministros extraordinários da Sagrada Comunhão da Região Sé participam de formação no sábado, 22, e falam sobre a missão na Igreja

muita dificuldade de locomoção, por exemplo. É delicado, porém é pastoral e de caridade ajudar as pessoas a tomarem consciência de que é hora de parar o ministério. Isso não significa acabar com a vida da pessoa. Nós temos que ter a virtude do desapego da própria função que exercemos”, destaca padre Helmo, lembrando que esse ministério não é perpétuo, mas temporário, e recordou o testemunho do papa Bento 16, há um ano, ao reconhecer suas limitações físicas e da idade ao renunciar o pontificado. “Lembremos que, em decorrência do Batismo, o mais importante

não é o que fazemos, mas o que somos, ou seja, sermos cristãos”, completa. Outra orientação dada pelo padre Helmo aos coordenadores foi em relação a não reduzir o ministério somente para as funções litúrgicas. “Temos que cair na conta do grande apelo do próprio papa Francisco para irmos ao encontro das pessoas. O ministro que não tem um enfermo para visitar deve repensar um pouco sua missão. Se eu não tenho condições físicas de visitar um doente, então devo repensar a minha função de ministro.” Outro aspecto ressaltado

na formação é quanto ao nome correto da função, ministério extraordinário da Sagrada Comunhão Eucarística, não “ministro da Eucaristia”, como popularmente é dito. “Somente o sacerdote validamente ordenado é o ministro, que, fazendo as vezes de Cristo, é capaz de realizar o sacramento da Eucaristia. Por isso, o nome de ministro da Eucaristia cabe ao sacerdote”, explica o padre Helmo, que acrescenta: “Em virtude do sacramento da Ordem, são ministros ordinários da comunhão os bispos, presbíteros e diáconos, a quem lhes compete distribuir a comunhão”, de modo que em

uma missa na qual há a presença desses ministros, eles têm a precedência para distribuir a comunhão. Isso explica o caráter extraordinário dos demais ministros. A programação para a preparação dos novos ministros ficará a cargo dos setores. “Essa preparação é obrigatória para os novos e antigos ministros. E os antigos devem ser os primeiros a estar presente para dar testemunho aos novos”, alerta o padre Helmo. Para essa formação, está sendo preparada uma nova edição do livreto de orientações elaborada pela Região.

palavra do bispo

Que a vossa alegria seja completa Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Sé

Dom Tarcísio Scaramussa

Aproxima-se o carnaval, e já sentimos o clima de festa próprio deste tempo. Enquanto muitos vão às ruas, outros aproveitam para viajar, ou se recolher para descansar, fazer retiros ou encontros de reflexão e partilha da fé. Todos buscam a alegria. As primeiras palavras que dão nome à exortação apostólica do papa Francisco sobre a evangelização foram escolhidas certamente com a

convicção de que “a alegria do Evangelho” tem a força para marcar a dinâmica necessária para um grande impulso missionário. O filósofo e psicanalista argentino, Miguel Benasayag, que vive há muitos anos em Paris, e o professor de psiquiatria infantil e da adolescência, Gérard Schmit, da Universidade di Reims, fazem uma análise esclarecedora do nosso tempo (cf. M. Benasayag, G. Schmit, L’epoca delle passioni tristi, Feltrinelli, Milano, 2004). Eles pesquisaram o motivo que está por trás dos sintomas que percebem em seus consultórios. Em síntese, a grande maioria das pessoas

que os procura não apresenta sofrimento de origem propriamente psicológica, mas refletem a tristeza difusa que caracteriza a nossa sociedade contemporânea, atingida por um sentimento permanente de insegurança e de precariedade. Sem promessa de futuro, o desejo se agarra ao presente. É preciso aproveitar hoje, porque não há perspectiva para amanhã. Segundo o papa Francisco, “o grande risco do mundo atual, com sua múltipla e avassaladora oferta de consumo, é uma tristeza individualista que brota do coração comodista e mesquinho, da busca desordenada de prazeres superficiais,

da consciência isolada” (EG, 2). Mas o papa fala também de cristãos que perderam o ânimo, “que parecem ter escolhido viver uma Quaresma sem Páscoa”, ou de evangelizadores “com cara de funeral” (EG, 10). O reencontro com Cristo, fonte de toda alegria, é a fonte de um novo vigor espiritual e de uma nova fecundidade evangelizadora. “Sempre que procuramos voltar à fonte e recuperar o frescor original do Evangelho, despontam novas estradas, métodos criativos, outras formas de expressão, sinais mais eloquentes, palavras cheias de renovado significado para o mundo atual” (EG 11).


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