Jornal Fevereiro

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O BREVES - 27 DE FEVEREIRO DE 2012

Cultural

Prioridades

Criação de emprego e fixação de jovens

O Secretário Regional da Economia, Vasco Cordeiro, defendeu, a necessidade das entidades públicas regionais, continuarem a desenvolver uma aposta muito forte na criação de emprego, no apoio ao desenvolvimento económico, ao empreendedorismo e à criação de empresas de forma a permitir, “a criação de valor para os Açores, a formação dos nossos jovens, a criação de condições de vida atractivas para que se estabeleçam nos Açores e formem família, para que todas as açorianas e açorianos encarem os Açores como uma Região com futuro”. Vasco Cordeiro falava na cerimónia de inauguração do novo edifício do Clube Naval das Velas, um investimento de cerca de 400 mil euros que vem dotar aquela colectividade de condições de excelência para o desenvolvimento das suas actividades. Um dos elementos que devem potenciar a aposta estratégica das entidades públicas, salientou o governante, reflecte-se “na importância que damos ao mar e do papel que este pode ter, não só como elemento desportivo e cultural, mas também como pólo de desenvolvimento económico, capaz de proporcionar em todas as nossas ilhas novas oportunidades de negócio e de criação de emprego”. “Com esta estratégia”, acrescentou que, “é visível em todas as nossas ilhas, em especial nas de menor dimensão (como São Jorge), termos reforçado o apoio às actividades marítimas, quer seja pela implementação de núcleos de recreio náutico, na construção de edifícios de apoio a esses núcleos, ou na criação de sistemas de incentivo capazes de acarinhar as iniciativas desenvolvidas pelos nossos empresários, em especial os jovens que procuram criar valor acrescentado nas suas ilhas”. Os resultados, assegura o Secretário Regional da Economia, “são bem visíveis, por muito que alguns a tentem desmerecer: Por

exemplo, actualmente os açores têm 103 operadores com perto de 170 embarcações registadas na actividade marítimo-turística com volumes de negócios da ordem dos 3 milhões de euros e que tem sido um impulsionador da criação de emprego na Região. Estando, actualmente registados no sector mais de 300 profissionais marítimos”. Para Vasco Cordeiro, “é indiscutível que este desenvolvimento é fruto da força empreendedora dos Açorianos. No entanto, também é de inteira justiça realçar os méritos dos diversos sistemas de incentivos existentes, que apoiam a capacidade de iniciativa e o espírito empreendedor dos Açorianos. Basta apenas atentar que, do total de cerca de meio milhão de euros de apoios concedidos pelo «Empreende Jovem», em projectos ligados às actividades marítimo-turísticas, cerca de 43% são referentes a iniciativas de jovens empreendedores de S. Jorge, e 78% respeitam a projectos implementados aqui no Triângulo, para constatarmos o dinamismo que, sobretudo neste sistema de incentivos, tem existido nesta ilha”. O novo edifício do Clube Naval das Velas permite dotar esta entidade com todas as condições para desenvolver as suas actividades de formação e de prática de vela, actividade tradicional do clube e na qual estão inscritos cerca de duas dezenas de jovens praticantes. O clube fica também dotado de uma sala adequada para a formação de marítimos, numa nova infra -estrutura formativa que confere ao clube a dignidade requerida a uma instituição que, com o seu esforço, dedicação e elevado profissionalismo, se certificou para estas práticas lectivas junto da autoridade marítima nacional, o IPTM. Nesta vertente da actividade do Clube Naval de Velas, destacam-se os cursos de marinheiro e de patrão-local.

Sociedade Filarmónica Nova Aliança

Entrada Brilhante em 2012 A Sociedade Filarmónica Nova Aliança apresentou-se no Auditório Municipal das Velas completamente renovada, no início do mês de Janeiro, aquando do concerto de Ano Novo. Cerca de cinquenta músicos, dirigidos pelo jovem Maestro Joseph Pereira, interpretaram um reportório especial para o momento. Notou-se empenho e motivação dos músicos, na sua maioria jovens, que provocaram uma notável empatia entre a banda e o público. Joseph Pereira dirige a Nova Aliança há pouco mais de um ano. Teve formação musical na União Popular da Ribeira Seca, com o Maestro Flávio Leonardes. “Depois de conhecer as potencialidades dos músicos começamos a adquirir novos instrumentos, que não existiam, e passamos à fase seguinte que foi introduzir na banda um reportório diferente. Penso que surtiu bom efeito e os músicos estão motivados. Neste momento procuramos trabalhar mais, alargando o nosso reportório para continuar a inovar”. – disse Joseph Pereira. Manter a filarmónica com qualidade não é fácil para os directores de qualquer colectividade. Mesmo assim, nos últimos três anos, a direcção da Sociedade Filarmónica Nova Aliança, investiu na banda cerca de 150.000,00€ (cento e cinquenta mil euros). “Só em 2011, para renovar e adquirir mais equipamento para a precursão, investimos cerca de 30.000,00€ (trinta mil euros). São custos elevados e as ajudas são muito poucas. A nível local a nossa sociedade não recebe qualquer apoio e, a nível regional, a Direcção

Regional da Cultura, na minha óptica, está a trabalhar mal. No nosso caso apresentamos dois projectos por ano e recebemos apenas 10% (dez por cento) do valor total. No investimento global, que lhe falei, 150.000,00€ (cento e cinquenta mil euros), recebemos 15.000,00€ (quinze mil euros) da Direcção Regional da Cultura. Penso que não é assim que se trabalha e ajuda as filarmónicas. Um dia destes, quando as filarmónicas começarem a fechar as portas, não venham com desculpas porque a culpa não será das direcções nem dos músicos. No nosso caso concreto, se não fossem alguns apoios que recebemos de outras secretarias regionais, nomeadamente da Secretaria Regional da Ciência Tecnologia e Equipamentos (SRCTE), não conseguíamos ter uma filarmónica como temos hoje em dia”. – disse Adriano Cabral, Presidente da Sociedade Filarmónica Nova Aliança. O Presidente da sociedade adianta ainda que, “Só pensam na Lira Açoriana, que recebe da Direcção Regional da Cultura (DRC) por ano, cerca de 600.000,00€ (seiscentos mil euros), e as restantes instituições recebem umas migalhas para se manterem durante o ano inteiro”. Além do investimento, feito o ano passado (2011), a Nova Aliança tem como objectivo ir até aos Estados Unidos da América, este na ou no próximo. Para isso, necessita de alguns apoios para a realização deste sonho, já antigo. Adriano Cabral pede aos emigrantes ajuda para esta viagem que, no seu entender, seria o melhor prémio a dar aos músicos da Sociedade Filarmónica Nova Aliança.


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