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2 fevereiro de 2017 9 de

Presidente Marcelo apadrinha Serras do Porto

quinzenal

custo 0,5 euro

AD Valongo vence campeonato distrital de hóquei em sub17

Monumento comemora 180 anos do concelho

diretor: agostinho ribeiro

Deputado Municipal condenado por difamação recorre Dança, Côr, Som e Luz no Pavilhão de Ermesinde


Abertura

9 de fevereiro de 2017

Valongo líder da transparência no distrito do Porto O município de Valongo volta a estar entre os primeiros no que ao IMT (Índice de Transparência Municipal) diz respeito, chegando ao oitavo lugar do ranking nacional. No que diz respeito ao distrito do Porto é líder. Refere o presidente da Câmara, José Manuel Ribeiro: “estamos no Top 10 e a trabalhar para sermos primeiros! Agradeço a todos os que nos acompanharam nesta caminhada e que contribuíram para alcançarmos estes resultados tão positivos”. Este índice mede o grau de transparência das Câmaras Municipais através de uma análise da informação disponibilizada aos cidadãos nos seus web sites. O ITM é composto por 76 indicadores agrupados em sete dimensões: 1) Informação sobre a Organização, Composição Social e Funcionamento do Município; 2) Planos e Relatórios; 3) Impostos, Taxas, Tarifas, Preços e Regulamentos; 4) Relação com a

Sociedade; 5) Contratação Pública; 6) Transparência Económico-Financeira; 7) Transparência na área do Urbanismo. Na nossa área, Lousada aparece a seguir a Valongo, em 11º lugar e Paços de Ferreira em 14º. Por outro lado e, pela negativa Paredes está em 136º lugar. Gondomar está na posição 67 e Maia está na posição 93. No plano nacional, Alfandega da Fé é líder e o 308º (último) é Penela.

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O Castelo Hartheim

Opinião de

Rui Machado *

A 27 de janeiro de 1945, já nas últimas páginas na 2ª Guerra Mundial, as tropas soviéticas libertaram o maior campo de extermínio nazi: Auschwitz-Birkenau. Milhões de pessoas entraram pelos seus portões mas muito poucos conseguiram perservar a sua vida lá dentro. Achou-se então que esse dia havia de adquirir uma

forte e importante dimensão simbólica. Assim, no passado dia 27 de Janeiro assinalou-se, mais uma vez, o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Dia mais que pertinente e que sustenta a velha máxima de “lembrar para nunca esquecer”. Todavia, em rigor, não se poderá considerar, felizmente, que o holocausto seja o período histórico mais esquecido da Humanidade. Muito pela influência e poder judaico as atrocidades cometidas durante a Segunda Grande Guerra estão descritas em todos os livros de História e até em variadíssimos filmes e séries televisivas, para que ninguém se esqueça o horror que o Homem foi capaz de obrar. Por achar que não há vítimas mais valiosas que outras, mesmo que tenham sido em maior número,

parece-me estar por fazer o reconhecimento efectivo de toda a dimensão da crueldade perpetrada pelo regime nazi tutelado por Adolf Hitler. Os dentes do cruel ditador não se cerraram forte apenas para os descendentes de Sem filho de Noé. Por razões raciais ou ideológicas, os suásticos, não se encolheram de ódios e, comunistas, socialistas, social-democratas, líderes sindicais, eslavos, ciganos, intelectuais, padres católicos, homossexuais e pessoas com deficiência, souberam quão escura se pode tornar a condição humana. Mas é sobre este último grupo de pessoas que me quero, convosco, debruçar. Por ser ainda hoje um grupo particularmente frágil e vulnerável será mais que apropriado fazê-lo. Na Idade Média, Petrarca, pegou no saber da Grécia

Antiga relativa à Teoria dos Ciclos Históricos onde se postulava que o progresso das sociedades humanas desenvolver-se-ia de acordo com grandes ciclos que se repetiam ao longo dos tempos, e acrescentou que a história não era o resultado da vontade de Deus, mas sim o resultado da acção humana. Mais tarde, Maquiavel, referiu que esses ciclos eram o resultado da estratégia política dos governantes. Será então melhor ter isso bem presente e recordar como foram tratadas as pessoas com deficiência física e intelectual sob a égide facista alemã. Hitler partiu da extraordinária premissa de que “Tempos de guerra são os melhores momentos para se eliminar doentes incuráveis.” Tratavam-se de pessoas incompatíveis ao conceito de “raça superior” e assim foi

eliminando todos aqueles que, no seu entender, ameaçavam a “pureza genética ariana.” Foi ao (des)abrigo do programa T-4 que cerca de 200.000 pessoas com deficiência foram assassinadas entre 1939 e 1945, apesar de oficialmente ter sido extinto em 1941 depois de severas críticas públicas impulsionadas pelo Bispo de Münster, Dom Clemens August Graf von Galen, que num sermão denunciou assassinatos a pacientes indefesos. T-4, evidentemente, continuou no terreno clandestinamente. Já não havia cartazes com pessoas com deficiência e a eloquente frase “60.000 Reichsmark é quanto custa esta pessoa, que sofre de um defeito hereditário, à comunidade do povo durante a sua vida. Concidadão, este é o seu dinheiro também”, mas

as pessoas continuavam a ser vilmente assassinadas. Os “condenados” eram transferidos para seis instituições na Alemanha e na Áustria, onde eram mortos em câmaras de gás ou com injeção letal. Uma dessas instituições foi o Castelo Hartheim na Áustria que funcionou como um centro de extermínio por “eutanásia”. A quase totalidade das mortes lá ocorridas permanecerão para sempre anónimas, pois todos os seus registos foram destruídos, sendo difícil perceber a verdadeira dimensão desta tragédia. Não esqueçamos nada disto, jamais. Não foi assim há tão pouco tempo e os loucos continuam a chegar ao poder. * escritor

FICHA TÉCNICA - JORNAL NOVO DE VALONGO - O Jornal do Concelho de Valongo - Edição nº 76 - 9 de fevereiro de 2017 - Direção e propriedade: Agostinho Ribeiro; Colaboradores: Filipe Marques e Luis Neves (fotografia); Raquel Vale; Carlos Silva; Abel Sousa; Francisca Costa; JMB; António Cardoso; Teixeira da Silva; Nuno Sousa (Publicidade) Paginação e gestão: Podium D’Emoções Lda Registo ERC 125820 Depósito Legal BN 372095/14 Morada - Rua Rainha Santa Isabel 351 6º CS - 4440-569 Valongo Endereço eletrónico jornaldevalongo@gmail.com telm 911116453 Impressão: Coraze - Oliveira de Azemeis

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Destaque

Presidente Marcelo Rebelo de Sousa apadrinha Parque das Serras do Porto O Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, honra os municípios de Gondomar, Paredes e Valongo com a concessão do Alto Patrocínio da Presidência da República ao Parque das Serras do Porto. O parque abrange aproximadamente 6.000 hectares e é um projeto geracional de cidadania e de ordenamento do território dos municípios de Valongo, Paredes e Gondomar, para ser desenvolvido ao longo de décadas, mas que vê serem já lançadas as bases da criação de uma unidade para a região, concretizando uma ideia antiga de 70 anos. É assim um processo estratégico e um dos maiores ativos da Área Metropolitana do Porto, sendo simultaneamente, para além da política de transportes e mobilidade, o mais agregador desta associação de municípios. Está integrado numa região com elevado potencial económico, cultural e ambiental e pretende promover o Porto não como cidade mas como região. A classificação como área protegida das Serras de Santa Justa, Pias, Castiçal, Flores, Santa Iria e Banjas, dos concelhos de Valongo, Paredes e Gondomar, constituiu o ponto de partida para uma estratégia comum aos três municípios, conscientes de que

na partilha de interesses e objetivos e na conjugação de vontades, recursos e conhecimento está uma força motriz que conduz de facto a uma atuação mais abrangente, melhor fundamentada e sustentada, com maior capacidade de concretização e de captação de investimento e também com maior visibilidade. Os três municípios têm adotado medidas preventivas e desenvolvido ações e projetos que visam a conservação e a promoção da qualidade de vida dos munícipes, contando para tal com o apoio de entidades científicas e associativas. Contudo, para dar continuidade a estas intervenções, promoveram a criação da Associação de Municípios Parque das Serras do Porto e desencadearam os mecanismos necessários à classificação da área como Paisagem Protegida Regional. “Não é todos os dias que se cria uma Infraestrutura Verde desta dimensão numa área metropolitana em Portugal, e por isso mesmo, o Alto Patrocínio que o senhor Presidente da República entendeu conferir ao Parque das Serras do Porto é o maior estímulo que podíamos esperar e é também uma homenagem aos 40 anos de Poder Local e à sua capacidade de empreender!”, considera o presidente da Câmara Municipal de Valongo, José

Manuel Ribeiro. “O Alto Patrocínio do Sr. Presidente da República ao Parque das Serras do Porto significa o reconhecimento da importância do projeto na mais alta instância, o que nos enche naturalmente de orgulho e reforça ainda mais o nosso compromisso”, diz Celso Ferreira, Presidente da Câmara Municipal de Paredes. “A distinção atribuída pela Presidência da República motiva-nos ainda mais a concretizar os compromissos que os três municípios se têm obrigado”, sublinha Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar. Sobre o Alto Patrocínio da Presidência da República Para além das suas prerrogativas como Chefe de Estado, o Presidente da República pode fazer um uso político particularmente intenso dos atributos simbólicos do seu cargo e dos importantes poderes informais que detém. E todas as cerimónias em que está presente, ou os discursos, as comunicações ao País, as deslocações em Portugal ou ao estrangeiro, as entrevistas, as audiências ou os contactos com a população, tudo são oportunidades políticas de extraordinário alcance para mobilizar o País e os cidadãos.

O Alto Patrocínio do Presidente da República faz uso destes atributos simbólicos como forma de promover, incentivar e mobilizar o País e os cidadãos

perante os desafios e oportunidades que se colocam no caminho de Portugal. O Alto Patrocínio é uma chancela e um contributo do Presidente da

República para concretização de ideias que tenham o futuro de Portugal como elemento de base e primordial.

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Destaque

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Valonguense Domingos Loureiro é o autor da “peça”

180 anos do concelho de Valongo assinalados com monumento O monumento comemorativo dos 180 Anos do Concelho de Valongo, da autoria do artista plástico Domingos Loureiro, foi inaugurado no dia 27 de janeiro, no Largo do Centenário, pelo presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro. Vários elementos da Comissão de Honra das comemorações estavam presentes, bem assim como outros convidados. Trata-se de um mural escultórico que evoca não só a criação do concelho mas também toda uma obra que continua a perpetuar-se no tempo. A anteceder o momento inaugural foi apresentado um espetáculo multimédia de luz e som alusivo à história do concelho e às suas logomarcas territoriais: Serras e Rios, Regueifa e

Biscoitos, Ardósia, Brinquedo Tradicional, Bugios e Mourisqueiros e Património Religioso. Ainda no âmbito do programa das comemorações dos 180 Anos do Concelho de Valongo, foram lançadas as novas placas toponímicas em ardósia e na forma daquele que foi o primeiro brasão do Concelho de Valongo. A primeira placa foi descerrada precisamente no Largo do Centenário, pelo presidente da Câmara, José Manuel Ribeiro e por Ivo Neves, presidente da Junta de Valongo. O presidente da Câmara prometeu descerrar mais de trinta placas em todo o concelho, nos próximos tempos. “Os 180 anos constituem uma ocasião para promovermos o que de melhor sabemos fazer, privilegiando o nosso passado

coletivo, as vivências, as tradições e a cultura, marcas que determinam o que somos hoje”, considerou José Manuel Ribeiro. No âmbito das comemorações dos 180 Anos do Município de Valongo, ao longo de 2017 estão ainda previstas atividades como lançamento de livros, concertos, recriações históricas e exposições temáticas. O monumento (peça, nas palavras do autor) agora inaugurado é constituído por 18 placas em lousa, que na totalidade simbolizam as serras de Valongo. Por trás estão assinalados os principais acontecimentos em cada um dos períodos. De referir que o autor, Domingos Loureiro, é valonguense e tem um curriculum assinalável, com vários prémios e distinções.

Maus cheiros da Retria motivam moção A Assembleia Municipal de Valongo aprovou por unanimidade, já na sessão de dezembro, uma moção apresentada pelo presidente da Junta de Campo e Sobrado, Alfredo Sousa, sobre o mau cheiro provocado pela Recivalongo. Uma vez que a empresa tem licença até ao fim de 2021, o autarca defende a

Atenção: Senhor Empresário

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intervenção da Câmara de Valongo junto da CCDR, para que esta entidade proceda a uma fiscalização mais detalhada do funcionamento da estrutura, em sede de renovação. A moção aprovada refere que a Recivalongo tem licença para receber 425 tipos de resíduos, onde se incluem as lamas de tratamento de águas re-

siduais, ao que tudo indica o foco dos maus odores, uma vez que é desde que são depositadas as lamas que os odores são sentidos pelas pessoas. A deposição direta das lamas e a ligação do coletor à Etar de Campo, que alegadamente emana cheiros, são outras questões levantadas pela moção.


Desporto

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AD Valongo campeão distrital de hóquei sub 17 A AD Valongo é Campeã Distrital Sub17 da AP Porto, após ter recebido sábado e vencido o FC Porto por 6-5, no jogo da 2.ª mão da Final Distrital. Já na sexta a equipa de Valongo tinha vencido por 1-4 no jogo da 1.ª mão, voltando ontem a vencer e sucedendo aos dragões, que tinham vencido as duas anteriores edições da prova. Com uma entrada personalizada o FC Porto colocou a vencer por 0-1, conseguindo de seguida aumentar para 0-2 por Andrés Castaño. Conseguiu responder o Valongo, com Miguel Moura a reduzir

para 1-2 e de seguida Rafa Bessa a fazer o 2-2. O jogo estava vivo e altamente disputado e o FC Porto voltou a adiantar-se por Zé Miguel que fez o 2-3, mas o Valongo respondeu por Diogo Abreu que fez o 3-3 que se verificava ao intervalo. Na 2.ª parte, o Porto voltou melhor e conseguiu colocar-se em vantagem, fazendo o 3-4 e posteriormente o 3-5 por Tiago Amaral. Os dragões estavam a um golo de empatar a eliminatória e faltavam 9′ para terminar o jogo, mas o relógio do Municipal de Valongo foi abaixo várias vezes, quebrando o ritmo

aos visitantes. Aqui esteve melhor o Valongo, que aproveitou o facto para descansar e para serenar os ânimos. Seria o Valongo a reduzir, fazendo o 4-5 e de seguida a empatar, chegando ao 5-5 por Carlos Ramos. A vitória no distrital estava garantida, mas mesmo nos instantes finais, ainda chegaria o 6-5, que daria a vitória à equipa da casa no encontro. Com esta dupla vitória, a AD Valongo sagrou-se assim Campeã Distrital Sub17 da AP Porto 2016/17. texto: Plurisports foto: ADV

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Novo Portal da CMV Com o objetivo de colocar os serviços municipais mais perto da população, a Câmara de Valongo tem, desde o dia 8 um novo site, ou melhor, como foi dito “um site renovado”. “Desmaterializar” é a

palavra chave, sendo todos os serviços disponibilizados online. “É um acesso mais amigo e com vantagens para o cidaão”, referiu o presidnte da Câmara, José Manuel Ribeiro, salientanto a faci-

Incêndio em Valongo

lidade de acesso através de qualquer meio”. Luis Monteiro e Carlos Paupério explicaram algumas das vantagens, nomeadamente no dominio do Urbanismo.

Os Bombeiros de Valongo foram chamados Na segunda-feira, dia 30 de janeiro, às 20h50 para um incêndio num solário em Valongo. Segundo Bruno Fonseca, comandante dos BV Valongo, os bombeiros quando chegaram ao local, evitaram que as chamas se propagas-

sem ao andar de cima, já que o rés-do-chão estava já muito danificado. Por segurança e devido ao fumo os bombeiros evacuaram o primeiro andar. Quanto às causas, só depois da investigação é que se saberá, embora a causa mais provável seja

a origem por curto-circuito. Os bombeiros de Valongo combateram este incêndio com 15 homens e 6 viaturas, tendo o incêndio sido dado como extinto às 23h20, não tendo havido feridos a registar.

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Ciclismo

9 de fevereiro de 2017

Bolsas de Estudo A Câmara de Valongo vai atribuir bolsas de estudo a estudantes universitários. As candidaturas decorrem até 20 de fevereiro. Os/as bolseiros/as devem cumprir os requisitos estabelecidos no Regulamento para a Atribuição das Bolsas de Estudos e têm a duração de um ano letivo, findo o qual poderão efetuar nova candidatura, não sendo alvo de renovação automática. O processo de seleção é da competência do Município de Valongo. Podem candidatar-se estudantes que reúnam cumulativAamente as seguintes condições: Ter residência no Concelho de Valongo há mais de 2 anos; Ter idade igual ou inferior a 30 anos no ato da apresentação daca ndidatura; Ter acesso garantido ao ensino superior no território nacional; A frequentar

a primeira licenciatura ou mestrado segundo processo de Bolonha, com vista à obtenção de licenciatura ou mestrado integrado; Apresentar sucesso académico, conforme comprovado pela instituição de ensino superior exceto por motivo de doença prolongada ou qualquer outra situação considerada especialmente grave, desde que devidamente comprovada e participada, aquando da candidatura; Não beneficiar de outras bolsas sociais inerentes à frequência do ensino Superior. Para consultar na íntegra o regulamento aceda a http://www.cm-valongo. pt, peça informações para Iniciativas.educacao@cmvalongo.pt ou telfs 911 021 575 | 224 227 900 e ainda no Gabinete de Apoio ao Munícipe em Valongo e Loja do Cidadão em Ermesinde

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Diversos

Campeonato de Trial apresentado em Valongo O Campeonato Nacional de Trial 2017 foi apresentado em Valongo. Com representantes das organizações locais de todas as provas a levar a cabo em 2017, o Museu Municipal de Valongo recebeu no dia 28 de janeiro esta apresentação, tendo marcado presença também vários pilotos e navegadores e dirigentes de associações da modalidade. Em representação da Câmara de Valongo, o vereador do pelouro do Desporto, Orlando Rodrigues, referiu-se à importância do concelho receber mais esta importante prova. O autarca falou ainda daquilo que disse “as boas condições de Valongo para receber atividades ao ar livre”. O diretor da prova, Antero Bessa, referiu-se às novidades deste ano, salientando a criação do troféu de Navegação. Este responsávelo agradeceu aos pilotos, já que, disse “sem vocês isto não seria possível”. Também presente na apresentação esteve Cândido Barbosa, vereador da Câmara de Paredes. Em 2016 pelo menos 37 % da população portuguesa esteve exposta às notícias sobre o Campeonato Nacional de Trial 4x4 através da televisão, imprensa, online e rádio. Tem sido um crescimento gradual da competição, que para esta nova época quer manter a rota de crescimento. No que diz respeito ao espaço editorial a maior frequência de informação resultou dos meios online, aqui com o grande contributo das plataformas dedicadas ao desporto automóvel.... mas especialmente da Bola Online que tem sido fundamental para levar o Campeonato nacional de trial 4x4 a um público mais generalista. A televisão contribuiu com 15% da informação, com a RTP2 a emitir o Programa Magazine Trial 4x4, a SportTv a incluir as reportagens do campeonato no programa Grelha de Partida e a “Bola TV” a inlcluir conteúdos no Magazine TT, mas também no programa DebaTTe. Já no caso da imprensa, onde se registou 14% da informa-

ção é de realçar o contributo da revista oficial do Campeonato Nacional de Trial 4x4, mas também da revista Auto Foco. Na conclusão de um estudo desenvolvido pela Cision “estes resultados refletem um contacto mais vasto e que permitem um maior reforço dos índices de notoriedade do campeonato”. Sentimos de facto que o campeonato, mas sobretudo a modalidade está em crescimento e isso é o resultadode um trabalho de cooperação entre todos: federação, clubes organizadores, equipas, comissários e autarquias. Na apresentação oficial da época 2017, no Museu Municipal de Valongo, foram lançadas algumas novidades da nova época e apresentado o calendário desportivo. Há 5 provas que transitam da época passada (Valongo, Torres Vedras, Mação, Bragança e Paredes) e a estreia de duas localidades (Gondomar e Ourém). Além do Campeonato Nacional de Trial 4x4, 2017 será também marcado pelo regresso do Campeonato Nacional de Navegação 4x4, também a cargo do Clube Todo-oTerreno Trilhos do Norte em parceria com os clubes associados e, sob a égide da Federação Portuguesa de Todo Terreno Turístico Trial e Navegação 4x4. A ideia da organização é recuperar o campeonato de navegção 4x4, mas dar-lhe uma nova roupagem, tornando-o mais atrativo para os participantes, mas também para os meios de comunicação social e para o público. Para esta época de 2017 o clube Poyares Rotações e o Natur Jipe foram os primeiros clubes a aceitar o desafio de organizar uma prova. A organização está ainda a planear um terceira prova, ao que tudo indica para outubro, mas ainda sem local definido. Calendário desportivo para 2017: 11 fevereiro: Formação trial 4x4: Comissários e diretores de prova – Mação 18 fevereiro – Formação trial 4x4: Comissários e diretores de prova - Paredes 12 março: CNTrial 4x4

Valongo - Clube Trilhos do Norte/CM Valongo 18 março: Formação navegação 4x4: Pilotos, navegadores e comissários - Paredes; 9 abril: CNTrial 4x4 Torres Vedras – Clube Trilhos do Norte/Bombeiros Voluntários de Torres Vedras; 30 abril: CNTrial 4x4 Mação – Mac TT – Clube TT de Mação; 6 maio: CNNavegação 4x4 V.N.Poiares – PoyaresRotações; 4 junho: CNTrial 4x4 Gondomar – Clube Trilhos do Norte/Bombeiros Voluntários de Gondomar; 6 agosto: CNTrial 4x4 Bragança – Associação TT Sem Limites; 24 setembro: CNTrial 4x4 CNTrial 4x4 Ourém – Clube Eespite Aventura; 15 outubro: CNTrial 4x4 Paredes – Clube TT Paredes Rota dos Móveis; 21 outubro: CNNavegação 4x4 (local a designar); 4 novembro: CNNavegação 4x4 Fafe – Natur Jipe; 18 novembro: Entrega de prémios - Porto

foto Agostinho Duarte texto com Ana Margarida Pinto

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Diversos

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Conselhos de Saúde

Concurso de Fotografia

A sua visão 2

Não se adapta às lentes progressivas ? Desmistificar a inadaptação às lentes progressivas. Tem mais de 40 anos e sentedificuldade em ver letras pequeninas ao perto? Tem necessidade de afastar a folha para ler melhor? Procura locais com mais luz? Tem presbiopia. A presbiopia é uma evolução natural do sistema visual, e manifesta-se em todas as pessoas a partir dos 40 anos: o cristalino (lente natural do nosso olho) perde elasticidade e encurva-se de forma insuficiente, ou seja, a capacidade de acomodação ocular diminui, provocando uma dificuldade crescente em ver perfeitamente aoperto. Hoje em dia sãovárias as soluções para este erro refrativo.Primeiramente, terá de recorrer a uma consulta para examinar,a dequadamente, a sua visão. A consulta será constituída por várias fases: uma informação breve sobre antecedentes visuais e oculares, assim como da saúde em geral; descrição das suas tarefas diárias como o seu trabalho entre outras atividades. Seguido dessas informações passamos para a realização de testes preliminares, refrativos e à sua motilidade ocular.Será, também, avaliada a sua visão binocular e acomodação e, por fim, a suasaúde visual. Todos estes exames vão auxiliar-nos na escolha da melhorsolução para si. A prescrição para a presbiopia pode ir desde o uso de óculos apenas para situações de visão ao perto ou para pessoas que já necessitavam de óculos para a visão de longe: as lentes bifocais, lentes progressivas e lentes de contacto multifocais. As lentes progressivas

permitem uma boa visão a três distâncias, evitando o desconforto de mudar de óculos consoante a situação: ver ao longe (mais de1metro), ver a distância intermédia (de 40cm até 1 metro) ou ver ao perto( menos de 40cm). Estas lentes têm três zonas invisíveis de transição entre si para permitir uma visão nítida em qualquerdistância. Quem utiliza lentes progressivas pela primeira vez precisa de algum tempo para se habituar a elas– os olhos e o cérebro têm de se ajustar às diferentes graduações da lente. Os campos das várias graduações têm áreas específicas e é necessária uma habituação para direccionar os olhos de forma correta. Mas ao que é que os utilizadores de lentes progressivas têm que se habituar? Primeiro à desfocagem e a pequenas distorções nas extremidades das lentes; em segundo têm que mover a cabeça mais frequentemente e menos as pupilas, especialmente na visão De perto (o campo de visão para a distância ao perto apenas se situa na parte inferior da lente) ;e, por último, têm de se habituar às áreas individuais de visão e à sua posição nos óculos (a área superior da lente usa para ver ao longe e a área inferior usa para as distâncias ao perto).Com o passar do tempo todos estes efeitos diminuem até desaparecerem por completo– o nosso sistema visual é capaz de aprender e se adaptar a novas condições num curto espaço de tempo. Existe um grande estigma em relação às lentes progressivas. Foram vários

os casos de inadaptação a estas mesmas lentes e, na verdade, antigamente as mesmas padeciam de algumas aberrações óticas laterais o que limitava bastante a amplitude do campo visual dos usuários. Hoje em dia, as lentes estão cada vez mais otimizadas e o número de pessoas que não se adaptam é cada vez mais reduzido. Existem vários tipos de lentes progressivas e, com a devida informação, hoje em dia é possível escolher a ideal para si. São vários os fatores a ter em conta: a sua profissão e as diversas distâncias de trabalho que ela implica; outras tarefas diárias, como conduzir à noite, hábitos de leitura (uso de aparelhos digitais como tablets, telemóveis, computador); o equilíbrio da sua visão binocular; o seu erro refrativo, entre outros. Todos esses parâmetros nos permitirão escolher a lente ideal para si: com uma boa amplitude de campo visual; prevalecer a distância que usa mais

frequentemente no seu dia-a-dia, por exemplo a lente que escolhemos para um paciente que passa o dia ao computador e a escrever pode ser completamente diferente da de um paciente que passe o dia a conduzir. Deste modo, conseguimos minimizar os sintomas de inadaptação tão frequentes e, simultaneamente, já tão ultrapassados neste tipo de lentes. Informe-se mais e melhor connosco. Tire todas as suas dúvidas na sua ótica de confiança e com pessoas devidamente capacitadas para tal. Dra Rosária Loureiro

O Agrupamento de Escolas de Valongo está a dinamizar um concurso de fotografia, aberto à participação de todos os alunos que frequentem o Agrupamento, bem como à comunidade, em colaboração com as Juntas de Freguesias de Valongo e Sobrado, no âmbito dos 180 anos da elevação de Valongo a Vila e dos 16 anos de elevação de Sobrado a Vila. O regulamento pode ser consultado no Portal do Agrupamento de Escolas de Valongo.

Filipe Marques Eventos e fotojornalismo, sessões fotográficas/ books, edição e restauro de fotografias Foto-reportagens de Eventos Sociais, Culturais, Desportivos, Moda, Musicais, Teatro, Casamentos batizados, Comunhões etc E-mail: filipe_sergio@portugalmail.pt Tlm: 934609637 Localidade: Valongo

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Ermesinde

9 de fevereiro de 2017

Secção de Dança do CPN organizou Festival de Danças de Salão com casa cheia

Glamour à solta em Ermesinde No dia 31 de janeiro Ermesinde e o seu Pavilhão Municipal encheramse de glamour, cor, com e luz para receber o segundo Festival de Danças de Salão Profesor Toni Pinto. Com organização da secção de dança do CPN, com José Torres a liderar, o evento foi uma autêntica promoção das danças de salão. Para além de várias empresas, este festival contou com apoio da Câmara de Valongo e Junta de Ermesinde. José Manuel Ribeiro, presidente e Orlando Rodrigues vereador da Câmara de Valongo, marcaram presença bem assim como Luis Ramalho presidente da Junta de Ermesinde. Resultados dos alunos do CPN no segundo Festival de Danças de SalãoProfessor Toni Pinto: Manuel Loureiro & Ana Alfama - 6º lugar Junior Intermedios Latinas; Rafael Castro & Sara Lusquinhos - MeiaFinal Junior Intermedios Latinas; Leandro Ferreira & Mafalda Barroso - 3º lugar Adultos Intérmedios Latinas; João Melo & Renata Silva - 1º lugar Juventude Latinas; Vadim Potapov & Elena Pilipenko - 1º lugar Amadores Latinas; Tiago Lourenço & Regina Rosado - Meia-Final Amadores Latinas; Diogo Ramalho & Miriam Sequeira - Meia-Final Amadores Latinas; Tiago Morai s& Soraia Oliveira - 2º lugar Profissionais Latinas. Naturalmente que José Torres era um homem feliz e deixamos aqui a transcrição de parte da mensagem de agradecimento que ele escreceu no seu facebook: “Passados alguns dias do 2 Festival Professor Toni Pinto e com as baterias recarregadas posso então pronunciar-me em relação a tudo o que aconteceu antes, durante e depois deste dia inesquecível. Tudo começa com um sonho meu de trazer a Por-

tugal, mais precisamente a Ermesinde, à dança e a todos os dançarinos o melhor que uma competição de danças de salão tem para oferecer. Posto isto, dei início a este projeto ambicioso, com muito receio, mas de pés bem assentes na terra e com muita vontade de tornar tudo possível, pois tenho do meu lado tudo o que preciso e posso desejar, a melhor equipa do planeta e arredores. Com a ajuda desta fantástica e prestável equipa as ideias começaram a fluir e a fazer com que tudo que tinha na mente se tornasse naquilo que puderam assistir no dia. Quero a gradecer a todos os pais (devo-vos este e o próximo mundo), alunos, familiares e amigos da CPN - Escola de Dança José Torres por toda ajuda e colaboração na realização deste evento. Quero deixar aqui um abraço muito grande para quatro pessoas que ao meu lado diariamente lutaram para que tudo acontecesse como eu idealizei. João Jesus, Maria Dias, Sérgio Soares e Marina Sousa, muito obrigado por tudo e principalmente pela paciência que tiveram comigo. Eu sei que não sou uma pessoa muito fácil e sei que tenho muitos defeitos, mas acreditem que vos tenho no coração. Quero deixar aqui um agradecimento muito especial: A todas as entidades públicas que nos patrocinaram e tornaram este sonho realidade: Câmara Municipal de Valongo, a Junta Freguesia Ermesinde e o CPN Ermesinde (um obrigado muito especial ao Sr. Rui Moutinho, o nosso presidente, e a todos os membros da direcção) ... ... À empresa responsável pelo som e luz, Decorsound, pelo esplêndido som e espectáculo de luz...

... Queremos agradecer também a Quinta das Arcas pelo vosso maravilhoso contributo. Ao par convidado, Kirill Belorukov e Polina Teleshova pelo maravilhoso show que nos proporcionaram e pela simpatia com que abraçaram os dançarinos portugueses. Ao cantor Georgy Musheev e ao músico Sergey Lazarev pelos belíssimos momentos musicais que nos proporcionaram. A todas as escolas e dançarinos de norte a sul que participaram, bem como as suas famílias e apoiantes. Aos fotógrafos Manuel Costa Soares, Photographer - bruno prekatado, FP Filipe Pinto e UniqueMoments.Photo, pelas magníficas imagens que retratam tão bem este evento. A todos os júris Sandra Faro, Samuel Ferreira, Massimo Sgrigna, Kirill Belorukov, Polina Teleshova e à nossa querida apresentadora Tânia Pereira pela vossa presença e profissionalismo. Por fim, um muito obrigado a Appdsi Portugal (Associação Portuguesa de Professores de Dança de Salão Internacional).”

fotos: Nuno Sousa (GI CMV)

Quero ser um bom aluno No próximo dia 13 de fevereiro, pelas 19 horas, nas instalações do Centro Social e Comunitário de Ermesinde a ADICE dinamiza sessão de sensibilização “Quero ser um bom aluno É convidada Mestre Ana Manta, especialista em desenvolvimento infantil e intervenção precoce, que abordará, entre outros, formas de motivação para o estudo e estratégias para melhorar a auto-estima. A pensar nas dificuldades que os pais/mães

e encarregados/as de educação têm na tarefa diária de apoio ao estudo e aos trabalhos de casa, a Associação para o Desenvolvimento Integrado da Cidade de Ermesinde (ADICE), através do Centro Social e Comunitário da Cidade de Ermesinde, promove, esta ação para abordar conteúdos como “motivação para o estudo”; os “dez mandamentos dos pais, mães e de estudantes”; “estratégias práticas para gestão de tempo e de objetivos”; “dicas práticas para motivar o/a filho/a para estudar”; e

“estratégias para melhorar a autoestima e a relação Pais/Mães/Filho/a”, foi convidada a especialista em desenvolvimento infantil e intervenção precoce, Mestre Ana Manta, com quem se pretende

trocar experiências e partilhar estratégias divertidas para ajudar e motivar os/as filhos/as para o estudo e transformar um momento temido num momento divertido!

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Ermesinde

9 de fevereiro de 2017

Comissão de Utentes da USF Santa Justa em mais uma ação de plantação

Plantação de árvores na Santa Justa No passado 21 de janeiro o grupo de 20 plantadores não se acanhou com a terra quase congelada e subiu à Serra de Santa Justa, Valongo, para mais uma ação de plantação, desta vez na parcela do Centro de Interpretação Ambiental (CIA). Esta ação contou com a participação da Comute-Comissão de Utentes da USF Santa Justa, da Universidade Sénior de Valongo e Rotary Club de Valongo. Já todos reunidos no CIA, foi o momento da Raquel Viterbo (Câmara Municipal de Valongo) apresentar os objetivos para a manhã, os princi-

pais cuidados a ter com a plantação e apresentar as quatro espécies a ser plantadas, nomeadamente o medronheiro (Arbutus unedo), o pinheiro-manso (Pinus pinea), o carvalhonegral (Quercus pyrenaica) e o loureiro (Laurus nobilis). Com as sacholas ao ombro e os tabuleiros das pequenas árvores distribuídos por todos, os trabalhos puderam começar. Não se pense que foram só plantadores que subiram à serra, a Teresinha, com apenas um mês e meio de vida de cachorrinho, também deu os primeiros passos nas florestas do FUTURO. Depois de

muitas sestas e uns petiscos ainda conseguiu ajudar o Afonso a cavar a caldeira para a sua árvore. A dureza do solo não facilitou a tarefa de instalar as árvores, mas a entreajuda entre avós e netos foi enternecedora e tornou esta plantação ainda mais preciosa. Esta ação, que juntou três gerações de plantadores serviu para contar algumas histórias, dos tempos em que os avós eram crianças e a Serra de Santa Justa tinha outras cores e outras utilidades, muito diferentes das de hoje. No final dos trabalhos foram instaladas 99 novas árvores nativas.

Plantação terminada, arrumaram-se os materiais e o grupo regressou ao CIA para um chá quente e os famosos biscoitos de Valongo! Ainda houve tempo para um momento musical que se fez entoar pelo monte, cantada pelos mais novos, fãs do Panda e os Caricas que tem a banda sonora ideal para dias como estes e que encaixou na perfeição: “(…) uma árvore é um bem, que devemos preservar, vamos todos tu e eu, uma árvore plantar…” foto: Porto/AM Pereira

Novo Centro de Saúde em Alfena Uma das reivindicações mais importantes das gentes de Alfena pode ser concretizada este ano. Segundo informou no dia 1 deste mês a ARS Norte, está aprovado o financiamento para a construção do Centro de Saúde de Alfena. A obra deve ser iniciada ainda este ano e o valor total do investimento aprovado é de 1.372 milhões de euros. O apoio financiado será de 85% e o restante suportado pelo Governo. Recorde-se que o protocolo de cedência do terreno foi já assinado no dia 17 de Agosto de 2011 (noticia no JNV edição 11), entre a autarquia, representada pelo então presidente, Fernando Melo, e António das Neves Pereira e esposa, Maria Adelina Paranhos dos Santos Pereira,

proprietários da parcela de terreno com 2500 metros quadrados e que se situa na Rua de São Vicente, junto à Ponte do Penteeiro. Reação da Junta

Entretanto a Junta de Freguesia de Alfena congratula-se com a notícia. O presidente da Junta de Freguesia de Alfena, Arnaldo Pinto Soares, considera que “finalmente” a Cidade recebe esta boa notícia. “O tão desejado centro de saúde será uma realidade dentro de pouco tempo”, sublinha o autarca, acrescentando que “valeu a pena a luta permanente que se travou durante dez anos”. O presidente da Junta refere que “a Junta de Freguesia de Alfena, há cerca de 10 anos, luta por esta

conquista. Na altura, a pretensão era que os utentes de Alfena fossem atendidos no Centro de Saúde de Ermesinde que, entretanto, tinha aberto portas. A autarquia sempre assumiu uma posição contrária, até porque em causa estava o bem-estar de cerca de 11 mil utentes, que tinham que se deslocar para a freguesia vizinha. A autarquia de Alfena recorda também que foram alguns elementos que fazem parte do atual executivo que conseguiram convencer, em 2011, António das Neves Pereira a ceder um terreno, na Rua de São Vicente, para instalar a nova unidade de saúde de Alfena.

Reação Presidente da Câmara Para o presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro, “este anúncio prova que o atual governo cumpre o que promete. As pessoas de Alfena têm direito a ter assistência médica de qualidade e na sua freguesia. Estamos contentes com este desenvolvimento”. José Manuel Ribeiro lembra que a Câmara de Valongo tem lembrado a ARS que Valongo não está bem servido de urgências, desde o encerramento do serviço do Hospital de Valongo. “Estamos a fazer tudo para que, pelo menos, seja criado um SASU que sirva as freguesias de Valongo e Campo e Sobrado”.

Manutenção Florestal Já estão em curso as intervenções de manutenção em áreas reflorestadas ao abrigo do projeto FUTURO, com o apoio da Lipor. Através da iniciativa Km2 Lipor, esta entidade apoia durante quatro anos a manutenção florestal em cerca de 20ha de área afeta ao projeto FUTURO, sendo que 8 hectares se localizam no concelho de Valongo, incluindo terrenos na Serra de Santa Justa, na margem da ribeira de Fontelhas em Sobrado e na margem do rio Leça em Ermesinde. Estas intervenções incluem controlo de espécies invasoras, gestão de matos, colocação de estacas e protetores, limpeza de caldeiras, monitorização e retancha, operações essenciais ao bom crescimento das árvores e arbustos nativos plantados. À manutenção efetuada neste âmbito acresce a que o Município assegura, quer através do plano de ação dos Sapadores Florestais quer mediante contratação de serviços. O objetivo é que o esforço investido na preparação de terrenos e na plantação seja perpetuado através de uma gestão cuidada e regular das áreas intervencionadas.

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Diversos

9 de fevereiro de 2017

Celestino Neves vai recorrer da sentença

Deputado Municipal condenado O deputado independente da Assembleia Municipal de Valongo Celestino Neves foi esta quarta-feira, condenado a uma multa de 1.820 euros por difamar o presidente da câmara e a pagar indemnizações de 8.000 euros ao visado e de 10.000 ao município, pode ler-se no site da RTP.. Além disso, o Tribunal de Valongo condenou o arguido a retratar-se publicamente e pedir desculpas na sua página pessoal do Facebook, no seu blogue “A Terra Como Limite” e em dois jornais, um de âmbito nacional e outro regional. Recorde-se que o autarca José Manuel Ribeiro (PS) processou Celestino Neves, eleito na sua lista nas últimas autárquicas - que, entretanto, se desvinculou do partido - por ter levantado suspeitas no seu blogue sobre a câmara e o presidente quanto à alteração do Plano Diretor Municipal (PDM) para que fosse possível construir, em Alfena, uma plataforma logística de uma empresa privada. “Como é possível fingir -- relativamente ao PDM -- que está tudo bem quando se sabe que o presidente socialista da câmara chamou a si a tarefa de consolidar, de forma inexplicável, o maior processo de corrupção de que há memória em Valongo e, para garantir que tudo corre a seu favor, declarou expressamente que imporá aos seus deputados na Assembleia Municipal disciplina de voto”, lê-se numa das publicações. Celestino Neves foi um dos principais apoiantes da candidatura de José Manuel Ribeiro, mas em 2014 entrou em rutura com ele e decidiu desvincular-se do PS. O tribunal deu como provado que estes textos levantaram dúvidas sobre a atuação do autarca, tendo afetado o seu bom nome, tal como o do município. “O arguido sabia que a ofensa que os escritos produziam, mas mesmo assim não se inibiu de o fazer”, considerou. À saída da audiência de

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julgamento, Celestino Neves disse que irá recorrer da sentença até às últimas instâncias porque é “injusta”. “O meu objetivo nunca foi difamar ninguém, mas sim denunciar uma situação ilegal”, frisou. O deputado acrescentou que quem devia estar a ser julgado não era ele, mas sim “esse negócio ilegal”. “A apropriação ilícita

de bens públicos é um crime”, entendeu, sublinhando ser “condenável” que o PDM tenha sido conduzido dessa forma. Já o presidente da Câmara, José Manuel Ribeiro, declara-se “feliz por se ter feito justiça. Sou um cidadão que é presidente da Câmara e que não pode estar diminuido porque alguém se lembra de lhe lançar insultos ou difamações”.

O autarca reitera que “todos têm direito ao bom nome e à boa imagem e à honra”. No caso dos tribunais superiores confirmarem a sentença, uma vez que, como é dito atrás, vai ser apresentado recurso, as indemnizações serão canalisadas para o Centro Social e Paroquial de Alfena (caso da indemnização a José Manuel Ribeiro) e divididas pelos Bombeiros

foto: site JN.PT

de Valongo e Ermesinde (no caso da indemnização

à Câmara de Valongo).

Requalificação do Bairro do Barreiro Já está em curso a primeira intervenção no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) aprovado para o concelho de Valongo. A requalificação do Empreendimento Municipal do Barreiro, localizado na Rua das Valmarinhas, em Alfena, é o primeiro projeto a avançar cofinanciado pelos fundos comunitários atribuídos ao Município pelo Programa Norte 2020. O Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, e a Vereadora da Ação Social, Luísa Oliveira, marcaram presença no início das obras que comtemplam a substituição da cobertura e

o isolamento das fachadas dos edifícios com vista à melhoria do seu comportamento térmico. Pretendese desta forma resolver o problema das infiltrações exteriores. O interior das habitações não está incluído neste projeto, com conclusão prevista para maio. Esta empreitada implica um investimento de 326.213€ e insere-se no eixo “comunidades desfavorecidas” do PEDU. Além do Barreiro, até 2019, serão também requalificados com recurso a financiamento comunitário vários edifícios dos empreendimentos municipais. Está ainda prevista a modernização e requalificação de diversos espaços

públicos. Ainda este ano, deverão avançar as obras nos empreendimentos em Sampaio (Ermesinde) e em Outrela (Valongo). O investimento previsto no PEDU para a reabilitação dos empreendimentos de habitação social do concelho de Valongo ultrapassa os 2,5 milhões de euros. Além de dotar as casas com melhores condições de habitabilidade, a requalificação dos empreendimentos pretende dinamizar a inclusão social, através da promoção de espaços flexíveis e polivalentes apropriados para a prática informal de atividade física.

Inês Pedrosa em Valongo No próximo dia 25 de fevereiro, pelas 21h30, a Biblioteca Municipal de Valongo dinamiza mais uma iniciativa de “Encontros com a Escrita”, desta vez com a escritora Inês Pedrosa. Inês Pedrosa é Licenciada em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa, trabalhou na imprensa, na rádio e na televisão. Dirigiu a revista Marie Claire entre 1993 e 1996. Foi diretora da Casa Fernando Pessoa entre 2008 e 2014. Mantém desde há 13 anos uma crónica semanal, primeiro no semanário Expresso e atualmente no semanário Sol. Participa no programa semanal de rádio

A Páginas Tantas (Antena 1 da RDP). Tem 23 livros publicados, entre romances, contos, crónicas, biografias e antologias. A sua obra encontra-se publicada no Brasil, em Espanha, em Itália e na Alemanha. Romances (todos publicados pela Dom Quixote): A Instrução dos Amantes, Nas Tuas Mãos (Prémio Máxima de Literatura), Fazes-me Falta, A Eternidade e o Desejo, Os Íntimos (Prémio Máxima de Literatura), Dentro de Ti Ver o Mar, Desamparo (2015) e Desnorte publicado em 2016. Musica e Leituras por Ana Celeste Ferreira e Ricardo Caló.


9 de fevereiro de 2017

Diversos Diversos

Colquímica apoia Quartel de Valongo Bombeiros de Valongo com nova cobertura Os bombeiros de Valongo têm mais um equipamento para apoiar o socorro a vitimas encarceradas. A Colquímica ofereceu uma quantia de três mil euros (sendo 2500 da empresa e 500 dos trabalhadores) aos Bombeiros Voluntários de Valongo. Esta verba foi utilizada na aquisição de um equipamento denominado Escoras Stab Fast e

que tem como missão estabilizar viaturas em caso de necessidade de desencarceramento. Trata-se, diz Bruno Fonseca, comandante dos BVV, de “um equipamento muito importante para efetuar trabalhos de desencarceramento, por diminuir em muito tempo o trabalho de estabilização da viatura, o que traduz em ganhos

para socorrermos as vítimas”. A verba que sobrou foi utilizada em fardamento para a nova recruta. Na foto vê-se Carla Barbosa, responsável de Segurança da Colquímica, Bruno Fonseca (comandante BVV), Bruno Oliveira (2º comandante) e Cláudio Azevedo (adjunto).

Depois de goradas várias hipóteses de financiamento (na vigência do anterior governo e do atual) os Bombeiros de Valongo decidiram avançar por mote próprio para a substituição da cobertura do quartel, que era em amian-

to.

Com apoio de alguns mecenas e aproveitando a renda que a Câmara de Valongo paga pelo antigo quartel, onde irá situar-se a oficina do pão, a direção presidida por Armando Pedroso, decidiu avançar

para uma intervenção prioritária. As obras de substituição da cobertura já se iniciaram e decorrem a bom ritmo. Antes ocorreu a substituição dos portões.

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Documento A civilização da lousa Do baú das minhas andanças culturais, emergiu, um diálogo vivo, havido em 28.12.2005, com o meu amigo, Sr. Manuel Ferreira da Rocha, mais conhecido por “Caiado”. Um epíteto, que lhe adveio, pelo aparecimento duma pelada, na cabeça, em criança, desaparecida em idade adulta. Tinha na época, 74 anos de idade. (nasceu em 12.12.1931) Analfabeto, foi forçado a abdicar da escola primária, aos 8 ou 9 anos de idade, para ajudar seu pai, que exercia a atividade de pedreiro de lousa, por conta própria, colaborando assim, desde tenra idade, no sustento familiar. Participou com seu pai, na construção de muros e casas em ardósia (lousa e xisto). Identifica ainda algumas dessas obras. Outras, infelizmente, já desaparecidas. Citando o exemplo, um muro de lousa, erigido por ambos, recentemente substituído por blocos de cimento. Recordou o muro no Susão, (da Chora), construído nos seus 13 anos. Seu pai, ocupava-se do muro, na parte de fora, e ele na parte de dentro. Claro que, salienta, a parte de fora tinha que ficar mais certinha e mais bonita! Seu pai, no início, amiúde, vigiava o seu trabalho, orientando-o sempre que necessário. Aos 15 anos, (26.09.1947) seu pai adoeceu, obrigando-o a procurar emprego numa mina de lousa, – Baltarejo, Sampaio & C.ª, Ld.ª – exercendo a profissão de pedreiro. Sozinho, continuou com a mesma atividade familiar, após o fim do trabalho – 17 horas. Não faltavam biscates. Escapuliu-se, duas ou três vezes, às inspeções de trabalho, que no escritório, através dos documentos de identificação dos operários, confirmavam as suas idades. A idade permitida para esta atividade industrial era de 18 anos. Uma das suas funções nas minas, era construir os paredões de encosto para o entulho (desperdícios de lousa). Para isso, aproveitavam os cepos de lousa, saídos do fundo da pedreira, sem qualquer aproveitamento. Um trabalho eminentemente braçal. Os cepos, eram arrastados, do aterro até ao local da edificação do muro, com o auxílio de Ferros de unha, carrelos, guincho a braço e casqueiras Os ferros de unha, eram utilizados para arrastar os cepos a curtas distâncias, até aos muros em construção e, guiar a pedra, evitando os acidentes de terreno onde a pedra ficava retida, facilitando, deste

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9 de fevereiro de 2017

Diálogo com um Pedreiro da Lousa modo, o trabalho do guincho a braço. Frequentemente, se recorria, ao serralheiro da mina, para reparar os ferros de unha, que se rompiam ou dobravam, com o peso dos cepos. Os carrelos, pequenos troncos de eucalipto, raramente pinheiro, pois, dizia-se: os pinheiros abatidos, na cavada da empresa, demoravam mais tempo a crescer. Esses troncos, eram depois, serrados, descascados e livres dos seus galhos, com uma enxó. O guincho a braço, aproveitava os cabos de aço, rejeitados pelo guincho a vapor, na extração da lousa do fundo. – O seu rebentamento, à superfície, não oferecia quaisquer perigos. A deslocação do guincho a braço, para pequenas distâncias, para o prumo do muro, à superfície, era feita, com ferros de unha, a pulso. Para maiores deslocações, de uma ponta a outra da mina, utilizava-se o carro de bois.

Guincho a braço O guincho possuía duas vigas de madeira (barrotes), para aparafusar o guincho. Estas eram depois mantidas fixas ao solo: Num extremo, pela carga do guincho, ou seja, cepos de lousa sobre as vigas, para manter o guincho firme. Na outra extremidade, em cada ponta das vigas, com duas varas enterradas no solo – ferros aguçados nas pontas para penetrar na fraga, com pancadas de marreta – para fixar as vigas e evitar o arrastamento do guincho, quando este puxava a pedra (cepo). As manivelas do guincho, eram recolhidas ao fim de semana, para evitar o seu furto. Casqueiras, eram tábuas de madeira tosca, com o comprimento médio de 2m e, 0,04m de grossura. Havia cepos de lousa até 2000 kg de peso e, por vezes, com 2,60m

de comprimento. As casqueiras, (tábuas) eram estendidas sobre o solo, para evitar os acidentes de terreno e permitir a deslocação dos cepos, que sobre os carrelos, rolavam sobre a superfície plana destas. As casqueiras vinham das serrações. No Susão, da serração do Petisca. Para a construção de paredões era necessário, uma equipa de dois a três homens. A pedra, de fora, era picada, para manter a face lisa do paredão. Recorda ainda o esforço penoso, exigido, para colocar a pedra sobre a mesa fixa do serrote – ainda não giratório – e fazê-la rodar, à força de ferros, para receber os vários cortes. A construção dos paredões para encosto do entulho, obedecia a uma técnica: a uma camada horizontal, sobrepunha-se, uma outra com os cepos na vertical, alternadamente, para fixar o paredão. Para a produção das lou-

sas escolares, recorria-se à lousa de primeira. Para os soletos, utilizava-se a lousa de segunda. No Susão, na Rua da Cuca, existia um ferreiro, Tio António da Cuca. Foi nesta típica aldeia, o primeiro e único a fazer as navalhas para as máquinas de fazer penas de lousa. Aproveitava, os discos de serrotes de diamante. Cortava-os às tiras e com a ajuda da forja, executava-as, ao fogo, usando um molde. Uma dobra, era um dia por fora. Depois das 17H00, findo o trabalho, alguns operários, faziam uma dobra, isto é, trabalhavam mais 8 horas para retirar entulho do fundo da pedreira. No entanto, abandonavam o trabalho, logo que garantissem, a saída do fundo da pedreira, de 30 caixões de entulho. A saída do entulho, liber-

tava espaço para que os mineiros pudessem trabalhar mais facilmente no fundo e, permitia que estes se ocupassem do trabalho mais nobre: arranque da pedra dos bancos. O entulho, normalmente era retirado ao sábado de tarde. O trabalho semanal terminava no sábado ao meio-dia. Mais tarde, ao sábado de manhã, em virtude da semanaamericana. A saída da pedra (cepos ou canhola) do fundo, era subordinada às necessidades do ritmo de trabalho das oficinas e ao próprio tempo. A pedra de lousa não podia estar exposta à inclemência do sol ou do próprio calor. Para evitar paragens aos sábados, e garantir o normal funcionamento das oficinas, logo ao início do primeiro período de trabalho, às sextasfeiras, à tardinha, guindavamse os cepos, indispensáveis. Do mesmo modo, aos sábados, de manhã, o guincho, retirava a pedra suficiente para abastecer as oficinas à segunda-feira. Neste caso, as pedras eram protegidas do sol e do calor, durante o fim-desemana. As esquadras, – cada esquadra era constituída por 4 homens – iam às cavadas cortar carrascos, – ramos de eucalipto e carvalho – para cobrir as pedras. Recorriam também a fragmentos de lousa, resultante dos cortes, para proteger os cepos. Esses fragmentos, já não iam para o entulho. Quando a pedra puxava apenas nas beiras, cerravamse estas, e aproveitava-se a pedra. Se num fim duma semana de trabalho, não existisse pedra disponível para segunda-feira. Neste dia, alguns mineiros, entravam mais cedo duas horas, - às 06h00 – para abastecerem de cepos de lousa as oficinas, evitando assim, as assimetrias de produção, à entrada dos operários. Esse tempo, era considerado como, tempo extra de trabalho e, retiravam, em média: 10 cepos. (10 carretos). Normalmente, os cepos mediam: 1,50mx1,20m. Por vezes, um caminho era ladeado, por muros de encosto de entulho (desperdícios de lousa). O entulho, era transportado em vagonetas, que circulavam, em carris de ferro, atravessando o caminho de

um muro para outro. No Susão, tal como em Valongo – “Choquinha” –, haviam mais pedreiros de lousa. Aqui na aldeia, depois deles, - seu pai e ele próprio, - surgiram, os irmãos: tio Agostinho Foz Coa e Belmiro Foz Coa e mais posteriormente, ainda a biscatear, o Tono Quim. Eram contratados, fundamentalmente, para a construção e reparação de vedações: um muro esbugalhado; um outão, com barriga a ameaçar derrocada; uma empena, em perigo de abater porque o seu jugo, (padieira de eucalipto, pinheiro, sobreiro carvalho…) cedeu. E outros biscates pelo Susão e Valongo. Muros ou paredes, defeituosamente construídos, que os rigores do Inverno não perdoava. Com seu pai chegaram a construir uma ou duas casas de lousa. Durante a estação de Inverno os biscates diminuíam. Nas minas, a sua função, não se restringia apenas aos paredões para encosto dos entulhos, já referidos. Ocupava-se ainda da construção das paredes em redor dos poços abertos, dos barracões, e de outros edifícios mais nobres. Um profissional polivalente. Por isso, eventualmente, supria faltas de pessoal, acorrendo a qualquer posto de trabalho, mesmo no fundo, temporariamente. Era ainda contratado, para, fora ou dentro do concelho, aplicar soletos em revestimentos de paredes ou coberturas (telhados) de edifícios. A armação de madeira, (travejamento, vigamento) era da responsabilidade do carpinteiro. As ferramentas utilizadas na sua atividade de pedreiro, eram: O picão, o martelo de bico, o fio-de-prumo, o gadanho (espécie de ancinho) e a pá. O martelo de bico era feito do picão já gasto. Do picão, o Ferreiro fazia dois martelos de bico. A pedra era trazida pelos

próprios, em carros de bois, retirada dos aterros das pedreiras, quase sempre gratuitamente, pois queriam ver-se livres do entulho. Alguma pedra de lousa aparelhada: ombreiras, algerozes, etc.…era paga. Preparação para o muro

do

terreno

O muro de lousa era construído sobre a fraga. Se existissem falhas de terra, retiravam-na e enchiam-nas de lousa, para alisar o terreno e o muro não ceder. Se a superfície era de fraga, apenas a balizavam e assentavam a lousa. Se era de terra, afundavam-na até atingirem a fraga e daí, acamavam a lousa – alicerce – para continuarem o muro. Colocavam-se, normalmente, três ferros Utilizava nas suas obras, fragmentos de lousa, de várias dimensões, proveniente das entulheiras das minas. Recusava aplicar o “estéril”, conhecido pelos mineiros como: pedra amarela, pedra barrenta, moledo, etc. Era a pedra, que na abertura de novas pedreiras “pesquisas” ou como diziam na gíria mineira, “pesquinça”, aparecia, até alcançarem a lousa boa. Apenas a usava para construir os alicerces de alguns barracões das minas, se fosse suficientemente dura. O Sr. Caiado, com quem eu conversava, amiúde, deixou-me, para além das saudades, a curiosidade de uma sua afirmação: - Sr. Marques, não houve tantos acidentes mortais nas pedreiras, porque as derrocadas, quase sempre, aconteciam à hora do almoço ou durante a noite. É que, diziam os antigos: “ a terra treme ao meio-dia e à meia-noite!” As técnicas de construção, o modo de vida e as tradições, alteram-se com a marcha do tempo…recuperá-las e recordá-las não é só um dever mas uma obrigação de cidadania. Desenhos, foto e texto Joaquim Manuel Pereira Marques


9 de fevereiro de 2017

Ăšltima


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