Jornal Novo de Valongo Junho 2012

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Associações

Junho 2012

Banda Musical de Campo em evolução A Banda Musical de S. Martinho surgiu a 1 de janeiro de 1929. Foi fundada por um músico que tocava na banda de Cete, tendo adotado este nome em homenagem ao então santo padroeiro da região. Ao longo dos anos o padroeiro S. Martinho foi substituído pela Nossa Senhora da Encarnação, mas o nome da banda manteve-se. O atual presidente da direção é Adão Rodrigues e falou ao JNV sobre alguns pormenores da banda que tem dignificado o nome da freguesia de Campo e do concelho de Valongo. Com o decorrer dos anos, os jovens cada vez aderem menos à Banda de S. Martinho, nomeadamente à sua escola de música, certamente devido às imensas atividades que hoje em dia lhes são oferecidas. A direção pretende contrariar esta tendência, até porque as filarmónicas são os conservatórios do povo. Neste momento, a Banda conta com meia dúzia de elementos que estão em aprendizagem musical, sendo constituída por elementos com uma faixa etária dos 8 aos 80 anos. O único local onde a Banda de S. Martinho pode ensaiar é na sua sede. O responsável pela banda tem em mãos um novo projeto que irá envolver uma nova sede para a banda, mas também uma escola de música que será utilizada pelos alunos para que estes possam aprender, com todas as condições

necessárias. O presidente da direção refere ao JNV que “este projeto é considerado bastante ambicioso, mas ideal para as características da banda. Para a concretização deste sonho, concorremos a fundos do Proder, (através da associação ADRITEM), onde a candidatura está ainda numa fase de estudo, mas esperamos conseguir alcançar os objetivos com a aprovação deste projecto. O apoio que iremos receber irá ajudar muito na concretização da obra. Contamos também com apoio da Junta de Campo e da Câmara de Valongo”. A Banda irá implementar este projeto numa antiga escola primária que está desativada há alguns anos (Escola do Outeiro). Este espaço foi atribuído pela Câmara de Valongo, que também elaborou o projeto de intervenção, depois de um pedido da direcção da banda e o objectivo é aproveitar a junção do tradicional com o moderno. Esta não é a primeira vez que esta coletividade concorre a apoios, sendo que no ano anterior recebeu uma verba que foi utilizada para aquisição do novo fardamento que foi exibido ao público no dia 18 de Maio de 2012, no Fórum Cultural de Ermesinde. Atualmente esta associação não tem qualquer apoio empresarial para a sua actividade, sendo um aspeto que a direção vai tentar alterar atra-

vés de contactos com diversos empresários. Refere Adão Rodrigues que “o trabalho que desenvolvemos, sobretudo na escola de música, é muito importante e quanto mais apoio tivermos mais longe poderemos ir. Vamos tentar cativar alguns empresários, até porque existem alguns benefícios fiscais que eles poderão ter, aproveito a oportunidade para deixar este apelo à colaboração com a nossa instituição”. No que se refere ao fardamento, até há pouco tempo a banda fornecia o pano e depois cada músico escolhia o alfaiate ou modista. Com esta prática as fardas tornavam-se desiguais uma vez que que eram feitas de forma diferente, mas com a atribuição deste novo fardamento, a apresentação será uniforme o que dará à banda uma nova imagem. Ao longo dos últimos anos a banda tem uma média de 20 concertos por ano, um pouco por todo o país, mas em maior quantidade na zona norte. A banda tem tido uma evolução natural, com maior visibilidade nos últimos dez anos. Durante várias décadas a direção da Banda pertenceu praticamente sempre à mesma família (Teixeira). Com a contratação de um novo maestro e com uma mentalidade mais moderna do conceito de banda, esta tem sofrido uma mudança bastante agradável, mesmo no que se refere a reportório.

Para alguém se tornar músico da banda é apenas preciso ter vontade, sendo a inscrição grátis. Em relação à força de vontade e ao sacrifício que é exigido, recentemente aconteceu um episódio no seio da banda que mostrou a dificuldade a este nível. Adão Rodrigues conta que “havia uma rapariga que já frequentava os ensaios da banda já há algum tempo e estava prestes a formar-se como elemento da banda. Um dia tive uma conversa com ela, onde lhe disse que se ela ia entrar para a banda, tinha de saber que os concertos e

romarias são normalmente aos domingos. Disse também que existem algumas romarias e festas em Trás-os-Montes ou Alto Minho e em que nós temos que levantar muito cedo e chegamos a casa muito tarde. A rapariga ficou muito espantada a olhar para mim e admirou-se das atuações serem ao domingo. Desde esse dia nunca mais apareceu. Isto mostra que acima de tudo é preciso ter muita vontade para entrar numa atividade como esta”.

João Paulo Baltazar sócio- honorário

Entretanto, na comemoração dos 11 anos do Fórum de Ermesinde e apresentação do fardamento, foi entregue ao presidente da Câmara de Valongo, João Paulo Baltazar, uma placa onde é referido que a Banda de S. Martinho o institui como sócio honorário, “devido ao esforço pessoal e institucional em apoiar a associação”. Em 83 anos de existência é o primeiro sócio honorário da colectividade. Texto e foto de Cátia Ribeiro e Rita Rebelo (estagiárias da Escola Profissional de Valongo)

Objetivos da Al Henna Constituída em 28 de Dezembro de 2010, a AL HENNA – Associação para a Defesa do Património de Alfena é uma associação sem fins lucrativos que tem por objecto a defesa e recuperação do património histórico, arqueológico, edificado, etnográfico, cultural e, bem assim, do património natural, paisagístico e ambiental da Vila de Alfena (entretanto elevada a cidade) e zona envolvente; e ainda, a realização de estudos e investigações nas várias áreas de interesse histórico-arqueológico, ambiental, cultural e sócio-económico. Neste primeiro ano de existência, foram definidas como prioridades de actuação, a divulgação da Associação e a angariação de novos associados, bem como, o estudo da temática relacionada com os limites históricos da freguesia de Alfena, procurando contribuir para uma melhor elucidação do tema e para uma mais célere reposição da verdade histórica. Na sequência de um trabalho de investigação e recolha

de elementos levado a cabo por Arnaldo Mamede e Ricardo Ribeiro, a Associação deu início a um conjunto de actividades, genericamente designadas por «Caminhadas pelos Limites», com o objectivo de explicar aos membros dos órgãos da AL HENNA, bem como, outros interessados que quisessem participar, as conclusões a que se foram chegando. Assim, iniciou-se um ciclo de 5 caminhadas por todos os lugares da Cidade de Alfena em 22 de Maio de 2011. Essas caminhadas tiveram continuidade em 4 de Junho de 2011, a 12 de Junho, em 18 de Junho, 24 de Julho, e por fim em 11 de Setembro de 2011 a VI Caminhada pelos limites. A fechar o ano, salienta-se o colóquio «Alfena, a cidade e os seus limites», que teve lugar no auditório do Centro Cultural de Alfena no dia 30 de Novembro. A iniciativa serviu para fazer a apresentação pública da nossa Associação, bem como, para a apresentação das conclusões do

trabalho levado a cabo sobre a temática dos limites históricos da nossa cidade, contando com a presença de algumas individualidades locais, bem como de uma sala cheia de Alfenenses interessados. Já no decorrer de 2012, a AL HENNA tem levado a cabo novas caminhadas, continuando a privilegiar a Questão dos Limites, que continua na ordem do dia, bem como, outros temas como sejam as antigas Estradas Reais que atravessavam o território alfenense, e uma visita à recentemente descoberta Jazida Fossilífera dos Montes da Costa, em Ermesinde (bem perto do limite com Alfena). Outras iniciativas estão já previstas no horizonte desta jovem Associação que se quer afirmar sobretudo pela competência na recolha de informação e eficácia na sua divulgação. Na foto uma das caminhadas.

ATENÇÃO CAMPO Na próxima edição vamos publicar páginas especiais sobre a Semana das Coletividades: As associações e o seu dinamismo. As empresas interessadas em divulgar o seu produto podem contactar geral@jnvalongo.com

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