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sexta-feira 23 de julho de 2010

Opinião

podemos \\ Nelson Ferraz

podemos olhar o filósofo e concluir que ele é uma cenoura a precisar de coelho um galo a precisar de arroz

mas do outro lado um láparo lunático apressa-se a desenhar felinidades na paisagem seca e adormecida do galinheiro podemos fazer de conta que não vemos o perigo gratuito da vaidade oportuna e quase histérica da alternativa número dois

podemos olhar o filósofo e concluir que ele é uma toalha a precisar de lixívia um penico a precisar de cu mas do outro lado há um trapezista de olhar estudado a forçar a porta do circo quem ousará fingir que não vê?

Pau-Brasil \\ João Diogo

É interessante e até curioso, debruçar-nos sobre a origem do nome Brasil, até porque sua aparição se deveu a uma árvore nativa da Mata Atlântica. Digamos que a árvore PauBrasil, origem do nome a este País, é um genérico atribuído ás espécies de árvores conhecidas por (caesalpinia echinata lam). De uma importância fundamental para a economia Brasileira assim como foi também a Cana, Café e Soja, aliás, um ciclo interrupto de gerações; levou-nos a considerar o PauBrasil, reflexo de toda uma Nação reproduzida através dos seus habitantes primitivos e tradicionais até aos dias de hoje. O nome, Brasil, ao contrário de outras versões que o davam como derivado da palavra portuguesa, “brasa”e “braseiro” como ensinavam os professores na escola, ás crianças; adiantaremos que sua verdadeira origem foi de facto o termo celta “brésil” que significa (vermelho) atendendo á essência corante extraída.da madeira

De tronco quase recto, áspero com galhos sinuosos e casca cinza escura, chegando a atingir cerca de 30 metros de altura por 1,5 de diâmetro, a Árvore Pau-Brasil, apresenta-se como uma madeira pesada, totalmente apropriada para a Indústria civil e naval, e que tem como fruto uma vagem de cor preta, além das flores ornamentais, com predominância para o amarelo e vermelho púrpura. O Pau-Brasil, que tão importante foi para a história do Brasil, encontra-se neste momento ameaçado, de extinção devido ao excessivo levantamento desta espécie, preservando-se entretanto, um bosque de “Pau-Brasil” no Jardim Botânico em São Paulo, assim como uma reserva na Bahia. Botanicamente só existe uma espécie de Pau-Brasil, havendo outras que erroneamente são chamadas de Pau-Brasil, por apresentarem semelhanças com a verdadeira. Logo após o descobrimento, iniciou-se a exploração do PauBrasil que na época tinha enorme valor comercial e consequentemente uma enorme riqueza para Portugal. Por essa razão não era permitida que nenhuma outra Nação viesse aqui buscar essa madeira. É

interessante sublinhar que a exploração da madeira foi avassaladora, porquanto á época, a Colônia era conhecida por Terra do Pau-Brasil e depois Terra do Brasil e muito mais tarde Brasil. Acrescente-se que nos primórdios tempos da colonização, a árvore Pau-Brasil se estendia por quase 3.000 km da costa nordestina, sudeste e sul, com tal abundância, que o ”Pau da Tinta” era procurado principalmente pelos exploradores, que o buscavam nessas terras do “Brésil” para o comercializar na Europa. Durante 300 anos o PauBrasil foi um dos principais produtos de exportação do Brasil para o exterior, até porque da sua madeira, se confeccionava os melhores móveis e arcos para violino, harpas e violas Note-se que naquela época, todos aqueles que se ocupavam da exploração da árvore PauBrasil, (índios e escravos) passaram a ser chamados de Brasileiros, precisamente por lidarem com o abate e corte da Árvore, além do seu transporte através das matas do sertão, até aos porões dos navios. Recife- Junho de 2010 João Diogo

Educar sentimentos \\ José de Paiva Netto

No sábado, dia 3/7, tive a honra de comandar a sessão solene do 35o Fórum Internacional do Jovem Militante da Boa Vontade de Deus. Na ocasião, a pedagoga Suelí Periotto, supervisora da Pedagogia da LBV, apresentou resumo do 8o Congresso Internacional de Educação da LBV, ocorrido nos dias 29 e 30 de Junho e 1o de Julho, na capital do Estado de São Paulo, Brasil. O encontro reuniu renomados conferencistas, do Brasil e Portugal, sob o tema “Disciplina: um olhar além do intelecto”. Ao explanar, a professora Suelí destacou, entre outros relevantes pontos, a palavra de Sérgio Behnken, mestre em Psicologia pela PUC-Rio Pontíficia Universidade Católica do Rio de Janeiro, professor de Psicologia e RH da Universidade Estácio de Sá e de pós-graduação da UBM – Universidade de Barra Mansa, Rio de Janeiro, da Machado Sobrinho (Juiz de Fora/Minas Gerais) e da Dom Bosco (Resende/Rio de Janeiro): “Agradeço mais uma vez o que aprendi com a LBV. E faço questão de onde estiver falar disso, principalmente sobre a ideia de educar sentimentos. (...) Não basta trabalhar o corpo, com uma educação que valorize apenas a boa alimentação, a prática desportiva. Não adianta somente desenvolver o lado intelectual, com conceitos, conteúdo, se a gente não olhar também para o aspecto emocional dessa mente

humana, a educação dos sentimentos. E só para dar um exemplo, às vezes numa conversa com um pai, você pergunta: como está o seu filho? E ele responde: está muito bem, porque tem boas notas na escola e não tem nenhuma doença. Quando se aprofunda um pouco no diálogo, percebe-se que essa criança não tem um amigo, não consegue relacionar-se com os colegas da rua, na sala de aula ninguém quer fazer trabalhos com ele. Então, está muito bem intelectualmente, fisicamente, mas na educação do sentimento, tão preconizada pela LBV, ele está mal. E isso acontece em qualquer nível, inclusive no superior. Alunos com o coeficiente de rendimento muito alto, com notas muito boas, não conseguem uma posição melhor no estágio, pois não alcançam aprovação naquela dinâmica de grupo onde se pode ver como eles interagem com outras pessoas. (...) São muito bons no aspecto racional, no conteúdo tiram notas altíssimas, mas desde o ensino fundamental não foram educados emocionalmente, que é o que a gente vê de bonito, de exemplar, dentro da LBV. Portanto, parabéns a todos!”. ILUSTRES EDUCADORES Meus agradecimentos ao professor Sérgio Behnken e aos demais brilhantes conferencistas que contribuíram para o sucesso desse evento da LBV. Lá estiveram o meu amigo de muitas décadas, o jornalista, escritor e ex-presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL) Arnaldo Niskier; Celso Antunes, psicopedagogo e mestre em Ciências Humanas pela Universidade de São Paulo (USP); Sílvio Manoug Kaloustian, gestor de programas do Fundo das

Nações Unidas para a Infância (Unicef); Ervino Deon, secretário da Educação do Rio Grande do Sul; Helena Bomeny, subsecretária municipal de Educação do Rio de Janeiro, representando a secretária Claudia Costin; Fátima Pacheco, licenciada em Ciências da Educação pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, Portugal; e a professora Anísia Villas Boas Sukadolnik, vice-presidente do Instituto Faça Parte e directora do Centro de Voluntariado de São Paulo, representante da dra. Milú Villela, presidente do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), do Instituto Faça Parte e do Centro de Voluntariado de São Paulo (CVSP), que no ensejo foi homenageada pela LBV. MAPREI Tivemos ainda o lançamento da publicação especial Educação com Espiritualidade Ecuménica — o Manual da Pedagogia do Afecto e da Pedagogia do Cidadão Ecuménico, proposta pedagógica da LBV distribuída entre os congressistas. Dela faz parte o Método de Aprendizagem por Pesquisa Racional, Emocional e Intuitiva (MAPREI), metodologia própria, aplicada na rede de ensino e nos programas socioeducacionais da Instituição. Como ressaltou o consagrado professor Niskier durante o Congresso: “Tenho certeza de que a LBV faz parte de uma nova pedagogia que se desenvolve no Brasil, que é a Pedagogia da Boa Vontade. Ela é ecuménica, democrática, estimulante”. José de Paiva Netto Jornalista, radialista e escritor Presidente da Legião da Boa Vontade www.lbv.pt

maiahoje

O costume... \\ Maria Manuel Ramos

AS POLÍTICAS DO PARTIDO SOCIALISTA DE PEDRAS RUBRAS EM 2010 A Assembleia de Freguesia de Vila Nova da Telha de 21 de Junho foi deveras hilariante: parte dela foi passada a discutir um artigo escrito pela Secção de Pedras Rubras do Partido Socialista, relacionado com “As Novas Oportunidades”. O texto demonstrou ser tão bom que os deputados “Independentes” até tinham decorado parte dele e eram capazes de o descrever de uma forma exacta, palavra por palavra! Chegaram à Secção do Partido Socialista de Pedras Rubras, reclamações de diversos alunos que frequentaram um curso na Junta de Freguesia que o PS denunciou, exactamente como os alunos o disseram, sem acrescentar nem alterar qualquer detalhe, obedecendo apenas à verdade. A Secção do Partido Socialista de Pedras Rubras tem a dizer: - O artigo sobre as “Novas Oportunidades” ou qualquer outro escrito por esta secção, não tem como objectivo ataques pessoais. O PS em Vila Nova da Telha, é oposição, logo tem um trabalho a realizar, representa um conjunto de Vilanovenses que não se revêem no actual executivo, faz oposição à política, defende as suas convicções, não faz política contra ninguém. - O texto sobre as “Novas oportunidades” é um retrato fiel daquilo que os alunos nos disseram; nada foi inventado, acrescentado ou alterado. - Nunca foi dito que o Sr. Presidente da Junta mentiu sobre este assunto. O que foi defendido é que a versão dos alunos era diferente e por isso foi dada a conhecer. Em abono da verdade o Sr. Presidente da Junta também não disse que a versão dos alunos continha mentiras. - E mais importante de tudo foi o resultado deste trabalho: no dia seguinte à publicação do texto no Jornal, os alunos informaram a secção de Pedras Rubras do Partido Socialista de que as condições do curso tinham melhorado significativamente e foi com orgulho que no final do curso nos mostraram os diplomas do 9º ano. Ficamos felizes por estes alunos e por representarmos um partido que tornou possível melhorar o conhecimento dos nossos concidadãos. Quem pareceu que gostou menos do texto foi o Sr. Deputado Ivo Pinheiro. Disse que achava estranho que os deputados Socialistas desconhecessem que os cursos “Novas Oportunidades” já existem há dois anos na Junta. “ Foi com surpresa que o PS Pedras Rubras tomou conhecimento de que foi celebrado um protocolo entre a Junta de Freguesia de Vila Nova da Telha e o Centro de Novas Oportunidades de Águas Santas, que se revelou para os 51 alunos que o frequentam, num verdadeiro curso de novos obstáculos” Percebeu-se logo que o Sr. Deputado não tem noção alguma da realidade actual: a surpresa dos

socialistas foi relativa às reclamações dos alunos, e isso está bem explicito no texto. Talvez inspirados pelas “Novas Oportunidades” o executivo da Junta de Freguesia, na pessoa do Sr. deputado Ivo Pinheiro, pretendeu “dar uma lição de política” à bancada do Partido Socialista. O PS Pedras Rubras não reconhece legitimidade ao Sr. Deputado para tal, até porque na minha opinião, faltam-lhe competências técnicas e comportamentais para formar deputados, com a exigência, que nós Socialistas, estamos habituados. Já percebemos que o Sr. Deputado considera que fazer politica é “juntar-se aqueles que estão no poder”, mas os deputados socialistas consideram que fazer politica é lutar com coragem pelas suas convicções. - Foi muito sublinhado pelos “Independentes” o resultado das últimas eleições autárquicas; Independentes (1784 votos – 62.4%), PS (718 votos – 25.11%), PCP (180 votos – 6.3%). Todas as forças políticas aumentaram os votos em 2009 relativamente a 2005. Os resultados foram positivos para o PS e expectáveis. O que não consideramos normal é que numa cidade que tem o PSD na Câmara no poder há 30 anos, numa Junta que teve o PSD no poder mais de 20 anos, em 2010 o PSD não tenha tido coragem para apresentar uma candidatura à Junta de Freguesia. O Sr. Presidente da Câmara preferiu dar apoio a “uma candidatura independente” a apoiar uma candidatura do seu partido. Estranho! Falta de coragem politica? Falta de militantes capazes? Certo é que o resultado eleitoral dos “Independentes” tem uma só leitura: foi necessário alguém acabar com o PSD Vila Nova da Telha, foi necessário o apoio do Presidente da Câmara da Maia aos “Independentes” para dar um resultado de maioria absoluta. As contas são fáceis de fazer, basta olharmos para os resultados de 2005: (Independentes 1100 votos, PSD/CDS 728 votos). Uma “coligação” para obter uma maioria absoluta, ao melhor estilo, “quando não conseguimos vencê-los, juntámo-nos a eles”. - O PS Pedras Rubras está a desenvolver um trabalho em equipa alinhado com a Comissão Politica Concelhia da Maia, no sentido de criar políticas que se possam afirmar como soluções alternativas para a nossa cidade, em contraponto às políticas erradas da actual gestão camarária. O Dr. Hélder Ribeiro, Presidente da Comissão política do PS Maia, tem feito um excelente trabalho no sentido de orientar e fortalecer o posicionamento da concelhia, num projecto distrital e nacional. Tem mobilizado não só os militantes do PS, mas também a sociedade civil, as instituições e os jovens, para um projecto que quer uma Maia melhor, mais moderna, onde as pessoas possam trabalhar, viver e serem mais felizes. - O PS Pedras Rubras está enquadrado nas políticas distritais do Partido Socialista e está totalmente solidário com a recandidatura de Renato Sampaio à presidência da federação distrital do Porto. Renato Sampaio é em primeiro lugar um político de valores: a lealdade, a ética, a igualdade de género, a liberdade como autonomia, os direitos

responsáveis são valores que defendemos. É um político com grande capacidade de trabalho e uma verdadeira “voz do Norte”. É seu grande objectivo “a criação de um amplo movimento com outras forças politicas, instituições e cidadãos, liderando aquilo que deve ser um poderoso movimento cívico de afirmação regional. A regionalização é o único e melhor caminho para o nosso futuro colectivo e para o aumento dos níveis de coesão.” Talvez nem todos saibam, mas, Renato Sampaio foi um pioneiro, ao trazer as questões do ambiente para o centro da política, numa altura em que em Portugal, poucos se preocupavam com este assunto. Nos anos 80, havia no Porto um pequeno núcleo de socialistas, formado por Bernardino Guimarães, Nuno Gomes Oliveira, Fernando Moreira e Renato Sampaio, que tinha criado um Centro de Estudos Ambientais. O tema Ambiente, que passaria a uma das “pastas políticas” mais importantes com a entrada do Eng. José Sócrates para ministro do ambiente, devido à verdadeira revolução nas políticas que este implementou, contou com a colaboração deste grupo do Porto. Um orgulho para o Porto e para o Norte. - O Governo e o seu Secretário - Geral, Eng. José Sócrates, poderá sempre contar com o apoio leal e inequívoco do PS Pedras Rubras. Neste momento difícil para o país, só a união entre as pessoas e políticas concertadas com o governo poderão assegurar um futuro melhor para a nossa cidade, para o nosso distrito, para o nosso país. O Partido Socialista é governo com a legitimidade que o povo lhe deu, e deve ser defendido daqueles que têm sede de poder. - Daqueles que não têm experiência, nem noção daquilo que é governar, que falam em ser “alternativa”, mas que só podem oferecer aos Portugueses o abismo. Muita retórica e pouco conteúdo. - Daqueles que já foram governo e “afundaram o futuro de Portugal” e hoje querem o poder a qualquer preço. - Duma esquerda que não passa de uma “aliança estratégica entre o espectáculo e a inveja por um lado e a mediocridade por outro”. - Daqueles que querem enfraquecer a imagem do nosso líder, Eng. José Sócrates, substituindo-o por outro, “mais Seguro”. Termino a lembrar que o Partido Socialista de José Sócrates ainda está aí para durar, com a legitimidade que o Povo Português lhe deu. Sei que muitos já ficariam satisfeitos em derrotar José Sócrates, mais ainda, do que ver o Partido Socialista perder eleições. Desengane-se quem pensa que os Portugueses são pouco inteligentes. “Eu governo para as futuras gerações, não governo para os números das eleições”, diz José Sócrates. No momento em que os Portugueses forem chamados a pronunciarem-se, vamos ver se escolhem o inexperiente e pouco consistente Pedro Passos Coelho ou o experiente, corajoso e firme José Sócrates. Maria Manuel Ramos Membro do Secretariado da CPC do PS Maia

Férias mas com acessos \\ Rogério Gonçalves

Ainda recentemente o nosso Presidente da Republica apelava a que fizessemos turismo cá dentro, até ai tudo bem mas esse tal turismo deve ter acesso para todos . Por exemplo os barcos do Rio Douro eu já andei em 3 e nenhum tinha WC com acesso para DEFICIENTES, no´mês passado fiz um cruzero em que o percurso demorou 7 horas do Porto á

Régua e tive de pedir um balde para fazer xixi, acham isto normal??? Digam-me se conhecerem quantas autocarros de passageiros da agências de viagens têm acessos para levar uma pessoa em cadeira de rodas, duvido que hajam. Mas todos parecem ignorar estas falhas, apesar de termos leis que obriguem a que os acessos sejam para todos. A famosa ASAE neste caso não actua e prefere ignorar, pois dá mais trabalho lidar com os poderes instalados. É bem mais fácil fechar um estabelecimento de pequena dimensão onde por vezes os motivos são pequenos e insignificantes pormenores.

Nós os DEFICIENTES de Portugal também trabalhamos, descontamos e merecemos ter férias, é tempo de pensarem nos acessos para todos, bem sei que se tivessemos um Ministro em cadeira de rodas a sensibilidade para mudar e fiscalizar as leis era outra. “ Quando a lei estiver contra nós, devemos argumentar com os factos. Quando os factos estiverem contra nós, devemos argumentar contra a lei.Quando a lei e os factos estiverem contra nós, devemos procurar outro advogado”. George Ade. ROGÉRIO GONÇALVES


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