TCC ELISANGELA FROIS CUNHA

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Se a televisão une o áudio ao visual para dar sentido à sua mensagem, a pessoa surda, para entender o que está sendo transmitido pela tevê, precisará de recursos visuais que irão corresponder à mensagem auditiva/sonora que nós ouvintes recebemos. Então, toda fala e todo som devem ser traduzidos para uma linguagem visual, deste modo a legenda ou a língua de sinais representarão a linguagem sonora da tevê.

Diz-se hoje que, muito mais que a experiência de não - ouvir, a surdez é uma experiência de ver. Muito mais que a experiência da não-audição, a surdez é uma experiência da visão. Ora, a surdez vem a ser uma experiência visual, e isto vai muito além do entendimento de que estas capacidades referem-se somente ao sistema viso-linguístico próprio da língua de sinais, antes, refere-se ao entendimento de que “todos os mecanismos de processamento da informação e todas as formas de compreender o universo em seu entorno, se constroem como experiência visual (Skliar apud SÁ, 2002, p.111-12)

Portanto é a capacidade visual da pessoa surda que vai dar sentido à mensagem televisual a qual ela irá assistir e os recursos como a Libras e a legenda se tornam essenciais na tradução do elemento sonoro desta mensagem.

2.2- Quando o visual faz sentido para o cego

Existe uma linha de pensamento muito difundida entre professores e estudantes de telejornalismo nos cursos de comunicação social, de que a televisão não existe, ou não faz sentido se não unir imagem ao som, e que a imagem é o elemento essencial deste meio. YORKE é um autor que descreve sobre a prática jornalística em televisão e, seguindo esta linha de pensamento, elenca quais são as regras de ouro para se obter um bom texto para as imagens:


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