OPINIÃO
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José Rubens Brumana
ES DE FATO, TERÇA-FEIRA, 25 DE JUNHO DE 2013
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CARLOS DA MARINHA Planejar para não remediar
A prefeita de Presidente Kennedy Amanda Quinta (PTB) é só contentamento com o apoio recebido do governo Estadual através do governador Renato Casagrande, que está hipotecando total apoio a sua administração
A briosa Polícia Militar do Estado, através do capitão Luciano, dando total apoio a manifestação pacífica ocorrida em Marataízes. A Guarda Municipal também se fez presente durante a manifestação ordeira no balneário
Teve fim o impasse entre Prefeitura de Marataízes e SAAE. A autarquia investira quatro milhões sem contrapartida em Marataízes até o termino desse governo
As palavras no cartaz dessa criança diz tudo e nos enchem de esperança por um Brasil mais justo
O secretário de Planejamento de Presidente Kennedy Ricardo Cordeiro organizando o Plano Plurianual que será levado para a apreciação dos munícipes kennedenses em 10 audiências públicas a partir de julho
O procurador da Prefeitura de Marataízes firme nas negociações durante a reunião para o fechamento do convênio com o SAAE. Despontava pelo jeito despojado de se vestir tipo rock and roll
Em Presidente Kennedy ouvi de um senhor a seguinte frase popular: quem possui esse tipo de parente não precisa de inimigo político”. Tem gente que demora desprender, desligar, desencarnar do cargo ou poder efêmero que é a vida pública. O prefeito Jander Nunes Vidal (PSDB) foi enfático: o meu filho não é e nunca será candidato a nada. É que seu filho Rafael Campolina Vidal estava ensaiando uma candidatura a deputado estadual. Inclusive visitando casas no interior durante os finais de semana. Que beleza! Estive com o simpático deputado estadual Rodrigo Coelho, que parou e me disse: olha, acho que mandei uma verba para Marataízes de... chama assessor. Consulta o smartphone. Confabular. Me deixou sozinho no salão. Durante um encontro político que aconteceu em Marataízes, o amor estava no ar.
O vice-governador Givaldo Vieira num momento romântico do discurso afirmou: eu amo Marataízes, assim como o governador Renato Casagrande e também o deputado Rodrigo Coelho... Emocionado com a declaração, o prefeito Jander Vidal revidou: quando olho para o vice-governador Givaldo Vieira vejo uma áurea, luzes que emanam do seu ser. Aplausos emocionados da platéia. Já em Itapemirim o clima esquentou devido a exoneração de dois secretários pela prefeita em exercício Viviane Peçanha (PSDB). Até o momento a causa das exonerações ainda não foi explicada para a imprensa. O prefeito Luciano Paiva, com seu estilo contemporizador, reassumiu o cargo na última segunda-feira e deseja a volta dos dois, o que elevou o ponto até o momento amigável dos aliados.
Assessores da vice-prefeita tucana, que também é secretária de Educação, garantiram que Viviane chegou a redigir o pedido de exoneração do seu cargo. Demovida do ato por amigos mais próximos. Quem conhece a personalidade firme de Viviane Peçanha assegura que, se os secretários exonerados por ela forem reconduzidos ao cargo, será o fim da relação cordial, amiga e participativa entre os dois. Só lembrando que o então secretário de Obras José Artur, que passou por Anchieta e Vitória, não era consenso entre os aliados do prefeito socialista de Itapemirim. Quem está dando uma nova dinâmica usando a total transparência em seu governo é a prefeita kennedense Amanda Quinta (PTB), que levara pela primeira vez o Plano Plurianual para ser discutido entre os munícipes. Aquele abraço Murilo Hosken.
É fácil encontrar falsas constatações sobre os municípios cujas receitas estão em grande parte vinculadas aos repasses dos royalties sobre a exploração de petróleo e gás natural. A primeira delas diz que todos os problemas da cidade serão resolvidos facilmente, afinal as verbas são abundantes. Ainda mais perigosa, outra ideia bastante comum é de que todos os problemas já estão resolvidos. Sabemos que alguns problemas estão longe de uma resolução. Recorrendo a um velho e correto discurso, sabemos também que os recursos dos royalties são finitos. Os grandes dilemas destes municípios estão em racionalizar a aplicação destes recursos enquanto eles existirem, investindo de maneira estratégica, pensando também no longuíssimo prazo, e em buscar alternativas para engordar a receita, garantindo verbas de outras fontes. Certo é que não devemos de maneira nenhuma reduzir a arrecadação do município de Marataízes aos royalties. Dados oficiais do Portal da Transparência do Governo Federal, mantido pela Controladoria Geral da União, nos mostram que mais de 70% dos repasses federais ao município de Marataízes em 2013 são provenientes dos royalties. Portanto, por enquanto o nosso município tem recebido fatias consideráveis das compensações em função da exploração de petróleo e gás, permitindo a realização de investimentos importantes em infraestrutura. Mas, e o depois? Por que não pensar e prevenir para “o depois” agora? Nesse sentido, sugeri à administração municipal através de uma Indicação para reforçar os setores de Captação de Recursos e de Convênios da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável. A ideia consiste em ampliar o número de profissionais técnicos com competências voltadas ao mapeamento de editais, elaboração e encaminhamento de projetos e acompanhamento burocrático, com o fim de não perder as verbas federais e estaduais. Acredito que esta seja uma – mas não a única – alternativa à dependência comumente criada em torno de uma única fonte. O conceito “gestão por projetos” tem sido enfaticamente defendido por um grande número de estudiosos em administração pública. Trata-se de uma ferramenta de grande importância para a captação de recursos, minimizando os efeitos futuros da escassez de receitas provenientes dos royalties. Pensando no “depois”, Marataízes deve buscar desde já as alternativas para que a cidade tenha, agora e no “depois”, uma excelente saúde financeira. Carlos da Marinha é Vereador do município de Marataízes, Militar da Reserva da Marinha do Brasil e Psicólogo