Jornal ESHOJE_670

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SEXTA-FEIRA, 10 DE NOVEMBRO DE 2017 j WWW.ESHOJE.COM.BR DIVULGAÇÃO

RUY MONTE DÁ O RECADO! rmonte@eshoje.com.br

A sobrevivência do futebol no ES Rodrigo Marinho vai fazer sua segunda luta profissional contra o guarda municipal Fábio Dias, no HCC

11 lutas de tirar o fôlego no HCC 15

Haidar Capixaba Combat está de volta em sua 15ª edição, no sábado (11), com seis lutas de MMA e cinco de kickboxing GUSTAVO GOUVÊA RUY MONTE

A

  anos de hiato o HCC (Haidar Capixaba Combat), maior evento de lutas do Espírito Santo, está de volta. Sua 15ª edição traz grandes lutas das mixed martial arts (MMA) e, desta vez, também duelos de kickboxing, já que este ano o evento acontece junto à sexta edição do Fighter´s Meeting International. Os confrontos acontecerão neste sábado (11), a partir das 16 horas, no ginásio Presidente João Goulart, o Tartarugão, em Vila Velha. Uma das lutas principais do evento vai acontecer entre os capixabas Rodrigo Marinho, da American Top Team (ATT), e Fábio Dias, da FC Combat. Essa é a segunda luta profissional de Marinho, que fez seu último combate há dois anos. “Estou me preparando há mais de seis meses para esse retorno. Não vou decepcionar. A minha volta tem tudo a ver com o retorno das atividades do HCC. Não tenho como entrar com outra expectativa senão a vitória", avisou o lutador, que disputou quatro lutas como amador. Adversário de Rodrigo, Fábio Dias, é guarda de trânsito. O lutador da ATT brinca que, na última semana tomou uma multa de trânsito e vai ter que acertar as contas. "Vou ter que machucar ele", disse Marinho, cujo grande sonho é chegar ao UFC, maior organização de MMA do mundo. Para isso, ele afirmou que este combate será "o começo de uma série de várias vitórias". O grande vencedor do HCC 14,

que faria a luta principal do evento, Dudu Bastos, sofreu uma contusão na costela em um treinamento de wrestling e adiou a disputa de seu cinturão para uma próxima edição do HCC. Nesta edição, o cinturão em jogo será disputado entre Jonas Coelho, da equipe de Erick Silva, a Tiger´s Den, e Alan da Silva Pena, o Popó, que representa a Top Team Brasil. INTERNACIONAL No desafio internacional, uma das lutas mais aguardadas do evento, o capixaba Deivid Santos, da academia Dragão Combat enfrenta o iraquiano Fanner Hmood Husin, que luta pela conterrânea Kyokushin Kai. Este combate se-

rá o derradeiro do evento. O empresário Haider Salem, que organiza o HCC prometeu um show de lutas e novas ring girls, um show à parte, em um evento mais modesto que os anteriores. “A crise atropelou o HCC, que ficou com as 'pernas quebradas' por quatro anos. Mas estamos de pé outra vez”, comemorou Haider. O evento será realizado em comemoração ao "Dia Estadual do MMA", que celebrado no Espírito Santo em 12 de novembro. “Acredito que no Estado temos lutadores bons, atletas de qualidade. Já estamos casando as lutas e vamos buscar grandes nomes para lutar no HCC 15", já adiantou Haider.

SERVIÇO: HCC 14 / 6º Fighters Meeting International w D: 11 de novembro de 2017

w H: a partir das 16 horas

w L: Ginásio Presidente João Goulart – Tartarugão, Vila Velha w V: Entrada gratuita

CARD MMA

w J Coelho (Tigers Den) x A Popó (Top Team Brasil)

w R Marinho (American Top Team) x F Dias (FC Combat)

w D Santos (Dragão Combat) x F Hmood Husin (Kyokushin Kai) w I Barcelos (Sanshou Freestyle) x R Shampoo (Tigers Den) w K Jhonny (Equipe GT) x Z Rodrigues (Zaganelli Jiu Jitsu) w M Pitbull x H Neném (Tigers Den)

CARD KICKBOXING

w L Kick 70 Kg - Eduardo Júnior (Equipe Titans)

x Guilherme Santos (Serra Fighter /VF) w L Kick 75 Kg - Wagner (Kick Fight) x Petrus Lord (Vitória Fighter) w L Kick 90 Kg - Ellison Pereira (Vitória Fighter) x Lucas Neves (CT Mult Fight) w K1 85 Kg - Diego Almeida (KF4/VF) x Diego Alves (Força Fight) w K1 58 Kg - Adriane Gaigher (Força Fight) x Eliza Sant’ Anna (Sanshou Free Style)

O futebol do Espírito Santo tem até dezembro para se organizar para a temporada 2018. Estamos vivendo três meses de pura paralisação de atividades nos clubes. Estou preocupado com os problemas financeiros que envolvem Rio Branco, Desportiva Ferroviária e o Vitória. Os dois últimos mudaram de presidente, mas os problemas das dívidas não. Os débitos existem e não é pouca coisa. No clube grená, por exemplo, o presidente Ediney Costa vem se reunindo quase diariamente com os diretores na tentativa de solucionar o que herdou das gestões passadas. No Vitória não é diferente. A gente tem conhecimento da “ginástica” que está sendo feita para o controle da situação. Aliás, no Vitória mudou o presidente, mas o grupo de trabalho desde a gestão de Adalberto Mendes é o mesmo. No Rio Branco o caso é semelhante, embora o problema maior do alvinegro não sejam as dívidas, mas a sobrevivência da agremiação cujo grande patrimônio é sua torcida apaixonante. O Capa Preta foi rebaixado para a segundona em 2018, o que demonstra a necessidade maior de um trabalho eficaz para voltar à elite. Tem também o problema de outros clubes, que insistem em se manter aos trancos e barrancos, movidos pela paixão de seus dirigentes. Serra, GEL, Tupi, Vilavelhense são agremiações tradicionais, mas que sobrevivem sobre apoio “conta gota”. Tem também as duas agremiações que surgiram ultimamente com pose de grande: Espírito Santo e Doze. O Santão é bancado por um

grupo de empresários, e nesses três anos de existência podemos dizer que vem se mantendo num padrão de time grande. Ele mostra uma estrutura forte e sempre formando times competitivos. Mas tudo vai até quando? Já o Doze, que depois de surgir como uma agremiação bem pomposa, não mostrou evolução e virou time de aluguel. Mesmo assim, tem formado boas equipes apesar de um futuro incerto. Atlético do Itapemirim, que este ano deixou para trás os clubes da Grande Vitória ganhando títulos do Capixabão e Copa Espírito Santo. Soubemos que é uma agremiação sustentada por uma verba bastante acentuada da municipalidade, permitindo pagar bons salários a jogadores de alto nível. Mas até quando? Esse filme já vi em outras cidades do interior do ES que participaram do futebol capixaba. Times que ganharam títulos e depois acabaram. Esse é o retrato puro do nosso futebol. Para melhorar esse quadro é preciso a união de todos que se envolvem com o nosso futebol. Dirigentes dos clubes, imprensa esportiva, profissionais da área, Federação e os representantes de torcidas. Vamos discutir num seminário o assunto com profundidade. Vamos convocar representantes das grandes empresas e mostrar que o futebol é um negócio evoluido em todo o universo – e pode ser, também no ES.


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