Jornal ESHOJE_640

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Política

SEXTA-FEirA, 14 dE Abril dE 2017 j www.EShojE.com.br dayana souza/arquivo eshoje

aspecto geral hino salvador L hinosal@terra.com.br

Condenado a tudo após os 60 Benedicto Barbosa Júnior, o BJ, afirmou que neivaldo foi ao rio de Janeiro, em hotéis, receber dinheiro de caixa 2

Lava Jato entre Paulo Hartung e Bragato A “mala” que carregava o dinheiro dado ao governador capixaba pela odebrecht ocupou grandes cargos de confiança danieleh Coutinho danihcoutinho@eshoje. com.br

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conomista formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e auditor fiscal da Receita Federal do Ministério da Fazenda, Neivaldo Bragato sempre foi homem forte e cargo de confiança do governador Paulo Hartung (PMDB). Trabalhou com o atual chefe do Poder Executivo estadual em seus dois governos anteriores (20032006/2007-2010) e também ocupou o alto escalão da gestão Hartung na prefeitura de Vitória. A ligação dos dois nunca foi tão negativa para um governo, como agora. Citado na delação premiada de Benedicto Barbosa da Silva Junior (o BJ), ex-presidente da Odebrecht In-

fraestrutura, o governador capixaba recebeu da empresa R$ 1.080.000,00 nos anos de 2010 e 2012. E o dinheiro, de “pagamentos indevidos” ou Caixa 2, foram pedidos por Hartung e entregue a Neivaldo, segundo delator. “Em 2010 fui procurado por Paulo Hatung, que estava saindo do cargo de governador do Espírito Santo, com quem tinha boa relação, que pediu R$ 1 milhão para os candidatos ligados a ele. (...) Perguntei a ele quem seria a pessoa que nós devíamos procurar para tratar disso. Ele indicou uma pessoa da confiança dele, que era o Neivaldo Bragato. Coloquei o Sérgio Neves, que era o diretor-superintendente que cuidava de Minas Gerais e Espírito Santo, em contato com Neivaldo e o Sérgio me informou que nós fizemos qua-

tro pagamentos de R$ 250 mil cada um”, informou BJ, durante colaboração na Operação Lava Jato. hotéis Dentre os detalhamentos, BJ acrescentou que Bragato foi ao Rio de Janeiro, em hotéis diferentes, buscar o dinheiro e que os R$ 1 milhão e R$ 800 mil, nas campanha de 2010 e 2012, respectivamente, eram dinheiro de caixa 2. “Os dois foram usando o sistema de operação estruturada nosso. Via caixa 2, ilícito, doutor”. E mais: “O doutor Neivaldo deve ter vindo de Vitória até aqui para fazer o recebimento do dinheiro”. A relação Hartung e Neivaldo levou o atual membro do Conselho Administrativo do Banestes, responder por pastas que trataram, diretamente, com a Odebretch no Espírito

Santo. “...o Neivaldo, inclusive, de fazer caixa 2. Como o Neivaldo era uma pessoa de confiança do doutor Paulo, eu pressuponho que o doutor Paulo sabia que nós íamos fazer em caixa 2”, afirmou. Nos governos PH, Bragato foi secretário de Transporte e Obras Públicas e presidente da Companhia Espírito-santense de Saneamento (Cesan) – ambas contrataram a empreiteira. Nos anos em que os pagamentos ilícitos foram feitos por meio dele, 2010 e 2012, Neivaldo estava na Cesan, de onde só saiu em 2013, quando o estado era governado por Renato Casagrande (PSB). Mas retornou à cúpula do Palácio Anchieta quando Hartung retomou o cargo de governador, em 2015, como chefe de gabinete do governo, onde ficou até março deste ano.

neivaldo e operação em 2015 Esta não foi a primeira vez que se relacionou o nome do atual membro do conselho do Banestes, e ex-chefe de gabinete do governador Paulo Hartung, Neivaldo Bragato, com a Operação Lava Jato. Em agosto de 2015, informações deram conta de que ele teria sido

convocado pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos sobre a Operação Lava Jato, que apura casos de corrupção na Petrobras. O caso foi negado pela Federal e pelo conselheiro. Procurado pela reportagem de ESHOJE por meio do número celular

disponibilizado no site do Banestes, Neivaldo não atendeu às ligações e nem retornou. O governador Hartung disse, por meio de nota, disse que trata-se de afirmações delirantes. “Não disputei as eleições de 2010 e 2012, portanto, é leviana, mentirosa e

delirante a citação de que eu teria recebido recursos da construtora Odebrecht”. O governador afirma que acusações infundadas como essa só contribuem para confundir, tumultuar a investigação e manchar a trajetória das pessoas de forma irresponsável.

Passar de 60 anos não é uma contraindicação para receber vacina. A vacinação nessa faixa etária requer avaliação médica, devendo ser observadas a presença de morbidades e análise cuidadosa de risco versus benefício. Justifica-se realizar a vacina quando o idoso residir ou viajar para área com risco de transmissão de febre amarela. Há quanto tempo a febre amarela está no Brasil? Se não me engano entre 1998 e 2000, na Bahia e nas Minas Gerais! Nós que moramos no Espírito Santo tivemos que nos vacinar caso houvesse intenção de irmos para um desses dois estados! Lembro perfeitamente que não tinha essa exigência para os idosos, todo mundo era vacinado! Por que mudaram o critério? Durma com um barulho desse! Agora inventaram que os eventos adversos da vacina mais comuns são dor local, mal-estar, cefaleia, dores musculares e febre baixa, o que ocorre em 2% a 5% dos vacin a d o s , p o r vol t a d o quinto ao 10º dia. Essas manifestações duram uns dois dias. Muitos dos eventos relatados após a vacinação contra febre amarela constituem-se em sinais e/ou sintomas de diversas doenças frequentes na população, por isso nem sempre é possível distinguir os que são causados pela vacina e os causados por outros problemas coincidentes temporalmente. Então, acho que estão valorizando a vacinação no idoso mais para conseguir tomar dinheiro deles para fornecerem os laudos, porque os médicos do SUS e dos postos de saúde não podem fornecer. E para espantar ainda mais o idoso apareceram com essa: “Os eventos adversos graves são raros e incluem as

reações de hipersensibilidade, doença neurológica aguda (encefalite, meningite, doenças autoimunes com envolvimento do sistema nervoso central e periférico) e doença viscerotrópica aguda (infecção multissistêmica generalizada, semelhante às formas graves da doença)”. No Brasil tem sido observado maior risco de ocorrência dessas situações em áreas onde não há recomendação de vacinação de rotina. Alguns casos e indivíduos têm sido identificados como de maior risco para eventos adversos graves após a vacinação, como em pessoas com doenças autoimunes. Idosos que forem tomar a vacina contra a febre amarela pela primeira vez precisam apresentar laudo médico. O documento é necessário porque a vacina pode causar uma doença mais suscetível a quem tem mais de 60 anos. Quem tomou a primeira dose não precisa passar pelo procedimento, independente de quanto tempo. No Estado, a vacina está sendo aplicada em pessoas que vão viajar para a Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro, onde há um surto da doença, e em municípios do Espírito Santo que fazem divisa com o estado mineiro ou tiveram macacos mortos suspeitos da doença. Os idosos, quando recebem pela primeira vez, têm maior risco. Cada caso precisa ser avaliado. É mole!?

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